País
Mensalão: advogado diz que não há qualquer indício contra José Genoino
O ex-presidente nacional do PT José Genoino recusa-se a falar pessoalmente sobre a proximidade do julgamento do mensalão. Denunciado pela Procuradoria Geral da República como membro do "núcleo político" da "quadrilha", ele deixa a cargo do advogado Luis Fernando Pacheco as declarações para a imprensa sobre o caso. A alegação é de que não há "qualquer indício" da participação dele nos crimes de corrupção ativa e formação de quadrilha, dos quais é acusado.
O defensor afirma ainda que Genoino está "sereno" e que confia na Justiça, que começa a julgar o suposto esquema no dia 2 de agosto. De acordo com a denúncia, Genoino era o interlocutor político visível da organização criminosa. O Ministério Público (MP) diz que ele foi avalista na simulação de empréstimos nos bancos Rural e BMG para mascarar o real destino dos recursos.
Genoino deixou a presidência do PT em julho de 2005, antes que o Diretório Nacional, que estava reunido em São Paulo, definisse a recomposição da Executiva da legenda no País. Ele tomou a decisão um dia depois da prisão do assessor parlamentar de seu irmão José Nobre Guimarães, que tentava embarcar no aeroporto de Congonhas com R$ 200 mil em uma valise e US$ 100 mil presos ao corpo, na cueca.
Atual assessor especial do Ministério da Defesa, Genoino disputou as eleições de 2010 para deputado federal, mas não foi eleito. Por e-mail, o advogado afirmou ainda que, em caso de absolvição, Genoino não vai processar ninguém pelas acusações que pesam contra ele. Pacheco informou ainda que ele não pretende concorrer a nenhum cargo político no momento.
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