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PROGRAMA SOCIAL
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Governadora 
do RN diz que 'justiça foi feita' (Rafael Barbosa/G1)
AFASTAMENTO SUSPENSO
Governadora 
do RN diz que 'justiça foi feita'
TSE determinou que ela deve seguir no cargo.
COMBATE AO CRIME
Polícia prende 6 no RJ e desarticula quadrilha especializada em abortos
Grupo movimentava R$ 500 mil por mês.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Mais um pouco de Mandela por Ruth de Aquino

Meu encontro com Mandela

Vi quando Mandela pediu para ir à cozinha. Queria encontrar os negros brasileiros

RUTH DE AQUINO
06/12/2013 21h01 - Atualizado em 07/12/2013 10h25
Quando Nelson Mandela visitou pela primeira vez o Brasil, em 1991, recém-libertado após 27 anos de prisão, ainda não era presidente. Mas já era um estadista mundial, um ídolo pop, adorado pelas multidões. Almoçou na Bahia, na casa de Antônio Carlos Magalhães, o Palácio de Ondina. Os pratos eram afro-brasileiros, do vatapá às frutas-de-conde. Os comensais eram brancos, a elite de um país mestiço. Baianas de turbantes serviam acarajés no varandão. Eu estava lá, numa das mesas. Vi quando Mandela pediu para ir à cozinha. Ele queria encontrar os negros brasileiros, o pessoal com a cor de sua pele, em meio a panelões de barro e garrafas de dendê. Na casa grande, ele ansiava pela senzala.
Nelson Mandela visitou Salvador em agosto de 1991 (Foto: Wilson Besnosik/ Arquivo/Ag. A Tarde)
Nelson Mandela visitou Salvador em agosto de 1991 (Foto: Wilson Besnosik/ Arquivo/Ag. A Tarde)
Não era uma provocação a seus anfritriões. Mandela queria só abraçar quem tinha cozinhado para ele. Sorrindo e suando, chegou perto do fogão. Uma fila de cozinheiras e garçons fez festa e cantoria, Mandela ensaiou uns passos de dança e foi envolvido por todos, para desconsolo de seus seguranças. Sorrindo e suando mais ainda, voltou para a companhia dos brancos engravatados. Eu adorava as túnicas coloridas de Mandela em ocasiões oficiais, embora ali estivesse de terno. O mais impressionante, além de suas palavras, de sua história e de seu porte, era o sorriso sereno que dissipava constrangimentos e discórdias.
Não havia túnica justa com ele. Porque não havia rancor. Mandela percebeu rapidamente, ali na Bahia, que o Brasil estava longe de ser uma democracia racial. Não por ódio ou segregação formal. Mas pela falta histórica de representatividade dos mestiços e negros nos altos postos da sociedade, da economia e da política. Pedia aos brancos brasileiros apoio a sua eleição para a Presidência da África do Sul pós-apartheid. Tinha toda a autoridade do mundo para pedir o que fosse. Seu sonho sempre foi a conciliação e a união entre homens e mulheres de boa vontade, de todos os credos e cores.
>> Leia outros textos de Ruth de Aquino

Após intensos seis dias no Rio de Janeiro, Brasília, Espírito Santo, São Paulo e Bahia, suas primeiras declarações encantaram os brasileiros. “Quase fomos mortos de tanto amor”, disse Mandela. No Rio, afirmou: “Quando vejo seus rostos, tenho a sensação de estar em casa, porque a mistura da população é como a nossa. E damos as boas-vindas a esse fato, porque a miscigenação enriquece o país”.
Eu tinha uma ligação importante com a África do Sul. Como jornalista, rodei durante duas semanas as principais cidades em 1989, pouco antes de Mandela ser libertado. Fui a Soweto e Crossroads, as “townships” negras. O país vivia a transição do odioso apartheid para as primeiras eleições livres, com voto negro. O presidente branco, Frederik De Klerk, coordenou essa passagem, e isso lhe valeu a honra de partilhar com Mandela o Nobel da Paz tempos depois.
Na minha viagem, a surpresa foi ver de perto a disputa sangrenta entre os negros sul-africanos. Achava impossível que Mandela conseguisse unir zulus e xhosas, apaziguar aquele caldeirão de raiva. Mais negros eram mortos por negros que por brancos. Nada foi impossível para Mandela, por força de seu carisma, caráter e obstinação. 

Ele teve três nomes e três mulheres. Nasceu Rolihlahla Dalibhunga em 1918. Tornou-se Nelson por causa de uma professora de inglês. Protestante, era chamado de Madiba em sua comunidade de língua xhosa. Condenado à prisão perpétua em 1964 pela militância contra o racismo, foi levado secretamente para Robben Island, em isolamento. Rejeitou todos os acordos propostos pelo governo na tentativa de subjugar sua consciência. Dizia que só homens livres podem negociar. Em 6 de maio de 1994, foi eleito presidente. Votava pela primeira vez.

Minha relação com a África do Sul me permitiu trocar palavras com Mandela em Salvador, em 1991. Ele chamou os quitutes baianos de “terrific” (sensacionais): “Uma das razões para que um dia eu volte ao Brasil”. Em Salvador, ele recebeu minhas perguntas e entregou as respostas por escrito no hotel Copacabana Palace, ao se despedir do Brasil. Nessa entrevista, a única em sua visita oficial, disparou uma de suas armas favoritas: a sinceridade.
“Está bem claro”, afirmou, “que sociedades com uma história de racismo brutal, como a escravidão no Brasil, não podem esperar que a solução para o legado dessa discriminação venha tão somente de sua Constituição.” O líder sul-africano também falou sobre as cotas na educação: “Acredito que programas de ação afirmativa para os negros devam começar no pré-escolar e no ensino fundamental, e não só em universidades. Mas (...) essas medidas precisam ser acompanhadas por um avanço econômico das comunidades mais carentes”. Isso foi dito por Mandela, no Brasil, há 22 anos.
Esta semana acabou triste.

Bike que acumula energia enquanto roda e transfere força para subidas...!

 
 
 
 
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Beleza demais complica e impõe limites... Premiê dinamarquesa se atrapalha por olhos azuis, sorriso permanente, bom humor evidente!

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/12/131211_premie_dinamarca_polemica_vale_este_lgb.shtml


Após fotos com Obama, premiê dinamarquesa 'vira celebridade' e sofre críticas

Atualizado em  11 de dezembro, 2013 - 15:48 (Brasília) 17:48 GMT
Helle Thorning-Schmidt, Barack Obama e David Cameron | Crédito: AFP
Dinamarqueses criticaram fotos de premiê durante velório de Mandela
Uma sequência de fotos que sugere tensão entre o casal Obama na cerimônia em memória do ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela, na terça-feira, transformou a primeira-ministra dinamarquesa, Helle Thorning-Schmidt, em celebridade instantânea e gerou críticas de seus opositores nas redes sociais da Dinamarca.
As imagens mostram Thorning-Schmidt tirando fotos de si mesma sorrindo ao lado do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e do primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, no evento no estádio FNB (antigo Soccer City) em Johannesburgo.
Especulou-se que o trio estaria sendo observado com reprovação pela esposa do mandatário americano, Michelle. Outra foto sugere que a primeira-dama teria trocado de lugar com o marido e se sentado ao lado da premiê dinarmaquesa.
No entanto, o autor da foto, Roberto Schmidt, afirmou que Michelle Obama aparentava estar de bom humor.
"Fotos podem mentir. Na realidade, segundos antes (da foto) a primeira-dama estava brincando com todos à sua volta, incluindo Cameron e Thorning-Schmidt. Seu olhar sério foi capturado por acaso", disse o fotógrafo no blog da agência de notícias AFP.
O episódio foi notícia nos principais tabloides do mundo nesta quarta-feira. Na Dinamarca, opositores de Thorning-Schmidt criticaram o comportamento da mandatária, classificado como "constrangedor" e "inapropriado" para um velório.
Em entrevista ao jornal dinarmaquês BT, Magnus Heunicke, porta-voz do Partido Social-Democrata, a legenda da premiê, afirmou que "não entendia a reação negativa" do público ao comportamento de Thorning-Schmidt.
"Acho que as pessoas têm de se preocupar mais com o que estão fazendo, até mesmo porque todos fazemos isso (tirar fotos com celular). Eu realmente acredito que a imagem desses três líderes juntos mostra uma ótima química e é positiva", afirmou Heunicke.

'Homenagem alegre'

Questionado se considerava inadequado o comportamento da premiê em um velório, o porta-voz ressaltou que o evento ocorreu "em um estádio, não em uma igreja".
"Foi uma cerimônia muito bonita, mas também uma homenagem alegre a Nelson Mandela. Como um comentarista de TV falou, a atmosfera se assemelhava mais a um jogo de futebol que um cortejo fúnebre", concluiu Heunicke.
Ouvida pelo mesmo jornal dinamarquês, uma consultora de moda afirmou que a premiê "ultrapassou os limites".
Helle Thorning-Schmidt, Barack Obama e Michelle Obama | Crédito: AFP
Michelle Obama parece observar com reprovação conversa entre seu marido e premiê dinamarquesa
"É claro que eles (Thorning-Schmidt e Obama) podem trocar sorrisos e rir juntos, uma vez que não é a primeira vez que se veem, mas precisavam ter em mente que aquilo era um velório e não uma festa ou uma apresentação musical", assinala Inge Correll.
O fotógrafo Roberto Schmidt também defendeu a atitude dos chefes de Estado. "À minha volta no estádio, os sul-africanos estavam dançando, cantando e rindo para honrar seu líder que se foi. Era uma atmosfera de carnaval, nem um pouco mórbida", afirmou.
Em entrevista à imprensa dinamarquesa após a divulgação das fotos, a premiê afirmou que ela e o presidente americano "falaram sobre tudo".
"Nós falamos sobre nossos filhos e o Natal, além de política", afirmou Thorning-Schmidt.
"Nós continuamos o papo que tivemos quando nos encontramos em Estocolmo (na Suécia) e nos divertimos muito", acrescentou a premiê.

'Gucci Helle'

Até então figura desconhecida no alto escalão da política internacional, a premiê dinarmarquesa costuma chamar atenção por onde passa pela beleza.
Loira de olhos azuis, Thorning-Schmidt é a primeira mulher a assumir o cargo da Dinarmarca e está no posto desde outubro de 2011.
Apelidada de "Gucci Helle", em alusão ao seu gosto por grifes de luxo, Thorning-Schmidt também é líder do Partido Social Democrata dinamarquês, cargo que ocupa desde 2005.
Nora do ex-líder do Partido Trabalhista da Grã-Bretanha, ela tem dois filhos e já esteve envolvida em outras polêmicas. Em 2010, o marido da premiê foi investigado por evasão de divisas, mas o inquérito acabou suspenso por falta de provas.