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quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

A dicionarizaçâo do cinismo

http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/opiniao-2/marco-antonio-villa-lula-dilma-e-o-petrolao/

09/12/2014
 às 16:49 \ Opinião

Marco Antonio Villa: ‘Lula, Dilma e o petrolão’

Publicado no Globo desta terça-feira
Não há na história da República brasileira um escândalo da magnitude do petrolão.

Mais ainda: não há na história mundial nenhuma empresa pública que tenha sofrido uma sangria de tal ordem. Ficamos cada dia mais estarrecidos com a amplitude do projeto criminoso de poder que controla o país desde 2003. Bilhões de reais foram desviados da Petrobras. Agora as investigações devem também alcançar o setor elétrico, as obras do PAC e aquelas vinculadas à Copa do Mundo. Ou seja, se já estamos enojados — aproveitando a expressão utilizada por Paulo Roberto Costa na acareação na CPMI da Petrobras, na semana passada — com o que foi revelado, o que nos aguarda? E quando soubermos da lista de parlamentares e ministros envolvidos?
O país está como aquele indivíduo em Pompeia, no ano 79 d.C., que caminhava tranquilamente nem imaginando que o Vesúvio entraria em erupção. O Congresso mantém sua rotina trocando votos por dinheiro, o que já não causa nenhuma estranheza. O governo não conseguiu nomear seu Ministério e o país está sem orçamento aprovado para 2015. E o Judiciário mantém o ramerrão de sempre: muito formalismo e pouca justiça.
A boa nova é que sociedade civil está se mobilizando. Diferentemente de 2006 e 2010, desta vez o espírito cívico se manteve. Manifestações nas ruas, reuniões, debates nas redes sociais têm marcado a conjuntura pós-eleitoral. É uma demonstração de interesse pelos destinos do país e que desagrada — e não poderia ser o contrário — aos marginais do poder. Mas o que chama a atenção é o silêncio de entidades que, em certa época, estiveram à frente na defesa do Estado Democrático de Direito. Uma delas é a Ordem dos Advogados do Brasil. Qual a razão da omissão? E os artistas? O silêncio tem alguma relação com os generosos patrocínios da Petrobras?
O petrolão atingiu em cheio o governo Dilma. Pesquisa Datafolha divulgada no último domingo mostra que 68% dos entrevistados consideram que a presidente tem responsabilidade no caso. Todas as evidências apresentadas até agora vinculam o maior esquema de corrupção da história ao PT, inclusive à campanha presidencial de 2010. Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, executivo da empreiteira Toyo Setal, afirmou que pagou propina em dinheiro vivo, em remessas a contas no exterior e em doações oficiais ao PT, tudo, segundo ele, combinado com João Vaccari, tesoureiro do partido. Portanto, foram cometidos vários crimes eleitorais. Por que a Justiça Eleitoral está silenciosa? Mendonça Neto disse também que entregava dinheiro vivo a três emissários do PT que se apresentavam com alcunhas típicas de traficantes do Complexo do Alemão: Tigrão, Melancia e Eucalipto.
Alberto Youssef foi claro quando disse: “Não sou o mentor nem o chefe desse esquema. Sou apenas uma engrenagem desse assunto que ocorria na Petrobras. Tinha gente muito mais elevada acima disso, inclusive acima de Paulo Roberto Costa.” A afirmação permite, no mínimo, três perguntas:
1 – Como é possível um esquema dessas proporções sem que autoridades superiores tenham conhecimento ou até comandem essas operações?;2 – Por que foi organizado este esquema e com quais objetivos?3 – Como foi possível movimentar fortunas sem que o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) tomasse conhecimento?
Neste processo, duas pessoas têm enorme responsabilidade como representantes do Estado brasileiro. O primeiro é o ministro Teori Zavascki. Caberá a ele a responsabilidade de, inicialmente, ser no STF o responsável pelo processo. Na Ação Penal 470, infelizmente, o ministro acabou acatando a tese de um novo julgamento que levou à derrubada da condenação por formação de quadrilha da liderança petista. E, como ficou patente, o julgamento acabou desmoralizado e objeto de chacota. Já no caso do petrolão, é incompreensível a libertação de Renato Duque. O outro é o procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Quando assumiu a PGR — e participou da segunda parte do julgamento do mensalão — deixou nos brasileiros uma enorme saudade do seu antecessor, Roberto Gurgel. Teve uma atuação, no mínimo, pífia. Agora, segundo noticiado, teria se encontrado sigilosamente com representantes das empreiteiras envolvidas no escândalo para, sempre de acordo com a imprensa, evitar que o processo chegue aonde deve chegar, ao Palácio do Planalto.
É impossível acompanhar o escândalo sem questionar o papel de Luiz Inácio Lula da Silva. Afinal, a organização e a prática do esquema de corrupção tiveram inicio durante o seu longo período presidencial. Porém, até hoje, apesar da gravidade dos fatos, Lula se mantém em silêncio. Tudo indica que aguarda a revelação das provas em poder da Justiça para só daí — a contragosto — emitir uma opinião. Lula é um safo, como vimos durante o processo do mensalão. Tinha pleno conhecimento do petrolão — e disso não há qualquer dúvida. Nomeou a diretoria da Petrobras com o intuito inequívoco de organizar o maior caixa 2 da história republicana. Se no mensalão ele se salvou, desta vez vai ser muito difícil. Pela primeira vez neste país poderemos ter um ex-presidente não só indiciado, mas condenado pela Suprema Corte. Resta saber se o STF vai agir dentro da lei ou permanecerá um mero puxadinho do Palácio do Planalto, como em outras oportunidades.
Do outro lado do Atlântico, em Portugal, o ex-premiê José Sócrates continua detido suspeito de fraude fiscal e corrupção. Um dia Chico Buarque cantou — ironicamente — que o Brasil iria virar um imenso Portugal. Espero que ele tenha razão.

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Mujica, presidente apreciado em todo mundo, um filósofo sereno! (atualizado em 09/12/2014)

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/12/141203_entrevista_mujica_igl_cc


'Não há só uma esquerda na América Latina', diz Mujica

  • 4 dezembro 2014
No fim do seu mandato, o presidente José Mujica diz ter uma visão flexível da nova geração da esquerda latino-americana. "A esquerda que está se formando tem suas peculiaridades. Não há uma só esquerda na América Latina, há muitas. Não se pode cair nessa redução", disse, em entrevista exclusiva à BBC.
"Agora há uma moda. Quando a direita não gosta de alguma coisa, diz: 'isso é tudo populismo'. E a esquerda diz: 'isso é tudo neoliberalismo'. Não é assim. Há o capitalismo e há o liberalismo. E dentro da esquerda nem tudo é populismo. A coisa é mais complexa. Não gosto dessa argumentação em branco e preto, porque é infantil."
A chácara de Mujica é um museu desorganizado, uma exposição das memórias do presidente uruguaio que, no final de seu mandato, afirma que, mais que uma vida, viveu uma peripécia.
Nas estantes da casa de campo de "Pepe", nos arredores de Montevidéu, há um busto de Che Guevara e outro do papa Francisco; um retrato de Fidel Castro – que é uma "relíquia", diz ele, "mas está bem da cabeça" –; dois iPads para ler os jornais; uma foto do dia de sua posse como presidente em março de 2010 e uma velha bicicleta de corridas que percorreu metade do país.
Do lado de fora dorme seu Fusca azul celeste, mundialmente reconhecido desde que um xeque árabe lhe ofereceu um milhão de dólares por ele em uma cúpula internacional na Bolívia.
"Essas pessoas resolvem comprar até um par de sapatos do seu avô... são excentricidades", diz.

José Mujica | Foto: BBC
Presidente uruguaio deixará o cargo em 2015, mas diz que continuará na política
Celebridade
José Mujica em seu carro | Foto: AP
Líder uruguaio não gosta de ser considerado "o presidente mais pobre do mundo"
Casa de Mujica | Foto: BBC
Presidente quer abrir uma escola agrícola em sua chácara nos arredores de Montevidéu
Aposentadoria?
Casa de Mujica | Foto: BBC
"O normal na política deveria ser o meu estilo de vida", diz o presidente uruguaio

Após a vitória de seu partido nas eleições presidenciais uruguaias, em que o ex-presidente Tabaré Vázquez recebeu mais de 53% dos votos, Mujica respondeu às perguntas dos dois serviços latino-americanos da BBC: a BBC Brasil (em português) e a BBC Mundo (em espanhol).
Aos seus pés nos assistia Manuela, a cadela de três pernas que, aos 18 anos, já é quase tão famosa quanto seu dono. No quarto ao lado está sua esposa, a senadora do partido Frente Ampla Lucía Topolansky, que assiste à televisão.
Nos últimos anos, centenas de meios de comunicação estrangeiros desembarcaram no país sul-americano intrigados pela vida do homem batizado de "o presidente mais pobre do mundo" - um adjetivo de que ele não gosta muito.
"Isso me preocupa bastante, me preocupa como anda o mundo. O que é que chama a atenção do mundo? Que eu viva com pouca coisa em uma casa simples, que ande com um carrinho velho. Essas são as novidades?", indaga.
"Este mundo está louco porque se surpreende com coisas que são normais. Eu vivo como vive a maioria do meu povo. O normal na política teria que ser a minha forma de vida."
No entanto, José Mujica sabe que sua aparência e sua forma de entender a vida, tão comentadas dentro e fora do país, constituem também uma ferramenta política tão valiosa quanto as maiorias no Parlamento ou a capacidade de negociação.
"A imagem também não é gratuita, (a austeridade) é uma maneira de lutar pelo republicanismo na época em que vivemos", diz.
"Isso não é casual, mas também não é uma pose. Eu não faço nada além de viver como vivia há 30 anos quando vim para cá."
Aos 79 anos, Mujica conheceu Che Guevara, Mao Tsé-tung e Barack Obama, mas também foi apresentado ao cantor portorriquenho Ricky Martin, ao grupo de hip hop cubano Calle 13 e à banda de rock americana Aerosmith, que quis uma foto com o presidente latino-americano mais popular em outros continentes.
Até seus maiores críticos reconhecem que, em cinco anos, ele ajudou a colocar o Uruguai, um pequeno país de 3,5 milhões de habitantes encaixado entre a Argentina e o Brasil, no mapa.
Seu nome já apareceu na primeira página dos principais periódicos do mundo graças a seu estilo de vida austero, a um bom desempenho da economia e à aprovação de leis pioneiras na região em temas sociais, como as que regulamentam o aborto, o casamento entre pessoas do mesmo sexo e a maconha.
Agora que se aproxima o final de seu mandato, ele tem um apoio de 56%, o mais alto desde os primeiros meses de governo.
Quando Mujica voltar de sua última viagem pela América Latina como presidente, começará a se reunir com seu sucessor Tabaré Vazquez, um médico de 74 anos que foi presidente entre 2005 e 2010.
Eles têm posturas diferentes sobre assuntos nos quais o Uruguai ditou a agenda recentemente: Vázquez vetou uma lei de descriminalização do aborto em seu mandato anterior e se opõe à venda de maconha em farmácias.
"Cada indivíduo é como é, mas isso é muito circunstancial. O que importa é que pertencemos a uma definição programática do mesmo tom e temos certeza de que há políticas sociais que vão ser mantidas e multiplicadas."
"Na realidade, o problema não é Tabaré. Com Tabaré teremos uma comunhão muito grande. O problema é a realidade, porque não fazemos o que queremos, fazemos o que podemos dentro da margem da realidade, e há alguns sinais de que a economia mundial está se complicando", diz.
Mujica admite que não conseguiu, em seu mandato, atualizar a malha de estradas, portos e trens necessários ao desenvolvimento econômico do país.
No âmbito da educação, área que seus críticos definem como um dos fracassos de seu governo, o presidente reconhece que será necessário melhorar as bases do sistema de ensino.
"Em um país desenvolvido, para cada dez estudantes há quatro ou cinco que estudam tecnologia ou ciência. Aqui estamos a anos-luz disso."
Mujica reconhece que cinco anos de gestão lhe deixaram esgotado. "Sim, estou cansado, mas não paro até o dia em que me levem em um caixão ou que eu me torne um velho gagá", diz.
"Vou continuar lutando. Acredito que a vida é uma luta pelo que a pessoa pensa e pelo que sente."
Quando deixar o poder, o presidente planeja abrir uma escola agrícola em um galpão nos fundos de sua casa. "Vai começar em março, para aproveitar a terra que temos, os meios que temos, e com isso já posso me divertir com as crianças do bairro."
Ele afirma, no entanto, que não pensa em se afastar da política.
"Não serei um velho aposentado que fica em um canto escrevendo minhas memórias. Eu não vou escrever nada, não tenho tempo, tenho coisas para fazer."

Brasileiros da Natação pescam metais de ouro, prata e bronze nas águas de piscinas de Doha, do outro lado do planeta e acham com muito esforço


08/12/2014
 às 17:41 \ Direto ao Ponto

Cinco anfíbios geniais venceram o campeonato mundial apesar do Brasil

Natação - homens
Guilherme Guido, Felipe Franca, Nicholas Santos e Cesar Cielo (4 x 100 medley)
Etiene-Medeiros--size-598
Etiene Medeiros, ouro e recorde mundial nos 50m de costas
O vencedor do campeonato mundial de natação em piscina curta não foi o Brasil. Foram cinco brasileiros: Etiene Medeiros, Guilherme Guido, Felipe França, Nicholas Sanos e Cesar Cielo. As dez medalhas (sete de ouro, duas de prata e uma de bronze) conquistadas em Doha, no Catar, pertencem a esses anfíbios geniais. Eles triunfaram apesar do Brasil.
Além dos maiores nadadores do planeta, os cinco tiveram de derrotar o viveiro de doutores em futebol, um Ministério do Esporte rebaixado a curral do PCdoB, a inexistência de qualquer coisa parecida com política esportiva, cartolas que só descobrem grandes atletas já descobertos por outros países, a crônica escassez de verbas, centros de treinamento em decomposição, uma infraestrutura indigente e tantos outros frutos do casamento da inépcia lucrativa com o oportunismo.
Dilma Rousseff, para quem piscina curta é aquela em que o neto está aprendendo a nadar, não vai perder a chance de enrolar-se na bandeira do Brasil. Ela ainda acha que festejar façanhas alheias fará o povo esquecer que o país do Petrolão logo estará liderando o campeonato mundial da corrupção.

Coitada da Petrobras.... Foi a última a saber da traição !

http://aluizioamorim.blogspot.com.br/2014/12/petrolao-explode-nos-estados-unidos.html

terça-feira, dezembro 09, 2014


PETROLÃO EXPLODE NOS ESTADOS UNIDOS: INVESTIDORES ENTRAM COM AÇÃO NA JUSTIÇA AMERICANA CONTRA A PETROBRAS.


Investidores protocolaram, nesta segunda-feira, uma ação civil pública contra a Petrobras nos Estados Unidos. Há mais de dez investidores envolvidos na ação, cujos nomes são mantidos em sigilo, representados pelos escritórios de advocacia Wolf Popper, com sede nos Estados Unidos, e Almeida Law, no Brasil. .....

Leia mais no link abaixo
http://aluizioamorim.blogspot.com.br/


O Brasil pode acrescentar o volume da roubalheira da corrupção ao Produtos Interno Bruto e mostrar ao mundo um PIB maior... A Itália fez isso com a prostituição !

09/12/2014 12h57 - Atualizado em 09/12/2014 13h23

Agentes da PF acham 100 mil dólares em casa em MT durante operação

Em MT, quatro pessoas foram presas em operação contra o narcotráfico.
Mandados foram cumpridos em Mirassol D'Oeste e Cáceres.

Pollyana AraújoDo G1 MT
Quatro pessoas foram presas nesta terça-feira (9) em Mirassol D'Oeste, a 329 km de Cuiabá, durante a Operação 'Conexão Descoberto', da Polícia Federal, que visa desarticular um esquema de narcotráfico com atuação no Distrito Federal, Goiás e Piauí. No município, de acordo com a PF, também foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão e um de condução coercitiva naquela cidade, localizada na região da fronteira com a Bolí
Ao todo, somando com os mandados que estão sendo cumpridos no Distrito Federal, a operação visa cumprir 22 mandados judiciais, sendo 11 de prisão preventiva.
Em uma casa supostamente de um traficante, a Polícia Federal encontrou cerca de 100 mil dólares que estavam escondidos dentro de um colchão durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão. De acordo com a PF, essa foi a maior apreensão feita durante a operação. O dinheiro foi levado para a Delegacia da PF de Cáceres, a 250 km da capital.
Também foram apreendidos veículos, entre eles uma caminhonete, três motos e dois veículos utilitários. Todos os materiais devem ser levados para Brasília, onde foi deflagrada da operação. Os três homens e a mulher devem ser encaminhados para a cadeia pública de Cáceres.
A quadrilha, alvo da operação, costumava transportar droga em fundos falsos de veículos e, neste ano, tinham sido apreendidos 150 kg de entorpecente com integrantes dessa organização criminosa.