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quarta-feira, 1 de julho de 2015

A Política do Brasil parece ser um hobby [malvado] de políticos desonestos (guardado as exceções) / Felipe Moura Brasil

http://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil/page/3/


29/06/2015
 às 9:30 \ BrasilCultura

Lula, Cunha e Aécio: juntinhos para derrubar Dilma e melar a Lava Jato?

Cunha Aécio LulaLula
Desesperado com a Lava Jato, Lula vai a Brasília orientar deputados e senadores do PT a blindá-lo, além de reunir-se com dirigentes do suposto partido.
Como o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró está pensando, segundo a coluna Radar, em fazer uma delação premiada, o pânico após as denúncias de Ricardo Pessoa aumenta ainda mais.
Em depoimento ao juiz Sérgio Moro (ver aqui eaqui), Cerveró havia dito:
“Não, eu não sou indicação política do PMDB. Eu assumi o cargo de diretor atendendo a um convite do presidente Lula e da ministra Dilma, de Minas e Energia”; “eu tinha uma atividade dentro da Petrobras mais próxima ao Partido dos Trabalhadores”.
Para se salvar, Lula não descarta a opção de derrubar Dilma Rousseff.
No fim de semana, a Folha noticiou que ele estimulou pessoalmente o responsável pela análise das contas do governo no Tribunal de Contas da União a contestar as chamadas “pedaladas fiscais”.
Embora seu Instituto negue, Lula teria dito ao ministro José Múcio Monteiro, de quem é próximo, achar razoável que o órgão pedisse explicações sobre as manobras e que isso “daria um susto” na presidente.
Eduardo Cunha
Morrendo de medo da Lava Jato, Eduardo Cunha adota a mesma linha de ataque do PT, em entrevista à Folha de S. Paulo:
“Joaquim Barbosa não decretou nenhuma prisão preventiva. O que significa que ele respeitou o princípio constitucional da presunção da inocência, o que me parece que não está sendo respeitado hoje”.
Para melar a Lava Jato, Cunha tem um plano exótico de conchavo nacional:
“A grande evolução que se deve ter é que temos que discutir o parlamentarismo no Brasil, e rápido. Um debate para valer e votar”.
Caso não funcione, o impeachment com base nas pedaladas fiscais é a solução:
“Se o TCU reprovar as contas do mandato anterior, não quer dizer nada. Se há práticas neste mandato condizentes com improbidade, é outra história”.
Aécio Neves
Com o rabo preso do senador tucano Aloysio Nunes na Lava Jato, após denúncia de Ricardo Pessoa, Aécio Neves pede “cautela” em entrevista ao Estadão e também prefere mirar nas contas de Dilma:
“Continuo tendo a cautela de sempre nessa questão. Vou continuar esperando que as coisas caminhem. Um momento extremamente importante para todo esse processo será o julgamento do Tribunal de Contas”.
Em seguida, adota a mesma linha de defesa dos tesoureiros petistas, ainda que descolando Aloysio da organização criminosa:
“Não se pode misturar um apoio legítimo, declarado na Justiça Eleitoral, com o assalto comandado pelo PT”.
Quadro geral
Em maior ou menor grau, todos temem Sérgio Moro.
E a julgar pelas semelhanças nas declarações, PT, PMDB e PSDB poderão usar a rejeição das contas de Dilma no TCU para forçar sua renúncia com a abertura do processo de impeachment, fechando ao mesmo tempo um conchavo para melar a Lava Jato em seguida.
Contamos com Sérgio Moro e a pressão das ruas para melar essa possibilidade.
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28/06/2015
 às 20:37 \ BrasilCultura

Armínio e Sinara previram o desastre econômico. O PT crucificou os dois por dizerem a verdade aos brasileiros

[* Aviso: a moderação de comentários do blog está com dias de atraso neste mês explosivo, mas será atualizada no começo desta semana. Eu sou um só - e agradeço pela (in)compreensão.]
Armínio Sinara
O tempo mostrou que Armínio Fraga e Sinara Polycarpo fizeram as previsões certas durante o período eleitoral de 2014, quando o PT crucificou os dois por dizerem a verdade aos brasileiros, já que o petismo depende da crença popular em sua propaganda enganosa.
1) Dias atrás, o site Infomoney relembrou que há um ano, em carta enviada aos clientes do Santander, a superintendente de investimentos do banco alertava sobre os riscos de um eventual segundo mandato de Dilma Rousseff:
“O câmbio voltaria a se desvalorizar, juros longos retomariam alta e o índice da Bovespa cairia, revertendo parte das altas recentes”, disse Sinara.
Lula reagiu furiosamente na ocasião, pedindo a cabeça da funcionária: “Essa moça não entende porra nenhuma de Brasil e de governo Dilma. Manter uma mulher dessa num cargo de chefia, sinceramente… Pode mandar ela embora e dar o bônus dela para mim”.
(No blog de José Dirceu, o “porra nenhuma” de Lula virou “nada”, como zombei aqui.)
Resultado: o Santander demitiu Sinara por pressão de Lula, mas, desde a reeleição, o dólar subiu 23%, a taxa de juros saltou de 11% para 13,75% e o Ibovespa chegou a cair 15 mil pontos.
Pior: Dilma continua empregada.
2) Já a Folha deste domingo traz uma entrevista com o economista Armínio Fraga, principal assessor econômico do então candidato Aécio Neves (PSDB-MG):
Na campanha eleitoral, você foi criticado por dizer que o país entraria em recessão, e hoje isso se concretizou. Como você se sente?
Aquilo foi um grande teatro, um show de mentiras. O Aécio e o Fernando Henrique falaram isso o tempo todo. O custo é este: temos um país morrendo de medo.
Com medo de quê?
De tudo: recessão, desemprego, inflação. Não sou político, vivo de administrar o dinheiro dos meus clientes. Se for pessimista, estou acabado, mas tenho que ser realista. A situação não está boa.
As empresas estão demitindo. A situação vai piorar?
Infelizmente, acredito que não chegamos ao fundo do poço. Espero estar errado, mas analiticamente não estamos nem perto disso.
Como costumo dizer aqui no blog:
O fundo do poço é o céu do PT.
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28/06/2015
 às 19:35 \ BrasilCultura

Vídeos: Guido Mantega é detonado em restaurante de São Paulo: “Você devia ter vergonha de sair de casa”

guido-mantegaOs petistas já não podem sair às ruas sem sentir a revolta da população contra seus crimes e maquiagens.
Dois vídeos que circulam pela internet e pelo whatsapp mostram clientes do Restaurante Trio, na Vila Olímpia, em São Paulo, revoltados com o ex-ministro da Fazenda (e das pedaladas fiscais) Guido Mantega neste domingo (28/6). Essa é a terceira vez que Mantega passa por esse tipo de situação. A primeira foi nalanchonete do Hospital Albert Einstein; e a segunda, na saída do Restaurante Aguzzo, em Pinheiros.
Eis as falas do primeiro vídeo de hoje:
Homem 1: “Ladrão! Ladrão, sim, senhor! Palhaço!
Homem 2: “Sem-vergonha!”
Homem 1: “Sem-vergonha! É isso que o senhor é!”
Homem 2: “Vocês estão acabando com o país! Acabaram com a Petrobras, acabaram com tudo! E você (estava) lá na Petrobras”.
Mantega, de fato, era presidente do Conselho de Administração da Petrobras. Em maio, o aúdio de uma reunião revelou que ele tentou esconder o rombo de R$ 88,6 bilhões no patrimônio da estatal.
Eis as falas do segundo vídeo:
Mulher 1: “A gente não vai mais ficar calado!”
Homem 1: “Vergonha! Você devia ter vergonha de sair de casa. Vergonhoso o que o senhor fez e o seu partido”.
Mulher 1: “Num ambiente assim, a gente tem que falar, a gente tem que se posicionar.”
Nas duas situações, Mantega levanta-se da cadeira e vai até os clientes revoltados, mas não é possível ouvir se diz alguma coisa.
Certamente não disse a única palavra que caberia neste momento:
“Desculpa”.
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28/06/2015
 às 5:54 \ BrasilCultura

Brasília treme: vem aí a nova ‘lista do Janot’, baseada na delação de Ricardo Pessoa

janotA coluna Painel, da Folha, informa:
“Vem aí uma nova ‘lista do Janot’. Com a homologação da delação premiada do empreiteiro Ricardo Pessoa, da UTC, o procurador-geral da República deve abrir nos próximos dias mais procedimentos. Tanto podem ser outros inquéritos quanto diligências em investigações já em curso no Supremo Tribunal Federal. Apesar do enorme volume, auxiliares de Rodrigo Janot dizem que há investigações avançadas a ponto de já gerar denúncias, talvez ainda antes do recesso do Judiciário.
Dada a abertura de novas frentes de apuração, no Ministério Público Federal não se descarta a necessidade de que Janot tenha de convocar mais procuradores para integrar o grupo que o auxilia na Lava Jato.”
É tanta roubalheira sob o governo do PT que falta até procurador para dar conta de tudo.
A seguir a lógica de sua primeira lista, no entanto, Janot não deverá incluir Dilma Rousseff.
Ele havia escrito da outra vez sobre os envolvidos nas doações à campanha da petista:
“Pelo teor direto da narrativa, a suposta solicitação da vantagem deve ser apurada em relação a quem a teria feito.”
Quem a teria feito segundo Paulo Roberto Costa, no caso, era Antonio Palocci, não Dilma.
Agora, os que a teriam feito segundo Ricardo Pessoa foram os então tesoureiros Edinho Silva, João Vaccari Neto e José Filippi, além de Manoel Araújo Sobrinho, chefe de gabinete de Edinho, que acertava as doações.
O próprio Edinho, em sua resposta aos vazamentos, tratou de blindar Dilma, dizendo que a responsabilidade de arrecadar dinheiro para a campanha era só dele.
Na esfera penal/criminal, por enquanto, ainda parece mais fácil pegar Dilma pelas pedaladas fiscais (e pelo contingenciamento indevido) que pelo petrolão.
Mas, na esfera política, o impeachment já devia ter saído há muito tempo.
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28/06/2015
 às 4:55 \ BrasilCultura

PT pede socorro ao marqueteiro João Santana para salvar Dilma sapiens

João DilmaA coluna Painel, da Folha, informa:
“Com a pororoca das crises de popularidade, econômica e da Lava Jato, ministros criticam a ausência de João Santana, que está na Argentina e não tem nem aconselhado Dilma à distância.”
Ou seja:
1) Enquanto o marqueteiro não volta (nem entra no chat), Dilma sapiens vai “saudando a mandioca, uma das maiores conquistas do Brasil”.
2) Os ministros gentilmente fazem o marketing de João Santana ao emplacar a notícia de que ele não tem nada com isso.
3) Enquanto os brasileiros sofrem as consequências dos crimes e desastres econômicos do PT, a preocupação do governo petista é lançar o programa “Mais Marketing”.
4) Apertem os cintos, o marqueteiro sumiu.
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28/06/2015
 às 3:40 \ BrasilCultura

Desembargador coloca Marcelo Odebrecht em seu devido lugar

Gebran Marcelo
Gebran e Marcelo: aham, senta lá
Marcelo Odebrecht vai ficar na cadeia.
O desembargador federal João Pedro Gebran Neto endossou a decisão do juiz Sérgio Moro e colocou o chefinho de Lula em seu devido lugar, afirmando, entre outras coisas, que:
1) há indícios fortes da participação do empresário no esquema;
2) “Como presidente do grupo Odebrecht, o paciente teria plena ciência do que ocorria no âmbito de contratações da Petrobras”;
3) as provas encontradas até agora indicam que Marcelo “não somente anuiu com a conduta ilícita como também dela se beneficiou”;
4) não é crível que “o presidente e sócio da empresa não conhecesse fatos dessa envergadura e que implicasse na movimentação de cifras astronômicas”;
5) “Até que se contextualize os fatos, sobrepreço [palavra usada em e-mail tido como prova] não pode significar coisa diversa que não a sua literalidade”.
Comento:
É mesmo uma arbitrariedade essa língua portuguesa.
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terça-feira, 30 de junho de 2015

Acredite... É verdade !

https://pbs.twimg.com/media/CIv87pxUAAAdKe4.jpg


Acredite,


Efeito colateral da apuração de ilícitos... Pimentel X. Cardozo / Veja

http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/na-mira-da-pf-pimentel-apura-vazamentos-e-constrange-cardozo


BRASIL
SEGURANÇA

Na mira da PF, Pimentel apura vazamentos. E constrange Cardozo

Pedido coloca ministro da Justiça, já em processo de fritura no partido, em nova saia-justa: ele teme ser acusado de agir sob pressão do PT


Governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT)(Valter Campanato/Agência Brasil/VEJA)

O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), orientou seus advogados a pedirem abertura de investigação sobre o vazamento de informações sigilosas da Operação Acrônimo, da Polícia Federal (PF). Segundo disseram fontes do governo mineiro ao jornal O Estado de S. Paulo, o pedido deve ser formalizado no Superior Tribunal de Justiça (STJ), foro responsável por processos contra governadores, mas o alvo é mesmo a PF.

O pedido coloca numa saia-justa o titular da Justiça, José Eduardo Cardozo, a quem a PF é subordinada. Na semana passada, a Executiva Nacional do PT aprovou convite para o ministro explicar ao partido as ações da PF nas Operações Acrônimo e Lava Jato. Segundo pessoas próximas ao ministro, Cardozo está disposto a instaurar a investigação sobre o vazamento na Acrônimo, mas teme o desgaste político de ser acusado de agir sob pressão do partido, por causa do convite feito pelo PT.

LEIA MAIS:

PT cobra explicação de Cardozo sobre ações da PF na Lava Jato

PF apura se Pimentel recebeu 'vantagens indevidas' por meio da empresa da mulher


Fontes do ministério lembram que Cardozo nunca se negou a investigar supostos abusos da PF e chegou a instaurar um procedimento em relação ao vazamento de peças do inquérito que apura a formação de cartel no metrô de São Paulo a pedido de tucanos, em agosto de 2013.

Agora, o ministro, que já é alvo de fritura por parte do PT e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por 'não controlar as investigações da Polícia Federal contra o partido', deve entrar também na linha de tiro da oposição - que poderá acusá-lo de pressionar a PF.

A Operação Acrônimo investiga indícios de caixa dois na campanha que elegeu Pimentel no ano passado. A primeira-dama de Minas, Carolina Oliveira, é uma das investigadas.

(Com Estadão Conteúdo)30/06/2015 às 08:23 - Atualizado em 30/06/2015 às 08:23

segunda-feira, 29 de junho de 2015

"O PT no volume morto da política" // Fernando Gabeira / O Globo

http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/opiniao-2/fernando-gabeira-reflexoes-sobre-o-volume-morto/#more-852221



29/06/2015
 às 15:51 \ Opinião

Fernando Gabeira: Reflexões sobre o volume morto

Publicado no Globo
FERNANDO GABEIRA
Lula teve alguns momentos de sinceridade na última semana. Disse que tanto ele como Dilma estavam no volume morto e que o PT só pensa em cargos. Ele se referiu ao volume morto num contexto de análise de pesquisas, que indicavam a rejeição ao governo e ao PT. Nesse sentido, volume morto significa estar na última reserva eleitoral. No entanto, o termo deve ser visto de forma mais ampla.
Estar por baixo nas pesquisas nem sempre significa um desastre. Em alguns momentos da História, o próprio PT, e disso me lembro bem, não alcançava 10% dos eleitores, mas tinha esperança, e os índices não abalavam sua autoestima. O volume morto em que se meteu agora é diferente. Ele indica escassez da água de beber e incapacidade energética, depois de 12 anos de governo. Foi um tempo em que, sob muitos aspectos, andamos para trás.
Há perdas na economia, na credibilidade do sistema político, todo um projeto fracassado acabou jogando o país também num volume morto. Há chuvas esparsas como a Operação Lava-Jato, mas elas caem muito longe dos reservatórios do PT. Tão longe que ajudam a ressecar ainda mais o terreno lodoso que ainda abastece as torneiras petistas.
Lula pode estar apenas querendo se distanciar de Dilma e do PT. Ele a inventou como estadista e agora bate em retirada. E quanto ao PT, quem vai rebater suas críticas e arriscar o emprego e a carreira? Pois é esse o combustível de seus quadros.
Há cerca de uma década escrevi um artigo intitulado “Flores para os mortos”, no qual afirmava que uma experiência com pretensão de marcar a História terminava, melancolicamente, numa delegacia de polícia. Foi muito divulgado, e na internet usaram até fundo musical para compartilhá-lo. O título é inspirado numa cena do filme de Luis Buñuel, a florista gritando na noite: “Flores, flores para os mortos”.
Devo ter recebido muitas críticas dos petistas. Passados dez anos e algumas portas de delegacia, hoje é o próprio líder que admite a incapacidade política de Dilma e a voracidade dos seus seguidores.
Olho para esse tempo com melancolia. Ao chegar ao Brasil, os tempos do exílio não pesavam tanto. O futuro era tão interessante, o processo de redemocratização tão promissor que compensavam o passado recente. Agora, não. O futuro é mais sombrio porque a tentativa de mudança foi uma fraude, a própria palavra mudança tornou-se suspeita: poucos creem que o sistema político possa realizar os anseios sociais.
Lula fala em esperança para sair do volume morto. Mas que esperança pode arrancá-los do volume morto quando o próprio líder, apesar de sua sinceridade ocasional, não consegue vislumbrar uma saída? Lula repete aquela frase atribuída ao técnico Yustrich: “Eu ganho, nós empatamos, vocês perdem”.
Lendo no avião uma entrevista do escritor argelino Kamel Daoud, muito criticado pelos muçulmanos mais radicais do seu país. O título da entrevista é: “Nem me exilar, nem me curvar”.
Uma de suas respostas me tocou fundo. O repórter perguntou: “Como você, depois de viver anos ligado aos Irmãos Muçulmanos, conseguiu escapar desse mundo?”. “Leitura, muita leitura”, respondeu Kamel Daoud.
O resto da viagem fiquei pensando como teria sido bom para a esquerda brasileira leitura, muita leitura, para poder escapar da sua própria miopia ideológica.
Na verdade, ela mastigou conceitos antigos, cultivou políticas retrógradas, como essa de apoiar o chavismo, e se perdeu nos escaninhos dos cargos e empregos. Ela me lembra os jovens do filme “O muro”. Um dos seus ídolos acaba como porteiro de hotel, e é melancólica a cena em que os admiradores o descobrem, paramentado, carregando malas.
Leitura, muita leitura, não importa em que plataforma, talvez impedisse a esquerda de ver seu predestinado líder proletário trabalhando como lobista de empreiteiras. Talvez nem se chamaria mais de esquerda.
Um dos mais ricos petistas critica os outros por só pensarem na matéria. A realidade surpreendeu todas as previsões da volta ao exílio, tornou-se uma espécie de pesadelo.
Tomara que chova nos reservatórios adequados e as forças que caíram no volume morto continuem por lá, fixadas na única esperança que lhes resta: sobreviver.
O país precisa sair do volume morto, reencontrar um nível de crescimento, credibilidade no seu sistema político. Hoje o país é governado por um fantasma de bicicleta e um partido de míseros oportunistas, segundo seu próprio líder, chamado de Brahma pelas empreiteiras.