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segunda-feira, 2 de novembro de 2015

No Brasil surreal a Justiça leva 11 anos para julgar um crime hediondo - assassinatos de 4 funcionários públicos - , desses fáceis de serem resolvidos por mostrar tantas evidências


01/11/2015
 às 20:35 \ O País quer Saber

O castigo chegou aos assassinos de Unaí

Nesta sexta-feira, 30 de novembro, o Tribunal do Júri de Minas Gerais condenou a penas que somam quase 200 anos de prisão o fazendeiro Norberto Mânica — 100 anos de cadeia — e o empresário cerealista José Alberto de Castro — 96 anos, dez meses e 15 dias. A dupla é acusada de ser a mandante dos assassinatos dos auditores fiscais Nelson José da Silva, João Baptista Lages e Erastótenes de Almeida Gonçalves, e do motorista Ailton Pereira de Oliveira, fuzilados em 28 de janeiro de 2004 dentro de uma caminhonete do Ministério Público Federal enquanto trabalhavam.
O também fazendeiro e irmão de Norberto, Antério Mânica, e o cerealista Hugo Pimenta, serão julgados respectivamente em 4 e 10 de novembro. Os executores do crime, Rogério Allan Rocha Rios, Erivaldo Vasconcelos Silva e Willian Gomes de Miranda cumprem, desde 2013, penas que variam de 56 a 94 anos de prisão. Cada um teria recebido R$ 39 mil pelo assassinato.
No post republicado abaixo, “A bandidagem enquadrou os xerifes”, de 7 de maio de 2009, a seção O País Quer Saber contou detalhes do crime que ficou conhecido como a Chacina de Unaí. Passados quase 12 anos, a coluna comemora a condenação dos culpados.
Antério virou prefeito e Norberto continua no trono do feijão
Antério virou prefeito e Norberto continua no trono do feijão
Melhor tentar a fortuna em Minas Gerais, decidiram em 1978 os quatro irmãos descontentes com a rotina sem horizontes no Paraná. Lá sobrevivia desde o final do século 19 a família Manica, formada por imigrantes italianos e seus descendentes. Dali partiram Antério, Luiz Antônio, Celso e Norberto na carroçaria de um caminhão. A viagem terminou em Unaí, fundada em 1943, a 165 quilômetros de Brasília e a 350 de Belo Horizonte. Acampados em barracas meses a fio, trabalharam na lavoura até comprarem um punhado de alqueires. Para que os nativos soubessem como era a pronúncia do sobrenome proparoxítono, só precisaram de um circunflexo sobre a primeira vogal. Para que soubessem o que sabem hoje, precisaram de tempo, terras e tragédias.
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Humor de Sponholz no blog de Aluizio Amorim

Sponholz: Lula chora no túmulo do corrupto desconhecido.

Franklin Martins é 'casado'' com comunismo mas tem 'amante' no capitalismo... / blog do Aluizio Amorim

FRANKLIN MARTINS, O MEGA PETRALHA, VIVE A 'DOLCE VITA' EM PORTUGAL EM FRENTE A UM SANTUÁRIO DE CONSUMO CAPITALISTA.

Franklin Martins curte a boa vida em Lisboa estrategicamente instalado em frente ao principal ícone capitalístico da capital lusitana. (Fotomontagem do site Diário do Poder)
Ex-ministro do governo Lula, que os adversários comparam a Joseph Goebbels, maquiavélico homem da propaganda nazista de Adolf Hitler, Franklin Martins tomou chá de sumiço há cerca de um ano. Não deu as caras nem para defender os amigos enrolados na Operação Lava Jato. É que ele está longe de tudo e de todos, no “exílio dourado” de Portugal, onde preenche o tempo escrevendo um livro de memórias.
O livro de Franklin Martins acabará virando ficção, porque enumera as maravilhas da “era Lula”, ignorando as gatunagens como a do “petrolão”.
Em vez de “faróis socialistas” como Havana ou Tirana ou Pyongyang, Franklin preferiu Lisboa, no país governado por sociais democratas.
“Intelectual progressista”, Franklin Martins escolheu viver bem em frente às fabulosas lojas “El Corte Inglés”, templo do consumismo capitalista. Da coluna de Cláudio Humberto/Diário do Poder

domingo, 1 de novembro de 2015

"Dilma, não seja 'cúmplice de Maduro' diz esposa do líder da oposição da Venezuela / BBC / G1


BBC
01/11/2015 09h46 - Atualizado em 01/11/2015 09h46

Mulher de líder opositor da Venezuela pede a Dilma que não seja ‘cúmplice de Maduro’

Em entrevista à BBC Brasil, Lilian Tintori afirma que Leopoldo López foi condenado 'sem provas' após mortes em protestos da oposição no país.

Fabíola OrtizDe Nova York para a BBC Brasil
"Peço a Dilma Rousseff que não seja uma voz cúmplice do (presidente) Nicolás Maduro", diz Lilian Tintori, de 37 anos, mulher do líder oposicionista radical Leopoldo López, preso há um ano e oito meses na Venezuela.
Em conversa com a BBC Brasil após passagem por Nova York durante a abertura da Assembleia Geral da ONU, Lilian se apresenta como ativista de direitos humanos e afirma esperar ser recebida pela presidente brasileira.
"Espero isso da presidente como mulher e mãe, que conhece a tortura, o encarceramento e sabe o que é a violação de direitos fundamentais. Precisamos que o governo brasileiro se pronuncie de forma contundente e rejeite a condenação feita a Leopoldo López", afirma.
Em maio deste ano, ela esteve no Brasil e foi recebida por parlamentares do PSDB, entre eles o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o governador de São Paulo Geraldo Alckmin e o senador Aécio Neves, e falou na Comissão de Relações Exteriores do Senado.
Lilian, conhecida na Venezuela também como ex-apresentadora de TV e campeã de kite-surfing, tem feito peregrinação pelos países da região para angariar apoio político a seu marido, dirigente do partido de direita Vontade Popular (VP) e ex-prefeito do município de Chacao (2000-2008), na região metropolitana de Caracas.
Oposição
López é um forte opositor ao governo de Maduro e gera controvérsia dentro da própria oposição. O político de 44 anos que estudou Economia na Universidade de Harvard (EUA) foi sentenciado, no dia 10 de setembro, a 13 anos e 9 meses de prisão por liderar protestos contrários ao governo em 2014.
A Justiça venezuelana o condenou por incitação ao crime, incêndio, danos à propriedade pública e associação para o crime.
López foi acusado de promover a violência em manifestações que deixaram 43 mortos. A Justiça o considerou autor intelectual das mortes. Nos protestos, outras 600 pessoas ficaram feridas e mais de 3,5 mil foram detidas.
No final de outubro, o promotor venezuelano Franklin Nieves, um dos principais responsáveis pela acusação contra López, deixou a Venezuela e se instalou em Miami, de onde denunciou ter sofrido pressões para incriminar o político opositor com provas falsas.
Lilian diz ter ido a Nova York para se encontrar com líderes mundiais. Sem citar nomes, afirmou ter tido reuniões privadas com presidentes.
O subsecretário adjunto para América Central e Caribe do Departamento de Estado americano, Francisco Palmieri, confirmou à BBC Brasil ter se encontrado com ela no Conselho das Américas e reforçou que os EUA continuam "preocupados com a grande injustiça" do julgamento e da sentença.
Recentemente, a Anistia Internacional declarou López "preso de consciência"– uma pessoa detida por suas convicções políticas, religiosas ou por origem e orientação sexual.
Segundo a organização, o líder foi "injustamente sentenciado por seus ideais e pela maneira como exercia seus direitos políticos" - algo que o governo venezuelano nega.
"As acusações contra Leopoldo López nunca foram adequadamente provadas e a sentença de prisão contra ele é claramente motivada politicamente. Seu único 'crime' era ser líder de um partido de oposição na Venezuela", disse Erika Guevara-Rosas, diretora de Américas da Anistia Internacional, em setembro.
'Condições desumanas'
"Condenaram Leopoldo López injustamente sem provas ou testemunhas", afirma Lilian.
Segundo ela, o marido está preso em condições desumanas no presídio de Ramo Verde, ao sul de Caracas, reservado a militares e civis considerados de grande importância pelo Estado por razões políticas ou de segurança.
Ela diz que o marido passou "meses de isolamento em uma solitária" de 2x3 metros, sem luz, e que seus filhos, de 2 e 5 anos, ficaram sem poder visitar o pai na prisão por nove meses.
Lilian afirma que seu marido sofre tortura psicológica. "Não deixam a Cruz Vermelha entrar (na solitária), nem jornalistas ou familiares. Leopoldo vive em solidão, perseguido e vigiado. Roubam seus pertences e até uma foto da família foi rasgada quando ele mudou de cela", acusa.
Ela reclama ainda que ele não tem direito a receber correspondências privadas.
Até chegar à solitária em que López estaria preso, existem oito portas trancadas com cadeados cujos sons ecoam pela torre, segundo Lilian, que coleta informações do marido quando consegue visitá-lo. "Para ele, o mais difícil da prisão é este som dos cadeados, que causa muito medo e terror. Já o ameaçaram com uma escopeta no peito e jogaram excremento e urina em sua cela."
Ela defende que seu marido "nunca incentivou a violência e nunca fará isso".
"É inocente, está preso por suas ideias porque quer mudar seu país. Não acredito na Justiça do meu país porque está controlada. Não há autonomia dos poderes", afirma.
Figura controversa
Leopoldo López gera controvérsia entre os setores da oposição venezuelana. Em 2009, ele criou o movimento Vontade Popular, que se oficializou como partido em 2011.
Em 2008, a Justiça venezuelana o inabilitou politicamente por ter sido acusado de usar recursos da companhia estatal de petróleo PDVSA. O caso foi levado à Corte Interamericana de Direitos Humanos, na Costa Rica, e à Comissão Interamericana de Direitos Humanos, que concluíram, em 2011, que seus direitos haviam sido violados.
López chegou a se apresentar como pré-candidato presidencial às eleições de outubro de 2012, mas não concorreu para apoiar a candidatura de Henrique Capriles, nome da oposição considerado mais moderado.
Em janeiro de 2014, articulou a campanha chamada "La Salida" (A Saída, em espanhol), defendendo a retirada de Nicolás Maduro da Presidência.
A estratégia do líder opositor era ocupar as ruas com protestos para forçar a saída do presidente. A ação foi considerada golpista por chavistas. Capriles também discordou da tática e criticou a ação.
"Não há provas nem testemunhas. Ele conclamou os protestos sim, mas protestos pacíficos. 'La Salida' era a saída constitucional", defende Lilian.
Segundo ela, o governo Maduro – que assumiu a Presidência interina da Venezuela em março de 2013, após a morte de Hugo Chávez, e foi eleito, em abril do mesmo ano, com 50,66% dos votos – "tem todas as características de um regime autoritário".
"Todos os dias vivemos com medo. Matam, sequestram ou te assaltam nas ruas. Conseguir alimentos básicos é uma aventura porque há muita escassez, assim como de remédios básicos", diz.
'Consciência tranquila'
A Venezuela terá eleições parlamentares em 6 de dezembro, quando a oposição tentará ocupar a maioria dos assentos na Assembleia Nacional, executar a lei de anistia para libertar os 78 presos que consideram políticos e mobilizar um referendo e uma Assembleia Constituinte.
Durante quase duas semanas, a BBC Brasil tentou contatar a missão venezuelana na ONU, porém não obteve resposta.
O embaixador permanente do país no órgão, Rafael Darío Ramírez Carreño, falou com a BBC Brasil brevemente em uma entrevista coletiva, mas afirmou que não poderia se pronunciar sobre Leopoldo López e se limitou a comentar que as críticas feitas por opositores são parte de uma "campanha de infâmia e desinformação".
"Em meu país não temos pena de morte, não concebemos a tortura. O tema dos direitos humanos está politizado e há uma campanha de alguns meios de comunicação, que pretendem desprestigiar nosso governo e nossas leis e têm uma ingerência declarada sobre nossos assuntos internos", declarou.
A Venezuela está entre os 18 membros eleitos, na última quarta-feira, para compor o Conselho de Direitos Humanos da ONU. O embaixador venezuelano afirmou que a reeleição do país ao órgão representa a "vitória da diplomacia da paz".
"Estamos tranquilos com nossa consciência. A eleição constitui um reconhecimento internacional do compromisso do nosso país com os direitos humanos."

Avião de companhia russa cai no Egito e mais de 200 pessoas morrem // BBC

Queda de avião no Egito: o que se sabe até agora...

O avião partiu ao meio e despencou...! 

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2015/10/151030_voo_russo_sabemos_lk.shtml


Queda de avião no Egito: o que se sabe até agora

  • 31 outubro 2015
Foto: APImage copyrightAP
Image captionAvião acidentado passou por revisão técnica antes de decolar
Um avião de passageiros da Rússia caiu neste sábado na península do Sinai, matando 217 passageiros e sete tripulantes.
A aeronave voava do resort egípcio de Sharm el-Sheik, no Mar Vermelho, para São Petersburgo.
O Airbus A321, operado pela companhia russa Kogalymavia, também conhecida como Metrojet, decolou do aeroporto de Sharm el-Sheik às 5h58 (1h58 em Brasília) deste sábado.

O que aconteceu?

O avião desapareceu da tela do radar cerca de 20 minutos após a decolagem, enquanto voava pela região central do Sinai. Ele estava a uma altitude de 9.450 metros, segundo comunicado do Ministério de Relações Exteriores do Egito.
Um avião militar egípcio achou em seguida os destroços na área montanhosa de Hasana, a 35 quilômetros ao sul da cidade costeira de Arish, de acordo com o comunicado.
Autoridades que foram ao local da queda disseram à Reuters que o avião se dividiu em dois, e que "uma pequena parte da cauda pegou fogo e uma outra parte maior bateu em uma pedra".
Mais de 50 ambulâncias foram enviadas ao local da queda. A correspondente da BBC no Cairo Ranya Sabry afirmou que havia corpos espalhados por uma área de 2 km.
Ao menos uma caixa-preta da aeronave já foi encontrada.

O que pode ter acontecido?

Adel Mahgoub, presidente da companhia que administra os aeroportos civis do Egito, disse à agência de notícias Associated Press (AP) que o avião havia passado por uma revisão técnica no aeroporto de Sharm el-Sheik antes de decolar.
Ayman al-Muqadem, membro do Comitê de Incidentes da Aviação do Egito, disse à AP que o piloto havia comunicado dificuldades técnicas durante o voo antes de perder contato com os controladores de voo. O piloto afirmou que tinha a intenção de tentar pousar no aeroporto mais próximo.
O site de monitoramento de voos Flightradar24 disse que logo antes do sinal do avião sumir do radar a aeronave iniciou uma descida vertical de 1.830 metros por minuto.
O grupo extremista autoproclamado Estado Islâmico afirmou ter derrubado o voo KGL9268. A afirmação foi feita em um comunicado publicado no aplicativo de mensagens Telegram. A Rússia disse que a afirmação é falsa e que não haveria evidências de que o avião foi derrubado.
A queda aconteceu em uma área onde o governo do Egito está lutando contra insurgentes jihadistas, mas forças de segurança do Egito afirmaram à agência de notícias Reuters que não há indicativos de que o avião tenha sido abatido ou explodido.
Foto: ReutersImage copyrightReuters
Image captionExtremistas afirmaram ter derrubado aeronave, mas segundo especialista armas do grupo não têm capacidade para isso
Militantes da afiliada do autoproclamado Estado Islâmico na península do Sinai possuem lançadores de mísseis portáteis terra-ar. Porém, um especialista em segurança da organização Manama Dialogue do Bahrain disse à BBC que o avião estava voando a uma altitude superior à capacidade desse armamento.

Quem são as vítimas?

O avião estava carregando 214 cidadãos russos e três ucranianos, segundo o governo egípcio. Dos 217 passageiros, 138 eram mulheres, 62 homens e 17 crianças.
A Associação de Operadores de Turismo da Rússia (Ator) publicou em seu website uma lista que afirma ser dos nomes dos passageiros e da tripulação.

O que sabemos sobre o avião?

O A321 tem dois motores e uma autonomia de 7.400 quilômetros, segundo a Airbus. Ele pode levar até 220 passageiros.
O A321 que caiu foi produzido em 1997 e acumulou 56 mil horas de voo, em 21 mil voos, segundo um comunicado da Airbus.
Desde 2012 o avião era operado pela Kogalymavia, uma companhia aérea baseada no oeste da Sibéria que também administra uma frota chamada Metrojet.