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Uma crônica que tem perdão, indulto, desafio, crítica, poder...

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

"Lula a um passo da cadeia? " / blog de Aluizio Amorim

domingo, outubro 09, 2016


LULA A UM PASSO DA CADEIA?

O empresário Emilio Odebrecht, que retornou ao comando da empresa após a prisão do filho Marcelo Odebrecht, é oficialmente um dos delatores da empresa na Lava-Jato.
Em seu depoimento, segundo informa a revista Veja que circula neste fim de semana, o ex-presidente Lula será o alvo principal.
Emílio Odebrecht
Emílio Odebrecht herdou do pai, Norberto, o jeito cordial de tocar os negócios da empresa, por isso era ele quem lidava diretamente com Lula.
Jovem e arrogante, e com estilo em nada parecido com o pai e ao avô, Marcelo Odebrecht gostava de usar prepostos para tratar com políticos. A atitude de Marcelo mudou apenas no governo Dilma, de quem se tornou o interlocutor da empresa nos negócios bilionários.
Os acordos de delação premiada de Marcelo Odebrecht e da próprios diretores da empresa foram negociados por decisão de Emílio. Após ver o filho preso e com escassas possibilidade de ser solto em curto prazo, Emílio suspendeu a aposntadoria e retomou o comando das empresas. Foi dele a decisão de fazer todos os executivos da Odebrecht contarem tudo o que sabem à força-tarefa da Lava Jato. Eles serão recompensados com o perdão judicial e também receberão da empresa uma premiação milionária. Do site Diário do Poder

A cultura casuística do Brasil é protagonista da cena política

http://avaranda.blogspot.com.br/2016/10/de-justica-e-injustica-eliane-cantanhede.html?m=1

sexta-feira, outubro 07, 2016

De justiça e injustiça - 

ELIANE CANTANHÊDE

ESTADÃO - 07/10

O que esteve em discussão no Supremo Tribunal Federal na quarta-feira e continua em discussão na sociedade é o que torna a justiça mais justa: a presunção de inocência até a sentença tramitada em julgado, ou a prisão depois da condenação em segunda instância? É um embate eletrizante entre a “letra fria da lei” e uma realidade de profunda injustiça, que pode definir o futuro dos envolvidos na Lava Jato e até do ex-presidente Lula, que não tem foro privilegiado.

O tema é tão controverso que houve um empate de 5 a 5 entre os supostamente maiores conhecedores da Constituição do Brasil e foi decidido pelo voto de Minerva da presidente Cármen Lúcia a favor da prisão em segunda instância – ou seja, por um tribunal de Justiça ou um tribunal regional federal. Como deu 6 a 5, o debate continua, aliás, para cobrir as falhas do Processo do Código Penal, que permite um festival de recursos e impede que seja feita justiça quando o criminoso é endinheirado e de colarinho branco.

Os argumentos dos dois lados merecem reflexão. Os que se agarram ao princípio da “presunção de inocência” alegam que é um risco mandar prender um réu na segunda instância se, depois, ele pode ser declarado inocente por um tribunal superior. Seria, segundo eles, a injustiça prevalecendo sobre a justiça. E acrescentam que os réus, sobretudo fora dos grandes centros e dos holofotes, podem ficar nas mãos de tribunais contaminados por disputas paroquiais ou pelo Poder Executivo local.

No lado oposto, os que defendem a prisão já na condenação em segunda instância lembram a constrangedora lentidão da Justiça, o festival de recursos que prorrogam decisões e enriquecem advogados por décadas e o quanto os réus ricos se dão bem e os pobres se dão mal. Assim como não é possível falar que a reforma do ensino médio vai tornar o sistema mais injusto socialmente (?!), não se pode imaginar que o cumprimento de pena tempestivamente tornará o sistema mais injusto juridicamente. A realidade da Justiça no Brasil é estridente.

Procuradores, promotores, delegados e investigadores aplaudiram a decisão do STF, mas advogados e os mais puristas condenaram e alguns alardeiam que a luta continua para repor o velho processo que permite certos políticos atravessarem governos, mandatos, eleições e décadas driblando a Justiça. Acusado de um desvio de mais de R$ 1 bilhão (em valores atualizados) do TRT-SP, o empresário Luiz Estevão de Oliveira Filho – o “Leo green” das contas no exterior – passou de instância em instância por duas décadas, até ser preso neste ano graças à primeira decisão do Supremo a favor da prisão após a segunda instância. O Senado cassou o seu mandato em 2000, mas a Justiça garantiu sua impunidade nos 16 anos seguintes.

Nada é perfeito, mas faz-se justiça com processos justos, amplo direito a defesa, provas claras e punição dos culpados. Condenar inocentes é o cúmulo da injustiça, mas inocentar os culpados, inclusive por omissão, também é. Num voto curto, claro, sem firulas, a ministra Cármen Lúcia citou um crime comum, em que o réu matou, admitiu que matou e esgotaram-se todas as possibilidades de provar sua inocência já na segunda instância. Mas os principais defensores da nova regra não estão pensando só nos crimes comuns, mas principalmente na corrupção, porque nada mais injusto do que roubar o dinheiro público. Para refletir, todos os réus e advogados da Lava Jato, da Zelotes e da Acrônimo são contra a prisão após a decisão de segunda instância e a força-tarefa e os investigadores são a favor. De que lado será que a sociedade está?

‘Dr. Diretas’. Reverência eterna ao deputado Ulysses Guimarães, símbolo da política como a política deveria ser.


MURILO às 07:56

domingo, 9 de outubro de 2016

O jogo sujo dos 'gigolôs da bondade'...

domingo, outubro 09, 2016


O Brasil tolera o golpe petista - 

GUILHERME FIUZA

REVISTA ÉPOCA

Uma repórter foi hostilizada na coletiva de Haddad. O prefeito pediu desculpas, mas se trata de um fato grave



A entrevista coletiva do prefeito de São Paulo para falar de sua derrota no primeiro turno das eleições municipais honrou as tradições do Partido dos Trabalhadores: uma repórter da Globo News foi hostilizada, acuada e obrigada a se retirar do recinto. Com esse ato revolucionário, os militantes progressistas do PT atingiram dois objetivos ao mesmo tempo: reforçaram sua poética contra a mídia burguesa e deixaram claro, pela enésima vez, que notícia boa é notícia a favor – algo um tanto difícil quando se perde uma eleição.

No dia seguinte, Fernando Haddad (o tal candidato derrotado) pediu desculpas à repórter. E ficou tudo bem. O Brasil é uma mãe.

Uma mãe especialmente boa para os filhos da... outra. Aceita que eles vandalizem a casa, basta dizerem depois que foi sem querer. Quando Dilma (a outra) ganhou a reeleição em 2014, esses rebentos aloprados fizeram um escarcéu no discurso da vitória. Entre outros cânticos de guerra, entoaram a palavra de ordem “abaixo a Rede Globo” – que provocou a seguinte reação da presidente da República: parou seu discurso e fez coro silencioso ao ataque. Isso depois de condenar a depredação da Editora Abril, atentado perpetrado por seus simpatizantes. Enquanto o Brasil tolerar essa malandragem, os progressistas de circo vão continuar espancando a liberdade de expressão e dizendo que ela é linda.

O mais perfeito retrato da tal democratização dos meios de comunicação, bandeira cifrada do PT e seus genéricos, é o caso Mídia Ninja. A aparição desse movimento – e sua difusão durante os protestos de junho de 2013 – parecia uma boa novidade. Um jornalismo de guerrilha, absolutamente independente, engajado na missão obstinada de cobrir tudo o que a grande imprensa não mostrasse. É assim mesmo que se faz democracia – com a pluralidade das vozes impedindo os monopólios da verdade.

A boa novidade começou a não parecer tão boa quando alguns grandes veículos começaram a ser acusados – especialmente em São Paulo e no Rio de Janeiro – de estar distorcendo a cobertura dos protestos em favor da polícia. Qualquer cobertura jornalística terá suas falhas eventuais, mas havia um problema mais sério com essa versão espalhada pela Mídia Ninja: ela não era verdadeira. Não houve e não há nenhum registro de cobertura tendenciosa pró-polícia pelos principais veículos de comunicação do país em junho de 2013. Ao contrário, o noticiário até tendeu a superestimar os propósitos dos manifestantes – atribuindo uma grandiosidade aos atos que eles, percebeu-se depois, nem sempre tinham.

E passou a surgir outro ingrediente incômodo no front dos protestos: a mídia que não era ninja começou a ser recebida com hostilidade nas ruas, frequentemente cercada e violentamente agredida. Essa prática boçal se tornou corriqueira e teve, entre seus legados, a morte do cinegrafista Santiago Andrade, da Band – atingido por um rojão na cabeça.

Os responsáveis pela morte de Santiago irão finalmente a júri popular. Mas os políticos que os incentivaram e incentivam seus coleguinhas bestiais estão concorrendo alegremente nas eleições municipais, com discurso de direitos humanos. E a Mídia Ninja foi contratada pelo finado (e obsceno) governo Dilma Rousseff.

O episódio da expulsão da repórter Andrea Sadi da coletiva de Haddad mostra que o Brasil ainda convive bem com a falta de democracia – desde que o ato autoritário parta do pessoal fantasiado de esquerda. É a enésima agressão à liberdade de expressão por parte de um grupo político que já tentou de tudo para transformar a mídia em panfleto particular – inclusive torrando milhões de reais do contribuinte para sustentar blogs de aluguel. Quando o governo Temer tenta mostrar as feridas institucionais deixadas por 13 anos dessas manobras obscuras, surgem vozes na própria grande imprensa denunciando a contrapropaganda... Só rindo.

O que aconteceu na coletiva de Haddad é muito grave e tem a ver com a narrativa do golpe. É a defesa de um sistema de crenças em bandeiras aparentemente belas, que servem a uma prática autoritária de subsistência política, cultural e moral (sic). São os gigolôs da bondade. A impressionante tolerância nacional para com essas figuras explica que Lula, depois de tudo o que fez, ainda possa andar por aí com cara de coitado.

A realidade da Argentina pós Cristina Kirchner

Cartas de Buenos Aires: 

A pobreza argentina só aumenta

Buenos Aires, por exemplo, esconde detrás de uma de suas avenidas mais elegantes, a Avenida Libertador, uma favela enorme, perto dos trilh-os da linha de trem
Buenos Aires nas lentes do fotógrafo argentino  Marcos Lopez (Foto: Marcos Lopez)
Há dois meses, enquanto produtores frustrados com as políticas do governo doavam, como forma de protesto, frutas da colheita na Praça de Maio, no centro de Buenos Aires uma cena em particular comoveu os argentinos. Um senhor idoso que, alertado sobre a doação, saiu de casa a mais de duas horas de distância, descobriu tratar-se de um ato simbólico no qual as frutas se acabaram em poucos minutos. Frustrado, chorou diante das câmeras de um canal local.
O aposentado contou que recebia uma pensão correspondente a pouco mais de mil reais e sustentava um filho de 18 anos, que há meses não comia uma fruta.  Tinha a expectativa de chegar ao fim de sua vida com um pouco mais de dignidade.        
Segundo dados oficiais, divulgados essa semana, o idoso é parte dos quase 10 milhões de argentinos considerados pobres pelas estatísticas oficiais. Ou seja, quase um, em cada três argentinos, está na pobreza.
É um dado alarmante. A gestão anterior de Cristina Kirchner não divulgava estatísticas sobre a pobreza do país pois, segundo o ex-Ministro da Economia, Axel Kicillof, os índices “estigmatizam” os pobres.
Buenos Aires, por exemplo, esconde detrás de uma de suas avenidas mais elegantes, a Avenida Libertador, uma favela enorme, perto dos trilhos da linha de trem. É uma grande cidade de miséria, com cerca de 50 mil habitantes, cuja quase invisibilidade assusta tanto quanto seu tamanho. Está ali, mas ninguém vê, assim como os pobres que tiveram que esperar que as estatísticas oficiais viessem à tona para existir aos olhos do resto da Argentina.
As desculpas começavam pela xenofobia: “a maioria vem dos países limítrofes, como Paraguai e Bolívia, e escolhem viver na favela com outros parentes”. E terminavam por desnudar um país míope que não enxerga além de sua capital. Uma ida ao empobrecido norte argentino e todas essas teorias caem por terra.
O atual governo até tentou atribuir a terrível situação de pobreza do país à gestão anterior. Mas não existem mocinhos e bandidos. Mauricio Macri assumiu há nove meses. Desde então, o índice de desemprego só aumentou. O Presidente retirou os subsídios e deixou soltos os preços. Portanto, disparou a inflação. Não aplicou medidas paliativas e empurrou aqueles que já olhavam a pobreza à pouca distância para o outro lado da linha.   
O resultado é o que os argentinos lamentam com a alma pesarosa de tango: de um dos países mais ricos do mundo nos séculos anteriores à sentença de terceiro mundismo, tal qual todo o restante da América Latina.
A classe média igualmente se desespera pois está acuada entre contas de gás e aumentos exorbitantes.
E pensar que, no começo do século passado, costumava-se dizer na Europa “fulano é tão rico como um argentino”.
Buenos Aires nas lentes do fotógrafo argentino Marcos Lopez (

sábado, 8 de outubro de 2016

Humor de Antonio Lucena

HUMOR

Arte de Antonio Lucena

O PT governou criminosamente o Brasil ...

sábado, outubro 08, 2016


PIMENTEL E SUAS DUAS MULHERES

Por Nilson Borges Filho (*)
O capital político do governador Fernando Pimentel está definitivamente arruinado pelas denúncias obtidas com a  deflagração da operação Acrônimo. Pimentel é um morto-vivo, um cadáver insepulto sitiado no Palácio Mangabeiras, sede residencial do governo mineiro. O seu poder é meramente simbólico, aqui abusando do conceito de Pierre Bordieu.
Enrolado por denúncias de malfeitorias, desde os tempos em que ocupava o cargo de prefeito de Belo Horizonte, o governador pouco se ocupa das coisas do Estado. Terceirizou o poder para o grupo duro do governo, mais especificamente para o Secretário de Planejamento Helvécio Guimarães.
O dia-dia da administração está sob à gerência do Chefe da Casa Civil, Marco Antônio Rezende. Justo aqui mora o perigo: Rezende é investigado pela Polícia Federal por suposta cumplicidade com Fernando Pimentel e Paulo Moura Ramos, presidente da estatal Prodemge, como sócios da empresa de consultoria que os investigadores acreditam ser de fachada. Criada – segundo esses mesmos investigadores -  com a única finalidade de obter recursos de origem duvidosa para abastecer os caixas de campanha do governador  e  – sabe-se lá – o bolso dos amigos companheiros.
Pimentel com 63% de rejeição dos eleitores de Minas, por precaução,  não participa de atividades em público com receio de ser vaiado. Em certas situações quando a liturgia do cargo o obriga a estar presente em algum evento, o constrangimento dos demais presentes é visível. A rigor, a presença de Fernando Pimentel não agrega valor político nem mesmo nas candidaturas petistas às prefeituras e câmaras de vereadores.
O candidato à Prefeitura de Belo Horizonte, o petista  Reginaldo Lopes, queria distância de Pimentel, pois mais atrapalhava do que ajudava. Não fossem os faustos jantares promovidos no Palácio Mangabeiras, regados a vinho de safra premiada e com quantidades industriais de crustáceos, para a companheirada caviar, ninguém perceberia que naquele palácio mora uma autoridade pública. 
Pimentel é um zumbi – bem alimentado, é claro – que passa dias e noites enfurnado nos quartos escuros e úmidos da residência oficial. Vez ou outra utiliza-se do helicóptero do governo para dar suas escapadas semanais à sede do governo na Cidade Administrativa, um monstrengo construído pelo ex-governador Aécio Neves, durante um surto de megalomania explícita.
O calvário de Pimentel teve início com a delação do amigo de todas as horas e situações, Benedito Oliveira, que o acusou de receber propina no valor de 20 milhões de dólares quando ocupava a titularidade do Ministério do Desenvolvimento. Bené foi além: contas pessoais do à época ministro e da mulher Carolina de Oliveira saíram da sua conta bancária. Viagens, hotéis de luxo, mesadas, cartões de crédito e outros mimos, segundo o mesmo Bené, foram pagos por ele.
Numa manobra muito mal explicada, o órgão especial do STJ aliviou a barra de Pimentel ao decidir por 8 votos a 6 que Pimentel só pode ser denunciado com autorização da Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Ora, Pimentel tem maioria na Casa e dificilmente Suas Excelências votariam contra o governador, por milhões de motivos que nós meros contribuintes bem sabemos. Mas alguns juristas defendem a tese que o assunto não se esgota na esfera do STJ, cabendo à Procuradoria Geral da República mover recurso no Supremo Tribunal Federal contra a decisão por maioria de votos do Superior Tribunal de Justiça. 
Quando Pimentel, petistas em geral e seus supostos cúmplices – Marco Antônio Rezende e Paulo Moura Ramos – brindavam e gargalhavam com a decisão do STJ, surge na revista Época matéria denunciando que empresa de consultoria ligada a Fernando Pimentel pagou despesas pessoais da ex-mulher do governador mineiro, Thaís Velloso Pimentel, e taxas de condomínio de apartamentos da atual esposa Carolina Oliveira.
Pode-se dizer tudo de Pimentel, até com certa razão. Porém não se pode dizer que Pimentel  seja um mau marido. A tal empresa de consultoria tem como sócios Marco Antônio Rezende, Chefe da Casa Civil, e Paulo Moura Ramos, presidente da PRODEMGE, estatal do governo de Minas gerais. Com essa nova denúncia, a situação legal do governador Fernando Pimentel muda de figura e se agrava caso se confirme as suspeitas dos investigadores. O inferno astral do governador tão cedo não terá o fim que deseja.
(*) Nilson Borges Filho foi professor do Curso de Direito da UFSC e do Departamento de Ciência Política da UFMG

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

"Um desserviço às mulheres" ... Drauzio Varella desmente boato ... / BBC

'É um desserviço às mulheres': Drauzio Varella desmente boato que liga mamografia a câncer de tireoide

  • Há 1 hora
Mulher prestes a começar mamografiaImage copyrightTHINKSTOCK
Image captionMamografia, capaz de detectar nódulos na mama que ainda não são palpáveis, é recomendada para mulheres a partir dos 40 anos
Drauzio Varella, o médico mais popular do Brasil, está bastante chateado. Um dia antes de falar com a BBC Brasil, ele recebeu, via WhatsApp, diversas cópias de um vídeo que citava seu nome. "É uma dessas teorias conspiratórias horríveis! Que horror!", diz.
No vídeo, que também circula no Facebook, uma mulher não identificada afirma que, segundo Varella, os casos de câncer de tireoide em mulheres estariam aumentando por causa da realização de mamografias e radiografias odontológicas.
Ela também critica profissionais de saúde que realizam esses exames por não oferecerem aos pacientes protetores de chumbo para a garganta - parte do corpo que abriga a glândula tireoide.
O mesmo texto já circulava por e-mail em 2013, quando chegou a ser desmentido por sites "caça-boatos". Na época, as afirmações eram atribuídas ao programa americano de TV The Dr. Oz Show, comandado pelo médico Mehmet Öz.
Entre 2014 e 2015, uma versão passou a circular no WhatsApp, já atribuída a Drauzio Varella.
A novidade de 2016 é o vídeo, cuja circulação explodiu justamente no "outubro rosa", mês de conscientização sobre o diagnóstico do câncer de mama.
"Estou entrando em contato com uma advogada especialista em internet para tomar providências. Passamos tantos anos insistindo que as mulheres façam mamografia anualmente a partir dos 40 anos, e uma pessoa infeliz dessa usa meu nome para assustar as mulheres", diz o médico.
"Uma paciente minha que teve câncer de mama e hoje faz uma mamografia por ano para acompanhar veio me perguntar se deveria parar de fazer por causa disso, imagine!"
A BBC Brasil elaborou perguntas e respostas para esclarecer o que há de errado na mensagem do vídeo. Confira abaixo.

Houve realmente uma alta nos casos de câncer de tireoide?

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), a taxa de incidência desse tipo de câncer tem aumentado cerca de 1% ao ano na maioria dos países do mundo.
Mas isso se deve principalmente ao fato de que o exame que detecta um tumor está sendo realizado com mais frequência.
"Uma possível explicação para a tendência de aumento das taxas de incidência é o aumento do uso de ultrassom e biópsia guiada por imagem para detecção de doença subclínica", afirma o instituto em nota enviada à BBC Brasil.
A taxa de mortalidade do câncer de tireoide, no entanto, está caindo na maioria dos países, diz o Inca, provavelmente por causa da melhoria do tratamento.
No Brasil, o instituto estima que sejam diagnosticados 6.960 novos casos neste ano - 1.090 em homens em 5.870 em mulheres.
Drauzio VarellaImage copyrightREPRODUÇÃO/YOUTUBE
Image captionCitado como fonte do boato, Drauzio Varella diz estar conversando com advogada para tomar providências
Num vídeo publicado há um ano, Drauzio Varella cita um estudo que foi realizado na Coreia do Sul e chegou a conclusões semelhantes.
"O que acontece é que, muitas vezes, o ultrassom de tireoide mostra nódulos que nunca iriam se manifestar, e assusta as pessoas com problemas que não são graves. Mas é só isso, nem toquei na palavra mamografia", afirma o médico à BBC Brasil.
A incidência de nódulos benignos e de câncer na tireoide é de duas a três vezes maior em mulheres do que em homens. De acordo com o Inca, fatores hormonais podem explicar essa diferença. "Mas isso sempre foi assim, muito antes de existir mamografia", explica Varella.
"Se você fizer ultrassom de tireoide em 100 mulheres, mais ou menos 60 terão nódulos benignos na tireóide. Mas é importante lembrar que ter nódulos de tireoide não significa estar com câncer. A doença é mais rara."
Esse tipo de câncer, diz o Inca, representa de 2% a 5% dos cânceres femininos e menos de 2% dos cânceres masculinos.

Mamografias e raios-X trazem risco de câncer?

Ainda em 2015, quando a versão escrita do boato começou a circular nas redes, a Comissão Nacional de Mamografia - formada pelo Colégio Brasileiro de Radiologia, pela Sociedade Brasileira de Mastologia e pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia - divulgou uma nota afirmando que "o risco de indução de câncer de tireoide após uma mamografia é insignificante".
Segundo a nota, trata-se de menos de 1 caso a cada 17 milhões de mulheres entre 40 e 80 anos que realizam mamografia anualmente.
"A dose de radiação para a tireoide durante uma mamografia é extremamente baixa (menor que 1% da dose recebida pela mama). Isto é equivalente a 30 minutos de exposição à radiação recebida a partir de fontes naturais".
No site de Drauzio Varela, um texto sobre o câncer de tireoide lista, entre os fatores de risco, a "radiação na região do pescoço para tratamento de doenças anteriores". Ele esclarece, no entanto, que isso se refere a tratamentos de radioterapia, em que o paciente recebe doses mais altas de radiação.
"Se você faz radioterapia no pescoço, a tireoide recebe radiação. Tanto que temos que acompanhar todos os pacientes que se submetem a isso com cuidado. Mas daí a dizer que uma mamografia ou um raio-X odontológico pode provocar um processo desse é um absurdo", explica à BBC Brasil.
E para se ter uma ideia, a dose de radiação à qual o paciente é exposto em uma mamografia - que já é pequena - é mais de 100 vezes maior do que a dose em um raio-X odontológico.
Vídeo de boato sobre mamografiasImage copyrightREPRODUÇÃO/YOUTUBE
Image captionMulher, que não se identifica, repete texto de boato que já circulava nas redes sociais há cerca de três anos

Por que o 'protetor de tireoide' não é usado pelos pacientes que fazem esses exames?

Em sua nota, Comissão Nacional de Mamografia afirma que não recomenda o uso do protetor de tireoide porque ele "pode interferir no posicionamento da mama e gerar sobreposição - fatores que podem reduzir a qualidade da imagem, interferir no diagnóstico e levar à necessidade de repetições de exames".
A decisão, diz a nota, está de acordo com a posição da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), da ONU.
Um documento da AIEA, publicado em 2011, afirma que "na mamografia moderna, há uma exposição insignificante para outros locais que não seja a mama" e que os protetores podem ser fornecidos a pedido dos pacientes, mas tem valor "psicológico".
O órgão afirma ainda que o protetor não deve estar exposto na sala onde o exame ocorre para evitar que os pacientes achem que ele é necessário.

Salvamento de um cão... por heróis anônimos!

Real Heroes are not on Netflix.. https://imgur.com/gallery/gLFBrf1

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

A legislação penal do Brasil tende para ajudar o infrator criminal ... Faz parte da cultura penal do país !


Coordenador da Lava Jato defende que a Polícia Federal possa fechar delações premiadas

Em audiência na Câmara dos Deputados, o delegado Igor Romário diz que legislação não pode retroceder


BÁRBARA LOBATO
06/10/2016 - 11h25 - Atualizado 06/10/2016 11h47

O delegado da polícia federal Igor Romário de Paula (Foto: Redprodução)
O coordenador da Operação Lava Jato na Polícia Federal (PF), o delegado Igor Romário, disse em audiência na Câmara dos Deputados, na manhã desta quinta-feira (6), que a PF deve ter a prerrogativa de fechar delações premiadas. Trata-se de uma contestação aos defensores de que só o Ministério Público (MP) deveria ter essa possibilidade. “Não faz sentido retroceder à legislação de 2013 e concentrar a delação premiada em uma única instituição”, afirmou.
Nos bastidores, por sua vez, a PF tem ficado contra a delação premiada que a Odebrecht está negociando com o MP. Os policiais acreditam haver provas suficientes para continuar a investigação contra a empreiteira sem a necessidade de conceder benefícios a ela a esta altura.

Charge de Sponholz no blog de Aluizio Amorim

Uma muçulmana na Playboy ... / BBC

Quem é a primeira muçulmana a posar para a Playboy usando véu

  • Há 3 horas
A jornalista americana Noor Tagouri fez história nos EUA este mês ao se tornar a primeira mulher muçulmana a posar para a revista "Playboy" usando véu.
Tagouri, que fique bem claro, posou vestida, já que desde o ano passado a publicação americana deixou de veicular imagens de mulheres nuas, como parte de uma nova estratégia de mercado.
Tagouri, de 22 anos, é filha de imigrantes líbios e conhecida pelo ativismo on-line, incluindo uma campanha para se tornar a primeira apresentadora de TV muçulmana a usar véu em uma emissora comercial nos EUA.
Ela diz que a decisão de posar para a "Playboy" foi uma oportunidade de desafiar as percepções sobre mulheres muçulmanas e de usar a revista para propagar uma mensagem contrária a objetificação sexual feminina.
"Eles (a revista) ficaram conhecidos por sexualizar as mulheres. Não haveria maneira melhor de compartilhar minha mensagem do que usar a frente em que as pessoas fazem justamente essa objetificação", diz ela.
A participação de Noor resultou em elogios e polêmicas, mas a jornalista diz ter ignorado os comentários negativos.
"Não presto atenção a este tipo de coisa. Quero fazer meu trabalho e ignorar as pessoas nervosas sentadas à frente do computador"