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sexta-feira, 19 de maio de 2017

"Quanto pesar pelo país! E quanto será propícia a esses malfeitores a cela da prisão! " / Percival Puggina

A TRIPULAÇÃO SEQUESTROU O AVIÃO, ROUBOU A CARGA E O PILOTO SUMIU.

por Percival Puggina. Artigo publicado em 
 Escrevo dando aos fatos deste final de tarde apenas três horas de sedimentação. Quanto pesar pelo país! E quanto será propícia a esses malfeitores a cela da prisão! Exatamente numa semana em que o noticiário conseguia esboçar informações positivas sobre a evolução da economia nacional, uma investigação do MPF, no estrito cumprimento de seu dever, mostra ao país que Michel Temer é exatamente o que se poderia esperar que surgisse do interior do governo de onde saiu.
Se algum insignificante fragmento de alívio me traz esta noite trágica para o Brasil é saber que posso recuperar, sem qualquer arrependimento, cada palavra que escrevi ou proferi nestes últimos dois anos. O governo Temer era o que a Constituição nos constrangia a aceitar. Nunca esperei que algo bom e virtuoso fosse emergir daquele pestilento governo da coligação PT/PMDB. A tristeza que sinto não se veste com as cores da surpresa. Antes, bem antes, ela vem coberta com as cinzas do desalento.
Somos cidadãos de um país que encontra, na sua tropicalidade e bom humor, numa suposta virtude da tolerância infinita, razões de consciência para a ruptura com valores morais, para transformar o deboche em estilo de vida e para comparecer aos processos eleitorais com o mesmo juízo empregado para desenhar obscenidades na porta do banheiro.
No mesmo momento em que olhamos para o dia de amanhã com tantas incertezas, assistimos o Congresso Nacional encerrar as sessões desta tarde com uma multidão de parlamentares clamando furiosamente por eleições imediatas. Pergunto: para renovarem seus mandatos, em boa parte mal havidos, comprados com dinheiro sujo e com favores de governos corruptos? Não, que este é um país onde "se está difícil para malandro, imagina para otário". Eleições diretas só para presidente, num processo onde eles mesmos, oportunistas, demagogos, revanchistas, mentirosos, corruptos, eleitores de Lula e de Dilma, se consideram favorecidos pelas pechinchas do momento político. Querem eleições diretas imediatas ainda que contra a Constituição, porque nossa Carta tem e sempre teve, para os proponentes de eleições já, a serventia de um rolo de papel.
Nada é tão perverso à nação, neste final de dia, do que a combinação do governo que temos com o Congresso que temos. No mês passado, no passado recentíssimo do mês de abril, com o esgoto escorrendo pelas sarjetas aos olhos e ao olfato de todos, o dinheiro da corrupção, soubemos hoje, estufava maletas, remunerava consciência, comprava silêncios e encorpava a féria dos gangsteres. Como dormiremos agora sabendo a nação confiada a esses canalhas?
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* Percival Puggina (72), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A tomada do Brasil. integrante do grupo Pensar+.

IRMÃOS "ÉSLEY" DA JBS NA CADEIA, JÁ! #JornalDaJoice



https://youtu.be/OdXlyZCE91g

Delação cheia de sujeitos ocultos ...!

 https://youtu.be/OdXlyZCE91g

Temer é vítima de uma conspiração - 
REINALDO AZEVEDO FOLHA DE SP - 19/05

  Pesquisem a etimologia da palavra "conspiração". Lá está o verbo "spiiro", que significa "soprar", "respirar", mas também "emitir um odor". A conspiração, então, é uma teia de sopros, respiros e odores subalternos. Metaforicamente, é o cochicho das sombras. Cecília Meireles soube trabalhar tal origem no seu magnífico "Romanceiro da Inconfidência". Pesquisem a respeito.
  É claro que o presidente Michel Temer está sendo vítima de uma conspiração meticulosa e muito bem-sucedida. Todos sabem que os irmãos Joesley e Wesley Batista eram íntimos e grandes beneficiários do regime petista. Aliás, dava-se de barato: querem pegar o PT? Então peguem a JBS. A coisa ganhou até tradução popular. 
  Que jornalista não foi indagado no táxi sobre uma suposta fazenda de Lulinha, em sociedade com a JBS? Que se saiba, tudo conversa mole. Nunca houve. Mas a dupla caiu na rede da Lava Jato.
 Os irmãos foram assediados pela força-tarefa. Sabe-se lá com quantas ameaças. Como não devem ter memória muito limpa do que fizeram nos verões passados, resolveram "colaborar". Mas não com uma delação premiada no molde Marcelo Odebrecht. Não! Empregou-se a tática aplicada no caso Sérgio Machado, aquele que se dispôs a gravar peixões da República. Com a mesma generosidade. Em troca, os filhos de Machado nem processados foram. O criminoso pegou dois anos e três meses de cadeia em sua mansão, em Fortaleza.
  Aos irmãos Batista se ofereceu ainda mais: "Entreguem o presidente da República, apelando a uma conversa induzida, gravada de forma clandestina. Façam o mesmo com o principal líder da oposição, e vocês nem precisarão ficar no Brasil, sentindo o odor dessa pobrada, que vai pagar o pato. Nós os condenaremos a morar em apartamento de bilionário em Nova York. Impunidade nunca mais!"    Querem saber? Sim, sou grato ao Ministério Público Federal e à tal força-tarefa. Oh, sim, também pelos relevantes serviços prestados no combate à corrupção. Lembrando o cineasta Bertolucci, sob o pretexto de caçar tarados, vocês ainda chegam ao fascismo, valentes! Avante, "giovinezza, giovinezza,/ Primavera di bellezza/ (...)/ Per Janot, Dallagnol, la mostra Patria bella". 
 Sim, sou grato a todos os Torquemadas e Savonarolas da política porque admitem, na prática, agora sem nesga para contestação, que eu estava certo.  
 Os procuradores têm um projeto de poder e estão destinados a refundar a República. E, por óbvio, seu viés é de natureza revolucionária, não reformista. Em recente prefácio que escreveu, o juiz Sergio Moro alcançou voos condoreiros: haverá dor. 
  Sim, sou grato a esses patriotas porque, quando afirmei, há meses, que a direita xucra estava se juntando a alguns porras-loucas, com poder de polícia, para devolver o poder às esquerdas, alguns tentaram me tachar de maluco. Perdi amigos –não por iniciativa minha. E, no entanto, tudo está aí, claro como a luz do dia.  
 Então vamos ver. O presidente Michel Temer disse que não renuncia. Sim, ele é um político, é hábil, é consciencioso e certamente saberá avaliar, de forma criteriosa, as circunstâncias. Estas são sempre boas conselheiras dos prudentes. Como ele próprio lembrou, trechos de gravações vêm a público naquele que é o melhor momento do governo.
 No breve pronunciamento que fez nesta quinta, Temer subiu um pouco o tom —ou o som— que lhe é habitual. Havia uma irritação extrema, mas contida (como é de seu feitio). A tensão era óbvia. 
 O Brasil está pronto para ser o território livre do surrealismo jurídico. Ali falava um presidente da República, ninguém menos, a negar a renúncia, mas sem saber do que era acusado. 
Tinha consciência, sim, de que o relator do petrolão no STF, Edson Fachin, já havia aceitado o pedido de investigação. Mas ele próprio não tinha ouvido nada. O conteúdo já foi liberado. 
  Ali falava um presidente da República, ninguém menos, que lutava para não ser refém do Terror Jurídico em curso no país. Sob o pretexto de "cassar tarados". 
 O Brasil afunda, e a esquerda deita e rola.

Tem rebanho de "bode" na delação (mais do que premiada) da JBS... / Reinaldo Azevedo

http://avaranda.blogspot.com.br/2017/05/a-verdade-e-que-pobre-brasileiro-e.html?m=1

A Venezuela está na UTI.! O Brasil pode acompanhar sua companheira ...!

http://m.huffpostbrasil.com/2017/05/15/a-dor-de-ver-seu-pais-cair-aos-pedacos-o-relato-de-um-venezuela_a_22088109/?ncid=tweetlnkbrhpmg00000002

Tem "bode" na delação de diretores da JBS...!

http://avaranda.blogspot.com.br/2017/05/a-hora-da-responsabilidade-editorial-o.html?m=1

quinta-feira, 18 de maio de 2017