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terça-feira, 11 de setembro de 2018

A grande oportunidade do Brasil está depositada em Bolsonaro

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BLOG /  RODRIGO CONSTANTINO
Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.

ARTIGOS
QUANDO UM LIBERAL CLÁSSICO TROCOU AMOEDO POR BOLSONARO
11 de setembro de 2018
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Por Claudir Franciatto, publicado pelo Instituto Liberal

“O que não me destrói me fortalece”. – Friedrich Nietzsch

Uma faca cruza, lepidamente, o ar efusivo de um dia de glória e, numa estocada, penetra nas entranhas do futuro. É assim que acontece um corte epistemológico nas eleições de 2018. O Brasil se volta para as mudanças. Tudo começa com reflexões mais profundas. Lembramo-nos de que absolutamente tudo o que acontece neste mundo, em termos de política, mercado, realidade social, passou antes pela mente de um ser humano.

Aquele a quem chamam de fascista nunca atacou ninguém, mas é atacado. O Adélio da faca operou em mim uma decisão: eu, um liberal clássico, iria de João no dia 7 de outubro. Agora, vou de Jair. A rapidez da estocada abreviou meu processo de reflexões. O “mito”, como é chamado por seus seguidores mais inflamados, como político, tem enfrentado praticamente sozinho a ditadura do politicamente correto. Ele vem sofrendo a mais sórdida, ampla e caudalosa enxurrada de difamações, ofensas e acusações infundadas de que se tem notícia na história deste país. É a “ditadura da colagem” imposta pela esquerda. O que ela cola, pega. Assim como, para eles, as provas contra Lula não existem, as evidências de que Bolsonaro seja um monstro são desnecessárias. Basta apregoar que ele seja.

Bolsonaro é humilde em reconhecer suas próprias limitações. E chamou, em primeiro lugar, Paulo Guedes. Suas lacunas vão sendo preenchidas. Torna-se mais e mais confiável. Além do mais, os conservadores aguerridos, como ele, conseguem adotar o caráter incisivo nos discursos que nós, liberais, não temos. E há que se admitir: essa união é bem-vinda. Muito mais do que a promessa da ordem com o progresso, trata-se da junção da liberdade econômica com o conservadorismo indispensável para este momento. É um fenômeno estratégico.

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Em O Poder do Mito, Joseph Campbell nos mostra que todos somos heróis. O ato de nascer, por si só, já nos impõe desafios duríssimos. Deveríamos ser mitos de nós mesmos, porque há um pouco de Hércules, de Aquiles em cada um de nós. Homens e mulheres. Mas ele expõe também outros aspectos do mito. Segundo ele, “mitos são histórias de nossa busca da verdade, de sentido, de significação, através dos tempos. Todos precisamos contar nossa história, compreender nossa história. Todos precisamos compreender a morte e enfrentar a morte, e todos necessitamos de ajuda em nossa passagem do nascimento à vida e depois à morte. Precisamos que a vida tenha significação, precisamos tocar o eterno, compreender o misterioso, descobrir o que somos”. Os mitos são amados justamente por serem imperfeitos, carregados de humanidade, como todos nós. E, a despeito disso, conseguem ultrapassar desafios que, supomos, jamais conseguiríamos.

No meu livro A Façanha da Liberdade, publicado em 1985, em artigo e colaboração exclusiva, o escritor Mário Vargas Llosa pondera: “Haver chegado a esse ponto – o de reivindicar o homem individual como uma entidade dona de direitos e deveres, em torno e ao serviço do qual deve originar-se a vida comunitária – é, sem dúvida, a culminância ética da História, definida por Benedeto Croce como uma façanha da liberdade”. Direitos e deveres. O mercado como engrenagem inclusiva. O Estado como coadjuvante agindo no básico. Tudo em torno de e para o indivíduo.

É Paulo Guedes quem nos lembra de que, depois de tantas décadas de estatismo e socialdemocracia, criou-se no Brasil uma legião de prisioneiros cognitivos. Acostumou-se tanto aos disseminadores da política viciada de esquerdismo que quando surge um candidato popular de direita, o assombro é gigantesco. Dessa forma, o mito terá de ser demonizado, desconstruído e demolido, à base de qualquer injúria à mão. E essa legião acaba contando com a leniência conformista dos verdadeiros liberais. Também acostumados a décadas de inexpressividade e irrelevância. Não seria esta a hora de os liberais seguirem um de seus principais intelectuais orgânicos: Paulo Guedes?

Com ênfase, esse economista-conselheiro – que poderá ser alçado ao cargo de ministro da Fazenda -, depois de se tornar bem próximo ao candidato, carrega nos elogios. Que esse mito de carne e osso é íntegro, corretíssimo, agora completamente determinado a uma sociedade aberta do mercado livre construtor de riquezas, além da ideia fixa de combater a verdadeira violência. O mito é humano. Capaz de ser ferido à morte. Mas sobrevive e nos liberta pela esperança.

Só não muda, agora, quem se tornou prisioneiro cognitivo.

Sobre o autor: Claudir Franciatto é jornalista e escritor"
Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/rodrigo-constantino/artigos/quando-um-liberal-classico-trocou-amoedo-por-bolsonaro/
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sábado, 8 de setembro de 2018

Agressor de Bolsonaro alugou quartos duas semanas antes do atentado

https://politica.estadao.com.br/noticias/eleicoes,agressor-de-bolsonaro-alugou-quarto-duas-semanas-antes-de-atacar-presidenciavel,70002493067

Porque o Brasil não se dividiu como as colônias espanholas nas Américas...

https://g1.globo.com/mundo/noticia/2018/09/07/por-que-o-brasil-nao-se-dividiu-como-as-antigas-colonias-espanholas-nas-americas.ghtml

sexta-feira, 7 de setembro de 2018

Abusadores da Pátria/ Percival Puggina


Artigos do Puggina

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ABUSADORES DA PÁTRIA MÃE

por Percival Puggina. Artigo publicado em 

Há cinco dias, num dos mais surpreendentes e onerosos casos de desídia de nossa história, o Museu Nacional ardia em chamas que consumiram dezenas de milhões de documentos históricos. Seu esqueleto fumegante se transformou num símbolo. Ele ilustra o modo irresponsável como aqueles de quem trato em meu livro “A Tomada do Brasil” lidam com tudo que não diga respeito à busca do poder. Enquanto a UFRJ faz política, a exemplo de tantas universidades nacionais, o país se extravia de suas raízes e de sua memória. Uma nova história, que sequer tangencia a verdade, vai sendo construída e narrada entre rolos de fumaça, sobre os escombros do legado ancestral.
Escrevo aos bons brasileiros, aos que amam a pátria que hoje aniversaria e que se sentem responsáveis por ela. Escrevo para muitos, então. Aproveitemos este Sete de Setembro para refletir sobre o que maus conterrâneos estão a fazer com nossa gente. Eles não podem continuar transformando o Brasil numa casa de tolerância, desavergonhada como nunca se viu igual. Nela, o banditismo das ruas é justificado em sala de aula e nos livros de Direito. Nela, as bandalheiras deslavadas e sorridentes de uma elite rastaquera e debochada, que conta dinheiro e votos como se fosse a mesma coisa, não mais escandalizam a tantos.
Já não lhes basta a própria corrupção. Dedicam-se, há bom tempo, à tarefa de corromper, o próprio povo, porque são milhões e milhões que já não se repugnam, que já não reclamam, que sequer silenciam, mas aplaudem, mas agradecem, mas reverenciam e se declaram devotos. E se dispõem a os reeleger.
Não é apenas no plano da política que a nação vai sendo abusada e corrompida. Também nos costumes e no desprezo à ética, à verdade e aos valores perenes. Também nas novelas, na cultura, nas artes. Nas aspirações individuais e nas perspectivas de vida. No pior dos sentidos, aburguesaram uma nação pobre. Incitaram o conflito racial numa nação mestiça desde os primórdios. À medida que Deus vai sendo expulso, por interditos judiciais e galhofas sociais, instala-se, no Brasil, cheirando a enxofre, a soberania do outro.
Recebemos de Deus e da História um país esplêndido, no qual malfeitores instalaram seu covil. Estamos a 30 dias de uma eleição geral. Não nos conformemos apenas com o "dever cívico" do 7 de outubro. Nosso dever cívico não tem data nem prazo de validade. Empenhemo-nos na eleição dos melhores. Cocurutos se alteiam quando os montes se aplainam! Democraticamente, sob o chicote do voto, expulsemos do poder os abusadores da Pátria Mãe.

terça-feira, 4 de setembro de 2018

O Brasil é um país esquisito...

https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2018/09/03/verba-usada-no-museu-nacional-em-2018-equivale-a-2-minutos-de-gastos-do-judiciario-e-15-minutos-do-congresso.ghtml

segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Incêndio no Museu Nacional recebe atenção da mídia internacional G1

https://g1.globo.com/mundo/noticia/2018/09/02/incendio-no-museu-nacional-vira-noticia-na-imprensa-internacional-veja-a-repercussao.ghtml
Imprensa internacional faz reportagens devastadoras sobre a tragédia brasileira 
CBN, SPIEGEL, EL PAÍS, NEW YORK TIMES, CLARIN, LE MONDE, THE GUARDIAN, Reuters .. fizeram reportagens lamentando a tragédia e insinuando descaso das autoridades com o patrimônio histórico e importante para muitas áreas de conhecimento 

Incêndio do Museu Nacional chamusca prestígio internacional do Brasil

https://g1.globo.com/mundo/noticia/2018/09/02/incendio-no-museu-nacional-vira-noticia-na-imprensa-internacional-veja-a-repercussao.ghtml

domingo, 2 de setembro de 2018

Brasileiros...Estamos fritos com o Congresso que vamos ganhar nas eleições


Artigos do Puggina

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HÁ MALES QUE VÊM PARA PIORAR AS COISAS

por Percival Puggina. Artigo publicado em 

 Estamos padecendo a síndrome que acomete o Brasil a cada quatro anos. A bolsa cai, o dólar sobe, os empreendedores pisam no freio e o PIB encolhe. Há várias décadas venho denunciando que o sistema de governo e o sistema eleitoral são concebidos para favorecer os interesses políticos colegiados dos senhores congressistas. Quando isso é alcançado, que tudo mais vá para o inferno.
 O tempo mais perdido da minha vida corresponde às muitas horas que gastei assistindo sessões de Comissões Especiais de reforma política promovidas pelo Senado e pela Câmara dos Deputados. Completamente inútil. Ao final de todos os trabalhos, preservamos o sistema vigente, cuja mais notável competência é a geração de crises periódicas.
 Entende-se o motivo de nos mantermos amarrados ao pelourinho das tragédias: parcela significativa do conjunto dos eleitos vê sua atividade com os mesmos olhos que seus eleitores os veem. É uma questão de coerência: assim como os eleitores escolhem um parlamentar para cuidar de seus interesses pessoais, familiares, corporativos, etc., tais congressistas, simetricamente, entendem seus próprios mandatos como delegação para zelarem por seus próprios interesses pessoais, familiares, corporativos, etc.. Eleitor egoísta, que elege alguém para zelar por si, vota em candidato egoísta igual a si.  E se desaponta.
 Depois que ingressou na corrente sanguínea das instituições algum preceito que serve às conveniências corporativas dos parlamentares, dali não mais sai. É como despesa pública – uma vez transformada em rubrica orçamentária, fica até o Juízo Final. É o que vai acontecer com a conta das campanhas eleitorais. Uma vez transferida para a sociedade, pela extinção do financiamento privado, nunca mais será cancelada.
A imensa maioria dos eleitores brasileiros ansiava por grande renovação do Congresso Nacional na eleição do dia 7 de outubro. Contudo, a pressão exercida por um grupo de entidades – entre as quais OAB e CNBB – levou o STF a examinar a questão do financiamento privado e nossos supremos descobriram que ele era “inconstitucional”. Não me pergunte por quê.
A consequência logo se fez sentir. Os congressistas que estavam desistindo de suas reeleições voltaram à ativa. Paradoxalmente, nunca houve tanto desejo de renovação e nunca tantos buscaram a reeleição. De uma hora para outra, lhes foi proporcionada a prerrogativa de dispor sobre o montante e sobre a distribuição do dinheiro para as campanhas! Nossos mateus, então, passaram a cuidar dos seus, deixando à míngua de recursos os demais pretendentes às cadeiras que ocupam. E para tornar ainda mais difícil a vida dos novatos, o TSE regulamentou a atividade de campanha em proporções minimalistas. É quase proibido fazer propaganda eleitoral. A péssima prática agora em vigor impediu que candidatos novos pudessem buscar recursos entre empresas de sua região para enfrentarem, em condições menos desiguais, os detentores de mandato.
Contrastando com o dito popular, há males que vem para piorar as coisas. E essa modalidade de financiamento passa a ser um novo mal vitalício do nosso sistema político porque os parlamentos não revogam preceitos que beneficiem seus membros. Agradeçam ao STF essa conta financeira e  o embaraço à manifestação democrática da vontade nacional nas urnas brasileiras.

Mauricio Rojas sofre bullying da esquerda chilena e perde o cargo de Ministro da Cultura do Chile





Imagem Mario Vargas Llosa

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Defesa de Mauricio Rojas

Assassinos culturais/ João Pereira Coutinho



João Pereira Coutinho 

Sou um assassino cultural. Não faça essa cara. Você também é. Eu sei que é romântico chorar quando uma livraria fecha as portas. Não sou alheio a essas lágrimas.
Mas convém não abusar do romantismo —e da hipocrisia. Fomos nós que matamos aquela livraria e o crime não nos pesa muito na consciência.
Falo por mim. Os livros físicos que entram lá em casa são cada vez mais ofertas —de amigos ou editoras.
De vez em quando, mais por razões estéticas que intelectuais, ainda cedo ao vício, sobretudo na ficção. Mas é um vício caro, cansativo, redundante. Já não tenho 20 anos.
Aos 20, quando viajava por territórios estranhos, entrava nas livrarias locais como um faminto na capoeira. Comprava tanto e carregava tanto que desconfio que o meu problema de ciática é, na sua essência, um problema livresco. Hoje?
Gosto da flânerie. Mas depois, em gesto que horroriza qualquer erudito, fotografo capas com o meu celular antes de regressar para o divã. É no conforto doméstico que expresso os meus desejos ao psicanalista —o famoso dr. Kindle—, esperando uma cura imediata. Que sempre vem.
Culpado? Um pouco. E em minha defesa só posso afirmar que pago pelos meus vícios. Não sou como alguns leitores que, em sessões de autógrafos, já me apresentaram fotocópias dos meus livros para eu assinar.
Entenda: não é o abuso e o roubo que me perturbam. É a inteligência deles. Se são meus leitores e procedem dessa forma, o que é que isso diz sobre mim como autor?
E quem fala em livrarias, fala em todo o resto. Eu não matei apenas a Borders, por exemplo. Eu ajudei a matar a Tower Records e a VirginMegastore. Havia lá dentro uma bizarria chamada CD —você se lembra?
Hoje, com o Spotify, tenho uma espécie de discoteca de Alexandria onde escuto os meus clássicos e descubro novos clássicos —todos os dias, a todas as horas.
Se juntarmos ao pacote os filmes do iTunes e as séries da Netflix, você percebe por que motivo eu também tenho o sangue dos cinemas e dos blocksbusters nas mãos.
Eis a realidade: vivemos a desmaterialização da cultura como nossos antepassados viveram a revolução da impressão com Gutenberg.
Mas não é apenas a cultura que se desmaterializa, deixando mais vazias as nossas salas e estantes. É a nossa relação com ela. Não somos mais proprietários de "coisas"; somos apenas consumidores e, palavra importante, assinantes.
Um livro recente, que obviamente comprei via Kindle, analisa o fenômeno sem abusar do jargão técnico: "Subscribed", de Tien Tzuo. É uma reflexão sobre a "economia de assinaturas" que conquista a economia global.
Conta o autor que mais de metade das empresas que apareciam na famosa lista das 500 da Fortune já não existiam em 2017. O que tinham em comum?
O objetivo meritório de vender "coisas" —muitas coisas, para muita gente, como sempre aconteceu desde os primórdios do capitalismo.
Pelo contrário: as empresas que sobreviveram e as novas que entraram na lista souberam se adaptar à economia digital, vendendo serviços (ou, de forma mais precisa, acessos).
A Netflix, que até 2007 vendia DVDs, optou sensatamente pelo streaming e conseguiu 120 milhões de assinantes em 11 anos. Ao mesmo tempo, revitalizou a indústria, manteve os profissionais em atividade —e ofereceu-nos"House of Cards", "Peaky Blinders" ou "Alias Grace".
O Spotify, que surgiu quando a indústria discográfica afundava sem hipótese de salvação, representa agora mais de 20% das receitas.
Claro que na mudança algo se perde —e eu, de temperamento conservador, sei disso. O desaparecimento das livrarias, que não acredito que seja total no futuro (e ainda bem), diminui as hipóteses de acasos felizes. Tive vários —e se hoje leio autores como Agnes Repplier, Renata Adler ou Ivan Illich (não, não é esse em que você está pensando) é também porque os descobri.
Além disso, ler no papel não é o mesmo que ler no écran, razão pela qual não tenciono me desfazer já da biblioteca.
Mas o interesse do livro de Tien Tzuo não está apenas nos números; está no retrato de uma nova geração para quem a experiência cultural é mais importante do que a mera posse de objetos.
Há quem veja aqui um retrocesso. Mas também é possível ver um avanço —ou, para sermos bem filosóficos, o triunfo do espírito sobre a matéria.
E não será essa, no fim das contas, a vocação mais autêntica da cultura?
João Pereira Coutinho
Escritor, doutor em ciência política pela Universidade