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Era assim que a torcida adversária tentava distrair Larry Bird nas cobranças de lance livre.
Podia ser pior, podia ser a França dos atentados terroristas, a Turquia da tentativa de golpe de Estado com mais de 200 mortos, os Estados Unidos dos eternos conflitos raciais ou mesmo a Venezuela dos milhares de habitantes atravessando a fronteira para comprar alimentos e medicamentos.
É apenas uma lembrança para aqueles que acham que a solução é deixar o país. Como já escrevi aqui, não há mais Pasárgada, aquele lugar mítico, paradisíaco, onde Manuel Bandeira sonhava em se refugiar e, com essa viagem onírica, compôs um dos mais populares e bonitos poemas de evasão.
A pior novidade é que agora esse mundo está procurando exportar para nós suas mazelas, como se as nossas, as nativas, não fossem suficientes — com a agravante de que são pragas desconhecidas aqui, como o terrorismo e o fundamentalismo religioso. Protegidos pela distância, olhávamos para lá com espanto, mas sem medo e até com um certo alívio: “Pelo menos disso estamos livres”.