Postagem em destaque

Uma crônica que tem perdão, indulto, desafio, crítica, poder...

Mostrando postagens com marcador Pedro Parente. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Pedro Parente. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 7 de junho de 2017

"O maior certificado de qualidade que poderia ser conferido à administração de Pedro Parente talvez seja a feroz oposição que lhe faz a Federação Única dos Petroleiros (FUP), o principal sindicato da categoria."

quarta-feira, junho 07, 2017

Certificado de qualidade - 

EDITORIAL O ESTADÃO

ESTADÃO - 07/06

A bem-sucedida luta pela recuperação da Petrobrás, pilhada durante os governos de Lula da Silva e de Dilma Rousseff, merece ser vista como um paradigma para todos os setores da economia afetados pela irresponsabilidade criminosa da era lulopetista. O fato de a empresa, há um ano sob o comando de Pedro Parente, conseguir se reerguer em tão pouco tempo, restabelecendo a confiança de acionistas e investidores, é resultado de uma série de medidas saneadoras que tiveram como norte não apenas a eficiência administrativa, mas principalmente a rejeição total aos imperativos ideológicos que haviam amarrado a estatal ao anticapitalismo rançoso do PT.

Os sintomas do sucesso da operação de resgate da Petrobrás, assim, não se limitam aos bons números de seu balanço. O maior certificado de qualidade que poderia ser conferido à administração de Pedro Parente talvez seja a feroz oposição que lhe faz a Federação Única dos Petroleiros (FUP), o principal sindicato da categoria. A FUP anunciou que pretende realizar amanhã um “grande ato político” no Rio de Janeiro, sede da Petrobrás, para dizer que “os petroleiros exigem a saída imediata de Pedro Parente do comando da estatal e a anulação de todas as medidas de sua gestão”.

Se realmente estivessem interessados na saúde da Petrobrás, a ponto de dizerem que “não vamos deixar que destruam a mais importante estatal brasileira”, os petroleiros teriam se insurgido contra a devastação da empresa levada a cabo pelos companheiros petistas e seus associados na ocasião em que o partido estava no poder. Mas isso nunca aconteceu, por razões óbvias: naquela ominosa época, o assalto à Petrobrás era parte de um meticuloso programa de pilhagem de dinheiro estatal arquitetado para financiar a perpetuação da tigrada no poder.

A reação dos que se viram subitamente privados dessa descomunal fonte de recursos e poder, justamente no momento em que se imaginavam invencíveis, não podia mesmo ser outra. No manifesto de convocação para o tal protesto, eles se queixam justamente das medidas que visam a transformar a Petrobrás em uma empresa que segue padrões profissionais de gestão e respeita seus acionistas e investidores, ou seja, que não sirva à estatolatria de um punhado de impostores.

Em linhas gerais, os sindicalistas criticam a “privatização” da Petrobrás, que estaria se dando por meio da venda de ativos e da licitação de campos de exploração do pré-sal sem a participação da estatal, anteriormente obrigatória, além da redução de exigência de conteúdo local. Mas a Petrobrás voltou a respirar e a servir ao melhor interesse do País justamente em razão de todas essas medidas, aliadas a decisões administrativas importantes, como a que acabou com a política de preços vinculada à necessidade de conter a inflação, à custa da saúde da empresa, e a que adequou os investimentos da estatal à sua capacidade financeira, e não mais à agenda política do governo.

O próximo passo da Petrobrás, segundo informou Pedro Parente, é obter o certificado de adesão ao programa Destaque em Governança de Estatais, da Bolsa de Valores de São Paulo. O certificado é um compromisso adicional com a transparência e o profissionalismo da gestão da empresa, com o objetivo de reduzir as incertezas, para os investidores, a respeito da administração de estatais, em razão da sempre possível interferência política. Pedro Parente informou ainda que já está em estudos a adesão ao chamado Nível 2 de governança corporativa, o mais alto da bolsa para companhias com ações preferenciais.

Ainda que haja muito a fazer para que a Petrobrás se recupere plenamente do cataclismo lulopetista, está claro que a empresa vai pelo melhor caminho. Ao provar que o respeito à economia de mercado e às práticas administrativas profissionais é o único meio de fazer a Petrobrás voltar a ser útil ao País, sua atual direção ainda fez o favor de desmascarar os embusteiros que, a título de valorizá-la como símbolo da “soberania nacional”, pretendiam apenas se apossar dela.

quarta-feira, 20 de julho de 2016

Petrobras tem melhor avaliação no mercado com administração de Parente

ANÁLISE-Parente aprimora comunicação da Petrobras com mercado e agrada Conselho

terça-feira, 19 de julho de 2016 18:59 BRT
Por Marta Nogueira
RIO DE JANEIRO (Reuters) - Perto de completar dois meses no comando da Petrobras, Pedro Parente mostra uma mudança substancial na política de comunicação da direção da empresa, mostrando-se aberto ao diálogo com o mercado, a imprensa e até mesmo com o público interno, atendendo a uma antiga demanda do Conselho do Administração.
Apesar de ressalvas sobre o executivo estar apenas começando o trabalho, o colegiado da empresa avalia positivamente a postura mais vocal do novo presidente, segundo duas fontes com conhecimento direto do assunto.
Analistas de mercado também já começaram a fazer avaliações favoráveis sobre sua gestão.
O executivo, que assumiu a Petrobras em 30 de maio, não tem se esquivado de investidas de jornalistas em eventos, sempre pronto para repetir resultados recentes e apontar avanços, enquanto busca resgatar a companhia, que acumula hoje a maior dívida para uma petroleira no mundo.
"As mudanças na companhia já estavam em andamento... O que está acontecendo com o Pedro é que ele está seguindo o mesmo caminho, só que ele é mais vocal, ele fala mais com a imprensa... faz uma comunicação maior", afirmou uma das fontes, com conhecimento direto sobre as reuniões do Conselho.
Para a fonte, medidas importantes, como independência do Conselho, busca por redução de custos, melhoria da governança e da eficiência, reorganização estrutural, dentre outras, já estavam em curso desde a última gestão.
"Nesse momento, em que a empresa tem que ganhar mais credibilidade, mais confiança, é importante falar... o Conselho falava isso para o (ex-presidente Aldemir) Bendine: 'tem que melhorar a comunicação'", recordou a fonte.
Entretanto, uma segunda fonte, também com conhecimento direto das reuniões do Conselho, ponderou que ainda é "muito cedo" para falar sobre os resultados da gestão, uma vez que houve apenas uma reunião do colegiado após Parente assumir.   Continuação...