Livro propõe alternativas para melhorar design e impacto de estacionamentos
Chris Summer BBC News
Com estimados 600 milhões de carros existentes no mundo, é necessária uma nova atitude em relação aos espaços para guardá-los, com estacionamentos mais agradáveis e de menor impacto ambiental, defende um livro recém-lançado por um professor do Massachusetts Institute of Technology (MIT).
Segundo Eran Ben-Josep, professor de arquitetura e planejamento no MIT, o número de carros em circulação está crescendo rapidamente, principalmente por causa da demanda de economias emergentes como China e Brasil - e a despeito de preocupações ambientais.
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Nos EUA, a área ocupada por carros estacionados equivale à superfície de Porto Rico (8,9 mil quilômetros quadrados), segundo estimativas conservadoras. Para Ben-Josep, essa área pode ser ainda maior, de 12,1 mil quilômetros quadrados, mais do que o território da Jamaica ou do Catar.
Em seu livro, ReThinking a Lot ("Repensando o Espaço", em tradução livre), Ben-Joseph lembra que, em lugares como os EUA, muitos shoppings, cinemas e arenas esportivas têm ao lado um grande estacionamento que frequentemente passam boa parte do tempo com apenas metade da capacidade preenchida. São, na opinião do autor, "um mar de asfalto".
Entre suas sugestões para melhorar os estacionamentos e seu impacto, ele sugere começar com projetos urbanísticos melhores, que tornem os locais um ícone de design e um motivo de orgulho em suas cidades........>>>>>>
Impacto
Ben-Joseph também propõe reduzir o impacto ambiental dos estacionamentos.
Sabe-se há anos que o fato de o asfalto absorver os raios do Sol contribui para a criação de "ilhas urbanas de calor", fenômeno que faz com que a temperatura nas cidades seja mais alta do que em áreas rurais.
Um projeto em Tempe, no Estado americano do Arizona, tenta aproveitar essa energia.
O chamado projeto Lot 59 cobriu com painéis solares gigantes o estacionamento do estádio esportivo da Universidade Estadual do Arizona. Eles podem produzir 2,2 megawatts de energia elétrica por ano, o bastante para abastecer 550 casas.
E cientistas no Laboratório Nacional Lawrence Berkeley, na Califórnia, estão desenvolvendo um asfalto refletivo para diminuir o calor absorvido. Outro projeto em desenvolvimento, relatado na revista especializada Boston Business Journal, visa criar energia ao esquentar água que passaria por canos embaixo de estacionamentos.
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