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quinta-feira, 5 de março de 2015

Começou mal a CPI da Petrobras... Os atores, políticos, surtaram nos primeiros minutos de tempo regulamentar,.. Não se poder esperar resultado justo, equilibrado para o final de encrenca...

Resultado de imagem para logo do blog de josias de Souza

Brasília poupa empreiteiras porque não conseguiria viver sem os mimo$ delas 

Josias de Souza
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Alan Marques/Folha
Começou a funcionar mais uma CPI da Petrobras. Considerando-se o resultado da sessão inaugural, o colegiado caminha em direção ao vexame. Mais um. A CPI revelou-se capaz de quase tudo, menos de investigar empreiteiras.
Convenhamos: deputados que, depois de mais de uma década em que a Petrobras foi saqueada pelos esquemas que acompanharam os partidos numa invasão à estatal, conseguem se apresentar como “investigadores” sem exibir um pingo de curiosidade sobre os corruptores ou são cínicos ou tolos. Em nenhum dos dois casos são os detetives que o escândalo exige.
Os deputados não estão sozinhos. Dilma Rousseff também defende as empreiteiras. Ela sustenta que é preciso punir os executivos que cometeram crimes, não as empresas. Um acinte. Primeiro porque não é possível separar  uns das outras. Segundo porque aprovou-se no Congresso, sob Lula, uma lei cujo objetivo era justamente estender a punição às empresas desonestas.
O ministro da Justiça e a Controladoria-Geral da União negociam acordos de “leniência” com as empreiteiras. Não para obter informações que ampliem o leque de punições, como previsto na nova lei, mas para livrá-las do título de “inidôneas”, que levaria à proibição de celebrar novos contratos com o Estado.
Muitos congressistas e autoridades espantam-se com a severidade do juiz Sérgio Moro. O magistrado da Lava Jato mantém desde novembro 11 executivos de empreiteiras dormindo nos colchonetes da carceragem da Polícia Federal em Curitiba. A surpresa de Brasília é compreensível.
A Capital da República não funcionaria sem os mimo$ providos pelas empreiteiras. E quem ainda é capaz de enxergar a promiscuidade como algo “normal” não pode exibir outro tipo de moralismo senão o moralismo seletivo.

Surpresa> Presidente da Câmara de Deputados vai à CPI da Petrobras e bate-boca com membros do inquérito // Zero Hora



Operação Lava-Jato

Cunha vai de surpresa à CPI da Petrobras e diz que está à disposição para depor

Reunião foi marcada por tumulto e bate-boca

Atualizada em 05/03/2015 | 14h0805/03/2015 | 14h08
Cunha vai de surpresa à CPI da Petrobras e diz que está à disposição para depor Laycer Tomaz/Câmara dos Deputados,divulgação
Cunha teve o nome incluido na lista de inquéritos da Lava-JatoFoto: Laycer Tomaz / Câmara dos Deputados,divulgação


 O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse nesta quinta-feira que está à disposição da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras para prestar quaisquer esclarecimentos.
 — Em razão da informação de investigações envolvendo o nome da presidência da Casa, gostaria de afirmar ao plenário da comissão que este parlamentar está à disposição para vir aqui e prestar todo e qualquer esclarecimento — afirmou.
Cunha compareceu de surpresa à reunião da CPI, marcada por tumulto e bate-boca entre parlamentares após o anúncio do presidente da comissão, Hugo Mota (PMDB-PB), de que criaria quatro sub-relatorias.
A atitude do presidente ocorreu por causa de suposições de que seu nome consta da lista enviada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal (STF) com nomes de políticos envolvidos no esquema de lavagem de dinheiro e pagamento de propina investigado pela operação Lava Jato.
— Na medida em que se conheça qualquer tipo de detalhe, faço questão de comparecer a esse plenário e esclarecer qualquer ponto que seja necessário — reiterou Cunha.
A iniciativa foi saudada pelos integrantes da CPI. O líder do PSDB na Casa, Carlos Sampaio (SP) informou que o gesto engrandecia e prestigiava o trabalho da comissão. Já o líder do PT, Sibá Machado (AC), criticou os chamados vazamentos seletivos.
— Isto pode causar um problema terrível para a imagem da pessoa e, depois, ninguém vai reparar — explicou o petista.
— Esta CPI não é de faz de conta. Ela é feita buscando o esclarecimento dos fatos, de acordo com sua ementa. Consequentemente, todos têm de respeitá-la, a começar pelo próprio presidente da Casa — acrescentou Cunha.
Na última terça-feira, Janot pediu ao ministro Teori Zavascki, relator das apurações da Operação Lava Jato no STF a abertura de 28 inquéritos sobre 54 pessoas políticos com foro privilegiado envolvidos no esquema.
Cunha informou, ainda, que, nesta quarta-feira, requereu ao STF acesso a um eventual pedido de investigação da Procuradoria-Geral da República contra ele.
— Acho que deveria ter sido divulgado de qualquer maneira. Isto causa estranheza. Já peticionei para saber se é ou não verdade e qual o teor — concluiu Cunha.
Ele prometeu tornar público o pedido caso tenha seu nome citado.
*Agência Brasil

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

O PT está se defendendo o tempo todo no jogo da Eleição... Parece um 'time' de perna-de-pau dando chutão para fora da área

http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/pps-cobra-convocacao-de-quadrado-na-cpi-da-petrobras


PPS cobra convocação de Quadrado na CPI da Petrobras

VEJA mostrou que condenado no mensalão também fez parte de operação montada para poupar a cúpula do PT no caso Celso Daniel

Gabriel Castro, de Brasília
O PODER E O CRIME - Enivaldo Quadrado (à direita), o chantagista, é pago pelo PT para manter em segredo o golpe que resultou no desvio de 6 milhões de reais da Petrobras, em outro caso de chantagem que envolve o ministro Gilberto Carvalho, o mensaleiro José Dirceu e o ex-presidente Lula
O PODER E O CRIME - Enivaldo Quadrado (à direita), o chantagista, é pago pelo PT para manter em segredo o golpe que resultou no desvio de 6 milhões de reais da Petrobras, em outro caso de chantagem que envolve o ministro Gilberto Carvalho, o mensaleiro José Dirceu e o ex-presidente Lula (Montagem com fotos de Ailton de Freitas-Ag. O Globo/Joel Rodrigues-Folhapress/Rodolfo Buhrer-Estadão Conteúdo/Jeferson Coppola/VEJA)
O PPS vai pressionar os integrantes da CPI da Petrobras para convocarem Enivaldo Quadrado, condenado no processo do mensalão e que também tem ligações com o esquema do doleiro Alberto Yousseff. VEJA revelou que ele chantageou – de forma bem sucedida – o PT para omitir a ligação do partido com a trama criminosa que precedeu a morte do então prefeito de Santo André Celso Daniel.
Quadrado recebeu dinheiro do PT para que não entregasse à Polícia Federal informações sobre outra chantagem: o pagamento de 6 milhões de reais ao empresário Ronan Maria Pinto, investigado por integrar uma máfia incrustada na prefeitura petista. O depoimento de Ronan tinha o potencial de arrastar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro Gilberto Carvalho e o ex-ministro José Dirceu para o caso. O empresário ameaçava delatar a existência de um esquema de cobrança de propina que teria funcionado com o aval do comando nacional do PT.

Os 6 milhões de reais foram movimentados por meio de um contrato de empréstimo entre a empresa 2S, do publicitário Marcos Valério, e a Expresso Nova Santo André, de Ronan Maria Pinto – cuja convocação pela CPI o PPS também pede. Quadrado participou da trama ao contratar uma empresa que agiu de intermediária na negociação. 

A CPI vai se reunir nesta semana para ouvir Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras e delator do amplo esquema de corrupção que beneficiou parlamentares. "O ideal seria aprovar um novo pacote de requerimentos já na próxima quarta-feira, quando a comissão se reúne para ouvir Paulo Roberto Costa", diz o líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno (PR).

domingo, 10 de agosto de 2014

Nada está sob controle... Uma caneta pode derrubar um governo...!

http://aluizioamorim.blogspot.com.br/2014/08/lula-ordenou-ir-pra-cima-da-cpi-da.html


domingo, agosto 10, 2014


LULA ORDENOU "IR PRA CIMA" DA CPI. A TURMA DA PETROBRAS OBEDECEU, SÓ NÃO CONTAVA COM A CANETA ESPIÃ QUE GRAVOU TUDO! VEJA O VÍDEO COMPLETO PASSO A PASSO!
Clique AQUI para ver o vídeo completo

Na edição passada, VEJA revelou uma fraude perpetrada por funcionários graduados da Presidência da República e da Petrobras, em parceria com a liderança do PT no Senado, para desmoralizar a CPI que investiga a empresa e engambelar a opinião pública. Documentada em um vídeo com cerca de vinte minutos de duração (que pode ser visto AQUI na íntegra), a trapaça funcionava da seguinte forma: os investigados recebiam as perguntas dos senadores com antecedência e eram treinados para responder a elas, a fim de evitar que entrassem em contradição ou dessem pistas capazes de impulsionar a apuração de denúncias de corrupção na companhia.
Pegos de surpresa e sem poderem negar o conteú­do do vídeo, os governistas trataram de interpretá-lo a seu favor. O relator da CPI da Petrobras no Senado, José Pimentel (PT-CE), negou a existência de armação entre investigadores e investigados. Funcionários do Planalto admitiram a parceria com a Petrobras e os parlamentares, mas sustentaram que ela foi feita em benefício do bom funcionamento dos trabalhos da CPI, e não para fraudá-la. Paulo Bernardo, ministro das Comunicações, saiu-se com a tese de que a combinação de depoimentos em CPIs “vem desde Pedro Álvares Cabral”. Seria, portanto, um trabalho corriqueiro, normal. Normal não é. É crime. Pode até ser prática antiga, ninguém sabe, mas esta é a primeira vez que a malandragem vem a público em som e imagens.
Integrante da base governista, o deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) afirmou que, durante a CPI dos Correios, os investigados jamais receberam as perguntas previamente nem foram ajudados pela equipe técnica da comissão nas respostas. Por um simples motivo: para avançar, uma apuração precisa surpreender seus alvos e for­çá-los a revelar aquilo que querem esconder, justamente o contrário da meta perseguida pela fraude governista. “Uma investigação de verdade pressupõe pegar o investigado de surpresa”, disse Serraglio. “Como falar em investigação se já se sabe tudo o que será perguntado e respondido. Imagine um promotor ou um delegado alertando o investigado sobre quais questionamentos serão feitos a ele. Isso é ridículo.”
A indignação do deputado é plenamente justificada. Ele conhece o poder depurador que uma CPI bem conduzida pode ter na vida política brasileira. Serraglio, que é advogado, foi relator da CPI dos Correios, que investigou o mensalão e cujo relatório final serviu de prova para a cassação de deputados e a prisão de petistas, como o ex-ministro José Dirceu. Se durante a CPI dos Correios houvesse distribuição de gabarito e acordo clandestino entre investigadores e investigados, o marqueteiro Duda Mendonça dificilmente teria admitido que recebera no exterior, via caixa dois, o pagamento pelos serviços prestados à campanha presidencial de Lula em 2002. Outras confissões também seriam contidas nos bastidores. “A CPI dos Correios fez com que o pessoal se blindasse. Desde então, houve um desvirtuamento das CPIs.
Não adianta nada a Constituição garantir à minoria o direito de investigar se a maioria se acha no direito de fechar as portas para a investigação”, declarou Serraglio. Escaldado pelos resultados da CPI dos Correios, o ex-presidente Lula sempre ordenou ao PT que tratorasse as comissões parlamentares seguintes. Foi assim com a CPI do Cachoeira e com a CPI da Petrobras de 2009. Em abril deste ano, Lula mandou o PT “ir para cima” da nova CPI da Petrobras. Missão dada, missão cumprida. Leia MAIS

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Estupro da CPI da Petrobras tem um 'indiciado': o PT !


06/08/2014
 às 4:58

Foto kibeloco

No esforço de combater as evidências de fraude na CPI, petistas partem para a delinquência política. A propósito: cadê o ar da Graça?

A esta altura, está claro que a farsa armada na CPI da Petrobras no Senado, que envolveu parlamentares do PT, o governo e o comando da Petrobras, constitui uma grave agressão à democracia, ao Poder Legislativo e ao estado de direito. Tenham clara uma coisa, leitores: da forma como se deu a tramoia, estamos diante de algo inédito. O PT desce a um novo patamar da degradação institucional a que submete o país há 12 anos. A direção do Senado mandou abrir uma sindicância para apurar o caso. Nesta terça, surgiram novas evidências de que o comando da operação esteve mesmo no Palácio do Planalto, mais especificamente aos cuidados de dois assessores diretos do ministro Ricardo Barzoini, da Secretaria de Relações Institucionais: Luiz Azevedo e Paulo Argenta. Tudo conforme denunciou reportagem da VEJA, que veio a público no sábado.
Graça Foster, presidente da Petrobras, uma das beneficiárias da tramoia e em cujo gabinete se deu uma das reuniões que cuidaram da farsa, está muda. E impressionam tanto o discurso como o comportamento indecente dos petistas nesta terça-feira. Contra todas as evidências, contra os fatos, o senador Humberto Costa (PE), líder do PT, chamou a denúncia de “ajuntamento de tolices” e afirmou ser “absolutamente natural que haja trocas de informações institucionais entre as assessorias da CPI e as lideranças dos partidos”. Trata-se apenas de uma mentira. O que se viu não foram “trocas de informações”, mas fornecimento prévio das perguntas, com gabarito e tudo. José Pimentel (PT-CE), líder do governo no Congresso e relator da CPI, repetiu a conversa mole da Petrobras e afirmou que as perguntas já estavam no plano de trabalho da CPI e eram públicas. Infelizmente para a decência do Senado, isso também é mentira.
Mas ninguém, ninguém mesmo!, ofendeu o Congresso com tanta determinação como o governador da Bahia, Jaques Wagner, também petista. Um dos investigados na CPI é José Sérgio Gabrielli, ex-presidente da Petrobras e hoje seu secretário. Segundo Wagner, a “CPI é cena. Não é um delegado perguntando. É um monte de deputado que sabe que está sendo fotografado e filmado e que fazer aquela pergunta-chave”. Atentando contra uma das prerrogativas do Poder Legislativo, prevista na Constituição, disse ainda o petista: “Deputado não é treinado para investigar, mas para fazer julgamento político. Quem investiga é a Polícia Federal e Ministério Público, que são treinados para isso”.
Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência, também decidiu refletir. Disse: “Só haveria farsa se houvesse a impossibilidade de qualquer senador fazer a pergunta que quisesse”. É um despautério. O senador fazer a pergunta que quiser é justamente a prerrogativa da qual os farsantes abriram mão. Observem que ele nem se ocupou de negar a tramoia.
A fala de Wagner não deixa de ser emblemática do que o PT fez com as comissões parlamentares de inquérito nestes 12 anos de poder — justamente o partido que tanto se beneficiou delas no passado: transformou-as em farsas. E, a depender de Wagner, serão extintas. A menos que seja para a legenda se vingar de adversários.
E foi o que fez o PT. Decidiu se apressar para instalar a CPI do Metrô em São Paulo. Que gente! O partido pretende que a mesma maioria empregada para fraudar a CPI da Petrobras seja usada agora para atacar os tucanos. Em qualquer dos dois casos, não quer investigar nada, mas fazer baixa política. A propósito, pergunto: a CPI petista vai investigar as evidências de cartel, que estão sendo apuradas até no Cade — hoje uma repartição da legenda — na construção dos metrôs de Belo Horizonte e Porto Alegre, ambos tocados por estatais federais, controladas pelo partido?
Encerro com um enigma: o tempo dirá se o PT ainda não vai se arrepender de ter criado essa CPI do Metrô. É esperar para ver.
Por Reinaldo Azevedo

sábado, 2 de agosto de 2014

O pessoal do PT é 'barra pesada'....! Depoimentos falsos para livrar investigados da CPI da Petrobras no Senado / Veja

http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/farsa-na-cpi-oposicao-pede-anulacao-de-depoimentos-e-promete-acionar-pgr

02/08/2014 - 17:59

CPI da Petrobras

Farsa na CPI: oposição pede anulação de depoimentos e promete acionar PGR

VEJA desta semana revelou que o governo e o PT no Senado montaram um esquema para fraudar depoimentos à CPI da Petrobras no Senado – perguntas foram entregues com antecedência aos investigados, que receberam treinamento para respondê-las

Laryssa Borges, de Brasília
Os partidos de oposição ao governo cobraram neste sábado a anulação dos depoimentos prestados à CPI da Petrobras no Senado e anunciaram que vão protocolar pedido de investigação à Procuradoria-Geral da República sobre as fraudes reveladas por VEJA desta semana. PSDB, PPS e DEM também analisam acionar o Conselho de Ética contra parlamentares da base governista que protagonizaram a farsa.
Reportagem de VEJA desta semana revela que o governo e lideranças do PT no Senado montaram uma estratégia para treinar os principais depoentes da comissão de inquérito, repassando a eles previamente as perguntas que seriam feita na CPI e combinando as respostas que seriam dadas pelas autoridades.
Segundo lideranças dos partidos ouvidas pelo site de VEJA, os parlamentares envolvidos podem responder por quebra de decoro – como os senadores José Pimentel (PT-CE) e Delcídio Amaral (PT-MS). No caso de Pimentel, a oposição exige que ele seja destituído imediatamente da relatoria da CPI. 
Para a oposição, os responsáveis pelo teatro governista podem ser responsabilizados pelos crimes de obstrução da justiça, estelionato, fraude, improbidade por uso de servidores para fins privados, falso testemunho de depoentes, advocacia administrativa e possível violação do sigilo funcional – se servidores tiverem repassado documentos sigilosos da CPI para o Poder Executivo. Parlamentares de oposição vão investigar se a fraude também ocorreu na CPI mista da Petrobras, que reúne deputados e senadores. 
“A CPI tem prerrogativa de um órgão de investigação para localizar culpados de crimes. Essa operação do Palácio do Planalto é equivalente a obstruir a ação da justiça”, disse o líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA).
Em gravações obtidas por VEJA, o chefe do escritório da Petrobras em Brasília, José Eduardo Sobral Barrocas, revela que um gabarito foi distribuído aos depoentes mais ilustres para que não houvesse contradições em nenhuma das oitivas. Paulo Argenta, assessor especial da Secretaria de Relações Institucionais; Marcos Rogério de Souza, assessor da liderança do governo no Senado; e Carlos Hetzel, secretário parlamentar do PT na Casa, formularam as perguntas que acabariam sendo apresentadas ao ex-diretor Nestor Cerveró, apontado como o autor do “parecer falho” que levou a estatal do petróleo a aprovar a compra da refinaria de Pasadena, no Texas, um negócio que impôs prejuízo de quase 1 bilhão milhões de dólares à empresa.
O ex-presidente da Petrobras, José Eduardo Dutra, também fez chegar às mãos de Graça Foster, sua sucessora no comando da empresa, e de José Sergio Gabrielli, ex-dirigente da estatal, todas as perguntas que seriam feitas pela CPI – e as respostas que deveriam ser dadas.
“É revoltante constatar que a presidente Dilma permitiu toda essa operação. E se não permitiu, porque a prática do PT é sempre dizer que nada sabia, ela foi estupidamente incapaz de impedir essa ação criminosa, que teve a participação de auxiliares dela na Secretaria de Relações Institucionais e da própria direção da Petrobras”, afirmou Imbassahy.
“O vídeo revelado por VEJA mostra a farsa montada pelo governo na CPI e merece uma investigação profunda. Toda a suposta moralidade do PT havia sido desmascarada no episódio do mensalão, e agora no governo Dilma se faz uso de uma dos mais importantes instrumentos do Congresso, que é a CPI”, disse o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP). “Essa CPI chapa branca do Senado já havia sido denunciada como instrumento do governo. Agora vieram à luz as provas.”
Para o deputado Marcos Pestana (PSDB-MG), a fraude nos depoimentos da CPI mostra que o governo, ao contrário do que propagandeia, tem “tolerância com malfeitos” e não quer investigar a denúncias sobre a Petrobras. “A máquina do governo Dilma opera para evitar investigação pela CPI da corrupção na Petrobras”, criticou.
Advogados do PPS pretendem acionar a Procuradoria-Geral da República. A avaliação do partido é que a fraude é equivalente à recusa de um delegado ou um promotor em investigar um suspeito por interesse pessoal. “Vamos exigir que a presidência da CPI da Petrobras determine a abertura imediata de investigação e adote providências para punir os responsáveis por mais essa farsa armada pelo PT e pelo governo da presidente Dilma Rousseff. Isso é clara obstrução da investigação, que em processos judiciais costuma render decretação de prisão preventiva”, afirmou o líder do PPS na Câmara, deputado Rubens Bueno (PR), que defende ainda a anulação dos depoimentos. “Não é possível que alguém escolhido para investigar atue descaradamente para beneficiar os suspeitos. Isso é inadmissível e não resta outro caminho que não seja a substituição deles em face da suspeição de conluio."
“Todos os depoimentos no Senado que foram comprovadamente manipulados por obra e graça do Palácio do Planalto deve ser anulados porque não têm valor legal. A CPI do Senado já era um teatro desde o início porque o governo tentou bloquear os trabalhos”, afirmou o líder do Democratas na Câmara, Mendonça Filho (DEM-PE). “Temos que buscar a apuração de todos os fatos e podemos ir à Procuradoria-Geral da República e ao Conselho de Ética”, disse ao site de VEJA.
“A denúncia de manipulação da CPI coloca o Congresso muito mal e mostra que a independência e autonomia do parlamento estão sendo subtraídas pela interferência nefasta do Executivo”, afirmou.
Geraldo Magela/Ag. Senado
José Eduardo Barrocas
TEATRO: Parecia uma encenação — e era mesmo. As perguntas que seriam feitas pelos parlamentares ao ex-presidente da Petrobras Sergio Gabrielli foram enviadas a ele antes do depoimento por José Eduardo Barrocas, chefe do escritório da estatal em Brasília, que aparece no detalhe da foto
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Para ler a íntegra dessa reportagem compre a edição desta semana de VEJA no IBA, no tablet, no iPhone ou nas bancas.
Outros destaques de VEJA desta semana

segunda-feira, 31 de março de 2014

Alvoroço do governo é motivo para fundamentar a CPI

Pressão do Planalto atesta necessidade de CPI

Josias de Souza


O cenário de ruína da Petrobras justifica a abertura de uma CPI. E a operação montada pelo Planalto para evitá-la comprova a sua necessidade. Por isso mesmo, o risco de dar certo é mínimo.
PMDB e PT são sócios em diretorias com teto de vidro na Petrobras. Na CPI, os interesses dessas duas potências do Legislativo se ajustam às conveniências do Executivo. Uma mão suja a outra.
Se não conseguirem convencer pelo menos três silvérios governistas a retirarem suas assinaturas do pedido de CPI, já protocolada no Senado, o Planalto e seus aliados reencenarão o teatro que assou pizzas nas últimas CPIs. O enredo é conhecido.
Começa com o recrutamento de uma milícia parlamentar para compor a maioria na CPI. Passa pelo duopólio do comando: o PMDB na presidência e o PT na relatoria. Ou vice-versa.
Para o grand finale, um relatório que combine com esse contexto geral em que eles mesmos cometem os delitos, eles mesmos investigam e eles mesmos absolvem. Em minoria, resta à oposição gritar contra os exageros da coreografia.
O espetáculo tende a melhorar se algum detalhe escapar às preocupações cenográficas do Planalto. Não se deve esquecer que essa CPI nasceu da nota escrita por Dilma com o propósito de puxar para baixo o fio da meada que acomodara no seu colo o descalabro da refinaria de Pasadena.
É preciso saber se Nestor Cerveró, o ex-diretor da Petrobras a quem Dilma terceirizou o desastre, já foi devidamente ensaiado por seus padrinhos do PMDB e do PT para desempenhar o papel de incompetente ou de desonesto. Uma declaração enviesada de Cerveró pode fazer o melado escorrer.
Os presidenciáveis Aécio Neves e Eduardo Campos não perdem por esperar. Ganham. Suas pretensões políticas nunca tiveram tanta visibilidade como agora. As mancadas de Dilma tornaram-se oportunidades que a dupla aproveita.
A infantaria do Planalto esfrega na cara dos antagonistas de Dilma o escândalo Alstom-Siemens e as suspeitas de malfeitos no porto pernambucano de Suape. A tropa rival ameaça trazer à boca do palco a Eletrobras e a Transpetro, feudos de José Sarney e de Renan Calheiros.
Há na PF, no TCU e no Ministério Público inquéritos, processos e ações sobre as mazelas em debate. Diz-se que esse trabalho torna dispensável a CPI. Meia-verdade. O lufa-lufa da CPI no mínimo dá visibilidade às tramóias. Com sorte, pode esbarrar num “fato novo”.
A inteligência convencional ensina que um governo que leva a Petrobras ao balcão não é sério. E os políticos que enfiam na estatal seus apadrinhados não fazem isso por patriotismo. A CPI obriga o Planalto e seus sócios a executarem sob refletores um balé de elefantes. É horroroso. Porém, a sete meses da eleição, pode ser útil na hora de decidir em quem votar.