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terça-feira, 2 de abril de 2013

No dia 1° de Abril o Ministério Público Federal avisa que deve investigar envolvimento de Lula com Mensalão...


terça-feira, abril 02, 2013

MINISTÉRIO PÚBLICO INVESTIGARÁ ACUSAÇÃO VALÉRIO APONTANDO ENVOLVIMENTO DE LULA COM O MENSALÃO

Lula: tempos tormentosos
A Procuradoria da República no Distrito Federal abriu seis procedimentos para investigar as acusações feitas pelo empresário Marcos Valério Fernandes de Souza no depoimento prestado em 24 de setembro de 2012. Condenado pelo Supremo como o operador do mensalão, ele acusou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de ter se beneficiado pessoalmente do esquema. O petista classificou o depoimento, prestado sigilosamente à Procuradoria-Geral, como mentiroso.
Após análise do depoimento, que durou cerca de duas semanas, os procuradores da República em Brasília concluíram pela existência de oito fatos tipificados, em tese, como crimes que exigem mais apuração.
Dois já estão em investigação em outros inquéritos instaurados no âmbito do Ministério Público Federal. Os novos seis procedimentos preliminares foram distribuídos para procuradores diferentes, todos com atuação na área criminal. Quem ficar responsável pelo caso poderá pedir a abertura de inquérito a fim de produzir novas provas ou poderá optar por arquivar as acusações, caso não veja indícios suficientes para oferecer uma denúncia.
Foco. No depoimento prestado em 24 de setembro do ano passado, cuja íntegra de 13 páginas foi obtida pelo Estado, Marcos Valério coloca o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no centro das acusações do mensalão.
O empresário afirma que o petista, que não tem mais foro privilegiado, deu "ok" para os empréstimos bancários que viriam a irrigar os pagamentos de deputados da base aliada e campanhas políticas de aliados ao governo.
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, esperou o fim do julgamento do mensalão para despachar o depoimento. Ele temia que o depoimento fosse apenas uma manobra do empresário para atrapalhar o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF). Valério foi condenado a mais de 40 anos de prisão.
Inicialmente, o depoimento foi remetido para análise do Ministério Público Federal em Minas Gerais. Em 11 de março, o procurador da República em Minas Gerais Leonardo Augusto Santos Melo, que havia recebido o depoimento em fevereiro, disse que alguns fatos narrados por Valério já estavam em apuração em Minas e encaminhou o depoimento para Brasília por entender que parte das acusações não teria relação com os fatos em investigação no Estado.
O procurador mineiro alegou conflito de interesse no caso, ao contrário dos procuradores de Brasília, que decidiram abrir uma investigação preliminar.
A Procuradoria da República em Minas já investiga os repasses feitos por Valério à empresa do ex-assessor da Presidência da República Freud Godoy. O operador do mensalão afirmou ter depositado um cheque de R$ 100 mil na conta da Caso Sistema de Segurança, uma empresa do setor de segurança privada.
Ao investigar o mensalão, a CPI dos Correios detectou, em 2005, um pagamento feito pela SMPB, agência de publicidade de Valério, à empresa de Freud. O depósito foi feito, segundo dados do sigilo bancário quebrado pela comissão, em 21 e janeiro de 2003, no valor de R$ 98.500.
Em busca de benefícios. Em meio ao julgamento do mensalão, Valério foi voluntariamente à Procuradoria-Geral da República no dia 24 de setembro na tentativa de obter algum benefício em troca de novas informações sobre o caso. Em mais de três horas de depoimento, disse que o esquema do mensalão ajudou a bancar "despesas pessoais" do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
No relato feito ao Ministério Público, Valério afirmou que no início de 2003 se reuniu com o então ministro da Casa Civil, José Dirceu, e o tesoureiro do PT à época, Delúbio Soares, no segundo andar do Palácio do Planalto, numa sala que ele descreveu como "ampla" que servia para "reuniões" e, às vezes, "para refeições". Lula então, segundo Valério, teria dado seu consentimento à operação que estava prestes a ser montada.
Ele contou ainda ter sido ameaçado de morte pelo PT caso decidisse contar o que sabia do esquema. Marcos Valério entregou cópia de alguns documentos para reforçar suas acusações à subprocuradora da República Cláudia Sampaio e para a procuradora da República Raquel Branquinho. Do site do jornal O Estado de São Paulo

Juíza de Rondonópolis, Mato Grosso, dispara e fere suspeito de atentado...


02/04/2013 10h54 - Atualizado em 02/04/2013 11h11

Juíza reage a atentado e dispara contra 



suspeito em cidade de MT


Homem armado disparou contra veículo em que juíza e marido estavam.
Suspeito e mais três pessoas foram presos após dar entrada em hospital.

Denise SoaresDo G1 MT
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Revólver utilizado pelo suspeito foi encontrado pela PM. (Foto: Ronaldo Teixeira/ Agora MT)Revólver utilizado pelo suspeito foi encontrado pela polícia
militar após atentado. (Foto: Ronaldo Teixeira/ Agora MT)´
MT-Rondonpolis2.jpg (440×284)
Uma juíza de Mato Grosso reagiu a um atentado na noite desta segunda-feira (1º) e baleou um suspeito que atirou contra o veículo em que ela e o marido estavam, em Rondonópolis, a 218 quilômetros de Cuiabá. De acordo com a Polícia Militar, a juíza Maria das Graças Gomes da Costa havia chegado em casa quando um suspeito se aproximou do portão e disparou contra o automóvel em que ela estava com o marido. Nenhum tiro atingiu o casal.
Segundo o boletim de ocorrência, a tentativa de homicídio foi registrada por volta de 20h [horário de Mato Grosso], no Bairro Dom Osório. “A juíza estava com o marido quando chegaram em uma caminhonete na garagem da casa. O portão eletrônico fechou e ela [a juíza] viu uma pessoa estranha do lado de fora, na calçada”, disse ao G1 o capitão da PM Josadack Valdivino.
Em seguida, ainda de acordo com a PM, o suspeito começou a disparar contra o marido da juíza, que estava no lado do motorista do veículo. “Ela estava armada e disparou contra o suspeito, tendo uma troca de tiros. Quando os tiros cessaram, ele fugiu”, completou Josadack.
A PM foi acionada para atender a ocorrência, no entanto, nenhum suspeito foi localizado naquela região. Algumas horas depois a polícia recebeu a denúncia de que uma pessoa vítima de tiros deu entrada em um hospital deGuiratinga, a 110 quilômetros de Rondonópolis.
“O pessoal do hospital suspeitou e fomos até o local para verificar. Era o cara que a juíza baleou. Ele levou um tiro no tórax e foi recambiado para o Hospital Regional de Rondonópolis”, informou o capitão. O suspeito continua internado na unidade hospitalar.
Junto com o suspeito a PM prendeu mais três pessoas que estavam dando apoio a ele, sendo um ex-policial de 36 anos, um jovem de 23 e uma mulher de 37 anos. A mulher relatou aos policiais onde estaria a arma utilizada no crime, em uma casa no Bairro Cidade Alta.
No quintal da residência a PM encontrou um revólver calibre 38 com todas as munições deflagradas. “Nessa casa tinha um carro com marcas de sangue no banco, possivelmente que foi utilizado na fuga dos suspeitos, inclusive aquele que foi baleado pela juíza”, disse Josadack.
De acordo com a PM, o marido da juíza já tinha sofrido outra tentativa de homicídio em outubro do ano passado, quando levou dois tiros no rosto, também na cidade de Rondonópolis. No entanto, a PM não informou qual seria a motivação das tentativas de assassinato contra a juíza e o marido dela. A magistrada atua na 6ª Vara Cível de Rondonópolis.
Os três suspeitos foram encaminhados para o Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc) de Rondonópolis, onde devem prestar depoimento.
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Cuiabá faz 294 anos e mostra sua cara de moderna


02/04/2013 12h20 - Atualizado em 02/04/2013 12h20

Aniversário de 294 anos de Cuiabá


Imagens serão publicadas em galeria de fotos na próxima semana.
Envie fotos de lugares que você considere o mais marcante ou bonito.


Cuiabá aérea (Foto: Leandro J. Nascimento/G1)
Vista aérea do Rio Cuiabá, que dá nome à capital de Mato Grosso (Foto: Leandro J. Nascimento/G1)
Cuiabá, a capital de Mato Grosso, comemora 294 anos na próxima segunda-feira, dia 8 de abril. Para celebrar a data especial, o G1 convida os internautas a homenagear Cuiabá enviando fotos dos seus lugares favoritos na cidade.
Para participar, envie uma foto de algum ponto da cidade que seja marcante para você. Conte qual o motivo para escolher este lugar como o mais importante ou bonito. Não esqueça de identificar o nome do local. Enviar, de preferência, fotos em alta resolução e na horizontal.
O G1 irá selecionar as fotos e histórias mais interessantes, que serão publicadas em uma galeria de fotos no site no aniversário de Cuiabá. Para enviar sua colaboração basta acessar a ferramenta de jornalismo colaborativo do VC no G1 MT.
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segunda-feira, 1 de abril de 2013

Número de estupros aumenta no Rio e sacrifica esforço de boa convivência com turistas da Copa do Mundo e das Olimpíadas de 2016


Rio tem salto de 24% em notificações de estupro em 2012

Atualizado em  1 de abril, 2013 - 18:49 (Brasília) 21:49 GMT
Vítima de estupro (foto: PA)
Número de estupros no Rio de Janeiro vem crescendo desde 2008
O caso da turista estrangeira que no último sábado foi sequestrada e estuprada por pelo menos três homens após tomar uma van no bairro de Copacabana, zona sul do Rio, não foi um episódio isolado. O número de estupros no Estado cresceu 23,8% em 2012 em relação ao ano anterior.
De acordo com dados do Instituto de Segurança Pública (ISP), órgão responsável por pesquisas em segurança e análise criminal no Rio de Janeiro, em 2012 foram registrados no Estado 6.029 casos, contra 4917 em 2011. O número representa uma média de 16 estupros por dia em 2012.
O aumento na quantidade de notificações de violência sexual no ano passado representa um salto em relação às variações de vinham sendo registradas nos anos anteriores. De 2010 para 2011 o aumento havia sido de 6% e de 2009 para 2010, 11%.
As estatísticas foram compiladas pelo ISP a partir dos registros de ocorrência lavrados nas delegacias de Polícia Civil no Estado e levam em conta apenas os casos de estupro que foram denunciados às autoridades.

Notificações

Embora o crescimento no número de denúncias tenha sido significativo, ele pode não estar relacionado diretamente a um aumento na criminalidade.
Para Andréia Soares, analista criminal do ISP, o salto no número de estupros registrado no ano passado pode estar relacionado a um crescimento no número de pessoas que denunciam este tipo de violência.
"Geralmente a vítima conhece o autor (do estupro) e muitas vezes eles são pessoas próximas. Então, é um crime que tinha uma subnotificação muito grande por envolver esta parte da vida íntima, do convívio familiar, que nem sempre vinha à tona por medo da denúncia, e isso vem mudando com o tempo", diz a analista.

Estupros por ano no Rio

  • 2012 – 6.029
  • 2011 – 4.917
  • 2010 – 4.589
  • 2009 – 4.120
  • 2008 – 3.846
Para ela, outro fator que contribuiu para o aumento no número de registros de estupro foi a própria alteração da legislação que define o crime. Enquanto até 2009 o estupro acontecia apenas quando uma mulher era constrangida à “conjunção carnal” por meio de ameaça ou violência, uma reforma introduzida no Código Penal ampliou esse conceito, além de não fazer mais distinção entre gêneros.
"Antes era um delito praticado especificamente contra mulheres e era necessária a conjunção carnal. Agora não é necessária a conjunção carnal. Para citar um exemplo, um beijo pode ser interpretado como uma forma de estupro. Além disso, os dois gêneros agora podem ser vítimas", diz a analista.
Ela diz que embora a mudança tenha acontecido há mais de três anos, a alteração teria gerado uma conscientização que só foi se refletir agora nas estatísticas.

UPPs

A socióloga Jacqueline Pitanguy, coordenadora da ONG Cepia, concorda que o aumento nos registros de estupro pode estar relacionado a um crescimento nas denúncias. Para ela, o fenômeno pode estar relacionado à implantação de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) em favelas do Rio.
"Para uma mulher que vivia em comunidade dominada pelo tráfico de drogas, era muito difícil, se não impossível, procurar a polícia, seja por uma questão de violência doméstica, seja por violência sexual. Ir à polícia colocava sua vida e a de sua família em risco", diz.
"Então há alguns estudos que demonstram que, com a ocupação de algumas comunidades pelas UPPs, tem aumentado o número de mulheres que buscam instâncias da polícia para denunciar".
Mesmo assim, a socióloga vê em algumas mudanças estruturais na sociedade brasileira alguns dos motivos que também podem estar por trás do aumento nesse tipo de crime.
"Nós temos um fenômeno de desvalorização, de coisificação da mulher, que é quase estrutural à nossa sociedade e que pode estar se tornando mais agudo", diz a pesquisadora, que vê a existência de uma crise na identidade masculina a partir da ascensão da mulher no mercado de trabalho e em outras áreas.
"Estupro não é sexo por prazer, o estupro é uma relação de poder", diz.
Jacqueline defende a ampliação de juizados especiais para mulheres e de delegacias especializadas em violência contra a mulher para auxiliar no combate a este tipo de crime.
"É necessário criar mais juizados e também capacitar as pessoas que trabalham nos juizados. É preciso aumentar o número de delegacias, elas não podem funcionar como uma repartição pública, elas tem que funcionar 24h por dia com uma equipe bem treinada", diz a socióloga, que também defende campanhas para esclarecer as mulheres sobre seus direitos em caso de violência sexual.

Turistas

O crime do sábado ocorreu quando um casal de estrangeiros entrou em uma van na avenida Nossa Senhora de Copacabana.
O veículo era dirigido por criminosos, que obrigaram os demais passageiros a descer e fizerem os turistas reféns. A estrangeira – que não teve a nacionalidade divulgada – foi estuprada por três homens, e seu marido foi espancado.
Os criminosos ficaram com as vítimas por seis horas. Além de violentar a mulher, eles usaram cartões de créditos dos turistas para fazer saques.
Dois dos suspeitos foram presos pela polícia nesta segunda-feira.

"O Brasil enxerga bem..." /// Guilherme Fiuza


Aprovação a Dilma mostra que o Brasil “encherga” bem

1 de abril de 2013 
Autor: Guilherme Fiuza
pequeno normal grande
Guilherme Fiuza
Moradias do programa Minha Casa Minha Vida oferecem como bônus minhas goteiras, minhas rachaduras na parede
Há uma grita injustificada no caso das provas semianalfabetas do Enem. Não dá para entender tanta indignação. Há anos o governo popular vem preparando o Brasil para a grande revolução educacional, pela qual a norma culta se norteará pelo português falado nas assembleias do PT. Como se sabe, depois de uma blitz progressista da presidente Dilma Rousseff e do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, livros didáticos passaram a ensinar que é certo escrever “nós pega o peixe”, entre outras formulações revolucionárias. Alguns especialistas teriam argumentado que o certo seria “nós rouba o peixe”, mas isso já é discussão interna deles.
Numa das redações que levaram nota máxima no Enem, o candidato escreveu “enchergar” – com “ch” em vez de “x”. Não há reparo a fazer, está perfeito o critério. Depois de três anos deixando o Enem à mercê dos picaretas, pois estava muito ocupado com sua agenda eleitoreira, Haddad elegeu-se prefeito. Um fenômeno desses jamais aconteceria num país que enxerga – só num país que “encherga”. Está corretíssima, portanto, a observação por parte do estudante da nova norma culta.
Os que vêem algum erro nisso não sabem acompanhar as velozes mudanças da língua, comandadas pela nova elite. O relato de Dilma Rousseff sobre seu encontro com o papa Francisco também mereceria nota máxima no Enem. Contou a presidente: “Ele estava me “dizeno” que espera uma presença grande dos jovens (na Jornada da Juventude), na medida em que ele é o primeiro papa, ele é várias coisas primeiro”. Os corretores progressistas do Enem só dariam nota 1.000 a uma construção dessas porque não existe 1.001.
O novo recorde de aprovação que acaba de ser batido pelo governo e pela “presidenta” só comporta duas explicações possíveis: ou o Brasil está “enchergando” bem, ou o Brasil está “enchergano” bem. Qualquer das duas hipóteses, porém, garante imunidade total à “presidenta” (que também é várias coisas primeira). Ela pode passear de helicóptero sobre as enchentes de Petrópolis e depois pousar, como uma enviada do Vaticano, para rezar pelas vítimas. Os desabrigados de dois anos atrás na mesma região continuam sem as casas prometidas pelo governo popular. Há famílias morando em estábulos. Alguns quilômetros serra abaixo, casas oferecidas pelo governo popular para removidos de áreas de risco foram inundadas pelas últimas chuvas. Moradias do programa Minha Casa Minha Vida oferecem como bônus minhas goteiras, minhas rachaduras na parede.
A aprovação popular ao estilo governamental de Dilma é comovente
O povo deve estar “enchergano” tudo isso, porque acolhe o helicóptero de Dilma como um disco voador em missão turística e reza com ela na igreja local, pedindo proteção a não se sabe quem.
A aprovação popular ao estilo governamental de Dilma é comovente. Quem distribui as verbas federais contra enchentes é o ministro da Integração, Fernando Bezerra Coelho – aquele que mandava cerca de 80% do dinheiro para Pernambuco, por acaso seu domicílio eleitoral. As enxurradas podem levar casas e povoados inteiros, mas nada arranca Bezerra do cargo. A cada nova intempérie, é ele quem surge para rechear os comícios chorosos de Dilma com cifras voadoras, que servem basicamente para drenar as manchetes. Ainda de Roma, a chefa suprema da nação declarara que tomará “medidas drásticas” para remover os teimosos que insistem em morar em áreas de risco. O Brasil merece isso tudo.
A população culta também está “enchergano” bem. Todos chocadíssimos, batendo panela contra o pastor acusado de homofobia – nomeado para presidir a Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados. Quem manda na Câmara? Quem fica caçando votos dos evangélicos, distribuindo vantagens a seus líderes, como o famigerado Ministério da Pesca? “Nós pega o peixe e entrega ao pastor”, reza a norma culta do governo popular. Quanto maior o rebanho, melhor a boquinha. Comissão de Direitos Humanos é troco.
Evidentemente, uma redação do Enem que enxergasse, com “x”, que o Brasil e suas instituições estão emprenhados de ignorância pela indústria do populismo levaria nota zero. A revolução petista não tolera esses arroubos elitistas. Prefere receita de miojo.
Fonte: revista “Época”

O Morro do Bumba é uma maldição?...mas, talvez uma salvação!



30/03/2013
 às 20:09 \ Feira Livre

‘Deus está vivo e bem no Morro do Bumba’, por Fernando Gabeira

PUBLICADO NO ESTADÃO DESTA SEXTA-FEIRA
FERNANDO GABEIRA
Nas reuniões clandestinas dos anos 1960, Vera Silvia Magalhães, brincando, sugeria como agenda: quem somos, onde estamos e para onde vamos? No início desta campanha presidencial, creio que seria razoável abordar esse tema, desde que se desçam, passo a passo, os degraus da abstração.
Na nossa jovem democracia, os governos levam enorme vantagem na partida: arrecadam fortunas dos empresários amigos e gastam fortunas do Tesouro com propaganda sobre realizações e personalidade do governante. As despesas da viagem de Dilma Rousseff a Roma, por exemplo, deveriam ser computadas nos gastos de campanha.
Como candidata montada em milhões de reais, Dilma é um artefato urdido pelo PT, por especialistas em marketing, um cabeleireiro de origem japonesa, cirurgiões plásticos e consultores de estilo. A rigidez dos ombros, o cansaço no andar indicam que está sobrecarregada pela máscara afivelada ao seu corpo. E algumas frases desconexas revelam que gostaria de deixar de fazer sentido, como os garotos que escreveram receita de Miojo ou o hino dos Palmeiras em suas composições no Enem.
Dilma viajou para ser fotografada ao lado do papa Francisco e dizer: “O papa é argentino, mas Deus é brasileiro”. Nada melhor para uma campanha: posar ao lado do papa, brincar com a rivalidade com os argentinos, voltar para Brasília ainda mais popular do que saiu. A opção pelo luxo, na Via Veneto, no momento em que a Igreja fala de humildade não importa. Uma coisa é a Igreja, outra é o governo democrático popular, sem escrúpulos pequeno-burgueses, na verdade, sem escrúpulos de ordem alguma. Não importa que os estrangeiros vejam na sua frase uma certa dificuldade nacional de superar o complexo de inferioridade. Tudo isso é problema para a minoria que não tem peso nos índices de popularidade. O povo está satisfeito, as pesquisas são favoráveis e é assim que se pretende marchar para 2014.
Lula e José Dirceu foram heróis da vitória em 2002. Dirceu hoje trabalha para empresas junto ao governo. Lula viaja prestando serviços às empreiteiras. Lembram um pouco a desilusão dos jovens rebeldes no filme O Muro, de Alan Parker, inspirado na música de Pink Floyd. Um dos ídolos da rebeldia juvenil aparece no final melancolicamente vestido como porteiro de hotel, chamando táxis, ganhando gorjetas.
Lula fazia discursos contra o amoralismo do capital, a influências das empreiteiras, e aquelas frases de comício: um sonho sonhado junto não é sonho… Confesso que aplaudia e admito uma dose de romantismo incompatível com a minha idade. Muitos ídolos do rock, pelo menos, morreram de overdose. Na esquerda brasileira, passaram a trabalhar para a Delta ou viajar a soldo da Odebrecht. A popularidade do governo intimida e os candidatos de oposição não fazem um contraponto, mas se definem como uma variação melódica.
Ao deixar o luxuoso Hotel Excelsior, em Roma, Dilma afirmou, ante as mortes em Petrópolis, que era preciso tomar medidas mais drásticas para tirar as pessoas das áreas de risco. Levar para onde? Não se construiu uma única casa popular em Petrópolis. No Morro do Bumba, em Niterói, alguns moradores foram transferidos para um quartel da PM depois da tragédia que matou 48 pessoas em 2010. Os 11 prédios do PAC construídos para abrigá-los estão caindo, antes de inaugurados. Há fendas nas paredes e vê-se que os construtores usaram material barato. Cerca de R$ 27 milhões foram para o ralo. Deus está vivo e bem no Morro do Bumba. Se fossem para os novos prédios, a armadilha cairia sobre a cabeça dos desabrigados.
Quem tem boca (no governo) vai a Roma. Depois é preciso dar uma olhada na Serra Fluminense, verter aquelas lágrimas de praxe, no melhor ângulo e na melhor luz, para as inserções na TV. A mãe do PAC deveria visitar as obras destinadas ao Morro do Bumba com o carinho com que as mães visitam os filhos no presídio, os que deram errado mas nem por isso são esquecidos.
O governo costuma dizer que a oposição mais consistente é a da imprensa. Essa é sua desgraça e sua sorte. O incessante turbilhão das notícias obriga a imprensa a mover-se sem parar para cobrir o que acaba de acontecer. Sobra pouco tempo para retirar esqueletos do armário e voltar aos personagens de nomes bizarros que povoam os escândalos nacionais. A única maneira de quebrar a hegemonia perversa que contribuiu para devastar moralmente o Congresso, estreitar nossa política externa, confinar a economia nos limites do consumismo é fortalecer uma oposição real. Ela não se pode ater ao horizonte de uma só eleição. Precisa trabalhar todos os dias, imediatamente após a contagem dos votos.
Em política não existem eleições ganhas antecipadamente. Mas é preciso não contar com milagres. Mesmo eles só favorecem os que estão de pé, os que cedo madrugam. As pesquisas dizem que a maioria dos brasileiros está contente com o governo Dilma. A sensação de bem-estar impulsiona-os a aprovar o governo e ignorar as profundas distorções que impõe ao País.
Não é a primeira nem a última vez que a minoria se coloca contra uma onda de bem-estar fundamentada apenas no aumento do consumo. No passado éramos bombardeados com a inscrição “Brasil, ame-o ou deixe-o”. Agora ninguém se importa muito se você ama ou deixa o País.
O mecanismo de dominação é consentido. Nosso universo se contraiu e virou um mercado onde tudo se compra e se vende, secretarias negociam ilhas, ex-presidentes cobram dívidas de empreiteiras e, na terra arrasada do Congresso, o pastor Marco Feliciano posa fazendo uma escova progressiva. Parafraseando Dilma, são necessárias medidas mais drásticas para tirar essa gente de lá.
A única arma à nossa disposição é o voto. A ausência de uma oposição organizada e aguerrida é uma lacuna. Quando há uma base social para a oposição, dizem os historiadores, ela acaba aparecendo dentro do próprio governo. E aparece discreta, suave, como discretos e suaves são os que se lançam agora diante da milionária máquina topa-tudo do PT.

Contrastes no Rio de Janeiro...


13:24 \ Brasil

Sucesso de vendas

O novo porto do Rio vem aí
Em menos de uma semana, a Odebrecht vendeu 80% das salas comerciais colocadas à venda dos seus novos projetos imobiliários na Zona Portuária do Rio. O metro quadrado da área é de 14 700 reais, valor igual ao cobrado nos principais escritórios no centro da cidade.
Por Lauro Jardim
10:47 \ Futebol

Retrato do atraso

Engenhão: na maioria das vezes, estádio esteve vazio nos últimos anos
Eis um dado que revela como o futebol brasileiro está muito atrasado quando o assunto é público nos estádios.
Em 2012, a média de público do Campeonato Brasileiro foi de 12 983 pessoas. A Pluri Consultoria levantou que a última vez que a Premier League teve média menor foi em 1904 – no início do século passado!
Por Lauro Jardim

Lançado edital preliminar para a ponte Salvador-Itaparica


Primeiro edital de serviços para ponte Salvador-Itaparica é lançado

Edital trata de serviços de sondagem que devem durar 5 meses

01.04.2013 | Atualizado em 01.04.2013 - 13:44
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Da Redação
O edital de licitação para começo de serviços do projeto da ponte Salvador-Itaparica foi publicado no Diário Oficial da Bahia da sexta-feira (29) - o diário circulou nesta segunda (1º) por conta do feriado.
Os serviços em questão são de sondagem no mar e em terra. Este é o primeiro passo para a construção da ponte Salvador-Itaparica, que segundo o governo do estado deve beneficiar as regiões do Recôncavo, do Baixo Sul, litoral e Metropolitana de Salvador.
O secretário do Planejamento, José Sergio Gabrielli, diz que o termo de referência pede que aconteça a identificação dos perfis geológicos, geotécnicos e individuais de todas as sondagens, descrevendo a natureza e espessura das camadas que serão atravessadas, profundidade, índice de resitência à penetração e outros detalhes. "O prazo de conclusão do serviço está estimado em cinco meses", diz o secretário sobre essa primeira parte.
O edital está disponibilizado no site do Departamento de Infraestrutura de Transportes da Bahia (Derba) ou no da Secretaria do Planejamento do Estado (Seplan).

Um pouco de sorte para serem eleitos... e com ajuda de Satanás


01/04/2013
 às 4:51

Feliciano, Wyllys e o tal Satanás

Só uma coisa deve andar crescendo no Brasil mais do que a burrice e a intolerância: o número de pessoas dispostas a votar em Marco Feliciano (PSC) nas próximas eleições legislativas. Ele conta com cabos eleitorais fortíssimos: o principal é Jean Wyllys (PSOL-RJ), que, em 2014, também não precisará mais de Chico Alencar. Ainda que ambos rejeitem a parceria, dançam um minueto. São os antagonistas da narrativa. A imprensa faz a campanha de ambos.
Feliciano conta ainda com a assistência involuntária das Fernandas, mãe e filha, da imprensa, das ONGs, do site Avaaz (aquele comandado por Pedro Abramovay) e dessa algaravia dos politicamente corretos, segundo quem, sob certas circunstâncias, a gente pode dar um pé no traseiro da democracia.
E Feliciano não se faz de rogado.
Não vai renunciar porque, a exemplo do seu antípoda nessa pantomima, também não é besta. Se cai fora, tangido pela gritaria, ele se desmoraliza. Se fica, se fortalece no embate com a… gritaria. A Folha desta segunda dá destaque a uma fala sua num culto num ginásio da cidade mineira de Passos, ocorrido na sexta. Enquanto ele falava aos fiéis, do lado de fora do templo, ocorriam os protestos. Ele mandou ver: “Essa manifestação toda se dá porque, pela primeira vez na história desse Brasil, um pastor cheio de Espírito Santo conquistou o espaço que até ontem era dominado por Satanás”.
Pois é… E agora? Na Câmara, ele está sendo tratado como “pastor”, e querem deslegitimá-lo por isso, o que é o fim da picada, por mais que se discorde de suas ideias. No culto, pois, ele pode, como resposta, lembrar a sua condição de deputado. O que fazer? Não há nada a fazer. Ainda que pareça exótico e ainda que eu não acredite nisto, o fato é que ele é livre para achar que Satanás comandava a comissão antes de sua chegada. Já que tentam demonizá-lo, ele resolve identificar o demônio naqueles que o atacam.
Não vejo como Feliciano possa ser tirado de lá, a menos que renuncie. Caso se operem estratégias pouco regimentais e manobras para torná-lo inviável, tanto melhor para a sua campanha de 2014. Não precisará fazer muito esforço. Quem anda perdendo com tudo isso é a Comissão de Direitos Humanos e Minorias, que tem outros assuntos na pauta. O deputado do PSC resolveu fazer do limão uma limonada: “A natureza deles é gritar, xingar, falar palavras de ordem. É dar beijos no meio da rua, tirar a roupa. A natureza deles é expor um homem como eu, pai de família, ao ridículo”.
Essa questão está se transformando num confronto de caricaturas. E a degradação contínua do debate decorre do fato de se ignorarem os parâmetros e os fundamentos de uma sociedade democrática. Os inconformados com a presença de Feliciano na comissão dispõem dos mais variados meios — e do apoio quase unânime da imprensa — para fazer chegar a sua voz à sociedade.
Inaceitável é impedir o pleno funcionamento de um Poder da República porque grupos organizados não concordam com o pensamento de um deputado. Da mesma sorte, é pura expressão da truculência tentar inviabilizar os cultos religiosos de que ele participa. Duvido que tenha tido antes, em sua trajetória política, inimigos tão úteis. Até o Caetano Veloso e o Chico Buarque já se pronunciaram. Sobre a presença dos condenados José Genoino e João Paulo Cunha na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, nem um nem outro disseram nada. Tampouco se manifestaram outros artistas e celebridades.
Sei lá o que anda a fazer Satanás. Não tenho intimidade com o coisa-ruim. Mas dá para saber perfeitamente bem o que andam a fazer os tolos e os oportunistas.
Por Reinaldo Azevedo