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quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Peso argentino torna-se assunto obrigatório na economia da América do Sul

23/01/2014 00h30 - Atualizado em 23/01/2014 07h17


Moeda argentina sofre maior 




desvalorização em 12 anos


Valor do dólar rompeu a barreira dos 7 pesos.
Com reservas em queda, país restringiu compras online.

Da France Presse
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Cristina Kirchner faz pronunciamento nesta quarta (22) (Foto: Natacha Pisarenko/AP )Cristina Kirchner faz pronunciamento nesta quarta
(22) (Foto: Natacha Pisarenko/AP )
A moeda argentina sofreu nesta quarta-feira (22) a maior queda em um único dia desde 2002 e acumula uma queda de 8,43% no ano, em uma agitada jornada financeira marcada por um ambiente de incerteza.
O governo da presidente Cristina Kirchner impulsiona a desvalorização monetária diante das pressões de grandes empresas argentinas, que têm observado uma perda de competitividade de seus produtos diante uma inflação anual de 28%.
A terceira economia da América Latina precisa - e vem tentando - recuperar a confiança da comunidade internacional. Para isso, decidiu adotar medidas para frear a queda do volume de reservas monetárias internacionais (uma espécie de "poupança" em moeda estrangeira, via de regra usada como uma espécie de "seguro' contra crise).
Entre as medidas polêmicas já adotadas estão a proibição da venda de dólares, limitação às importações e a cobrança de um tributo de 35% ao turismo no exterior. Para analistas, essas medidas são questionáveis.
A última decisão do governo, adotada nesta quarta-feira, foi aumentar os controles e restrições às compras pela internet ao exterior, um mercado que movimenta US$ 350 milhões anuais, e sobre o qual pesa um encargo de 50% sobre compras superiores aos 25 dólares.
Aparição de Cristina Kirchner
A presidente Kirchner reapareceu nesta quarta-feira, pela primeira vez em mais de um mês, em ato público e durante sua intervenção, transmitida por cadeia nacional, preferiu não fazer referência a esses temas.
"Este ano a desvalorização vai superar a inflação. O problema é que só com a desvalorização, não se corrigem falhas da macroeconomia", disse à AFP o economista chefe da consultora Econométrica, Ramiro Castiñeira.
Mas na Argentina não se observa ainda um cenário de crise como em 2001, quando entrou na maior cessação de pagamentos contemporânea, com uma recessão brutal, desemprego e pobreza estimada em 57%, já que o entorno regional e internacional não é o mesmo. A economia argentina agora conserva alta dinâmica de consumo, baixo desemprego, desendividamento e subsídios que atenuam a pobreza.

Manchetes de jornais do dia 23/01/2014 / Josias de Souza

As manchetes desta quinta 
2

Josias de Souza

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

China reage às notícias de jornais ocidentais que comentavam médotos de desvios de fortunas do alto escalão chinês para paraísos fiscais

22/01/2014 10h24 - Atualizado em 22/01/2014 13h22

Sites ficam inacessíveis na China após 




denúncia sobre fortunas no exterior


Jornais divulgam contas de parentes de líderes do país em paraísos fiscais.
Governo questiona motivação da investigação e diz que 'não é convincente'.


Da AFP
Presidente chinês Xi Jinping na primeira sessão de trabalho da Cúpula do G20 (Foto: Sergei Karpukhin/ AFP)Parentes do atual presidente chinês, Xi Jinping, 
teriam contas milionárias em paraísos fiscais
  (Foto: Sergei Karpukhin/ AFP)



Sites do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ), com sede em Washington, e de jornais internacionais, como o britânico "The Guardian", o francês "Le Monde", o espanhol "El Pais" e o de Hong Kong "Ming Pao" tiveram o acesso inacessível nesta quarta-feira (22).
O temporário bloqueio ocorre após os mesmos periódicos divulgarem uma investigação apontando que parentes de vários líderes do alto escalão do governo chinês escondem verdadeiras fortunas em paraísos fiscais.
 Entre as contas há a de familiares do presidente da China, Xi Jinping e o ex-primeiro-ministro Wen Jiabao. A investigação jornalística, realizada pelo ICIJ em parceria com jornais estrangeiros e feita de acordo com documentos financeiros obtidos, coloca em xeque a campanha anticorrupção lançada por Pequim.

Segundo o "Guardian", cálculos estimam que, desde o ano 2000, saíram da China ativos não detectados de US$ 1 a 4 trilhões.
De acordo com o relatório, quase 22 mil clientes originários da China ou de Hong Kong estão envolvidos com companhias "offshore". Entre as fortunas chinesas envolvidas no escândalo, estão as de milionários do mundo dos negócios, incluindo Yang Huiyan, a mulher mais rica da China, ou Pony Ma e Zhang Zhidong, fundadores da gigante Tencent.
Mas os 2,5 milhões de dados confidenciais recolhidos pelo ICIJ revelam também um verdadeiro "quem é quem" da elite política da segunda economia mundial. A riqueza dos líderes comunistas continua a ser um assunto tabu na China e os principais dirigentes do regime devem, oficialmente, servir ao povo desinteressadamente.

O governo chinês reagiu. Em pronunciamento, Qin Gang, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, respondeu: "A lógica do artigo (do ICIJ) não é convincente, o que provoca questões sobre os seus motivos".
8 de novembro - Telão exibe a fala do presidente Hu Jintao na abertura do Congresso Nacional ao vivo no centro de Pequim (Foto: Vincent Yu/AP)Hu Jintao, ex-presidente da China, também teria
contas no exerior (Foto: Vincent Yu/AP)
Políticos e parentes de Hu envolvidos
Há membros do Congresso Nacional do Povo (CNP), do Parlamento chinês, bem como parentes do ex-presidente Hu Jintao, do ex-primeiro-ministro Li Peng e de Deng Xiaoping, que supervisionou a abertura da economia chinesa em 1980.
Também estão envolvidos parentes de Xi Jinping, o atual chefe de Estado, e de Wen Jiabao, primeiro-ministro entre 2003 e 2013, que já haviam sido investigados em 2012 pela Bloomberg e pelo New York Times sobre as fortunas colossais de suas famílias.

Capa da página Internacional de Veja


 

"As viagens não encontraram eco suficiente na Imprensa e nem nos organismos internacionais..." / Yoani Sácnhez

Un año de reforma migratoria y… ¿qué cambió?

Terminal 3 del Aeropuerto Internacional José Martí
Terminal 3 del Aeropuerto Internacional José Martí
Esta vez no ha podido entrar a la terminal para verlo partir. Un letrero advierte que al interior del Aeropuerto José Martí sólo pueden acceder los viajeros, no sus acompañantes. Así que le ha dicho adiós en la puerta. Es el segundo hijo que se le marcha desde que hace un año se implementara la Reforma Migratoria. Para ella, como para tantos cubanos, ha sido un año de despedidas.
En los primeros diez meses de 2013 unas 184,787 personas viajaron fuera de la Isla. Muchas de ellas lo hacían por primera vez. Aunque las declaraciones oficiales tratan de desmentir que el país huye, más de la mitad de los viajeros no habían retornado al concluir noviembre. Tampoco hacen falta los números. Basta con que cada uno de nosotros mire a su alrededor para cuantificar las ausencias.
Desde el punto de vista personal y familiar cada viaje puede transformar una vida. Ya sea escapando definitivamente del país donde no se quiere vivir, conociendo lo que existe al otro lado, reencontrando a parientes o simplemente alejándose un tiempo de la rutina cotidiana. La pregunta es si la suma de todas esas metamorfosis individuales sirve para cambiar una nación. La respuesta –como tantas cosas en este mundo- puede ser un “sí” y también un “no”.
En el caso de Cuba, las salidas han actuado en parte como válvula de escape a la inconformidad. El sector más rebelde de la sociedad hizo las maletas para salir un breve o un largo tiempo. El gobierno se aprovechó de eso y además de los beneficios materiales de los viajes, que se concretaron en más remesas enviadas, más artículos de consumo importados y más impuestos aeroportuarios cobrados. La industria sin chimeneas de la migración.
Para los activistas de la sociedad civil que realizaron giras internacionales, la oportunidad fue extraordinaria. Colocar sus voces en escenarios donde antes sólo se escuchaba al oficialismo, ya significó un buen paso adelante. Han podido acercarse a las temáticas que debate el mundo actual y eso les ha ayudado a modernizar enfoques, definir mejor su papel cívico e insertarse en tendencias que trascienden las fronteras nacionales. El resultado no es mágico ni inmediato, pero sí positivo.
Durante todo este tiempo, sin embargo, se le negó a los ex prisioneros de la Primavera Negra viajar fuera del país. También las cifras de exiliados impedidos de entrar en Cuba se mantuvieron con una tendencia al alza. Lamentablemente después de los grandes titulares anunciando el Decreto-Ley 302, estos dramas no encontraron eco suficiente en la prensa ni en los organismos internacionales.
Una buen parte de la población aún no puede costearse un pasaporte. Para todos esos cubanos, la Reforma Migratoria sólo transcurrió en la vida de otros, en las pantallas de la televisión o en las páginas de los periódicos. Coincidentemente es el mismo sector que aún no ha podido sacarse una línea de móvil, hospedarse en un hotel o asomarse siquiera al mercado de casas y autos. Son los cubanos sin pesos convertibles.
Así que 2013 fue una mezcla de maletas, despedidas, retornos, nombres tachados de las agendas telefónicas, suspiros, largas filas a las afueras de los consulados, reencuentros, anuncios de casas en venta para pagar boletos de avión… Un año para partir y un año para quedarse.

Outra visão do quadro de funcionários das prefeituras em 2013 / 50 cidades que mais demitiram..

50 CIDADES QUE MAIS DEMITIRAM EM 2013:
Porto Velho (RO): -8.112
Parauapebas (PA): -5.795
Paulínia (SP): -3.891
Salgueiro (PE): -3.402
São Lourenço da Mata (PE): -2.935
Joaquim Nabuco (PE): -2.845
Nova Lima (MG): -2.539
Coruripe (AL): -2.511
São Miguel dos Campos (AL): -2.232
Matão (SP): -2.135
Queimados (RJ): -1.545
Itapetinga (BA): -1.506
Duque de Caxias (RJ): -1.451
Jaguariúna (SP): -1.409
Ouro Branco (MG): -1.399
Cerro Negro (SC): -1.397
Itapiranga (AM): -1.260
Cotia (SP): -1.233
Bebedouro (SP): -1.220
Dias D'Avila (BA): -1.177
Ipatinga (MG): -1.164
Carmópolis (SE): -1.142
Itaquitinga (PE): -1.112
Itabira (MG): -1.087
Itaguaí (RJ): -1.055
Biritiba-Mirim (SP): -1.052
Marabá Paulista (SP): -1.003
Jaboticabal (SP): -974
Diadema (SP): -937
Volta Redonda (RJ): -916
Pontal do Parana (PR): -901
São Caetano do Sul (SP): -901
Pirassununga (SP): -866
Araucária (PR): -845
Belo Horizonte (MG): -843
Sapiranga (RS): -818
Pedregulho (SP): -813
Cajamar (SP): -810
Colômbia (SP): -809
São João da Barra (RJ): -787
Colônia Leopoldina (AL): -767
Ferreira Gomes (AP): -765
Bezerros (PE): -763
Simões Filho (BA): -747
Acailândia (MA): -739
Capela (SE): -723
Nova Canaã do Norte (MT): -700
Juquiá da Praia (AL): -695
Sidrolândia (MS): -693
Catanduva (SP):  -670

Nós pagamos as campanhas eleitorais! Prefeituras contratam funcionários para encher o quadro de servidores. Multiplique cada vaga por 5 e faça a conta de votos...


quarta-feira, 22 de janeiro de 2014


Campos dos Goytacazes entre as 50 cidades que mais contrataram em 2013



50 CIDADES QUE MAIS CONTRATARAM EM 2013:

São Paulo (SP): 83.614
Rio de Janeiro (RJ): 48.974
Manaus (AM): 22.805
Fortaleza (CE): 21.217
Brasília (DF): 19.718
Goiânia (GO): 18.777
Guarulhos (SP): 16.833
Salvador (BA): 16.738
Altamira (PA): 15.053
Porto Alegre (RS): 14.440
Curitiba (PR): 11.673
Recife (PE): 10.666
Sorocaba (SP): 9.696
Aracaju (SE): 9.326
Ribeirão Preto (SP): 8.527
Teresina (PI): 8.158
Campo Grande (MS): 7.602
Florianópolis (SC): 7.601
Maringá (PR): 7.232
João Pessoa (PB): 6.958
Contagem (MG): 6.908
Três Lagoas (MS): 6.713
São Luis (MA): 6.657
Campinas (SP): 6.554
Joinville (SC): 6.491
Santo Andre (SP) 6.389
Uberlândia (MG): 6.049
Sobral (CE): 6.048
Cuiabá (MT): 5.724
São José (SC): 5.433
Niterói (RJ): 5.025
Serra (ES): 5.022
Londrina (PR): 4.840
Nova Iguaçu (RJ): 4.839
Anápolis (GO): 4.748
Campos dos Goytacazes (RJ): 4.734
Montes Claros (MG): 4.623
São Bernardo do Campo (SP): 4.558
São Gonçalo (RJ): 4.556
Macaé (RJ): 4.550
Gravataí (RS): 4.496
Canaã dos Carajás (PA): 4.488
Feira de Santana (BA): 4.416
Barueri (SP): 4.249
Maragogipe (BA): 4.227
Marabá (PA): 4.136
Caruaru (PE): 4.135
Itabirito (MG): 4.080
Osasco (SP): 3.857
Cascavel (PR): 3.712

Cristiano Ronaldo pensa grande e sonha ganhar mundial no Brasil

C. RONALDO É CONDECORADO EM PORTUGAL E CRAVA: “GANHAR O MUNDIAL SERIA O AUGE”

PORTUGUÊS FOI HOMENAGEADO COM O GRAU DE GRANDE-OFICIAL DA ORDEM DO INFANTE D. HENRIQUE. CERIMÔNIA TINHA SIDO ADIADA APÓS A MORTE DE EUSÉBIO

Cristiano Ronaldo (Foto: Getty Images)
Cristiano Ronaldo foi homenagem na 
Cristiano Ronaldo foi homenagem na última segunda-feira (20/01), no Palácio Nacional de Belém, em Lisboa. Ele recebeu a condecoração com o grau de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique do presidente português Aníbal Cavaco Silva, pelos serviços prestados ao seu país ao redor do mundo.

Acompanhado da família e do presidente do Real Madrid, Florentino Pérez, o atacante que condedortambém foi o melhor do planeta este ano traçou o próximo objetivo da carreira: vencer uma Copa do Mundo. “Espero seguir ganhando grandes troféus, individuais e coletivos. Ganhar o mundial seria o auge da minha carreira”, afirmou. “Primeiro, é preciso pensar na fase de grupos, e depois veremos o que acontece. Meu sonho é ser campeão da Europa [com o Real Madrid] e do mundo com Portugal.”

“Cristiano Ronaldo é um cidadão português conhecido no mundo como nenhum outro. Neste momento, tem sido embaixador de nosso país em todos os continentes”, disse Cavaco Silva em seguida. “Ele tem a capacidade de unir nosso povo em um momento em que precisamos de exemplos.”

A cerimônia de condecoração do português estava marcada para o último dia 7, mas foi adiada em função da morte de Eusébio, considerado o maior jogador da história do país. O ex-atacante do Benfica e da seleção portuguesa nas décadas de 60 e 70 faleceu dois dias antes, aos 71 anos. O governo, então, declarou três dias de luto oficial.

Empresas da China escondem dinheiro em paraísos fiscais... Mais do mesmo

O VAZAMENTO DE 2,5 MILHÕES DE ARQUIVOS DE PARAÍSOS FISCAIS

A elite comunista da China oculta empresas em paraísos fiscais

Uma investigação revela a atividade em refúgios opacos de familiares da elite

No banco de dados à que teve acesso O PAIS figuram magnatas e companhias estatais

O cuñado do presidente e filhos de exprimeros ministros e outros altos dirigentes, implicados


Sessão plenária da Assembleia Popular Nacional em março do ano passado/passo em Pequim. /LINTAO ZHANG (GETTY)
China vive a maior e mais veloz transformação experimentada por um país nas últimas décadas. O processo de abertura e reforma tirou centenas de milhões de pessoas da pobreza, mas a disparidade social alcançou um nível perigoso. O enriquecimento acelerado das elites corroeu a credibilidade dos mandatários comunistas, cujas promessas de acabar com a desigualdade e a corrupção são agora contrapostas a um novo escândalo: o uso maciço de paraísos fiscais por parte de seus familiares diretos. O EL PAÍS, junto com outros veículos internacionais, como The Guardian, BBC, Le MondeSüddeutsche Zeitung e Asahi Shimbun, teve acesso a uma base documental obtida pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ) que revela que pelo menos 13 parentes de dirigentes graduados do regime – incluindo o atual presidente, Xi Jinping, e os ex-primeiros-ministros Wen Jiabao e Li Peng –, bem como 15 grandes empresários e grandes companhias estatais, mantiveram grande atividade em refúgios fiscais.
Os registros dessas sociedades opacas, analisados em colaboração com o referido consórcio, procedem do vazamento de mais de 2 milhões de arquivos de duas gestoras de capitais (Portcullis TrustNet e Commonwealth Trust) que operam nas Ilhas Virgens Britânicas. A escolha desse arquipélago do Caribe por parte da elite chinesa não é estranha: o território ultramarino britânico foi o segundo maior investidor direto na China em 2010 – último ano abrangido pelos registros da base de dados vazada –, atrás apenas de Hong Kong. Com apenas 27.000 habitantes, as ilhas têm mais de 1 milhão de sociedades inscritas, sendo 40% com origem na China, Hong Kong e Cingapura.

Os registros de duas gestoras de capitais revelam pelo menos 25 sociedades opacas criadas pela elite comunista
O exame dos dados evidencia como numerosos integrantes da elite comunista vêm abrindo sociedadesoffshore depois de terem acumulado enormes fortunas à sombra do regime. Essa prática corrobora uma das debilidades sistêmicas da China: o fato de, nas três décadas transcorridas desde que Deng Xiaoping abandonou a economia central planejada e promoveu o salto para o capitalismo sob o governo único do Partido Comunista da China (PCC), um setor privilegiado da população ter enriquecido graças à sua proximidade com o poder.
Os documentos, que chegam até o começo de 2010, permitem constatar como essas tramas familiares, pertencentes às mais altas linhagens comunistas, aproveitaram-se da opacidade das Ilhas Virgens Britânicas para movimentar dinheiro fora dos circuitos habituais, por intermédio de empresas criadas por eles mesmos ou de sua participação em outras já constituídas. Isto facilita ocultar bens e capitais do controle oficial (a China limita o movimento de capital para o exterior a 50.000 dólares anuais por habitante) e inclusive se beneficiar dos privilégios fiscais de Pequim a investidores estrangeiros.
Nos dados analisados figuram pelo menos 13 membros da denominada “nobreza vermelha”, ou seja, parentes dos dirigentes da cúpula comunista na ativa, aposentados ou falecidos. Entre eles se destacam o cunhado de Xi Jinping; o filho e o genro do ex-primeiro-ministro Wen Jiabao; a filha de seu antecessor, Li Peng; um genro do falecido Deng Xiaoping; e o neto do lendário comandante revolucionário Su Yu. Essas 13 pessoas aparecem vinculadas a pelo menos 25 sociedades, na qualidade de acionistas ou diretores.
O caso do Deng Jiagui, marido de Qi Qiaoqiao, irmã mais velha do atual presidente chinês, é emblemático da nova China: junto com a mulher, em apenas 20 anos ele construiu um império imobiliário em Hong Kong e Shenzhen. Wen Yunsong, filho do ex-primeiro-ministro Wen Jiabao, criou em um paraíso fiscal a empresa Trend Gold Consultants. Uma investigação do The New York Times publicada em 2012 estima em 2,7 bilhões de dólares a fortuna da família de Wen Jiabao.
Outra aristocrata que opera em paraísos fiscais é Li Xiaolin, filha do ex-primeiro-ministro Li Peng, responsável pela sangrenta repressão às manifestações pró-democracia de 1989 na praça Tiananmen. A filha é conhecida em seu país como Power Queen (Rainha da Energia), porque controla um dos monopólios elétricos chineses e porque ostenta sua riqueza e influência sem nenhum pudor.

O EL PAÍS publica as novas revelações em conjunto com outros meios internacionais, como The Guardian e Le Monde
Grande parte da atividade offshoredesenvolvida pela nobreza vermelha corresponde à época em que sua parentela exercia o poder. Assim ocorre, por exemplo, com o filho e o genro do ex-primeiro-ministro Wen Jiabao, fundadores de uma empresa nas Ilhas Virgens Britânicas em pleno mandato do pai (2003-2013). No caso do atual presidente, Xi Jinping – ele mesmo um príncipe, nome pelo qual são conhecidos os descendentes dos altos líderes e ex-líderes do PCC –, a constituição da sociedade offshore coincide com sua etapa como vice-presidente (2008-2013), embora a criação da sociedade imobiliária do seu cunhado Deng Jiagui seja anterior à sua chegada à presidência, em março do ano passado. Na base de dados não figuram diretamente nem o presidente nem o ex-primeiro-ministro.