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segunda-feira, 30 de março de 2015

Aplicativo novo do Gmail agrega outras contas de e-mail's


France Presse
30/03/2015 20h11 - Atualizado em 30/03/2015 20h11

Google atualiza aplicativo do Gmail para gerenciar várias contas de e-mail

Novidade vale para versão de Android do aplicativo do Gmail.
App agora é compatível com outros serviços de e-mail, como Outlook.

Da France Presse
Gmail, serviço de correio eletrônico do Google. (Foto: Divulgação/BBC)App do Gmail para Android agora permite gerenciar várias contas de e-mail (Foto: Divulgação/BBC)
O Google disse nesta segunda-feira (30) que está atualizando seu aplicativo do Gmail na versão Android para permitir o gerenciamento de várias contas de e-mail a partir de um único programa.
"A partir de hoje, você será capaz de ver todos os seus e-mails de uma vez, independentemente de qual conta está logada, utilizando a nova opção 'todas as caixas de entrada'", anunciou Regis Decamps, engenheiro de software do Google, no blog oficial da empresa.
"Dessa forma, você pode ler e responder a todas as suas mensagens sem ter que ficar trocando de conta", explicou. O novo aplicativo irá agregar e-mail de serviços rivais ao Gmail, como Yahoo e Microsoft Outlook, entre outros.
O Gmail já tinha permitido aos usuários acessar várias contas a partir de computadores de mesa, mas o novo aplicativo tem como objetivo integrar perfeitamente os vários serviços de e-mail em uma caixa de entrada unificada com capacidade de pesquisa e visualização.
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domingo, 29 de março de 2015

"E o que se projeta para a Secom? O temor é de manipulação das verbas oficiais de publicidade, que deveriam ser de governo, mas tendem a ser cada vez mais de um partido" / Eliane Cantanhêde

Do blog do Murilo  

domingo, março 29, 2015 


Um tesoureiro no Planalto -


 ELIANE CANTANHÊDE

O Estado de S. Paulo - 29/03

A ida de um ex-tesoureiro do PT para a Secretaria de Comunicação da Presidência é um exemplo estridente do isolamento de Dilma Rousseff, enclausurada no PT, sem saída. É duplamente dramático, porque Dilma está fraca, o PT está fraco e um puxa o outro ainda mais para baixo. Típico abraço de afogados, com uma amarga ironia: a única boia à vista é a receita Joaquim Levy - que significa o oposto do que Dilma e o PT pregavam.

Essa nomeação significa que Dilma não está entendendo nada e/ou não dá a menor bola para a opinião pública, cada vez mais irritada com escândalos sem fim. Nada contra a pessoa do afável Edinho Silva, mas a expressão "tesoureiro do PT" remete a Delúbio Soares, preso no mensalão, e a João Vaccari Neto, ainda no cargo e réu na Lava Jato.

E o que se projeta para a Secom? O temor é de manipulação das verbas oficiais de publicidade, que deveriam ser de governo, mas tendem a ser cada vez mais de um partido. Lula, Dilma e o PT sempre culpam a mídia pelas próprias desgraças e, tomara que não, mas podem querer dar uma de Nicolás Maduro na Venezuela e de Cristina Kirchner na Argentina, usando dinheiro público para chantagear empresas de comunicação.

Com estagnação em 2014 (PIB de 0,1%), previsão de recessão em 2015, indústria encolhendo, demissões começando, inflação disparando e falta de perspectiva asfixiando investimentos, cortar publicidade tem ares de vingança cruel. Parece, porém, encontrar simpatia na cúpula petista.

Em recente reunião da bancada do PT na Câmara, presenciada pelo repórter Pedro Venceslau, do Estado, o líder José Guimarães disse que o governo "vive uma sangria" e é preciso "radicalizar, ir para a ofensiva". Para o presidente do partido, Rui Falcão - que é jornalista - o governo tem de restringir a publicidade aos meios de comunicação mais aliados. Ou seja: aos amigos (como os blogueiros sujos, ops!, "independentes"), tudo; à mídia livre, pão e água.

Aliás, que jornalista realmente independente assumiria o cargo neste "caos político", como admitiu a própria Secom? Só um jornalista engajado ou um militante, um soldado, assumiria a comunicação de governo neste momento. É uma missão, é ir para o sacrifício, porque a realidade desmente, dia após dia, a versão de que o derretimento da imagem de Dilma e do partido é "culpa da imprensa".

Milhões de pessoas foram às ruas em 15 de março, e prometem voltar em 12 de abril, não por causa da chamada grande mídia, mas por impulso das redes sociais e pela irritação generalizada com os escândalos bilionários e institucionalizados no governo Lula, com a incompetência do governo Dilma na economia, na política e na gestão e com as mentiras de campanha sobre vacas tossindo.

"Não adianta falar que a inflação está sob controle quando o eleitor vê o preço da gasolina subir 20% ou a sua conta de luz saltar em 33%. Assim como um senador tucano na lista da Lava Jato não altera o fato de que o grosso do escândalo ocorreu na gestão do PT." Quem disse isso não foi a imprensa malvada, foi aquele documento da própria Secom publicado com exclusividade pelo portal Estadão.com.br.

Logo... trocar um jornalista por um tesoureiro do PT e chantagear com verbas publicitárias não vai resolver nada. Não há marketing que faça o PIB crescer, o emprego aparecer, a inflação cair, a conta de luz baixar. Nem que apague o mensalão, o petrolão, os títulos que o Postalis comprou da Venezuela e os bilhões de reais sonegados à Receita a golpes de propina.

Além de paciência, como diria o ministro Jacques Wagner, o ex-tesoureiro Edinho Silva vai precisar muito de... Ah, sei lá.

Educação. Depois de tantos erros crassos, Dilma acertou com Janine Ribeiro no MEC. Um salto e tanto depois de Cid Gomes na tal "pátria educadora".


Postado por MURILO às 08:57

""Será longo o inverno. Nós o atravessaremos com nossa alma tropical duvidando do sol. Mas ele voltará" / Miriam Leitão

Resposta de colunista a um exitante militante do PT / Felipe Moura Brasil

http://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil/2015/03/28/resposta-a-um-professor-da-uerj/ 

Resultado de imagem para felipe moura brasil twitter
28/03/2015
 às 14:54 \ BrasilCultura

Resposta a um professor da UERJ

Respondo abaixo ao autor deste comentário, recebido via Facebook, após o meu segundo post sobre o novo ministro da Educação do governo de Dilma Rousseff.
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Caro Flávio Carneiro,
Você ficou surpreso em me ver como colunista da Veja, mas, sendo você um professor de universidade pública tomada pela militância, eu não fico nem um pouco surpreso com a estupidez do seu comentário.
Como se tivesse acabado de sair do ‘cursinho’ de Renato Janine Ribeiro descrito no meu blog, você se refere a “essas coisas todas” que escrevo nele, sem argumentar absolutamente nada sobre qualquer uma delas, para depois sentenciar em público que estou escrevendo uma “história ruim”, aparentemente referindo-se à minha carreira ou até à minha própria vida da qual ela é parte.
Não reconheço a sua autoridade para tamanho julgamento, ademais tão leviano. (E “cabelo branco não é sinônimo de respeito”, como disse outro dia o deputado Hugo Motta aos intimidadores do PT e do PSOL na CPI da Petrobras.)
Que um professor de literatura se arrogue essa posição de ombudsman da vida alheia na internet, só pode ser mais um sintoma do nível a que chega o culto a títulos e diplomas no Brasil, conforme descrito por Lima Barreto um século atrás e exemplificado, também, pelo xingamento feito por professores de filosofia, como o novo ministro da Educação, aos leitores de um filósofo de fato, como Olavo de Carvalho, reconhecido e admirado pelos grandes do mundo inteiroem sua área.
Quem está escrevendo uma “história ruim”, na verdade, é o governo do PT, que, além de roubar os brasileiros nas estatais e ainda cobrar-lhes a conta da roubalheira enquanto se nega a cortar os próprios gastos, entrega o ministério responsável pelo sistema de ensino a um notório militante avesso à divergência, lamentavelmente defendido com a mesma afetação de superioridade por puxa-sacos que dependem de verbas públicas para exercer parte de seu ofício.
Já a história que estou escrevendo, caro Flávio Carneiro, é uma história de independência e busca da verdade, apreciada diariamente por centenas de milhares de leitores que desprezam julgamentos desprovidos de argumentação e, portanto, não caem na demonização barata feita pela propaganda esquerdista contra a Veja ou qualquer um de seus colunistas, que aliás nada têm a ver com as matérias publicadas na revista impressa ou na home do site.
Hoje trabalho, sim, para a maior revista do Brasil, recebendo milhões de visitas mensais no meu blog, e sou autor contratado da maior editora do país, para a qual rendemos milhões de reais de origem privada com os 100 mil exemplares vendidos do livro de Olavo de Carvalho organizado por mim, O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota, best seller aclamado até nos protestos de rua como um dos responsáveis pela tomada de consciência da população em relação ao quadro político-cultural do qual seu comentário, repito, é sintoma, devidamente antecipado nos capítulos “Intelligentzia” e “Militância”.
Caso tenha a abertura mínima de espírito que falta no sr. Janine, terei prazer em lhe mandar um exemplar para que se reconheça nele e, se quiser, crie vergonha.
De resto, agradeço pela prontidão em vir aqui confirmar as minhas teses - e esclareço: embora seu aluno compulsoriamente, em decorrência do erro que foi entrar no mestrado, você nunca foi meu professor.
Um abraço,
Felipe
Felipe Moura Brasil ⎯ http://www.veja.com/felipemourabrasil
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sábado, 28 de março de 2015

Vargas Llosa e Dilma

http://www.folhapolitica.org/2015/03/vargas-llosa-vencedor-do-premio-nobel.html?m=1

Como o Brasil aguenta tanta safadeza? // Diário do Poder

http://www.diariodopoder.com.br/noticia.php?i=29226716768
OPERAÇÃO LAVA JATO
OPERADOR DE PROPINA NO PETROLÃO TENTOU SACAR R$ 300 MIL
GUILHERME ESTEVES É SUSPEITO DE LEVAR PROPINA A DUQUE E VACCARI
Publicado: 27 de março de 2015 às 15:28 - Atualizado às 15:28
Redação
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AO PEDIR O RESGATE EM AGÊNCIA DO HSBC, EM FEVEREIRO, GUILHERME ESTEVES ALEGOU QUE SERIA ALVO DA LAVA JATO (FOTO: FÁBIO MOTTA)
Preso pela força tarefa da Operação Lava Jato nesta sexta feira, 27, no Rio de Janeiro, sob suspeita de operar propinas para o engenheiro Renato Duque – ex-diretor de Serviços da Petrobrás -, Guilherme Esteves de Jesus havia tentado sacar R$ 300 mil de uma conta no HSBC. A transação foi barrada e comunicada pelo banco ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF). Na ocasião em que tentou o resgate, dia 6 de fevereiro, Esteves declarou ao gerente da conta que “seria alvo de investigações perpetradas no âmbito da Operação Lava Jato”.Esteves foi preso por ordem do juiz federal Sérgio Moro, que conduz todas as ações da Lava Jato.  Segundo o Ministério Público Federal, Guilherme Esteves teria atuado como operador financeiro para o pagamento de propinas ao ex-diretor de Serviços da Petrobrás Renato Duque, preso no início de março, e ao ex-gerente de Serviços e braço direito de Duque, Pedro Barusco, que fechou acordo de delação premiada e admitiu o recebimento de propinas na estatal petrolífera.Esteves teria também ‘viabilizado o pagamento de vantagens indevidas a João Vaccari, por meio de esquema próprio’ – o tesoureiro do PT foi denunciado pela Procuradoria da República à Justiça Federal por corrupção e lavagem de dinheiro. Segundo relatório do COAF entregue ao Ministério Público Federal (MPF), Guilherme Esteves tem renda mensal declarada de R$ 1.200 e um saldo de R$ 2,2 milhões no banco. A alegação do suposto operador de propinas na Petrobrás é que a mulher dele, Lilia, é dentista e tem renda mensal de R$ 21,2 mil.Ao pedir a prisão preventiva de Esteves, a Procuradoria da República destacou que, após prestar depoimento na sede da Superintendência da Polícia Federal, no Rio, em 6 de fevereiro, ele foi a uma agência do HSBC e pediu ‘provisionamento de saque de R$ 300 mil para o dia 11 de fevereiro de 2015′.“Como justificativa, informou ao responsável pelo atendimento que seria alvo de investigações perpetradas no âmbito da Operação Lava Jato”, diz o documento do MPF. “Chama a atenção, portanto, como um casal com renda média mensal de R$ 21,2 mil possuía como saldo em apenas uma conta bancária mais de R$ 2 milhões, bem como apresentava intensa movimentação financeira, conforme consta também no relatório formulado pelo Coaf.”Para a força tarefa da Lava Jato, a tentativa de saque fez parte de uma estratégia para ocultar o dinheiro e, ‘possivelmente, evadir-se do território nacional’ e de desrespeito à ordem judicial de bloqueio de valores. A Procuradoria pediu que também a mulher de Guilherme Esteves, Lília Esteves de Jesus, fosse presa. O juiz mandou prender apenas Esteves.“Ambos foram responsáveis, de forma consciente e voluntária, por impedir e embaraçar o legal exercício da investigação dos ilícitos de corrupção, organização criminosa e lavagem de ativos, praticados pelo último, o que certamente, diante dos documentos ou numerários que vieram a ser suprimidos, prejudicou em grande medida as investigações”, diz a Procuradoria.A Procuradoria diz que no dia em que a Polícia Federal esteve na residência do casal para cumprir mandado de busca e apreensão, em 6 de fevereiro de 2015, Lília enganou os policiais. Ela não deixou os agentes entrarem imediatamente, sob justificativa de que teria de prender os cães.“Todavia, as autoridades policiais só foram recebidas 8 minutos depois, quando Guilherme Esteves de Jesus abriu a porta da casa, já havendo tentativa de entrada forçada no local por parte da equipe policial”, relatou a PF à Procuradoria.“O investigado informou aos policiais, mediante questionamento, que possuía duas armas de fogo no local – uma sem registro -, assim como de que estariam em casa apenas duas filhas. Ao ser perguntado sobre Lília Loureiro Esteves de Jesus, visto que foi quem os atendeu via interfone, disse que ela também se encontrava no local e que estaria preocupado com a esposa, já que não conseguia encontrá-la.”O Ministério Público Federal diz no documento que descobriu-se, por meio de análise das câmeras de segurança do local, que Lilia, com a colaboração de Guilherme, ‘durante lapso temporal de 8 minutos em que a equipe aguardava ser o acesso franqueado’, saiu da casa com ‘um pacote de grande volume’. O episódio foi lembrado pelo juiz federal Sérgio Moro, que conduz todas as ações da Operação Lava Jato, no despacho em que autorizou a prisão de Guilherme Esteves.“Da análise da sequência das imagens, considerando que Lilian portava um pacote ao sair da casa e que Guilherme Esteves intencionalmente tentou encobrir evidências da saída de sua esposa ao fechar pelos trincos internos a porta dos fundos de sua casa, ficou claro, portanto, que houve evidente intenção de sonegar provas que poderiam ser apreendidas no curso da execução do mandado de busca e apreensão em união de desígnios da casa.”, assinala o juiz Sérgio Moro.Ao rejeitar pedido de prisão da mulher de Esteves, o juiz ponderou. “Entendo que, apesar da participação de Lilia Loureiro Esteves de Jesus na subtração das provas durante a busca e apreensão, a prisão cautelar de Guilherme Esteves já é suficiente para prevenir os riscos à ordem pública e à investigação e instrução criminais.”“O ideal, por óbvio, em vista da subtração das provas seria a decretação da prisão logo após o ocorrido. Entretanto, isso não foi possível, tendo este Juízo entendido que, por cautela, seria necessário prévio exame do material apreendido na residência do investigado, a fim de verificar se haveria ali provas de corroboração do depoimento de Pedro Barusco (ex-gerente de Engenharia da Diretoria de Serviços da Petrobrás que fez delação premiada). Infelizmente, em vista do acúmulo dos trabalhos de investigação, a análise sumária desse material tardou a chegar ao Juízo. A demora na reação institucional à subtração de provas não significa, porém, que ela não se faz necessária, tendo sido ela promovida com toda a rapidez que foi possível.” (AE)operador propina Petrolão Petrobras HSBC Guilherme Esteves Renato Duque João Vaccari NetoLava jato

The Economist > " ... impeachment de Dilma seria uma má ideia "





Como lidar com Dilma

THE ECONOMIST - O ESTADO DE S. PAULO
28 Março 2015 | 12h 37

Muitos brasileiros estão fartos de sua presidente. Mas seu impeachment seria uma má ideia

Ela está em menos de três meses de seu segundo mandato, mas a maioria dos brasileiros já quer ver Dilma Rousseff pelas costas. Às voltas com uma economia capengando e um escândalo de corrupção estarrecedor na Petrobras, o gigante de petróleo controlado pelo Estado, ela está quase sem amigos em Brasília. Ela já perdeu o controle do Congresso onde, em teoria, sua coalizão tem uma maioria confortável. Mais de 1 milhão de brasileiros foram às ruas em 15 de março para repudiar sua presidente. Os índices de aprovação de Rousseff caíram 30 pontos em seis meses, para 13%, o mais baixo para um presidente brasileiro desde Fernando Collor em 1992, às vésperas de seu impeachment por corrupção.
Quase 60% dos entrevistados em uma pesquisa acreditam que Rousseff merece o mesmo destino. Não é difícil ver por que os eleitores estão irados. Ela presidiu o conselho de administração das Petrobras no período 2003-2010, quando procuradores acreditam que mais de US$ 800 milhões foram roubados em propinas e canalizados para políticos do governante Partido dos Trabalhadores (PT) e seus aliados, 47 dos quais enfrentam investigações criminais. Rousseff venceu a eleição presidencial no ano passado – por uma margem de meros 3% dos votos – assegurando aos brasileiros que seus níveis de vida, empregos e benefícios sociais só estariam ameaçados em caso de vitória de seus adversários.
Na verdade, como muitos eleitores agora percebem, Rousseff estava impingindo uma mentira. Foram os erros cometidos em seu primeiro mandato que levaram aos cortes de gastos e aumentos nos impostos e taxas de juros que ela está agora infligindo (e que lhe renderam a antipatia de seu próprio partido). Some-se a isso a percepção de que sua campanha de reeleição pode ter sido parcialmente financiada por dinheiro roubado da Petrobras e os brasileiros têm toda razão de se sentirem vítimas do equivalente político de um conto do vigário.
Mas concluir que Rousseff deve ser destituída é uma reação excessivamente emocional. A legislação brasileira sustenta que presidentes só podem ser impedidos por atos criminosos – e somente quando eles são cometidos durante seu mandato atual. Os procuradores não encontraram evidências para implicar Rousseff na extorsão da Petrobras – nem na sua continuação. E embora muitos políticos brasileiros achem a presidente dogmática ou incompetente, ninguém seriamente acredita que ela se enriqueceu. Ao contrário de Collor, que embolsou dinheiro que seus associados extraíam com promessas de influência.

Uma lição dolorosa

Um impeachment é sempre um cálculo tanto político como legal. No fim, Collor caiu por causa de sua arrogância, um esquema anti-inflacionário fracassado, e seu desdém pelo Congresso. Esse precedente explica por que Rousseff fica fragilizada por seu isolamento político. Mas a oposição e os aliados insatisfeitos da presidente não deveriam tentar depô-la a menos que venham à luz de evidências claras de malfeitos criminosos contra ela.
As instituições brasileiras estão trabalhando para detectar e punir crimes que foram cometidos pelo grupo dominante. Um impeachment se transformaria numa caça às bruxas que enfraqueceria essas instituições ao politizá-las. Rousseff e o PT precisam assumir a responsabilidade pelo estrago que ela fez durante seu primeiro mandato, e não tornarem-se mártires do impeachment. Os brasileiros também estão pagando pelos erros dela. Mas com Rousseff na presidência, eles terão mais probabilidade de saber que a culpa é das políticas anteriores dela, e não das novas. Essa é uma lição importante.
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