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quarta-feira, 22 de junho de 2016

"Quem tem medo de Jair Bolsonaro?" / (a partir do blog de Aluízio Amorim)



QUEM TEM MEDO DE JAIR BOLSONARO?


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Se quer parecer inteligente perto de pessoas jovens, que fizeram faculdade de Humanas, entendem de bons bares e boas baladas, têm bons carros e pais que oferecem boas casas na praia, não é preciso muito esforço: basta criticar Jair Bolsonaro.
Caso não saiba quem é Jair Bolsonaro, tampouco se desespere: diga apenas que ele é homofóbico, racista, machista e misógino.
Talvez seus amigos sejam mais exigentes (mas isto é apenas para o nível “faz Ciências Sociais” ou “cita Deleuze na monografia”). Neste caso, nada de pânico, e contenha aquela vontade de estudar antes para saber do que está falando: mostre profundos conhecimentos históricos afirmando que Bolsonaro é defensor da ditadura militar, do torturador de Dilma Rousseff e ameaçou estuprar uma mulher diante de todo mundo.
Basta isto e voilà, pode correr para o abraço: mesmo se você nunca tiver ouvido falar em quem é Jair Bolsonaro, a claque vai te carregar pelos braços nos bares, vai dizer que você é articulado, politizado, inteligente e não se deixa manipular pela mídia. Se seu gosto para mulher não se importar com suvaca cabeluda, aversão a desodorantes, obesidade mórbida, cortes de cabelo saídos diretamente de uma sessão de terapia de choque, vontade irrefreável de defecar, urinar e se refastelar com dejetos em lugares públicos, aí talvez você consiga até uma intercessão carnal no fim da noite. Ou em qualquer matagal ou banheiro de Universidade.
Você não precisa conhecer Jair Bolsonaro. Não precisa e não deve. Não há uma única notícia famosa sobre ele, tão comentada como verdade inquestionável e objetiva por pessoas que juram que não se deixam manipular pela mídia golpista, que se sustente como verdade quando estudada.
Mas se as pessoas querem que você leia a coluna do Xico Sá ou do Gregório Duvivier para ainda defender o PT e a esquerda depois de “aprender” alguma coisa, o inverso é válido para Bolsonaro: caso você não o conheça, melhor. Quanto mais conhecê-lo, mais vai acabar escapando da narrativa pronta da garotada. E menos vai fazer como as pessoas de vocabulário reduzido a quatro palavras dos parágrafos acima.
Jair Bolsonaro é um cara abertamente impolido. Não é alguém como seus amigos na balada, mergulhados em artificialismo para parecer descolado e certinho, naquela onda que não se admite “politicamente correta” porque a expressão é feia, mas não aceita uma palavrinha fora do lugar, num totalitarismo coercitivo bem mais achavascado e fanático do que freiras num convento medieval.
Ao contrário do que esperam nossos vãos intelectuais, é disso que o povo gosta: dum cabra que fala grosso, odeia bandido, não trata guerrilheiro como coitadinho, respeita a polícia e as Forças Armadas por arriscarem a vida por gente que nunca fez nada por merecer, pensa em Deus e quer educar os filhos sem cartilhas ideológicas feitas para lobotomizar crianças e estatizar valores e a conexão direta com a realidade.
champinhaSó mesmo universitário riquinho, que nunca trabalhou na vida, nunca chegou em casa na periferia 11 e meia da noite depois de estudar e trabalhar o dia inteiro com 16 anos para um nóia roubar tudo dele por preferir tomar o que é dos outros à força ao invés de trabalhar, nunca viu como é difícil ter valores e precisar se esforçar enquanto vê um monte de gente mimada, pobres e ricas, querendo viver em nome do prazer e de arrancar o que os outros conquistaram com trabalho – só mesmo universitário falando em “social”, mas cujo único contato com pobre é na hora de ir buscar maconha, pode acreditar que pobre é igual a ele.
Jair Bolsonaro foi denunciado ao STF pelo crime de incitação ao estupro, pela sua já famosa frase em resposta a Maria do Rosário, que o chamou de estuprador. Ninguém acredita que Jair Bolsonaro seja capaz de estuprar alguém – exatamente por isso, é o xingamento que agora resolveram mais lhe atribuir, já que causa incômodo supremo no próprio deputado.
Bolsonaro, após a calúnia (Art. 138 do Código Penal) de Maria do Rosário, respondeu afirmando que não a estupraria porque ela não merece. A frase foi tão obviamente branda que, no arranca-rabo que se seguiu, nem foi a frase que incomodou Maria do Rosário.
Até hoje há pessoas que apenas se informam pelas Folhas de S. Paulo da vida que juram de pés juntos que Jair Bolsonaro teria dito: “Só não te estupro porque você não merece”, para dizer que Bolsonaro é um estuprador. Quem tem consciência do que disse, mais de uma década depois, é o próprio Jair Bolsonaro, que citou a frase ipsis litteris, sem medo do povo, na própria tribuna da Câmara, por saber o que o povo pensa dele, da querela e da defesa de bandidos de Maria do Rosário.
De acordo com o Jornal Nacional, que teve nojinho de citar a rusga na Rede TV!, não houve a primeira querela entre os dois. Assim, a notícia saiu apenas como “Após discurso em homenagem às vítimas da ditadura, o deputado Jair Bolsonaro afirmou que não estupraria a deputada”, como se a comunista Maria do Rosário estivesse linda e bela tomando a política como a arte do bem comum, enaltecendo a liberdade e o interesse do brasileiro, e Jair Bolsonaro, truão, levantasse a tribuna repentinamente e dissesse: “Ditadura é linda, e eu acho que hoje não vou te estuprar”.
Tema que valeria um processo.

“SE BOLSONARO NÃO GOSTA DE ESTUPRADOR, É PORQUE BOLSONARO É ESTUPRADOR”

Se mulheres têm medo de estupro, o principal candidato no qual deveriam votar é, justamente, Jair Bolsonaro. Nenhum candidato de esquerda defende nada que impeça de fato uma mulher de ser estuprada (no máximo lamente, levante um cartaz, diga que não é bem assim, mas não podemos fazer nada que deixe um estuprador com muito medo de estuprar, no máximo que aprenda a votar na esquerda).
Ironia das ironias, num país que não entende sequer frases não-irônicas, Bolsonaro falava exatamente sobre o caso de estupro que mais chocou a polícia de São Paulo: o brutal seqüestro, 5 dias de estupros seguidos e lento e doloroso assassinato de Liana Friedenbach por Champinha, então com 16 anos. Bolsonaro usou o caso para defender a redução da maioridade penal: ou seja, para que psicopatas estupradores como Champinha fossem punidos.





Bolsonaro defendeu a vítima e virou réu no tribunal comunista. Até quando permitiremos isso?

Maria do Rosário, cuja única razão de existir é defender que bandidos, estupradores, seqüestradores, assassinos e corruptos estejam livres de punição, para andar livremente, roubando, estuprando, seqüestrando, assassinando e sendo eleitos, do lado do povo humilde e trabalhador, invadiu a entrevista de Bolsonaro criticando a redução da maioridade penal – ou seja, defendendo que Champinha cumprisse 2 anos de medidas socioeducativas e fosse imediatamente colocado em sociedade, com ficha criminal limpa, livre para cometer mais estupros, seqüestros e assassinatos.
Bolsonaro, que repudia estupradores infinitamente mais do que Maria do Rosário, disse que Rosário estava em seu direito, mas se acredita mesmo nisso, poderia convidar Champinha para ser o motorista dos seus filhos. É o famosochamamento à realidade: será que as pessoas sustentam mesmo as idéias que pregam para os outros, se a aplicação também lhes envolver?


A resposta de Maria do Rosário deveria render o maior processo da história da Câmara dos Deputados: chamou Bolsonaro de estuprador.
Imagine-se chamar Lula, quando fala sobre “as mulher de grelo duro” da esquerda, de estuprador. Imagine-se chamar Gleisi Hoffmann, cujo assessor foi acusado de abusar de crianças(mas sempre que é citado pela imprensa, vira “assessor da Casa Civil”, sem o nome de Gleisi Hoffmann), de defensora de estuprador.
Imagine-se acusar Paulo Ghiraldelli, auto-intitulado “o filósofo de São Paulo”, de fazer “apologia do estupro” por ter como “desejo” para 2014 que a jornalista conservadora Rachel Sheherazade fosse estuprada:



"Você não merece ser estuprada" = apologia ao estupro.
"Desejo que @RachelSherazade seja estuprada" = não é nada.

Qualquer pessoa normal, sem precisar ter o QI de um Einstein e nem a profundidade jurídica de um Hugo Grócio sabe quem está certo e errado nessa história. Não parece ser o caso do STF e do jornalismo brasileiro, naturalmente.


Como já explicamos aqui, para a esquerda, qualquer crime é culpa da falha do planejamento social, e se esse planejamento social se materializou com algum estuprador arrancando suas roupas com faca, te forçando a ser vítima de estupros coletivos por dias a fio e acabou sendo morta lentamente a facadas que terminaram por uma decapitação no meio do mato em meio a mais um estupro, bem, o estuprador merece talvez um puxãozinho de orelha (mas bem de leve!) e aulas de matemática e história. Afinal, isso vai coibir que novos estupradores estuprem. Ou isso, ou cartazes contra a “cultura de estupro”. Pena para estuprador, como cadeia, que faria com que um estuprador pensasse duas vezes, não pode.
maria do rosário estupro
Maria do Rosário, com seu modo de pensar calcado no chamado coitadismo penal, se não faz apologia ao estupro, facilita estupros: qualquer estuprador, que nunca ouviu falar em planejamentos sociais baseados em “educação” planificada pela esquerda, prefere que Maria do Rosário seja ouvida, e que Jair Bolsonaro nunca mais seja eleito.

Qualquer estuprador desse país prefere Maria do Rosário na presidência do que @DepBolsonaro

Bolsonaro quer coibir estupros, a esquerda não.Bolsonaro quer leis que façam os estupradores terem medo antes de estuprar alguém, inclusive com um projeto de estro próprio para castração química (erosão da libido) de estupradores. A esquerda critica e prefere estupradores sem punição.
Quem é que faria uma “apologia” do estupro? Quem estava justamente querendo punição a um estuprador? Quem estava favorecendo estupradores? É preciso muitos brios intelectuais para perceber tal obviedade, que o povo brasileiro inteiro compreende, exceto jornalistas, universitários de esquerda e o STF?

Um deputado q tem projeto de castração química para estupradores ser acusado de incitação ao estupro só pode sair da cabeça do @STF_oficial

CRIME DE SER DA “CULTURA DE ESTUPRO”

Entretanto, numa era em que as palavras perdem o significado, e tudo passa a funcionar não mais por definição, como na filosofia inventada por Sócrates, mas pela associação, como nalinguagem metonímica, no fanatismo de massas e na sociedade do sacrifício, ao se afirmar algo, pode-se ser acusado de ter afirmado o oposto no momento seguinte. Ou mesmo de causar esta coisa – é como o tabu em relação ao nome de algumas doenças ou comemorar um gol do time antes da hora, como pensam os supersticiosos.
Ao falar que não estupraria Maria do Rosário porque ela não merece, a deputada e seus assessores acusaram Bolsonaro de incitar estupro contra Maria do Rosário.

Apologia ao estupro é defender o champinha, é manter o assessor acusado de pedofilia. Chamar de feia é outra coisa

É o que a esquerda inventou de chamar de “cultura de estupro”. Ou seja, que estupro não é quando um estuprador, indo contra todas as convenções sociais, estupra uma mulher, ou criança, ou mesmo um homem. O estupro é algo no ar, genérico, algo que se pega como uma gripe – ao contrário da doutrina cristã, de odiar o pecado e acolher o pecador, aqui “o estupro” é sujeito ativo, apenas agindo através de um estuprador, que é sujeito passivo e paciente da ação do sr. Estupro, este ser encarnado, com RG, CPF, carteira de motorista e título de eleitor.
Ao culpar a “Cultura de Estupro”, também sujeito ativo, com nome, sobrenome, passaporte, carteirinha do SUS e conta no Snapchat, a esquerda fica com todos os trunfos: pode culpar simplesmente qualquer um que quiser, por associação, por afiançar que faz parte da tal “cultura”, mesmo que seja a pessoa mais vigorosamente contrária ao estupro de todas.
liana-frienbach-recordApenas ao falar sobre estupro (inclusive na frase “Odeio estupro”), alguém já pode estar sendo cultuador da tal “cultura de estupro”. E como a própria esquerda define o que é a maçaroca indistinta, amorfa e capilosa da “cultura de estupro” conforme bem lhe convém, pode muito bem acusar Jair Bolsonaro de “apologia ao estupro” por votar para punir estupradores, por negar ser estuprador, por odiar ser associado a estupradores, por dizer que quem defende estupradores deveria andar com estupradores para ver se continuaria defendendo.
É isto o que o STF está fazendo neste momento. Maria do Rosário, em sua página no Facebook, agradeceu o STF por acatar suas ações, e também agradece ao movimento feminista, “organizado e à militância espontânea”, que “foram às ruas empunhando cartazes que bradavam que nenhuma mulher merece ser estuprada”. Foi a mesma frase usada por Bolsonaro, que Maria do Rosário agradece. Acaso ocorreu à parlamentar agradecer também a Jair Bolsonaro por isso?
Nada disso importa, para Maria do Rosário ou para qualquer esquerdista – ao menos da esquerda viciada em relativismo pós-Escola de Frankfurt, pós-Foucault, pós-Deleuze, pós-Lacan. Basta associar seus inimigos a estupro, mesmo os maiores adversários de estupradores, enquanto protege estupradores de verdade.
Assim, toda a direita é “cultura de estupro”, toda a esquerda, até o assessor de Gleisi, até Paulo Ghiraldelli, até Maria do Rosário querendo colocar um estuprador perto de meninas indefesas, é “feminismo que acha que nenhuma mulher merece ser estuprada”.
Antes a lei sabia se furtar a tais inversões da linguagem. Com um STF ideologizado, não mais. Jandira Feghali pode ter imunidade parlamentar para associar Aécio Neves a um helicóptero cheio de cocaína. Bolsonaro não pode usufruir da mesma para dizer que não cometeria crime nenhum. Tudo por associação, tudo pela narrativa da esquerda.
Qualquer idiota sabe que não só Bolsonaro nunca estupraria ninguém, como mandaria pra cadeia todos os estupradores e ainda com uma punição bem maior do que a atual, enquanto Maria do Rosário diminuiria a pena de estupradores. Ninguém tem medo de ser estuprado por Jair Bolsonaro. Mas, por associação e palavras genéricas, conseguem imputar-lhe uma culpa “no ar”.
Se regredimos a esse nível em nome de uma palavra de força psicológica forte como “estupro” (embora o único estupro no caso esteja no colo… de Maria do Rosário), podemos ter certeza de que não temos mais lei no país: apenas um modo correto, ditado pela última modinha, de acusar inimigos políticos. Sempre da esquerda para a direita – já que nem uma calúnia óbvia o STF sabe reconhecer.
Nenhuma mulher precisa temer cruzar com Jair Bolsonaro na rua. Todo estuprador deve temer cruzar com ele ou com a polícia num governo seu. Mas, com toda a certeza, todo estuprador terá vida muito mais fácil se vivesse sob um governo de Maria do Rosário.
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O fracasso como lição... A história do Golden State Warriors na campanha da NBA de 2015/2016

http://sportv.globo.com/site/nba/noticia/2016/06/licao-para-green-e-reconhecimento-de-curry-warriors-ja-pensam-em-2017.html
21/06/2016 17h00 - Atualizado em 21/06/2016 17h04

Lição para Green e reconhecimento de Curry: Warriors já pensam em 2017

Derrotados pelo Cleveland Cavaliers em casa na série final da NBA, principais jogadores do time prometem voltar no futuro para celebrar novamente

Por Oakland, Estados Unidos
Stephen Curry Warriors Cavaliers NBA (Foto: Getty Images)Stephen Curry coça a cabeça durante a entrevista depois do jogo 7 (Foto: Getty Images)
Perder faz parte do esporte. Nunca é fácil assistir a uma comemoração de um rival, principalmente dentro da sua casa. Campeões em 2015, os jogadores do Golden State Warriors aprenderam o significado deste sentimento neste domingo, ao serem derrotados pelo Cleveland Cavalierse terminarem sem o título da NBA, a liga americana de basquete. Um time que bateu recordes, como de campanha de uma temporada regular, com 73 vitórias em 82 jogos, e o início invicto ao vencer seus primeiros 24 confrontos, agora já começa a pensar nos próximos passos para voltar a celebrar no futuro, quem sabe já em 2017.

A derrota na série para os Cavaliers aconteceu recheada de explicações. A suspensão de Draymond Green do jogo 5, quando o time havia feito 3 a 1, o desempenho abaixo do esperado de Stephen Currya lesão de Andrew Bogut. Os motivos são muitos, mas a preocupação no momento é apenas juntar os cacos e começar a trabalhar.
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- Não há cirurgia para eu fazer no meu futuro. Tenho que estar saudável, mas não há desculpa para o que aconteceu em quadra. Estava lá pronto para jogar. Tive bons e maus jogos. É ruim ver os outros celebrando. Queria que fosse a gente. No fim, você tem dar os parabéns pelo que eles alcançaram. Vai ser uma boa imagem para o nosso time no verão e em toda a próxima temporada para lembrar que podemos voltar ainda mais fortes - afirmou Curry. 



Grande nome da série para os Warriors, Green terminou o jogo 7 como cestinha do jogo, com 32 pontos, além de 15 rebotes e nove assistências. Ele acertou seis de oito tentativas de três pontos. Nada isso importa para o jogador, líder do time, depois da derrota na série. 

- Aprendi muito com a suspensão sobre mim como homem, companheiro de time, jogador de basquete, que vai me ajudar para o resto da vida. Esses playoffs, foram recheados de muitos altos e poucos baixos. Ter o seu caráter atacado e não poder estar ali com seus companheiros é duro. Mas não dá para vencer sempre. Queria estar agora estourando champagne, mas não deu. Fico feliz pela forma como nós terminamos. É continuar a melhorar para voltar no próximo ano - disse.
Golden State x Cleveland - final da nba jogo 7 - leandrinho e green (Foto: Getty Images)Draymond Green não consegue carregar o time para o segundo título seguido da NBA (Foto: Getty Images)
Os recordes conquistados pelos Warriors estarão para sempre nas estatísticas. Green não vê motivo para considerar a temporada um fracasso apenas pela derrota na série final para os Cavaliers. Segundo ele, é preciso se orgulhar dos feitos. 
- Isso jamais nos poderá ser tirado. Tínhamos um objetivo que era ser bicampeão, e não conseguimos. Mas não vejo a temporada como um fracasso porque muitas coisas incríveis aconteceram para esse time e os jogadores, a comissão técnica e a organização - comentou Green.

Além das duas marcas já citadas, os Warriors ainda conseguiram o maior número de vitórias somando temporada regular e playoffs, com 88, superando as 87 do Chicago Bulls de 1995/96. O time fez o maior número de cestas de três da história em uma temporada, com 1.077, enquanto Curry estabeleceu o recorde individual, com 402.

Curry ainda quebrou o recorde de cestas de três em uma série final com 32. Os Warriors também alcançaram a maior marca da história em uma série de playoffs, com 94, no confronto com os Cavaliers. O maior total de bolas de três convertidas nos playoffs também foi alcançado nesta temporada pelo time, com 306.

terça-feira, 21 de junho de 2016

"Por que Temer não conta quanto foi roubado nos desgovernos do PT?" / José Neummane


José Nêumanne: Fala aí, Michel! 

Por que Temer não conta quanto foi roubado nos desgovernos do PT?

Por: Augusto Nunes  
Publicado no Blog do Nêumanne
As manchetes, que ocuparam o alto da primeira página e tiveram o maior destaque nas editorias de Política e Economia do Estadão, sábado e segunda-feira, dizem respeito a assuntos correlatos. Uma é a informação do delator premiado Vinicius Veiga Borin de que a Odebrecht comprou um banco para distribuir propina e a outra, o decreto de calamidade pública no Rio de Janeiro. Uma é a causa e a outra, o efeito. A primeira resulta do estado de absoluta devassidão moral que tomou conta do país desde que Lula da Silva, o mais popular presidente da História da República, entregou os cofres das estatais (inclusive bancos) à organização criminosa que reuniu burocratas do alto escalão da máquina pública e dirigentes partidários para planejar, organizar e realizar o maior furto de dinheiro público do planeta em todos os tempos. A segunda, da impossibilidade de cobrir as despesas do Estado com os poucos recursos que restaram para financiar o funcionamento das instituições democráticas.
Não dá para pagar as contas da educação, da saúde e da segurança públicas após o saque metódico e permanente do dinheiro arrecadado por impostos escorchantes, por mais escorchantes que eles fossem e sejam, pela associação perversa entre políticos ambiciosos e empresários inescrupulosos. Para o assalto funcionar e permanecer foi criado um esquema minucioso de superfaturamento de contratos de obras e serviços públicos com empresas privadas, em troca de um propinoduto pelo qual fluía a remuneração dos gestores das estatais que administravam a contabilidade, parlamentares que asseguravam a manutenção dos larápios em seus postos, ministros de Estado delinquentes e dirigentes partidários que enriqueceram abundante e ilicitamente em nome do sagrado princípio da velha e boa governabilidade.
Foi montado um sofisticado método de “engana trouxa” para o esquema funcionar e escapar aos controles (cuja fragilidade é agora revelada) da Receita Federal, do Banco Central, do Conselho Administrativo dos Recursos Fiscais (Carf) e de outros órgãos da administração federal encarregados de fiscalizar, punir e evitar a bandalheira. Tais mecanismos fiscalizatórios foram desativados por gorjetas milionárias, propiciando boa vida, sombra e água fresca para cidadãos encarregados de fazê-los funcionar. Ou seja, zelotes, denominação exata dada à operação policial e judicial que os investiga.
Por sua vez, com o bolso aliviado por essa casta canalha, o cidadão foi facilmente seduzido por miçangas retóricas e truques rasteiros de marketing político e deixou-se enganar, cômoda e confortavelmente, pela astuciosa súcia de agentes políticos que se perpetuam no poder fazendo-se de cegos, surdos e mudos como, na prática, age a cidadania. Desmontado o esquema, denunciado o roubo, esta é convocada a pagar a conta e patrocinar a impunidade dos salafrários. Assim, a falta de moral desemboca na crise econômica que engrossa e embrutece o caos político. Não é, portanto, mera coincidência o Brasil bater recordes mundiais de safadeza, desemprego, falência de empresas, queda de arrecadação e instabilidade.
Paraíso dos bicheiros que se tornaram traficantes, maravilha da malandragem e território do jeitinho, o Rio é uma calamidade antiga, enfim decretada. Mas não é o primeiro estado a encarar a ruína. Antes, foi o Rio Grande do Sul, cujo calote precedeu o fluminense. Clio, a deusa da História, caprichou na ironia: Leonel Brizola nasceu no Rio Grande do Sul e tornou-se célebre no Rio de Janeiro, a antiga capital federal, em cujo obelisco central seu prócer maior, Getúlio Vargas, amarrou os “pingos”.
Além dessa coincidência histórica, também assolaram o burgo fundado por Estácio de Sá as quinquilharias mais vistosas dos 13 anos, 4 meses e 12 dias em que a organização criminosa obteve anuência cega, surda e muda dos comandantes da nau sem rumo: a descoberta do pré-sal, a Copa do Mundo e agora a Olimpíada de 2016. Nada mais condizente com o reinado do pão e circo dos césares Augusto, Tibério e Nero, com o Maracanã servindo de Coliseu no encerramento do desastrado torneio de futebol e na abertura dos jogos modernos da zika, do arrastão e da ciclovia derrubada pela ressaca. O circo frustrado e o pão de fancaria, que parecia ser distribuído com fartura inédita por conta do petróleo do pré-sal só fizeram a festa dos delinquentes, que ficaram com o dinheiro de obras que se desfazem quando brilham no ar, como fogos de artifício no réveillon de Copacabana. O artífice do show, Lula da Silva, vencedor das batalhas da FIFA e do Comitê Olímpico Internacional (COI), e seus asseclas querem dos mortos e feridos um perdão que nem sequer se dão ao luxo de pedir.
Nesse particular, não estão sozinhos. Neste instante, ficamos sabendo que a oposição, que parecia apenas ser preguiçosa, inepta e desleixada, pode ter sido é cúmplice, conforme revela delação seletiva de Sérgio Machado, premiado com pena de 3 anos de tornozeleira em casa no lugar de 20 recolhido à cela. Tudo o que Lula queria na vida é que todo brasileiro tivesse a memória benevolente desse delator e fosse reconhecido pelo mérito das obras imperfeitas, como os estádios do Mundial, ou incompletas, como a transposição do São Francisco. Mas que não fosse lembrado pelo acesso que deu a todos quantos arrombaram os cofres da viúva em nome de falsos ideais bolivarianos que os poderosos de plantão fingem ter. Nem pela paternidade política da Mãe do Desemprego e do PIB cru.
Agora que tudo está sendo esclarecido e que do pré-sal da política o  que se extrai é a queda dos que meteram a mão ou fizeram vista grossa e ouvidos de mercador a suas malfeitorias, ainda restam dois mistérios a lamentar e desvendar. O primeiro: por que Aécio Neves não explicou aos eleitores tungados esse teorema no qual o furto é causa e crise, efeito. É mais compreensível do que o de Euclides. Mesmo que a Operação Lava Jato comprove que os tucanos compartilharam, pelo menos, sobejos do butim, essa ainda é uma equação sem solução.
O outro só pode ser desvendado por Michel Miguel Elias Temer Lulia. Que razão obscura e oculta mantém a mordaça que o impede de vir a público para contar a que os sócios do desgoverno comandado pelo PT, mas do qual ele também fez parte, reduziram o patrimônio público durante sua passagem pelo poder republicano. E quais são as consequências funestas de seus desmandos. Milhões pagam pra ver as cartas desse jogo de cujo baralho sujo Dilma Vana Rousseff Linhares está sendo excluída. Quais seriam as razões de ocultá-las na manga do colete?

"Não há fichas limpas", Arnaldo Jabor


Arnaldo Jabor: Não há fichas limpas

Somos uns miseráveis cercados de miseráveis por todos os lados

Por: Augusto Nunes  

Publicado no Globo
Não, não sei mais analisar a situação brasileira. Os fatos estão muito à frente de qualquer interpretação, que é sempre fugaz, com uma lógica que se perde em poucos instantes.
A sensação que tenho — estamos reduzidos a sensações — é que os hábitos tradicionais do velho patrimonialismo brasileiro, com suas teias ocultas de escândalos, estão arrebentando juntos e irrompendo da lama escondida por séculos.
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Uma das razões é que nossa corrupção deslavada, nosso secular desgoverno se fragilizaram neste mundo contemporâneo global e digital. Nosso atraso ficou atrasado. As informações na velocidade da luz fizeram a opinião pública acordar sem saber bem para que ainda, mas já é um avanço.
Aquele estranho país, oscilando desde sempre entre o público e o privado, está deparando com um perigo: a própria ideia de “país” está ameaçada, se esgarçando com ilhas de civilização cercadas de miséria por todos os lados. Instituições continuariam existindo, mas sem poder para regular a vida social.
A consciência do desastre é grande, mas ninguém sabe o que colocar no lugar da merda que está aí. Não sabe porque talvez não haja. Como traçar um plano político onde a política se desintegrou? O Brasil é uma quadrilha. Todos estão implicados de algum modo. Nunca existiu vida sem o Caixa 2. Nisso, o Lula acertou. Esse era o método de funcionamento “normal”. Era impossível um político ignorar isso. Era normal. Agora, estão abertos os intestinos da pátria que nos pariu. E surge mais uma verdade óbvia: não há inocentes para ocupar cargos públicos. Todos são cúmplices. Não há fichas limpas. O Temer sabe disso e inteligentemente nomeou a melhor equipe econômica que já tivemos, sem contar líderes como Meirelles, Serra, Maria Silvia Bastos, Pedro Parente etc. Eles partiram para impor o óbvio na economia destroçada pelos ladrões e imbecis. Conseguirão?
A Lava Jato está matando o velho país vira-lata, graças a Deus, mas como salvá-lo, como organizar um país melhor? Tudo funcionava mal, mas funcionava pelas regras da velha roubalheira analógica. Havia até uma certa doçura nos ladrões de galinha. Depois do PT, tudo enguiçou. Sempre achei que o PT no poder seria uma previsível ladainha de slogans comunas, de voluntarismo, de gastos públicos malucos, mas nunca supus que eles pudessem causar um estrago desse porte, com 170 bilhões de buracos negros no Estado. Isso foi o resultado da estupidez ideológica aliada à direita mais feudal do país, de Lenin a Sarney. O PT não me decepcionou apenas por seus erros; ele me fez descrente da raça humana.
E vamos combinar: já há uma catástrofe. Queremos não ver, mas a evidência é perturbadora. O país foi metodicamente danificado econômica e socialmente. Eu e provavelmente muitos de vocês leitores não vamos sofrer tanto com a estagflação que vivemos. Agora, os que não lerão esta coluna, milhões de desvalidos, vão sentir na carne o novo estilo para a miséria. Vem aí a nova miséria — um “arrière-goût”, um toque de… África e Índia. Sim.
A miséria era o grande capital do governo Lula. O PT sempre teve ciúmes da miséria. Sempre que o FHC tentou cuidar da miséria, o PT reagiu como um marido enganado.
Antes, havia uma miséria “boa”, controlável. Tínhamos pena, ela aplacava nossa consciência, desde que ficasse no seu lugar. A miséria tinha uma “função social”. Achávamos que nosso escândalo ajudava os pobres de alguma forma. Para nós pequenos burgueses, a miséria era bandeira abstrata, a miséria dos outros era nosso problema existencial. O fim das ilusões gerou um desalento que dá lugar a um alívio quase feliz.
A situação é gravíssima e ninguém sabe como revertê-la. Como imaginar esse Congresso sujo aprovando reformas e ajustes contra o atraso, justamente eles que desejam o atraso, tão propício a roubalheiras mais tradicionais? O escândalo foi desmoralizado — estamos sendo arrasados pela “normalidade”. Isso. Estamos nos acostumando a essa anomalia e vamos aceitando a crescente desgraça com fatalismo ou cinismo: tinha que ser assim ou dane-se…
E aí surge a turma do “precisamos”, da qual eu faço parte, tristemente. “Precisamos” disso, daquilo, mas ninguém sabe como resolver. Não temos agentes executores da política do “precisamos”.
“Precisamos” resolver o problema da administração nos estados e municípios, que já estão sem verbas para pagar os funcionários públicos, os hospitais sem remédio, os limpa-fossas, sei lá. “Precisamos” combater a violência, mas nada funciona para impedir o crime crescente. A polícia não tem dinheiro. Os criminosos têm grana para comprar até canhões antiaéreos no Paraguai. Não é que a violência vai apenas crescer; não há como impedi-la, com traficantes vagando de metralhadora no Centro da cidade, estuprando e matando.
Como imaginar um plano possível para salvar e melhorar as favelas no Rio ou Recife ou Alagoas, em todas as cidades principais, para além das UPPs? O que fazer? Cartas para a Redação.
Esta crise é especial, talvez invencível.
Em geral, as crises surgem, acontecem e, quase sempre, somem. Acabam. Até a terrível ditadura tinha um fim previsível, mas, depois de 12 anos de absurdos do PT, esta crise agora é de areia fina, de areias movediças; ela talvez não acabe, pois não tem um defeito único a combater — é uma miscelânea de crimes históricos. A crise não tem um inimigo só — é um ramalhete de equívocos.
A miséria é a ponta suja de uma miséria maior. Nós fazemos parte dela. O Brasil está contaminado de misérias. Não existe um mundo limpo e outro sujo. Um infecta o outro.
A burocracia é miséria, a corrupção é miséria, a estupidez brasileira é miséria. A miséria não está nas periferias e favelas; está no centro da vida brasileira.
Somos uns miseráveis cercados de miseráveis por todos os lados.