Postagem em destaque

A VERDADD skbe o SANTO GRAAL e Maria Madalena ...

domingo, 17 de julho de 2016

Prefeito Haddad pirou de vez... (atualizado) no blog Reinaldo Azevedo

http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/haddad-ve-crime-na-exibicao-da-bandeira-nacional-e-isso-nao-e-uma-piada-stf-nele/

Haddad vê crime na exibição da bandeira nacional! E isso não é uma piada! STF nele!!!

Prefeito decidiu proibir Fiesp de projetar o símbolo em sua fachada. É claro que se trata de uma agressão à Constituição

Por: Reinaldo Azevedo  
Que bom que a gestão de Fernando Haddad, o fanfarrão das ciclofaixas esburacadas e potencialmente homicidas, está por pouco. Chegará, então, ao fim esse cruzamento malsucedido de Lênin com Jânio Quadros que governa a cidade há quase quatro anos. E não me perguntem qual seria o cruzamento bem-sucedido, por favor.
Por que escrevo isso? O doutor resolveu que a Fiesp não pode mais projetar em sua fachada a bandeira nacional porque isso feriria a Lei Cidade Limpa.
Um certo Lao Napolitano, da associação “A Cidade Precisa de Você” e estafeta do prefeito na Comissão de Proteção à Paisagem Urbana, explicou, com aquela vocação para membro do Soviete de Haddad, por que a Fiesp não pode mais exibir o símbolo nacional: “A bandeira pode ser colocada, mas se houver um contexto. Da maneira como está sendo usada, é com cunho político”.
Publicidade
Ah, entendi!
E quanto não é? Fosse exibida no Sete de Setembro ou no 15 de Novembro, não haveria igualmente “cunho político”? Ou tal cunho não pode existir só quando é contra o PT?
Curioso, não? Os mesmos petistas que querem proibir a bandeira nacional na Fiesp tramam a volta da publicidade às bancas dos jornais — e, nesse caso, não se fala em Cidade Limpa. Aliás, que o Ministério Público fique atento: isso tem cheiro de instrumento que servirá para lavar dinheiro sujo de campanha. Não se trata de uma denúncia, mas de uma desconfiança.
Não é a primeira vez que a Prefeitura enrosca com manifestações que não são do campo ideológico do prefeito. A Fiesp já foi proibida de projetar em sua fachada “Fora, Dilma” e “Impeachment já”.
Não só. A turminha do Haddad também já quis proibir o Pixuleco na Paulista. O pretexto? O mesmo: fere a Lei Cidade Limpa.
Como todos sabem, a Paulista é palco constante de manifestações. Recorram ao Google Imagens e procurem as fotos das passeatas e protestos contra o impeachment e denunciando o tal golpe. Lá estão os bonecos fazendo caricatura “da direita” e os infalíveis e gigantescos balões infláveis da CUT. Quantas vezes os aliados de Haddad foram importunados?
No caso da bandeira nacional, nem quero me perder nessa rinha. Confundir a exposição de um símbolo nacional com propaganda de qualquer natureza fere o Artigo 5º da Constituição. É simples assim. A Fiesp tem de ser didática com o senhor prefeito e recorrer ao Supremo para que o Ditador Municipal saiba que ainda existem juízes em Brasília. E é STF mesmo! Sem escalas. Estamos tratando aqui da violação de um princípio fundamental da Constituição, que é cláusula pétrea.
Vejam que coisa! Em 1989, no caso conhecido como “Texas vs. Johnson, 491 U.S. 397”, a Suprema Corte Americana decidiu, por 5 votos a 4, que não é crime queimar a bandeira dos EUA.
No pedaço de Banânia governado por Haddad, já nem se cuida de saber se é crime ou não queimar a bandeira. O Pequeno Ditador quer transformar em crime exibir a bandeira.
E seu Leporello, que atende pelo nome de Lao Napolitano, reivindica a prerrogativa de dizer quando é e quando não é lícito exibi-la.
Supremo neles, Fiesp!

O PT é um partido descaradamente comunista que veste um 'uniforme' surrado de Democracia... E la nave va !

POLÍTICA

Afetados pela Síndrome de Estocolmo

PT doente (Foto: Arquivo Google)
O século XX, foi varrido por ideologias totalitárias, notadamente o comunismo, o fascismo e o nazismo. Milhões de pessoas foram assassinados em guerras e em tempos de paz por estes regimes ferozes. Partido único, supressão da liberdade econômica e política, combate as religiões, submissão dos poderes, adoração de ídolos, censura aos meios de comunicação e genocídios são marcas da ação política dos totalitários.
Certamente, quem conhece o mínimo de história não pode desprezar, a título de extrema ingenuidade, o perigo constante de assalto aos regimes democráticos. A democracia sempre é uma construção árdua, do dia a dia, e relaciona-se diretamente com a solidez das instituições, dos poderes independentes e da liberdade individual.
O Brasil viveu nos últimos treze anos um ambiente nada democrático, pois o PT aparelhou as instituições e a todo momento tentou controlar os meios de comunicação, a doutrinação de esquerda nas Universidades e escolas iniciada nos ultimos 40 anos foi intensificado nos Governos petistas que utilizou o sistema de ensino brasileiro para por em prática a hegemonia cultural recomendada pelo marxista Antonio Gramsci.
Hoje, poucos incautos duvidam das práticas nada republicanas que foram implantadas na educação brasileira. Basta abrir um livro didático aprovado pelo MEC para descobrir que o Presidente FHC teria vendido o Brasil e aumentado a desigualdade social ou que Lula é o herói do povo e teria praticado uma verdadeira revolução. 
O partido, de forma inteligente e sorrateira, providenciou o seu falso abrandamento ideológico; o seu disfarce. Fez isto após e durante as sucessivas derrotas em eleições presidenciais. Em 2002, com a famosa Carta ao Povo Brasileiro, promessas de racionalidade econômica, respeito à liberdade de mercado e discurso pela ética, o PT conseguiu chegar ao poder.
Foram as mãos do mago do marketing Duda Mendonça e do pragmático José Dirceu. A obra foi o Lulinha Paz e Amor. Enganaram a opinião pública e parece que enganaram alguns que publicam suas opiniões.
É fato. Ao mesmo tempo em que tentava disfarçar publicamente sua imagem de partido totalitário, o PT apostava em um renascimento do socialismo em uma agenda semissecreta. Em 1990, o PT, representado pelo ex-presidente Lula em parceria com Fidel Castro, montou o Foro de São Paulo.
Ela seria a instituição encarregada de estabelecer as estratégias de expansão do socialismo na América Latina. Partidos, movimentos sociais e movimentos terroristas revolucionários da America Latina e do Caribe passaram a se reunir no afã de pactuar a implantação do socialismo em todas as Américas.
Para chegar ao poder, o PT aplicou a receita de domínio das instituições e implantação da hegemonia cultural. Não há nisto nenhuma novidade. Aliás, a estratégia é explícita e consta em muitos documentos do partido.
Por exemplo, no Caderno de Teses para o quinto congresso do PT tem-se alguns exemplos: "ampliação da importância e dos recursos destinados às áreas da comunicação, da educação, da cultura e do esporte, pois as grandes mudanças políticas, econômicas e sociais precisam criar raízes no tecido mais profundo da sociedade brasileira".
Ou "é a partir desta centralidade que devem ser articulados programaticamente a defesa do avanço (...).  Ele pressupõe uma disputa de valores, de agendas e de programas, forte e permanente na sociedade, para fazer frente à pressão midiaticamente rearticulada neoliberal e conservadora."
Ou "o PT precisa retomar o conceito de disputa de hegemonia, combinando a ação institucional, articulado com as lutas dos movimentos sociais e com base numa forte organização interna, com vistas reencantar a juventude e a sociedade como um todo."
Consideramos covarde e criminoso inocular na mente das crianças e jovens ideologias, clichês, falsa ciência, falsa história e padrões morais divergentes dos padrões familiares. A Constituição Federal é clara e objetiva quando no artigo 206, inciso II, diz que o ensino brasileiro será ministrado com base na liberdade de aprender. Resta, portanto, claro que continuar permitindo que as crianças brasileiras sejam assediadas ideologicamente é, além de um despropósito moral, uma clara afronta à Carta Magna.
Como se já não bastasse a previsão da liberdade de aprender, o mesmo artigo 206 da Constituição, dessa vez no seu inciso III, determina que o pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas sejam preceitos básicos pelos quais o ensino deve ser ministrado.
Na verdade, adversários, impossibilitados de defenderem abertamente uma escola com partido e a própria doutrinação ideológica, acusam os que lutam pela liberdade de aprender de quererem impor mordaças ao professor. Invertem a questão para defenderem o status quo de total hegemonia esquerdista na educação atual.
Acusam adversários daquilo que fizeram. E quando os adversários da liberdade de aprender são oriundos de partidos que estão fora do espectro ideológico mais esquerdista, a única conclusão possível é que estas pessoas sofrem da Síndrome de Estocolmo: se apaixonaram pelos malfeitores; amam os que as escravizam. Lamentável!
Vamos combater duramente a doutrinação ideológica e a manipulação de compartamentos nas escolas porque acreditamos piamente na liberdade, no conhecimento e na educação. Sabemos que o aluno precisa ter acesso à pluralidade de correntes teóricas sobre os fatos da vida e da sociedade.
Não aceitamos um ensino instrumentalizado por interesses políticos sejam quais forem. Estamos preparados para qualquer embate intelectual honesto e aberto. Defenderemos o direito dos estudantes à liberdade de aprender.

"Aos inimigos, a lei" // El País

Aos inimigos, a lei

O impeachment se arrasta como farsa jurídica, com depoimentos de peritos que são basicamente irrelevantes
Grupo a favor de Dilma no dia da votação do impeachment na Câmara (Foto: Mario Tama / Getty Image)
Ignacio Cano, El País
Reza o ditado popular brasileiro que aos amigos devemos tudo e aos inimigos, a lei. Implicitamente, entende-se que não podemos aplicar aos amigos a mesma lei que reservamos aos inimigos ou, ao menos, não da mesma forma. A máxima é perfeita para entender o processo político que o Brasil vive hoje.
Na verdade, a despeito da sua imagem de dama cega e implacável, a justiça penal é sempre seletiva, pois a aplicação sistemática da lei a todos os supostos infratores seria materialmente impossível, pela falta de recursos, e extremamente inconveniente.
Se todos os indivíduos que cometeram alguma vez algum tipo de infração fossem simultaneamente processados e condenados, numa eficácia penal absoluta, a sociedade seria ingovernável.
Por isso, os operadores de justiça criminal costumam priorizar os casos seguindo um critério de oportunidade, dando preferência aos delitos mais graves. Mas, se a aplicação da lei é necessariamente seletiva, ela precisa ser isonômica para poder ser legítima, isto é, precisa ser aplicada a todos sob as mesmas condições. Caso contrário, a lei deixa de ser um limite comum para regular a conduta dos indivíduos e torna-se um instrumento da ação política.
saiba mais
Grupo a favor de Dilma no dia da votação do impeachment na Câmara (Foto: Mario Tama / Getty 

Mais de Sponholz no blog de Aluízio Amorim

Sponholz: certeza da impunidade.


"O ocaso de Lula" ... / blog de Aluízio Amorim

sábado, julho 16, 2016

O OCASO DE LULA E MUITO MISTÉRIO

Acima Lula chegando em Caruaru, no agreste de Pernambuco. Abaixo fotos do jatinho executivo de luxo Gulfstream G200, de alta performance, similares ao modelo em que Lula usou para viajar a Caruaru. É igual àquelas aeronaves utilizadas pelas empreiteiras durante tempo da ladroagem do petrolão. 
Às 7h50 da última quarta-feira, um segurança do ex-presidente Lula chegou ao Aeroporto Oscar Laranjeira, em Caruaru, no agreste de Pernambuco. Diligente, comunicou que um Gulfstream G200, avião executivo de luxo e alta performance, estava a caminho da cidade. Minutos depois, dois representantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e o vice-prefeito Jorge Gomes (PSB) estacionaram seus carros no local. Estavam apreensivos, porque não havia militantes para oferecer uma recepção calorosa a Lula. “Eles vão chegar. Pode ficar tranquilo”, disse um dos líderes do MST ao segurança, tentando amenizar a tensão. Uma hora mais tarde, só oito pessoas aguardavam o ex-presidente. “Vamos partir para o plano B. Acho melhor receber o Lula no hotel. Manda o pessoal para lá”, ordenou o guarda-costas. Em seguida, ele trancou a porta de entrada do saguão do aeroporto, que é público, para evitar que alguém fotografasse o deserto que aguardava Lula, aquele que já foi um dos políticos mais populares do mundo. “O cara”, como disse o presidente americano Barack Obama, numa ocasião em que se encontraram.

SAINDO PELOS FUNDOS

Lula desembarcou às 9h13 acompanhado do senador Humberto Costa (PT-PE). Driblou as poucas pessoas curiosas que o aguardavam e deixou o aeroporto pelos fundos. “Pensei que ele fosse ao menos pegar na minha mão e me cumprimentar”, reclamou Augusto Feitosa, funcionário do aeroporto. Os tempos são outros. A popularidade e o prestígio de Lula também. Caruaru é testemunha dessa transformação. Em 27 de agosto de 2010, o então presidente desembarcou no mesmo Oscar Laranjeira ao som de uma orquestra formada por estudantes de uma escola pública. O saguão estava lotado. Sorridente, Lula abraçou eleitores e posou para fotos ao lado de autoridades como Fernando Haddad, então ministro da Educação, hoje prefeito de São Paulo, e a então primeira-­dama do Estado de Pernambuco, Renata Campos. Em seu último ano de mandato, Lula beneficiava-se do crescimento econômico, que atingiu 7,5% em 2010. Nem o céu parecia lhe servir de limite. “Se a gente continuar mais dez anos do jeito que está, daqui a pouco chega a Caruaru e pensa que está em Paris, em Madri, de tão chique.”Caruaru continua Caruaru. Figura entre as doze piores cidades para viver no Brasil. E Lula deixou de ser Lula. Lidera no quesito rejeição entre os nomes cotados para disputar a Presidência em 2018. Na quarta-feira passada, Lula discursou em Caruaru num auditório com capacidade para setenta pessoas. A plateia era formada por militantes do MST e da CUT, que preferiram tomar o café da manhã do hotel a esperar o petista no aeroporto. A programação previa uma coletiva de imprensa. Não ocorreu. Só Lula e áulicos falaram. Mas o ex-presidente mantém um fotógrafo e uma equipe de documentaristas, sempre a postos para captar as melhores cenas.
A GARRAFA FATÍDICA
Enquanto estava no hotel, um militante rompeu o cerco de seguranças e tirou uma foto com Lula, mas a equipe do ex-presidente o obrigou a apagá-la. A imagem mostrava uma garrafa de uísque ao fundo. Não pegaria bem nas redes sociais, foi a justificativa apresentada.Depois do evento, Lula saiu pela garagem, num carro com os vidros fechados, e percorreu um trajeto de apenas 400 metros até o trio elétrico que o esperava para um novo discurso. “Ele parece estar meio distante do povo, com um olhar desconfiado”, observou a funcionária pública Conceissão Pessoa. Em cima do trio elétrico Pantera Fashion, Lula discursou para 2.000 pessoas. Cinco ônibus, com capacidade para cinquenta passageiros, foram fretados por 1.000 reais cada um, pagos em dinheiro vivo, para postar a claque diante da estrela petista. A programação da semana passada, por exemplo, previa uma passagem pela cidade do Crato, no Ceará, onde ele receberia o título de doutor honoriscausa da Universidade Regional do Cariri. A segurança fora informada de que estava sendo organizado um protesto de alunos contra a concessão da honraria. A visita foi cancelada.
CACHAÇA E ÁGUA
Em Caruaru, Lula foi ainda a um assentamento agrário do MST. Uma banda de pífanos, também contratada por cerca de 1.000 reais, animou a festa. À mesa, famílias convidadas puderam se servir de macaxeira, jerimum, cuscuz, carne guisada e suco de acerola. Lula bebia cachaça e água. Estendia o braço direito para o alto, com o punho cerrado, e discursava contra o “golpe” que derrubou Dilma. No fim da tarde, às 17 horas, o ex-presidente partiu para o Recife no avião de prefixo PR-WTR, o mesmo que as empreiteiras Odebrecht e OAS usavam para transportá-lo ao exterior. À noite, na capital pernambucana, num evento em praça pública, Lula criticou o presidente interino Michel Temer e o juiz Sergio Moro, que em breve julgará um pedido de prisão contra ele. Falou à plateia e também à equipe que produz um documentário sobre o “golpe”. Com a chuva, os militantes começaram a se dispersar, e Lula teve de encerrar o espetáculo. Do site de Veja - Condensado de matéria da versão impressa deste final de semana

Sponholz no blog de Aluizio Amorim

Arca e flecha
CONCLUINDO...

sábado, 16 de julho de 2016

Será que o Estado Islâmoco virá para os Jogos do Rio? / Andrei Netto em 13/07/2016 no Estadão (atualizado)

serhttp://esportes.estadao.com.br/noticias/jogos-olimpicos,servico-secreto-da-franca-revela-preparo-de-atentado-terrorista-na-olimpiada,10000062624
Serviço secreto da França revela possível ato terrorista no Rio
Segundo informações, ataque seria cometido por um brasileiro em nome do EI

A ameaça terrorista durante os Jogos Olímpicos do Rio é real. Ao menos é o que afirmou o chefe da Direção de Informação Militar (DRM), um dos serviços secretos da França, o general Christophe Gomart, à Comissão Parlamentar de Inquérito que investigou os atentados de 13 de novembro em Paris e Saint-Denis. Segundo as informações, o ataque seria cometido por um brasileiro em nome do grupo jihadista Estado Islâmico e teria como o alvo a delegação francesa.
A declaração foi feita em 26 de maio aos deputados, mas veio a público na terça-feira com a publicação de um relatório no site do Legislativo. Em seu depoimento, o general revelou por acidente que documentos de inteligência militar da França indicavam a organização de um atentado no Rio de Janeiro pelo Estado Islâmico.


Foto: Reprodução
Segurança é uma das principais preocupações dos organizadores do Rio-2016
Segurança é uma das principais preocupações dos organizadores do Rio-2016
O trecho relativo à capital carioca é um vazamento de informação e, a pedido do próprio general, a transcrição do texto foi retirada das notas públicas da CPI francesa.
Segundo o jornal Libération, o trecho retirado das transcrições diz respeito ao diálogo entre o deputado Georges Fenech e o general Gomart. Todas as declarações do parlamentar foram apagadas dos documentos públicos, mas a resposta do oficial acabou permanecendo por acidente. "Eu não tinha ouvido falar deste cidadão brasileiro que se prepararia para cometer atentados contra a delegação francesa dos Jogos Olímpicos", diz o diretor do DRM, em resposta às colocações de Fenech.


Foto: Arte/Estadão
ctv-mkr-plano-de-seguranca-rio
A afirmação foi feita no momento em que o militar revelava outras ameaças de atentados que haviam sido desmontadas pelas forças especiais da França. Entre elas estavam a atuação de sete franceses treinados em campos jihadistas no Iêmen e que retornariam à Europa pelo Djibuti. Ao lado de estrangeiros, eles "seriam suscetíveis de conduzir ações terroristas em território nacional", na França. Outro caso evocado é o de um indivíduo identificado na Líbia e que seria um "combatente estrangeiro que se prepararia para entrar no território francês".
Não há informações nos documentos do Parlamento sobre se o suspeito brasileiro de integrar o Estado Islâmico e preparar um atentado no Rio estaria preso, nem mesmo se ele estaria ou não no Brasil. A reportagem aguarda respostas de pedidos de entrevistas com o deputado Georges Fenech e com a direção da DRM.

"Nice, a narrativa e a Lava Jato" / Mario Sabino

15 de Julho de 2016

Nice, a narrativa e a Lava Jato

Por Mario Sabino
O ataque em Nice é mais uma prova de que o governo francês é uma porcaria, assim como a polícia e os serviços de informação. Como jornalista, no entanto, eu não posso deixar de admirar o ritual narrativo que segue cada atentado.
Depois de descoberta a identidade do terrorista, ou terroristas, e esclarecidos o número de vítimas e as circunstâncias gerais do ataque, o procurador de Paris chama a imprensa para descrever tudo aquilo que as autoridades sabem a respeito do assunto até aquele momento, bem como o que não sabem.
O texto é cristalino e lido no tom certo — nem emotivo, nem monocórdio. A gramática também escapa completamente ilesa, como sói acontecer nestas latitudes. Tradição literária ajuda nessas horas.
A descrição do procurador de Paris confere sentido ao que parece não ter o menor sentido. Organiza a investigação policial que ganhará mais detalhes nas semanas seguintes, serve de ponto de partida para as interpretações políticas que tomarão o noticiário e esboça outro capítulo da história do país. Não menos relevante, dá início ao luto nacional e aos lutos individuais de quem perdeu familiares e amigos. De certa forma, é como o epílogo de uma tragédia grega.
Tudo é o exato contrário do que costuma ocorrer no Brasil. Quase não temos narrativas e, quando tecidas, elas pecam pela obscuridade ou mentira deslavada.
É na falta de tradição narrativa que Lula e os seus aliados apostam para deturpar o que a Lava Jato vem contando de maneira ainda demasiado técnica. Talvez seja o caso de a República de Curitiba contratar o procurador de Paris para lhe dar mais clareza. O nome dele é François Molins.

"O terror interno e o externo" / Ruy Fabiano



Ruy FabianoPOLÍTICA

O terror interno e o externo

O tema do terror, que hoje assombra o mundo, é um velho conhecido nosso. Não se reveste de teor religioso-fundamentalista ou ideológico – como o que hoje abala o Ocidente.
Terror (Foto: Arquivo Google)
É impulsionado pela indústria bilionária do narcotráfico, estimulado pela impunidade e pela insânia do politicamente correto. Banditismo mesmo. Os direitos humanos têm aqui mão invertida: direcionam-se aos que os violam – os bandidos -, não às vítimas.
A construção desse ambiente não se deu do dia para a noite. Foi uma lenta e paciente elaboração, que começou no discurso esquerdista, de associar violência à pobreza, serviu-se da crônica morosidade do Judiciário e encontrou ampla receptividade no âmbito legislativo, com a elaboração de leis que atenuam as penas e oferecem aos condenados meios de reduzi-las ainda mais, por meio do sistema progressivo de regime, sempre “aprimorado”.
Dificilmente alguém cumpre a totalidade de sua pena. Há ainda a resistência à redução da maioridade penal para 16 anos, o que leva a que o crime organizado (e o desorganizado) se sirva dessa abundante mão de obra.
Por fim, há a crescente hostilidade dos setores pensantes da sociedade à ação policial, em que seus profissionais, além de mal remunerados e desequipados, deparam-se com restrições operacionais que, por óbvio, não se aplicam à ação dos bandidos.
No topo da pirâmide social, o quadro é ainda mais grave, como o demonstram as operações da Lava Jato. A legislação processual admite um sem-número de recursos, que levam os crimes a prescrever antes que o processo transite em julgado.
E há o absurdo foro privilegiado, que transforma o STF em tribunal penal e enseja intermediações políticas que impulsionam a impunidade e o descrédito do Poder Judiciário.
Não bastasse, o Senado está prestes a votar, por iniciativa de seu presidente, Renan Calheiros, projeto de lei que, a pretexto de conter abusos de autoridade, dificulta as investigações, sobretudo no que diz respeito às delações premiadas.
O projeto, apresentado em caráter terminativo, foi encaminhado a uma comissão especial, criada pelo próprio Renan e presidida por Romero Jucá, ambos citados em delações premiadas da Lava Jato. O recurso ao “caráter terminativo” permite, caso não haja recurso, que o projeto seja aprovado na própria comissão especial, sem passar pelo plenário do Senado. Depois vai para a Câmara.
Não é casual que o projeto venha à tona quando a Lava Jato chega à cúpula da elite política e econômica do país. A Associação dos Juízes Federais (Ajufe) declarou, em nota, que o texto “parece uma tentativa de intimidação de juízes”. Não parece: é.
O que ocorre em cima, na cúpula do poder, estimula quem está embaixo. Há, no mínimo, uma sinalização moral nefasta. No frigir dos ovos, o país oficial construiu um ambiente de falência política e econômica – e, em decorrência, social -, enquanto o país real vive a tragédia de contabilizar o pornográfico número de 70 mil assassinatos por ano – índice de guerra civil, superior ao de países como a Síria ou o Iraque, que a vivem de maneira declarada.
Não bastasse, a proximidade das Olimpíadas, com sede na cidade-síntese do país, o Rio de Janeiro – e, por isso mesmo, o seu mais eloquente retrato -, agrega ao terror interno, ao qual já nos habituamos, o terror externo, que hoje apavora o mundo.
Já há registros, nas redes sociais – e a própria Abin o confirma - da presença de agentes do Estado Islâmico no país, agindo nas periferias, onde há farta mão de obra recrutável. Que diferença faz para quem nasceu em meio às ações do narcotráfico – e se acostumou ao crime como banalidade – revesti-lo de aura fundamentalista e semeá-lo junto a seus companheiros de infortúnio?
O Brasil oferece ao terror vasto manancial a ser explorado. E é espantoso que somente agora as autoridades estabelecidas tenham despertado para o problema. Nessa Olimpíada, já temos, há muito, medalha de ouro.