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sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Correios perdeu dinheiro e prestígio nos últimos anos

https://g1.globo.com/economia/noticia/triplica-prejuizo-dos-correios-com-pagamento-de-indenizacoes-aponta-relatorio-da-cgu.ghtml

Triplica prejuízo dos Correios com 

pagamento de indenizações, 

aponta relatório da CGU

Em 2011, Correios gastaram R$ 60 milhões com o pagamento de indenizações a clientes por atrasos, extravios, avarias e roubos de correspondências. Valor aumentou para R$ 201,7 milhões em 2016.

Por Marcelo Parreira, TV Globo, Brasília
 

O prejuízo dos Correios com o pagamento de indenizações a clientes – por atrasos, extravios, avarias e roubos de correspondências e encomendas – triplicou entre 2011 e 2016, informa relatório produzido pela Controladoria-Geral da União (CGU).
Em 2011, os Correios, cuja privatização é estudada pelo governo, gastaram R$ 60 milhões com indenizações e, em 2016, R$ 201,75 milhões, diz o relatório. Esses valores se referem 954 mil indenizações em 2011 e a 10,06 milhões de indenizações em 2016 (nove vezes mais).
Parte das informações do relatório, consideradas estratégicas pelos Correios, foram colocadas em sigilo pela CGU, a pedido da empresa, depois de o documento ter se tornado público neste mês. Nesse intervalo de tempo, o G1 teve acesso às informações sigilosas do relatório.
AUMENTA O PAGAMENTO DE INDENIZAÇÕES PELOS CORREIOS
(em milhões de reais, entre 2011 e 2016)Fonte: Controladoria-Geral da União (CGU)

Milhões de reais6060201,75201,7520112016050100150200250
Milhões de reais6060201,75201,7520112016050100150200250

Fonte: Controladoria-Geral da União (CGU)
Fonte: Controladoria-Geral da União (CGU)
A CGU qualificou a alta no pagamento de indenizações como "vertiginosa" e apontou o problema como um dos "fatores que impactam a atual situação econômica financeira" da empresa.
Em nota, a assessoria da estatal disse que os gastos são "extremamente impactantes para a empresa".
"Para diminuir os eventos que geram indenizações por motivo de extravio, os Correios têm adotado diversas medidas internas. Entretanto, no que se refere aos roubos, essa é uma questão que foge ao controle da empresa, uma vez que trata-se de um problema de segurança pública", informou a estatal.
Sobre o pedido para que os dados fossem colocados em sigilo, a assessoria da empresa disse que as informações são "relativas à atuação no âmbito comercial e concorrencial dos Correios", o que permite por lei que a informação seja de acesso restrito.
De acordo com os Correios, a exposição das informações poderia prejudicar a competitividade dos Correios e gerar riscos ou ameaças à empresa.
A Controladoria-Geral da União informou, em nota, que pedidos para que informações sejam colocadas em sigilo são rotineiros e que as informações foram tornadas restritas provisoriamente, enquanto avalia se devem ou não permanecer em segredo.

Gastos com pessoal

Outro ponto da administração dos Correios considerado preocupante pela CGU foi o aumento da despesa com pessoal.
De acordo com o relatório, o número de funcionários dos Correios subiu apenas 0,43% entre 2011 e 2016, mas o custo total com os empregados cresceu 62,61% no mesmo período.
Já os gastos com os chamados benefícios pós-emprego, que incluem a previdência complementar e o plano de saúde dos empregados, mais que triplicaram no mesmo período, crescendo de R$ 118,6 milhões em 2011 para R$ 410,36 milhões em 2016.
Sobre os gastos com pessoal, a estatal informou por meio da assessoria estar realizando um Programa de Demissão Incentivada (PDI) que já diminuiu o quadro de pessoal em mais de 6 mil pessoas, e que os gastos com o plano de saúde dos funcionários estão sendo debatidos no Tribunal Superior do Trabalho, após fracassarem as negociações com o sindicato da categoria.

Transferências para a União

A CGU também destacou o fato de os Correios terem repassado para a União entre 2011 e 2013 mais recursos do que o mínimo exigido por lei, o que reduziu a capacidade de investimento da empresa.
De acordo com a CGU, as transferências chegaram a R$ 2,96 bilhões. Na resposta encaminhada aos auditores, os Correios argumentaram que essas transferências fizeram com que o prejuízo da empresa entre 2014 e 2016 fosse 35% maior do que o que teria ocorrido se o dinheiro tivesse ficado nos Correios.
O órgão de fiscalização alertou para a necessidade de mudanças na gestão da empresa. "Se medidas efetivas não forem tomadas, no curto prazo, para ampliação da receita e redução dos custos, principalmente em relação aos benefícios pós-emprego, constata-se que a empresa irá se tornar gradativamente dependente de recursos transferidos pela União para o seu custeio, transformando-se, portanto, em uma empresa dependente", diz o documento.
A empresa disse que o repasse de dividendos para o Tesouro Nacional entre 2011 e 2013 foi determinado pela União, e que pediu ao governo um aporte do dinheiro recolhido à época.
De acordo com a assessoria dos Correios, a intenção é alterar o estatuto para impedir que isso seja feito novamente.

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

"EUA entram na investigação de corrupção ligada à escolha do Rio para a Olimpíada" / El País


EUA entram na investigação de corrupção ligada à escolha do Rio para a Olimpíada

A investigação é liderada pelo escritório do FBI em Nova York e a Promotoria no Brooklyn



Carlos Arthur Nuzman preso
Carlos Arthur Nuzman acompanhado por agentes federais nesta quinta.  REUTERS



As autoridades federais nos Estados Unidos entraram na investigação em curso no Brasil e na França que apura supostas ações corruptas ligadas à escolha do Rio de Janeiro como sede das Olimpíadas. Ela é centrada no pagamento de subornos feitos para comprar votos e na concessão de contratos. Carlos Arthur Nuzman, o antigo presidente do Comitê Olímpico brasileiro, chegou a ficar preso por 15 dias, há dois meses, acusado de ser peça-chave no esquema e agora aguarda em liberdade os desdobramentos do processo.
A investigação é liderada pelo escritório do FBI em Nova York e a Promotoria no Brooklin, de acordo com a informação divulgada pelo The Wall Street Journal. É a mesma jurisdição nos Estados Unidos que persegue crimes em escala transnacional, como no caso das propinas revelado contra a FIFA em 2015 e o que investigou a trama do doping em atletas olímpicos russos.
Um grande júri federal no Brooklyn trabalha desde o ano passado para reunir provas documentais e depoimentos ligados à investigação para poder montar uma causa penal. A parte dos contratos se centraria, de acordo com as fontes citadas pelo jornal de finanças nova-iorquino, na concessão de direitos de retransmissão do evento esportivo e de marketing.
Os investigadores franceses e brasileiros solicitaram a ajuda norte-americana há mais de um ano. Em passagem recente pela Europa, a procuradora brasileira à frente do caso, Fabiana Schneider, chegou a reclamar publicamente da falta de resposta americana: "As dificuldades para investigar são imensas.  Para que busquemos informações em cada país é necessário uma cooperação internacional que é difícil. Com os franceses foi mais fácil, mas dos Estados Unidos não recebemos resposta", disse Schneider. Agora a investigação pretende fazer com que o empresário brasileiro Arthur Soares, que está foragido na Flórida, deponha no Brooklyn e forneça toda a informação que tem sobre as comunicações que manteve relacionadas ao voto feito em 2009 em Copenhague.
Os promotores no Brasil e na França acusaram Soares de pagar subornos ao filho do representante senegalês do COI, a pedido de funcionários brasileiros. O Rio de Janeiro disputava a realização dos Jogos Olímpicos com Madri, Tóquio e Chicago. Os EUA não puderam responder em agosto o pedido de prisão e extradição do empresário brasileiro porque não receberam informação suficiente sobre as acusações.
Os EUA, como país garantidor das transações internacionais feitas em dólares e utilizando o sistema bancário norte-americano, têm a autoridade extraterritorial para iniciar ações penais desse tipo. Por esse motivo pede também dados sobre possíveis transferências de fundos, para seguir o rastro dos pagamentos ilícitos. O COI, através de um porta-voz, afirma não ter recebido pedido algum dos EUA.

Efeito colateral da Sociedade do Espetáculo... Queda de chinês do 62º andar de prédio por exibição profissional

Chinês famoso por se arriscar em topos de prédios morre ao cair de 62º andar

Wu Yongning, de 26 anos, aceitou subir em prédio mais alto de Changsha por prêmio de quase R$ 300 mil. Com mais de um milhão de seguidores, ele tinha quase 300 vídeos de performances de risco e nunca usava equipamento de proteção.

Por g1
 
Wu Yongning no alto de um edifício de 100 andares, em foto postada no dia 2 de outubro (Foto: Reprodução/Weibo/Wu Yongning)Wu Yongning no alto de um edifício de 100 andares, em foto postada no dia 2 de outubro (Foto: Reprodução/Weibo/Wu Yongning)
Wu Yongning no alto de um edifício de 100 andares, em foto postada no dia 2 de outubro (Foto: Reprodução/Weibo/Wu Yongning)
Um jovem chinês que atraiu mais de um milhão se seguidores ao postar vídeos nos quais aparecia se arriscando no topo dos prédios mais altos da China morreu ao cair do 62º andar de um prédio em Changsha, capital da província de Hunan.
Wu Yongning, de 26 anos, morreu no dia 8 de novembro, mas sua morte só foi confirmada mais de um mês depois, quando fãs começaram a questionar porque suas postagens na rede social Weibo tinham sido interrompidas e a namorada comunicou seu falecimento.
Segundo um tio, que falou ao jornal “Xiaoxiang Morning Herald”, Yongning aceitou o desafio de subir no topo do Huayuan Centre, o edifício mais alto de Changsha, para ganhar um prêmio de 100 mil ienes (cerca de R$ 293 mil). Ele não identificou o patrocinador que pagaria o valor.
O dinheiro, disse o tio, seria usado para ajudar nas despesas médicas de sua mãe e para financiar seu casamento, já que o jovem pretendia pedir a mão da namorada um dia depois do desafio que custou sua vida.
Wu Yongning no topo de uma torre em Shangai, em foto publicada em 2 de novembro (Foto: Reprodução/Weibo/Wu Yongning)Wu Yongning no topo de uma torre em Shangai, em foto publicada em 2 de novembro (Foto: Reprodução/Weibo/Wu Yongning)
Wu Yongning no topo de uma torre em Shangai, em foto publicada em 2 de novembro (Foto: Reprodução/Weibo/Wu Yongning)
Wu Yongning começou a publicar vídeos com suas arriscadas performances em fevereiro, somando quase 300 postagens desde então e conquistando mais de um milhão de seguidores. Ele trabalhava anteriormente como dublê e tinha treinamento em artes marciais, que dizia ser um dos elementos que o ajudava na execução de seus desafios

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Urnas eletrônicas são investigadas e continuam gerando desconfiança

terça-feira, dezembro 12, 2017


PERITO DA POLÍCIA FEDERAL CONSEGUE EXTRAIR "CHAVE SECRETA" EM TESTE DE URNA ELETRÔNICA

Segundo o site O Antagonista, um perito da Polícia Federal conseguiu extrair a denominada “chave secreta” em teste com as urnas eletrônicas que vêm sendo submetidas a testes de segurança tendo em vista as eleições de 2018.

Grupos de especialistas que participaram do teste de segurança das urnas eletrônicas conseguiram invadir o sistema e detectar diversas falhas. O TSE - segundo O Antagonista - admitiu o problema e prometeu corrigir as falhas.

Como têm advertido diversos especialistas em segurança do voto eletrônico as velhas urnas em uso há mais de 20 anos pelo TSE não oferecem segurança além de não possuir nenhum mecanismo que permita uma auditoria.
Segundo esses especialistas, as máquinas de votação de nova geração permitem além do voto eletrônico também o voto impresso simultâneo que fica depositado em uma urna para eventual auditoria.

Mesmo assim, alguns especialistas ainda vêem perigo de fraude. Um desses especialistas disse recentemente a este blog que teria de haver a assinatura de autoridade eleitoral em todos rolos de papel que registram cada voto eletrônico e que vão ser lidos em máquina que faz a totalização dos votos. Sem um mecanismo de segurança confiável permanece a possibilidade de fraude na contagem dos votos, como a possibilidade de troca desses rolos por outros de programação diferente.

Enfim, continua pesando a fundada desconfiança dos eleitores quanto à lisura do pleito e, sobretudo, o processo de apuração dos votos.