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segunda-feira, 4 de março de 2013

Manada de 'elefantes brancos' são os estádios de futebol da Copa da África do Sul


Estádios

Elefantes brancos: África do Sul é um alerta para o Brasil

Passados três anos do Mundial, o país tem vários estádios muito pouco usados - entre eles, o mais bonito (e mais caro) de todo o Mundial, na Cidade do Cabo

Giancarlo Lepiani
O Cape Town Stadium, na Cidade do Cabo, África do Sul
O Cape Town Stadium, na Cidade do Cabo, África do Sul - David Rogers/Getty Images
A Copa Africana deste ano seria uma chance de ouro para defender os investimentos feitos para 2010. O que se viu nos estádios, porém, só reforçou a impressão de que as arenas de 2010 não foram bem dimensionadas e planejadas pelos sul-africanos
É difícil encontrar em qualquer lugar do mundo um estádio de futebol mais bonito que o da Cidade do Cabo, na África do Sul. A construção em si já é notável: seu sinuoso formato faz lembrar uma onda, e sua cobertura, de fibra de vidro, permite a entrada de luz natural, reduzindo os gastos com energia elétrica. Para completar, seu cenário é absolutamente espetacular, com vista para a Montanha da Mesa, principal cartão postal da Cidade do Cabo, e cercado por um parque, à beira do Atlântico, próximo de Robben Island, onde Nelson Mandela cumpriu a maior parte de seus 27 anos de prisão. É a principal arena de uma cidade de grande porte - a segunda maior da África do Sul, com 3,5 milhões de habitantes -, e tem localização privilegiada, com fácil acesso a partir da região central. Com tantos atrativos, é de se imaginar que o estádio tenha uma agenda concorrida e seja bastante rentável. Três anos depois de sua inauguração, contudo, a realidade é bem diferente. Erguido a um custo superior a 1 bilhão de reais, ele passa boa parte do ano absolutamente vazio e sem uso. Como a liga de futebol local não costuma atrair grandes públicos, seu aluguel fica caro demais para as equipes da cidade (Ajax Cape Town e Santos). O esporte favorito na região, o rúgbi, tem seu próprio palco na Cidade do Cabo, o estádio Newlands, um velho templo da modalidade. Sobram para a arena erguida para a Copa do Mundo de 2010 alguns amistosos da seleção sul-africana e os shows de artistas como U2, Coldplay e Red Hot Chili Peppers. São as únicas ocasiões em que o estádio fica cheio e dá dinheiro. Só que esses eventos não são frequentes o bastante para pagar a conta da manutenção do local. Os custos operacionais chegam a cerca de 13 milhões de reais por ano. E o rombo financeiro provocado por sua construção, ao invés de diminuir, só cresce.
Leia também: 
Prepare o bolso: os elefantes brancos estão à solta no paísÁfrica do Sul-2010 e Brasil-2014: o que copiar e o que mudar


O estádio da Cidade do Cabo não é o único caso de desperdício de dinheiro entre as arenas erguidas na África do Sul para o Mundial de 2010. Ele é, porém, o exemplo mais preocupante a ser analisado por um país como o Brasil, que se prepara para realizar uma Copa em que pelo menos quatro cidades-sede não têm perspectivas claras de receita para sustentar suas arenas depois do torneio. Já era esperado que estádios erguidos ou reformados em cidades menores, como Nelspruit, Port Elizabeth e Polokwane, fossem pouco aproveitados após 2010. Com populações pequenas e pouca atividade esportiva profissional, essas localidades já esperavam ter seus próprios elefantes brancos quando a Copa terminasse. Quando se trata da Cidade do Cabo, porém, fica claro que as trapalhadas das autoridades sul-africanas foram responsáveis pelo fiasco, já que a cidade é grande, rica, relevante e costuma receber um grande fluxo de visitantes durante quase o ano inteiro. Um projeto bem realizado poderia viabilizar um futuro rentável para a nova arena. Os sul-africanos, no entanto, caíram no mesmo erro que muitos dos estádios da Copa de 2014 estão cometendo: construir uma arena moderna pensando apenas no curto período em que a competição é disputada, e não pensar desde já em como mantê-la útil e lucrativa depois do Mundial. Desde a semifinal entre Uruguai e Holanda, a última partida da Copa a ser disputada na Cidade do Cabo, diversas soluções foram cogitadas para tentar resolver o problema do estádio. Falou-se, por exemplo, em simplesmente demolir a arena, numa tentativa desesperada de conter a sangria de dinheiro provocada pela necessidade de conservar o local. Um sindicato chegou a defender a transformação do estádio num grande complexo de moradias populares, já que a Cidade do Cabo é uma das cidades de maior desigualdade social do planeta, com mansões de frente para o mar separadas por poucos quilômetros de barracos de zinco. Por enquanto, tudo segue como está.
Confira as demais reportagens da série:
Terça-feira: As capitais dos estádios vazios - e as cidades que mereciam as vagas delas
Quarta-feira: Na capital federal, nasce o principal elefante branco da turma de 2014
Quinta-feira: A ilusão das 'arenas multiuso', que só dão lucro nas metrópoles
Sexta-feira: Como ganhar dinheiro com um estádio - a lição dos grandes da Europa


No início deste ano, a África do Sul teve uma rara oportunidade de abrir os portões de alguns estádios do Mundial - a realização da Copa Africana de Nações, o equivalente africano da Copa América ou da Eurocopa. O torneio deveria acontecer na Líbia, mas a revolta que derrubou a ditadura de Muamar Kadafi tornou impossível a realização da competição naquele país. Com a transferência repentina para a África do Sul, cinco sedes foram utilizadas: Nespruit, Port Elizabeth, Rustemburgo, Durban e a metrópole Johannesburgo, cujo Estádio Soccer City, o palco da abertura e da final do Mundial de 2010, repetiu esse papel no torneio continental. A Copa Africana seria uma chance de ouro para o governo ganhar munição para defender os investimentos feitos para 2010. O que se viu nos estádios, porém, só reforçou a impressão de que as arenas da Copa não foram bem dimensionadas e planejadas pelos sul-africanos. Em boa parte dos jogos, o público foi decepcionante. As arquibancadas quase vazias mostraram mais uma vez que cidades menores e sem grande tradição esportiva não são boas sedes para um torneio do porte de uma Copa. Johannesburgo, por outro lado, aparece como o único caso de sucesso no país do último Mundial. O Soccer City costuma receber bons públicos em partidas de futebol, já que a metrópole é a casa dos maiores times e das maiores torcidas do país (Kaizer Chiefs e Orlando Pirates, os rivais do "dérbi de Soweto"). Também abriga shows de grande porte e recebe um fluxo razoável de turistas em suas visitas guiadas ao estádio. Para completar, a cidade ainda se beneficia das obras realizadas fora da esfera esportiva. Hoje, a maior cidade sul-africana tem um aeroporto amplo, confortável, seguro e moderno - não há nada similar no Brasil. Se antes era preciso ficar preso no trânsito num táxi entre o aeroporto e o centro, agora bastam doze minutos num trem limpo, rápido e eficiente - e a nova linha, chamada Gautrain, ainda liga a cidade à capital, Pretória. Nessa parte, faria muito bem ao Brasil copiar os sul-africanos.

A manada de elefantes brancos da Copa da África

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Cape Town Stadium, Cidade do Cabo

Nenhum estádio de 2010 custou tanto quanto o espetacular Cape Town Stadium, um colosso coberto de fibra de vidro, às margens do oceano, sob a sombra da Montanha da Mesa, principal cartão-postal da Cidade do Cabo. O investimento de 1 bilhão de reais, porém, só serviu para os oito jogos da Copa. Desde a semifinal entre Holanda e Uruguai, o estádio só abriu as portas para grandes jogos de futebol em poucas ocasiões. Os clubes de futebol da cidade não têm torcida suficiente para enchê-lo. A equipe de rúgbi local costuma atrair grandes públicos, mas prefere jogar em seu estádio tradicional, o Newlands, mais adequado para a prática da modalidade. Cansada de amargar tantos prejuízos, a empresa que tinha a concessão para explorar o estádio devolveu o pepino à prefeitura. Autoridades municipais discutiram até a chance de derrubá-lo - ideia que foi abandonada por causa da repercussão negativa que certamente provocaria. Ninguém sabe como transformar o Green Point num negócio lucrativo.

Jesus seria eleito para suceder Bento XVI? / Juan Arias


Enviado por Ricardo Noblat - 
04.03.2013
 | 
09h25m
RELIGIÃO

Seria Jesus eleito papa para suceder Bento XVI?, por Juan Arias

Extratos do artigo de Juan Arias, correspondente no Brasil do jornal espanhol El País, publicado ali em 18 de fevereiro último.
Juan Arias, El País
"Façamos uma ficção literária. Imaginemos que Jesus, aquele profeta curioso e incômodo, se houvesse mimetizado em um dos cardeais que entrarão em silêncio na Capela Sistina para a eleição do novo pontífice.
Imaginemos que esse cardeal, sem que os demais soubessem que é Jesus, tivesse um curriculum parecido com o de Jesus.
Vocês crêem que ele seria eleito papa? Temo que não.


(...) Seria eleito um cardeal que como Jesus, ao invés de tratar com bençãos, favores, gestos diplomáticos a governos e ditadores do momento lhes dissesse, quando pretendessem intervir nos assuntos da Igreja ou quando tentassem reprimir a liberdade de expressão no mundo, "ide dizer que eu seguirei pregando?" Foi assim que Jesus respondeu ao rei Herodes que pretendia condená-lo ao silêncio.
Seria eleito um cardeal que tivesse a coragem de dizer: "Dai a Deus o que é de Deus e a Cesar o que é de Cesar?" O Banco do Vaticano e suas transações em paraísos fiscais, e as manobras da Cúria para influenciar os parlamentos, são coisas de Cesar ou de Deus?
(...) Seria eleito um cardeal capaz de desenterrar aquela passagem terrível de Jesus contra os abusadores de crianças, para os quais pediu "pena de morte" ao invés de esconder ou minimizar os escândalos de pedofilia na Igreja que segue defendendo hipocritamente o celibato obrigatório?
Seria eleito um cardeal capaz de abrir as portas da Igreja para fieis e infiéis, católicos ou não, todas as tribos de fé e de ateísmo do mundo porque, como dizia Jesus, em seu reino cabem todos e todos são igualmente dignos de ser considerados filhos de Deus?
Seria eleito um cardeal capaz de anunciar no seu primeiro discurso que todos os teólogos condenados ao ostracismo por seus antecessores, todas as vítimas da Congregação para a Doutrina da Fé estariam livres para seguir investigando com liberdade de espírito o poço inesgotável da verdade revelada?
E, por fim, seria eleito um cardeal capaz de derrubar as mesas do Templo, de expulsar dali os que fazem da Igreja um jogo de negócios às vezes tão sujo que tem provocado suicídios e assassinatos?
A Igreja tem medo de cardeais jovens. Nomeia a maioria de anciãos. Parece esquecida que Jesus era "papa", quer dizer, profeta e evangelizador com apenas 30 anos. E que o mataram na flor da vida. E que o poder, tanto religioso quanto civil, tombou diante dele.
(...) A verdade assusta ao poder e assusta à Igreja na medida em que ela [a Igreja] se mescla e se confunde com o poder mundano.
Definitivamente, Jesus teria poucos votos no conclave. Para ele a fumaça seria negra.

Veja o que você paga sem sua autorização... Esses moços vão 'quebrar' o Brasil e colocarão a culpa em você

http://www.contasabertas.com.br/WebSite/Noticias/DetalheNoticias.aspx?Id=1187
03/03/2013
Carrinho de Compras: Ressarcimento de contas telefônicas residenciais dos Senadores já chega a R$ 45 mil
Marina Dutra
Do Contas Abertas
Ao que parece, os senadores estão levando trabalho pra casa. O Senado Federal reservou R$ 45 mil para o pagamento de despesas referentes aos ressarcimentos das contas telefônicas residenciais dos senadores “durante o corrente exercício”. Levando em conta a quantidade de parlamentares da Casa - 81 -, é como se cada senador já tivesse autorização gastar R$ 555 em ligações fora do serviço.
 O Senado estabelece aos senadores uma cota mensal para uso de telefone fixo de R$ 500. De acordo com o órgão, as despesas com o uso de telefone residencial podem ser ressarcidas com base no mesmo valor. Vale lembrar que não há limites para gastos com celular. Cada gabinete parlamentar de senador tem direito a uma linha direta para uso normal, uma para uso de fax, seis ramais digitais e dois analógicos.
A Casa reservou ainda, R$ 1,3 milhão para o pagamento de serviços de locação de mão de obra, entre carregadores, montadores e avaliadores de móveis. O contrato, firmado com a Planalto Service LTDA no fim do ano passado, previu a contratação de quatro montadores, 21 carregadores e 14 avaliadores. Os salários de cada contratado ficou estabelecido em R$ 1.040, R$ 885 e R$ 2.129, respectivamente.
                                                                                                                   
Grama para um Maracanã
A Prefeitura Militar de Brasília empenhou (reservou em orçamento para pagamento posterior) R$ 88 mil para a compra de 10.000 metros quadrados de grama natural do tipo esmeralda. Esse tipo de gramínea é ideal para jardins residenciais, áreas industriais, playgrounds e campos esportivos, em geral.
A quantidade adquirida daria para construir um campo e meio de futebol nos padrões ideais da FIFA - 7.190 metros quadrados, ou um Maracanã, cujo gramado tem área de 8.250 metros quadrados. O material, adquirido da empresa Almix Comércio de Suprimentos LTDA, custou R$ 8,80 o metro quadrado. 

Aquecimento da Câmara
A Câmara dos Deputados reservou R$ 30 mil para a compra de dez aquecedores elétricos de acumulação vertical.  Os aparelhos da marca Thermotini tem capacidade de 200 litros e serão fornecidos pela Protozelo Atacadista LTDA.
A Casa também empenhou nesta semana R$ 20,1 mil para o pagamento de serviços de locação de veículos. Foram contratadas 15 diárias de caminhão com carroceria do tipo baú, ao custo de R$ 700 cada, e 15 de camionete, por R$ 640 cada.

Livros fotográficos, nacionais e estrangeiros
O Grupamento de Apoio de Brasília reservou R$ 330,5 mil para a contratação de serviço de confecção de livros fotográficos. Serão adquiridos 10.000 itens. A empresa responsável pelo fornecimento é a IPSIS Gráfica e Editora.
Para finalizar o carrinho da semana, a Secretaria de Administração da Presidência empenhou R$ 60 mil para a compra de 546 livros nacionais e 20 estrangeiros. Cada livro nacional sairá por R$ 100 e os internacionais por R$ 270.

domingo, 3 de março de 2013

Cristina Kirchner está namorando juiz Garzón ?

http://www.quien.com/politica/2013/02/28/el-juez-y-la-presidenta-cristina-fernandez-de-kirchner-con-nuevo-amor


¿Baltasar Garzón es el nuevo amor
de Kirchner?
Verónica Calderón/Madrid @Quien
Jueves 28 de febrero de 2013 a las 09:00
Crecen los rumores (y las apuestas) de un romance entre el juez y la presidenta de Argentina. Así como lo leen.


cristina
Consultor y confidente. La presidenta entrega a Garzón su carnet de identidad argentino. (Foto: Archivo Quién)
En la reciente edición de la revista Quién -Paulina Rubio en portada y las mujeres que amamos- se publica que Cristina Fernández de Kirchner podría estar nuevamente enamorada.
Baltasar Garzón, el juez español que consiguió imputar a Pinochet por delitos contra la humanidad, que persiguió a los torturadores de la dictadura argentina y que intentó hacer lo mismo en su país, España, con el legado del general Francisco Franco (solamente para toparse con pared), se ha establecido en Argentina desde su inhabilitación en 2012.

Su carrera en defensa de los derechos humanos le llevó a tener una especial simpatía con el gobierno argentino, que desde la presidencia del fallecido Néstor Kirchner ha hecho de la memoria histórica una de sus banderas. Por ello no sorprendió a muchos que desde su inhabilitación -ocasionada por haber ordenado grabaciones ilegales contra algunos de los acusados de la trama Gürtel, curiosamente uno de los escándalos de corrupción en la clase política que asola a España- Garzón decidiera exiliarse en el país sudamericano.

cristina
2005. El juez pidió la extradición para juicio de 40 militares argentinos. (Foto: Archivo Quién)


Pero cuentan también que el juez, "que siempre ha sido muy faldero", según comenta un experimentado periodista español experto en tribunales, tiene más razones para estar encantado con Argentina. De hecho, con una argentina: la viuda más famosa del país.

El amorío con Cristina Fernández de Kirchner no es el único que Garzón ha mantenido durante su estancia en ese país ("ha salido con una brasileña y con una colombiana", comenta la misma fuente), pero sí es "el más intenso". El encuentro de dos personalidades tan fuertes devino en pasión instantánea. Desde queGarzón fue invitado de honor en la toma de posesión de Fernández en diciembre de 2011, se ha convertido en un asistente frecuente a los eventos de la Presidencia. La propia presidenta le entregó su carnet de identidad argentino en noviembre pasado.

La pregunta que se hace todo el mundo es si el affair "va en serio". Es decir, si la pareja decidirá salir del armario heterosexual. Cada vez más voces apuestan a que sí. 

cristina
2010. Para el español, una flor. Se trata de un premio por su lucha a favor de los derechos humanos. (Foto: Archivo Quién)


El viejo acto de repudio // Yoani Sánchez


El viejo acto de repudio

Quizás ustedes no lo saben –porque no todo se cuenta en un blog- pero el primer acto de repudio que vi en mi vida fue cuando sólo tenía cinco años. El revuelo en el solar llamó la atención de las dos niñas que éramos mi hermana y yo. Nos asomamos a la reja del estrecho pasillo para mirar hacia el piso de abajo. La gente gritaba y levantaba el puño alrededor de la puerta de una vecina. Con tan poca edad no tenía la menor idea de qué pasaba. Es más, ahora cuando rememoro lo ocurrido apenas tengo el recuerdo del frío de la baranda entre mis dedos y un destello muy breve de los que vociferaban. Años después pude armar aquel calidoscopio de evocaciones infantiles y supe que había sido testigo de la violencia desatada contra quienes querían emigrar por el puerto del Mariel.
Pues bien, desde aquel entonces he vivido de cerca varios actos de repudio. Ya sea como víctima, observadora o periodista… nunca –vale la pena aclararlo- como victimaria. Recuerdo uno especialmente violento que experimenté junto a las Damas de Blanco, donde las hordas de la intolerancia nos escupieron, empujaron y hasta halaron los pelos. Pero lo de anoche, fue inédito para mi. El piquete de extremistas que impidió la proyección del filme de Dado Galvao en Feria de Santana, era algo más que una suma de adeptos incondicionales al gobierno cubano. Todos tenían, por ejemplo, el mismo documento -impreso en colores- con una sarta de mentiras sobre mi persona, tan maniqueas como fáciles de rebatir en una simple conversación. Repetían un guión idéntico y manido, sin tener la menor intención de escuchar la réplica que yo pudiera darles. Gritaban, interrumpían, en un momento se pusieron violentos y de vez en cuando lanzaban un coro de consignas de esas que ya no se dicen ni en Cuba.
Sin embargo, con la ayuda del Senador Eduardo Suplicy y la calma ante las adversidades que me caracteriza, logramos comenzar a hablar. Resumen: sólo sabían chillar y repetir las mismas frases, como autómatas programados. ¡Así que la reunión fue de lo más interesante! Ellos tenían las venas del cuello hinchadas, yo esbozaba una sonrisa. Ellos me hacían ataques personales, yo llevaba la discusión al plano de Cuba que siempre será más importante que esta humilde servidora. Ellos querían lincharme, yo conversar. Ellos respondían a órdenes, yo soy un alma libre. Al final de la noche me sentía como después de una batalla contra los demonios del mismo extremismo que atizó los actos de repudio de aquel año ochenta en Cuba. La diferencia es que esta vez yo conocía el mecanismo que fomenta estas actitudes, yo podía ver el largo brazo que los mueve desde la Plaza de la Revolución en La Habana.
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Fernando Gabeira // Furacão sobre Cuba


Furacão sobre Cuba

Por Fernando Gabeira (*)
Grande parte dos neurônios da esquerda triunfante brasileira foi irremediavelmente perdida na guerra fria. Com seus aliados cubanos, ela nos jogou no século passado durante a visita da blogueira Yoani Sánchez.
Sartre pediria um dose de absinto para entender que outro furacão ameaça Cuba: a revolução digital. Marx precisaria de boas almofadas para acomodar seus furúnculos no bumbum ao contatar que uma ditadura comunista não resiste ao avanço tecnológico e científico da humanidade.
Cuba e Venezuela estão ligadas por fibra ótica. Do ponto de vista técnico, a ilha poderia estar toda conectada ao mundo e, pela criatividade e boa educação de seu povo, achar novos caminhos para superar seu atraso econômico. Mas o instrumento não pode ser usado em sua amplitude porque ameaça a estabilidade do governo. Para que o governo exista o atraso precisa sobreviver.
Yoani não é a primeira voz dissidente em Cuba. Mas foi a que melhor usou a conexão com o mundo não só para divulgar seus artigos, mas para garantir algum nível de proteção diante da burocracia. De longe, com seus cabelos longos, saias compridas, pode sugerir aquela personagem que sobe no fio e desanda a fazer milagre no filme Teorema, de Pasolini. Mas é articulada, responde a todas as perguntas, até às mais provocativas, e certamente também foi arrastada para o século passado com aquelas pessoas gritando palavras de ordem.
Digo isso porque no seu blog confessou que a experiência com os militantes brasileiros lhe lembrou coisas parecidas em Cuba, sobretudo os gritos de “traidora” contra uma vizinha que iria para o Porto de Mariel na grande debandada permitida pelo governo. Numa entrevista ressaltou que nem os jovens cubanos usam mais o termo ianque. Um forte cheiro de naftalina exalou não só dos cartazes e gritos, mas de toda a história da campanha organizada pela embaixada cubana, com apoio do batalhão digital do PT.
O curioso é que dentre aqueles cartazes havia um que Yoani empunharia com naturalidade: o que pede o fim do embargo econômico à ilha. O problema é o bloqueio mental, porque torna mais denso o cerco econômico. A manobra articulada pelos cubanos e seus aliados na esquerda é típica de estrategistas que perderam o contato com a realidade. Constantemente obtêm o oposto do que projetaram.
A campanha contra Yoani ampliou a repercussão de sua visita ao Brasil e estendeu o halo de simpatia em torno de uma pessoa que luta pela liberdade de expressão. Em todos os contatos espontâneos ela recebeu carinho no País. Isso talvez tenha mostrado rapidamente a uma estrangeira que nossa política externa expressa a vontade de um partido dominante, não a vontade nacional.
Os neurônios perdidos na guerra fria fazem enorme falta à esquerda no poder. Por que não contestar com argumentos a luta pela liberdade de expressão num regime ditatorial? Simplesmente porque a burocracia cubana e, agora, a brasileira já não se dispõem ao debate, apenas à desqualificação dos que delas divergem.
No livro de Reinaldo Arenas Antes que Anoiteça segui, emocionado, alguns lances do aniquilamento de uma geração de intelectuais e poetas pelas forças da repressão. Percebi que, tanto nele como em Raúl Rivero e mesmo em Juan Pedro Gutierrez, que vive em Havana, existe um grande vínculo com a vida, com os sentidos, e intuí que talvez venha daí a força para prosseguir adiante, apesar da aspereza do cotidiano numa ditadura.
No dossiê que os burocratas cubanos prepararam contra Yoani consta que ela gosta de comer bananas e, às vezes, tomar cerveja com os amigos. Seu último fim de semana foi passado no Rio. Deve ter percebido que o crime que lhe atribuem é uma delinquência de massa, com tanta gente tomando cerveja num domingo de muito calor. A burocracia investe contra isso não apenas pela cerveja ou mesmo pelas bananas. Ela investe contra o prazer, contra a vida, da mesma forma que investiu contra os antecessores de Yoani. Esse é o núcleo indestrutível que ela não consegue alcançar. Suas táticas puritanas no Brasil, então, não têm a mínima chance de prosperar.
Yes, nós temos bananas. O Brasil não é só um grupo de caras de barba vociferando nas ruas e nos blogs. A passagem de Yoani foi uma contribuição nacional para iluminar a realidade cubana e dissipar a aura de romantismo em torno da revolução. Os adversários ajudaram, é verdade. Fizeram a parte do leão, admito. Se continuo nesse tom, acabo me empolgando e escrevendo que os adversários são bons companheiros, ninguém pode negar…
Em alguns momentos você pode errar de século ou mesmo de alvo. Os sequestradores do embaixador americano, em setembro de 1969, quase o confundiram com o embaixador de Portugal. Quando houve um quebra-pau em Minas na passagem do Brizola por BH, um pouco antes do golpe de 64, José Maria Rabelo era protegido por um segurança que socava todo mundo aos gritos de “vamos acabar com esses comunistas!”. José Maria agarrou-o pelos braços e disse: “Comunistas somos nós, comunistas somos nós”. E ele respondeu: “Ah, bem”.
A recepção que cubanos e petistas eletrônicos deram a Yoani não tem a graça do século passado. É um equívoco que envolve o destino de 11 milhões de cubanos e a reputação internacional do Brasil. No passado, pelo menos, havia alguma imaginação. Se um dia a esquerda encastelada no poder for obrigada a voltar a lutar nas ruas por uma causa justa, estará perdida. Imaginem quem será convencido por um grupo de pessoas, narizes de palhaço, gritando coisas do século passado… Ainda não perceberam que o século passou e levou consigo a Juventude Hitlerista, os Guardas Vermelhos, deixando-nos apenas com uns estridentes palhaços chamando de traidora uma jovem mulher cuja vida é o exercício de liberdade.
Eduardo Suplicy bem que tentou fazê-los discutir, mostrar que tudo aquilo era absurdo. O embaixador cubano chegou a perguntar se o senador não era da CIA. Suplicy da CIA? Só quem não o conhece poderia pensar nisso. E quem conhece um pouco a CIA sabe que, apesar de todas as suas loucuras, não seria ousada a esse ponto.
(*) Fernando Gabeira é jornalista.

Primeira semana do livro digital // 03 a 09 de março



sábado, 2 de março de 2013

6:25 am1ª Semana do Livro Digital

Livro Digital
Simplíssimo, empresa que além de produzir livros digitais também oferece treinamento para outras editoras, irá promover a 1ª Semana do Livro Digital entre 3 e 9 de Março de 2013. Inspirada na Read an eBook Week, o evento tem o objetivo de estimular a popularização da leitura de e-books.
Editoras, livrarias e autores independentes que queiram participar, devem visitar esta página. Promoções, descontos e livros digitais gratuitos serão divulgados pelo site. Leitores podem ajudar a divulgar o evento compartilhando os banners nas redes sociais e nos blogs.
E chega de contrapor livros impressos a livros digitais. São ambos instrumentos importantes destinados a dividir nossa atenção por igual, cada qual se mostrando mais adequado a esta ou àquela situação. Para quem realmente gosta de ler, a conjunção correta é a conjunção “e”, e não a conjunção “ou”. Eu leio livros e e-books. Quem lê apenas ou um ou o outro ainda não entendeu o significado desta nova tecnologia.
_____
P.S.: Criei um ebook com o conto memorialístico “O Marceneiro e o Poeta” — tal como a que estará presente no livro “O Exorcista na Casa do Sol” — que será distribuído gratuitamente durante o evento. (Quem leu a versão do meu site notará alguns acréscimos.) O ebook está em formato EPUB e pode ser lido no iPad, no celular ou no ereader.
- See more at: http://blogdo.yurivieira.com/2013/03/1a-semana-do-livro-digital/?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+blogdoyuri+%28Blog+do+Yuri+Vieira%29#sthash.4F62WBSu.dpuf

Vitrine de jornais e revistas no domingo 03/03/2013


03/03/2013 - 07h30

Veja as manchetes dos principais jornais e revistas deste domingo

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DE SÃO PAULO

*
Jornais nacionais
O Estado de S.Paulo
Apenas o setor de serviços se recuperou da crise de 2008
O Globo
Reforma Agrária em Xeque. Bolsa Família sustenta 1 em cada 3 assentados
Valor Econômico
Correio Braziliense
"Ou a Igreja Católica muda ou perde todos os fiéis"
Estado de Minas
O que eles têm a dizer ao novo Papa
Zero Hora
Protestos em redes sociais encaram o teste das ruas
*
Veja
Cérebro
Época
O Rio dá uma lição ao Brasil
IstoÉ
Uma epidemia mundial- Mulheres agredidas
Carta Capital
O vaticano na tormenta
*
Jornais internacionais
The Washington Post (EUA)
Obama vê 2014 como chave para legado
El País (Espanha)
Crise deixa sem uso três hospitais novos e sete reformados
Clarín (Argentina)
Para oposição, governo busca disciplinar a Justiça