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segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

França faz tributo silencioso às vítimas de terrorismo em 2015 / G1

10/01/2016 12h05 - Atualizado em 10/01/2016 12h11

França faz tributo silencioso às vítimas de terrorismo em 2015 

Cerimônia foi silenciosa, com poucos participantes neste domingo (10).
Placa foi descerrada sob um carvalho recém-plantado como um memorial.

Da Reuters
Cerimônia na Praça da República em homenagem às vítimas dos atentados no ano passado em Paris, no domingo (10) (Foto: Charles Platiau/Reuters)Cerimônia na Praça da República em homenagem às vítimas dos atentados no ano passado em Paris, no domingo (10) (Foto: Charles Platiau/Reuters)
A França fez uma homenagem às vítimas dos ataques de militantes islâmicos no ano passado, em uma cerimônia silenciosa com poucos participantes neste domingo (10), quase um ano após 1 milhão de pessoas marcharem em Paris para protestar contra os assassinatos no jornal Charlie Hebdo.
O presidente François Hollande e a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, depositaram uma coroa na estátua de Marianne, figura que é símbolo da República Francesa, no centro de Paris.
A estátua se tornou um santuário para as 17 vítimas dos atentados de janeiro de 2015, no Charlie Hebdo e em uma delicatessen judaica, e para as 130 pessoas mortas a tiros por militantes em 13 de novembro, em um concerto e em bares e restaurantes de Paris.
"Para as vítimas dos ataques terroristas em janeiro e em novembro. Neste local, o povo da França presta suas homenagens", dizia uma placa de metal descerrada por Hollande e Hidalgo debaixo de um carvalho recém-plantado como um memorial na Praça da República, no leste de Paris.
Hollande e Hidalgo não falaram na cerimônia, mas o veterano astro de rock francês Johnny Hallyday, acompanhado apenas de um violão, cantou uma canção sobre a marcha em 11 de janeiro do ano passado, que reuniu a maior multidão em Paris desde a libertação da cidade da Alemanha nazista, em 1944.
O coral do exército francês cantou "Les Prenoms de Paris" ("Os Primeiros Nomes de Paris"), do falecido intérprete belga Jacques Brel, e "Le temps des cerises", uma canção associada com o movimento socialista da Paris de 1871, enquanto dois atores leram um discurso  escrito no século 19 por Victor Hugo.
A enorme praça no leste de Paris, ponto central da marcha de janeiro de 2015, que teve a participação de dezenas de líderes mundiais de braços dados, estava relativamente vazia durante a cerimônia.
Hidalgo convidou os parisienses a levar velas à praça a partir das 17h, horário de Paris (16h GMT) e disse que a estátua Marianne - coberta com flores, velas e fotos das vítimas - será permanentemente iluminada a partir de agora. "Paris está ferida, mas ainda estamos de pé", disse à televisão francesa após a cerimônia.
Visita a mesquita
Hollande fez neste domingo uma visita inesperada à grande mesquita de Paris, um ano e poucos dias depois dos atentados jihadistas que deixaram 17 mortos na capital francesa.
O chefe de Estado visitou o templo muçulmano depois de comparecer à cerimônia na Praça da República.
"O presidente teve um momento de intercâmbio, convivência e fraternidade em volta de um chá", disse uma fonte do presidência à agência France Presse.
Neste fim de semana, várias mesquitas da França abriram as portas por ocasião do primeiro aniversário dos ataques à revista Charlie Hebdo e a um supermercado judaico para um "chá da fraternidade".
Hollande, acompanhado pelo ministro do Interior Bernard Cazeneuve, foi recebido pelo reitor da mesquita, Dalil Boubakeur, e pelo presidente do Conselho Francês de Culto Muçulmano (CFCM), Anouar Kbibech.
Presidente francês, Francois Hollande, descerra placa na Praça da República, em Paris, em homenagem às vítimas do atentado à sede do jornal Charlie Hebdo (Foto: Philippe Wojazer/Reuters)Presidente francês, Francois Hollande, descerra placa na Praça da República, em Paris, em homenagem às vítimas do atentado à sede do jornal Charlie Hebdo (Foto: Philippe Wojazer/Reuters)

Chico Caruso no blog de Ricardo Noblat

HUMOR

A charge de Chico Caruso



Charge (Foto: Chico Caruso)

domingo, 10 de janeiro de 2016

O Brasil tem o tamanho de suas instituições e de sua sociedade... / Sacha Calmon



domingo, janeiro 10, 2016

A sociedade e as instituições - 

SACHA CALMON 

CORREIO BRAZILIENSE - 10/01
Em meio a nossa pior crise, acostumou-se o país a dizer - e vai nisso uma ingenuidade - que as instituições estão funcionando. Estão de fato funcionando, porém muito mal, na medida em que não resolvem a crise e se digladiam os Poderes da República.

Na cúpula do poder central, os poderes políticos (Executivo e Legislativo) estão abaixo da crítica e os Tribunais Superiores, que por sua natureza são passivos (só agem quando provocados, como em qualquer lugar do mundo civilizado), começam a gerar desconfianças pelo ativismo político. O perigo é serem partidarizados, pois seus membros são indicados pelo presidente da República e aprovados pelo Senado, de acordo com o modelo de organização dos Poderes dos Estados Unidos da América. Seria adequado rever esse ponto.

O Brasil ostenta três peculiaridades no continente sul-americano. (a) Fomos o único a ter um século monárquico num país agrário, avesso à industrialização (século 19). (b) A República se fez olhando o Tio Sam, embora o nosso direito descendesse do Direito Continental europeu, o direito romano-germânico, diverso do Cannon-Law Inglês e, de algum modo, do direito norte-americano, apegado ao inglês. Mas o modelo republicano e federativo que adotamos não foi o europeu, sempre parlamentarista ou semiparlamentar (França e Portugal).

Copiamos os EUA na organização política da nação, mas não praticamos o presidencialismo americano. Muito pelo contrário. Nem o nosso Congresso é como o americano. Nem o nosso Supremo tem o recato firme da Suprema Corte de lá, nem a Federação confere aos estados membros a autonomia que gozam na América. Aqui, às vezes, o Judiciário se politiza e serve ao Poder Executivo, ao seu chefe, por livre e espontânea vontade, apesar de vitalícios e irredutíveis os vencimentos dos ministros. (c) Por último, sem guerras e sem conquistas, em parte pelo gênio português, nos tornamos metade da América do Sul, com grande população, falante do mesmo idioma, ao passo que a América espanhola fragmentou-se desde o México em mais de dúzia e meia de nações, considerando-se a América Central e o Caribe, enquanto os EUA, em princípio 13 colônias pequenas e diversas, rentes ao Atlântico, expandiram-se a ferro e fogo, tomando terras dos índios, espanhóis, mexicanos e franceses, (além de comprar territórios) transbordando para além do Canadá (Alasca) e da costa oeste (Havaí).

E, apesar dos pesares, se não tivemos os azares da América espanhola nem a sorte da América inglesa, sendo o último país do continente a libertar os escravos e a iniciar a industrialização, já no século 20, nos tornamos a 7ª economia do mundo entre mais de 190 nações independentes: EUA, China, Japão, Alemanha, França, Reino Unido e Brasil. Essa é a lista das sete primeiras. Falta-nos infraestrutura, educação, senso de organização e razão política, sobram miséria e desigualdade. Até certo ponto, o Brasil é um ambíguo sucesso, difícil de explicar.
Seremos em 2015/16 o país do fracasso, com perda de 6% do PIB, o que não é pouco, outra coisa difícil de explicar. Dizer que a crise é arrastada e progressiva desde 2014, mas (que orgulho besta) estão funcionando as instituições é uma irrisão. Como funcionam bem se não resolvem a crise? O mínimo a dizer é que não funcionam, caso contrário já teríamos soluções. Há descolamento entre a sociedade e as instituições. A uma, porque não funcionam. A duas, porque as pessoas encarregadas de fazê-las funcionar não prestam.

É trágica a situação em que nos encontramos. Mesmo não sendo parlamentarista o regime, a solução reside em desfazer os poderes Executivo e Legislativo reformar o Estado e a Federação, convocando uma constituinte exclusiva e novas eleições. O impedimento está nas mãos do Tribunal Superior Eleitoral e nas togas do Supremo Tribunal Federal, sem ferir a Constituição. O Brasil precisa urgentemente inaugurar a quinta República, refundar partidos capazes de criar correntes de opinião.

O que temos são partidos divorciados das correntes de pensamento e incapazes de gerá-las, ao contrário do que ocorre no mundo mais desenvolvido, quer falemos de Europa, quer falemos de Ásia. A América do Norte é o que vemos todos os dias. O Partido Republicano, radical e belicoso, e o Partido Democrata, mais ameno. Os EUA são um mundo peculiar, ao mesmo tempo puritano e pervertido, universalista e avesso aos migrantes, contrariando seu passado. O presidencialismo que deles herdamos só deu relativamente certo lá, jamais no restante da América Latina (ou latrina?)

Deveríamos ter seguido a Europa parlamentarista. Mas a história é que determina os fatos. Somos essa geleia geral, para desconforto de todos nós, quando pensamos em nossos filhos e netos. Alea jacta est. Temos que atravessar, como César fez, o nosso rubicão. E que seja logo. Que a sorte nos sorria e possamos ver, antes de morrer, um país em crescimento econômico com justiça social.

Pequena história do Brasil contada por uma caderneta... / Senhor Custódio e Roberto Pompeu de Toledo

10/01/2016
 às 0:15 \ Opinião

‘Alerta de Ano-Novo’, um texto de Roberto Pompeu de Toledo

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Foto de O Tempo (ilustração)
Publicado na versão impressa de VEJA 
O senhor Custódio está preocupado. Ele é um veterano de inflações. Quando jovem, viveu os 81,99% de 1963 e os 86,46% de 1964. Já maduro, tendo de arcar com as próprias contas, lembra dos 220,6% de 1984 e dos 235,13% de 1985. E os primeiros anos 1990 então? Lá foi o índice para taxas astronômicas. Em 1990 foi de 1 475,71%; em 1992, de 1 158%; em 1993, de 2 780,6%. Em corrida desenfreada, o Brasil passou, nessas três décadas, das dezenas para as centenas, e das centenas para os milhares. O sr. Custódio está preocupado com a inflação de dois dígitos e as notícias de suspeitas reorientações da política econômica do governo e, como teme que muitos brasileiros, especialmente os 40% nascidos depois de 1990, não tenham ideia do que é viver com altas taxas, franqueou ao colunista seus registros de despesas dos anos 1993-1994, vésperas do Plano Real.
Custódio é uma pessoa prudente e metódica. Anota e guarda tudo direitinho. É assim que ficamos sabendo que o aluguel do apartamento em que morava, em janeiro de 1993, era de 2 350 000 cruzeiros (sim, milhões ─ era nessa esfera que se trabalhava); em fevereiro já passara para 3 127 530 e, em julho, atingira 14 540 000. Foi da casa dos 2 milhões para a casa dos 14 milhões em sete meses! A conta de luz, que em janeiro era de 367 760 cruzeiros, em julho chegara a 1 953 422.
A preciosa caderneta do sr. Custódio tem registros ainda mais singelos do que era a vida contabilizada em milhões. Em junho de 1993, a compra de mês num supermercado custou-lhe 3,4 milhões de cruzeiros. Nesse mesmo mês, acometido pela suspeita de doença grave, pagou 3,8 milhões por uma consulta com um especialista. Não se pense que eram cobranças fora da realidade. Os 3,4 milhões da compra do mês equivalem a 440 reais de hoje, e a consulta de 3,8 milhões, a 490 reais ─ preço de um especialista renomado, então como agora. O que era fora da realidade de uma sociedade organizada, e tão fora que atingia níveis surreais, era, primeiro, ter de trabalhar com tantos algarismos, e, segundo e mais importante, algarismos que não paravam quietos, tomados pela loucura de subir. Em março-abril, o sr. Custódio fez um tratamento dentário. O esperto dentista não quis perder tempo fazendo cálculos de milhões. Tomou logo como referência a moeda americana e cobrou 400 dólares pelo serviço, a ser quitados em duas vezes.
Em agosto de 1993 houve uma mudança de moeda. Saiu de cena o cruzeiro e, em seu lugar, entrou o “cruzeiro real”. Já se articulava o Plano Real, daí o nome da nova moeda, mas a medida, ao cortar três zeros da moeda anterior, tinha por único objetivo facilitar os cálculos. A inflação continuaria em sua marcha indômita. O sr. Custódio, nesse período, tinha o azar de ter um filho cursando uma cara faculdade, que pagava às vezes recorrendo a empréstimos de parentes. A mensalidade foi de 12 700,98 cruzeiros reais, em agosto, para 46 470, em dezembro. No ano seguinte a marcha continuou, e a mesma mensalidade, em junho de 1994, o último mês antes do início da era do real, atingira 389 179.
Ao rever suas anotações, o sr. Custó­dio é tomado de alucinações como pensar que até o fim da década, do jeito que vão as coisas, retomaremos o velho truque de cortar os zeros da moeda ─ e o real (R$), já impossível de caber no normal das calculadoras, será substituído pelo novo real (NR$). São só alucinações, claro. Custódio, além de prudente e metódico, é assustadiço como costumam ser as pessoas prudentes e metódicas. Em todo caso, consultando seus alfarrábios, ele verifica como foi fácil, poucas décadas atrás, escalar dos 19,47% de inflação em 1970 aos 79,42% em 1979, e daí aos 235,13% em 1985. Com a inflação, vão-se os ministros da Fazenda. O governo Sarney teve quatro. Itamar Franco, em sete meses, testou e descartou três, antes de nomear Fernando Henrique Cardoso. Dilma Rousseff, em onze meses do segundo mandato, já partiu para o segundo.
O sr. Custódio é assaltado pela sensação de um conhecido filme que recomeça. Ele gostaria que a excelentíssima senhora presidente da República e o excelentíssimo senhor Nelson Barbosa, o novo ministro da Fazenda (o sr. Custó­dio, além de prudente, metódico e assustadiço, é formal como costumam ser as pessoas prudentes, metódicas e assustadiças), dedicassem um minuto de seu precioso tempo para considerar os dados de sua caderneta. O desânimo o impede de sair por aí desejando às pessoas um feliz ano-novo. Prefere distribuir alertas de ano-novo. O colunista pensa que ele talvez tenha razão.

"...o PT se lambuzou" , frase de Jacques Wagner em momento de sinceridade..


Lambuzados e otários Sandro Vaia 

Mulheres e chocolate.Não é estranho que alguns dias depois de ter dito que “o PT se lambuzou” o ministro Jacques Wagner apareça lambuzado em novas investigações da Operação Lava Jato?
Na verdade, nada parece estranho no modo petista de habitar ambientes subterrâneos de poder, e de construir ligações perigosas com todos os tipos imagináveis de heterodoxia no                                                                                     trato com a coisa pública.
A fala de Wagner, que segundo a versão luvas de pelica com que a imprensa trata as relações de poder, causou “mal estar” entre governo e PT, pretendia, no fundo, ser uma autocrítica higienizada do partido, mas como o que fica no imaginário popular são as palavras mais fortes, o ministro chefe da Casa Civil acabou puxando uma descarga mais barulhenta do que ele imaginava.
E explicação que Jacques Wagner desenvolveu para explicar o “lambuzado" é de uma inocência angelical. Na verdade, ele atravessou o samba e saiu do ritmo:
“O PT errou ao não ter feito a reforma política no primeiro ano do governo de Lula. Aí não mudou os métodos do exercício da política. Ficou usando as ferramentas que já eram usadas, do financiamento privado (para campanhas eleitorais). O resultado é que o PT, que não foi treinado para isso, (encarnou o ditado) “quem nunca comeu melado, quando come, se lambuza”.
Subestimar a inteligência alheia e tratar as pessoas como se elas tivessem dificuldades de discernimento é um dos maiores pecados da histórica soberba do PT. Somos otários, Jacques Wagner? Não, não somos.
O PT montou esquemas de assalto aos cofres da Petrobras (com a parceria dedicada do PMDB e do PP) por falta de reforma política? O mensalão e o petrolão existiram porque “o PT não foi treinado para isso”? (Imaginem a catástrofe que seria se o partido fosse treinado para isso…). A quem Jacques Wagner acha que está enganando?
Para azar do ministro-chefe da Casa Civil, o que ficou de sua narrativa fantasiosa foi só o high-light da manchete: o PT se lambuzou. O resto da digressão se perdeu na poeira das palavras ao vento.
Tarso Genro (Foto: Ailton de Freitas / Agência O Globo)Por isso ele foi repreendido por um petista mais cosmopolita, mais escolado do que o baiano em questões de uso cauteloso da linguagem. Tarso Genro, que passa por reformista e eterno candidato a “refundador” do partido, já escolado na tergiversação desde o asilo concedido ao terrorista e assassino italiano César Battisti, condenado em seu país por participação em quatro homicídios, puxou-lhe as orelhas:
“A declaração de Wagner foi profundamente infeliz e desrespeitosa, porque generaliza e não contextualiza. Ele faz coro com o antipetismo raivoso que anda em moda na direita e na extrema direita no País. Com a responsabilidade que ele tem, deveria ser menos metafórico e mais politizado em suas declarações".
A terceirização da culpa é outra das características do DNA petista. Atrás de qualquer fracasso, há sempre um culpado em quem descarregar a ira. E esse culpado nunca está entre eles.
Será difícil ao tergiversador Tarso Genro encontrar qualquer traço de direitismo, extremo ou não, nas palavras do professor Eugenio Bucci, petista histórico do tempo em que acreditava estar nadando em águas limpas. Ele escreveu no final de seu artigo desta semana, no Estadão:
“Por que a corrupção, que antes seria uma intercorrência, ganhou o estatuto de método? Como a corrupção submeteu o partido aos ditames do capital selvagem? Se querem mesmo falar de política, é disso que o PT e a presidente precisam falar. Mas eles não podem. Têm medo do inferno. E ardem”.
Tarso Genro pediria menos metáfora e mais politização?
Tarso Genro (Foto: Ailton de Freitas / Agência O Globo)

Frase do dia no blog de Ricardo Noblat... De uma senhora muçulmana em declaração à imprensa...


Meu motivo para ir lá - no comício de Donald Trump - é que tenho uma crença sincera de que, se as pessoas se conhecerem no um-a-um, pararão de ficar com medo da outra, e assim poderemos literalmente acabar com todo esse ódio no mundo
DE UMA MULHER MUÇULMANA QUE FOI EXPULSA DE UM COMÍCIO DA CAMPANHA DO 

PRÉ-CANDIDATO REPUBLICANO A PRESIDENCIA DONALD TRUMP

sábado, 9 de janeiro de 2016

Gesto de coragem e de compaixão de uma mulher pode modificar o humor de inimigos religiosos na zona de conflito entre sunitas e xiitas no Iraque



Mulher sunita que salvou soldados xiitas se transforma em ícone do Iraque

Em um país dilacerado por disputas sectárias e pelo terrorismo islâmico, os exemplos de coragem e de compaixão de uma senhora de 60 anos são um alento de esperança

 - Atualizado em 
Um Qusai, a 'mãe dos iraquianos', abraça dois soldados que ela salvou da morte
Um Qusai, a 'mãe dos iraquianos', abraça dois soldados que ela salvou da morte(Reprodução/Twitter/Câmara dos Deputados)
Enquanto a tensão entre muçulmanos xiitas e sunitas alcança novos patamares no Oriente Médio, Um Qusai, uma sunita de 60 anos, se transformou em um ícone no Iraque, um país de maioria xiita, após salvar a vida de 25 soldados dessa crença. A "mãe dos iraquianos", como foi batizada pelos meios de comunicação nacionais, escondeu em sua casa em junho de 2014 soldados que fugiam da base militar de Spiker, onde os jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI) realizaram um massacre após tomá-la pela força.
"Eu acredito no Iraque e não aceito injustiça", disse Tawaa, que depois da invasão dos jihadistas na base de Spiker, situada na província de Saladino, acolheu vários grupos de soldados - que ela alimentou e ajudou a fugir. Somente na base de Spiker, o grupo terrorista executou em 12 de junho de 2014, um dia após ocupar Tikrit, capital de Saladino, 1.700 "membros xiitas do exército", e publicou vídeos de centenas de homens capturados que, segundo sustentou então, tinham se rendido na base militar de Spiker.
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Tawaa, que vive na cidade de Alalam, ao nordeste de Tikrit, afirmou que o EI matou dois de seus filhos e ressaltou: "Não vamos nos reconciliar com qualquer pessoa que tenha as mãos manchadas de sangue iraquiano". Para lutar contra o terror, Tawaa pediu união aos iraquianos e que eles cooperem contra os terroristas e apoiem tanto as forças de segurança, como as milícias Multidão Popular, leais ao governo e formada majoritariamente por voluntários de credo xiita [saiba a diferença entre xiitas e sunitas no quadro abaixo].
Os iraquianos xiitas do sul do Iraque foram os que decidiram chamar Um Qusai de Um al Iraquiyin (a mãe dos iraquianos), como é conhecida nos meios de comunicação. Hoje ela pronuncia com orgulho seu novo nome e não hesita em descrever o sectarismo como "um câncer que chegou ao Iraque de fora" e insiste que sua solidariedade com os soldados xiitas representa, precisamente, "uma rejeição ao sectarismo".
Refúgio - A "mãe dos iraquianos" considera que na guerra contra o terrorismo as mulheres desempenham um papel muito importante. "Algumas mulheres apoiam seus maridos, filhos e irmãos na luta contra o terrorismo e outras morreram lutando contra os jihadistas". Ela contou também como em uma ocasião, na qual seis soldados chegaram a sua casa buscando refúgio, ela substituiu as fotos de seus verdadeiros filhos pelas dos soldados por prevenção, caso os jihadistas invadissem sua casa.
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Depois, fez com que suas filhas viajassem com eles até Kirkuk, para que nos possíveis controles, os jihadistas pensassem que os soldados eram parte de uma família. "Esta atuação é um exemplo da boa mãe iraquiana e fruto da moral, da humanidade e do orgulho de seu país", disse o primeiro-ministro iraquiano, Haidar al Abadi, em julho durante uma cerimônia em que a "mãe dos iraquianos" foi condecorada por suas ações.
(Com agência EFE)

O Islamismo e suas subdivisões

Tá difícil para Dilma... / charge de Amarildo


2016 – Ano do Macaco

2016 ano do macaco dilma brasilia carro cunha renan temer pneu quadrado remendo 04

"Muito mel, muita lambança ..." // Eliane Cantanhêde


sexta-feira, janeiro 08, 2016


Muito mel, muita lambança -
 

ELIANE CANTANHÊDE 

ESTADÃO - 08/01

Alguém no governo e no PT precisa responder a uma perguntinha que não quer calar: por que raios o governador da Bahia, o prefeito da principal capital do País e o presidente do Banco do Brasil tinham tal proximidade com o mandachuva de uma grande empreiteira que viria a ser condenado a 16 anos de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa?!

O tal sujeito é Léo Pinheiro, que foi presidente da OAS, chamava o então presidente Lula carinhosamente de “Brahma” e, conforme mensagens capturadas pela Operação Lava Jato e divulgadas ontem pelo Estado, parecia onipresente. Da Bahia a São Paulo, passando por Brasília, ele estava em todas. Um troféu vivo, e ambulante, à promiscuidade entre público e privado.

Governador da Bahia e hoje chefe da Casa Civil, Jaques Wagner esforçava-se para ser solícito com Léo Pinheiro e dar uma forcinha para seus pleitos na capital da República. Isso sem falar no trânsito intenso de funcionários que ora são da OAS, ora são do governo da Bahia – e decidem sobre obras que a própria OAS toca ou irá tocar.

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, deu uma boa resposta para a atuação de Léo Pinheiro junto ao deputado Eduardo Cunha pela aprovação da rolagem da dívida da capital paulista: “Falei com mais de cem pessoas”. Mas o que um empreiteiro tem a ver com negociação no Congresso? Logo um empreiteiro que viria a ser condenado a 16 anos de prisão? Que interesse Léo Pinheiro teria na rolagem da dívida de São Paulo? Só se for puro amor à cidade, ou singela amizade ao prefeito.

E lá está o presidente da Petrobrás, Aldemir Bendine, citado de forma nada inocente num suposto esquema de compra de títulos da dívida da... OAS! E exatamente quando ele presidia o Banco do Brasil, ali pela mesma época do tal empréstimo curioso à socialite Val Marchiori. É preciso esclarecer muitas coisas nessa história, particularmente por que o presidente do BB diz que queria falar com o empreiteiro da OAS, “mas só se estivesse num telefone fixo”. Que segredos havia entre os dois?

As mensagens, por ora, não provam nada, mas levantam muitas lebres saltitantes em torno de altas figuras do PT, do homem-chave do governo Dilma Rousseff e de um executivo que presidiu o maior banco público e preside a maior empresa estatal do Brasil. Confortável não pode ser.

Já seria ruim em condições normais de temperatura e pressão, imaginem no meio de uma tempestade política, com ventos fortes levando a economia não se sabe para onde e com o ex-presidente Lula depondo, mês sim, mês não, na Polícia Federal. Aliás, não apenas depondo, mas depondo por intermináveis cinco horas! A PF tinha muitas perguntas a fazer...

Somando-se as duas pontas – as enormes dúvidas da polícia quanto à Operação Zelotes, que chega a Lula, e as mensagens em mãos da Procuradoria-Geral da República, que atingem Wagner – tem-se que o passado e o futuro do PT estão em xeque ou, pelo menos, na berlinda. Lula é o presidente da República do mensalão, do petrolão, da Zelotes. Wagner, o ministro forte do governo que tenta amenizar o tom beligerante dos governistas e reaproximar o PT da opinião pública. Lula é apontado como candidato do PT em 2018. Wagner fala e age como tal.

Como alardeiam os governistas e admitem os oposicionistas, o impeachment subiu no telhado e parece estar decolando para longe de Dilma e do Planalto, mas isso não resolve tudo. Talvez não seja exagero dizer que não resolve nada. O processo de impeachment, certamente, não é o único e nem mesmo o maior problema de Dilma, de Lula e do PT. Pior é ela ficar, não conseguir estancar a sangria da economia nos próximos três anos (uma eternidade...) e o partido não conseguir explicar, hoje, nas eleições municipais e em 2018, tanto melado e tanta gente lambuzada.