Tape os ouvidos, escondam os olhos, apertem os narizes, finjam que está em uma igreja e não leia o que vai ser contada na reportagem do G1
Se tiverem coragem, vejam o vídeo que faz parte da triste reportagem. Ele está no link.
Nove crianças foram encontradas sozinhas em um apartamento e em uma oficina mecânica na noite deste domingo (11) na região central de São Paulo. Segundo a polícia, as duas mães foram encontradas em um bar próximo. Entre as crianças estavam três bebês com menos de 1 ano.
Um homem que fazia segurança de um prédio próximo escutou gritos de socorro e chamou a polícia. Os policiais militares que atenderam o caso entraram no apartamento e encontraram seis crianças trancadas - duas gêmeas de 7 meses, outro bebê de 8 meses e outras três crianças com até 6 anos. No local, havia muita bagunça, mau cheiro e lixo espalhado. “Sou pai, sou avô, me dou muito. Uma mãe dessas não merece os filhos”, contou o segurança José Eduardo de Miranda.
Os policiais contaram que as crianças reviravam o lixo. Vizinhos falaram para a polícia que as mães estavam em um bar a 300 metros do prédio. No local, os policiais encontraram uma das mulheres atrás do balcão, servindo bebida. A dona do bar, entretanto, negou que ela trabalhasse no local – disse apenas que a mulher havia feito faxina no bar durante o dia. A outra mulher foi encontrada do lado de fora do bar, bebendo cerveja.
A conselheira tutelar foi até a delegacia e até a casa de um jovem de 20 anos, tio das crianças. Ele se propôs a ficar com elas, mas a conselheira descobriu outro agravante – três crianças dormiam em um espaço deu ma oficina mecânica, em meio a pneus.
As nove crianças passaram a noite em uma casa de acolhimento emergencial, onde comeram e tomaram banho, acompanhadas das mães. Por volta das 5h, um bebê de 8 meses saiu do local – ele foi levado pela avó, que cuidará da criança.
As outras oito crianças devem seguir para outro abrigo, desta vez sem as mães, ainda nesta manhã. As mães foram liberadas e vão responder por maus-tratos e abandono de incapaz.
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