Postagem em destaque

Uma crônica que tem perdão, indulto, desafio, crítica, poder...

domingo, 21 de outubro de 2012

Daqui a alguns anos humanos usarão óculos e verão pessoas através de suas vestimentas


21/10/2012
 às 14:00 \ Tema Livre

Incrível: realidade virtual e até joysticks ajudarão na exploração segura do petróleo do pré-sal

NA CAVERNA -- Villarreal com os óculos 3D e o controle que sua equipe desenvolveu: "Podemos montar e desmontar peças em segundos" (Foto: Ernani D'Almeida)
NA CAVERNA -- Villarreal com os óculos 3D e o controle que sua equipe desenvolveu: "Podemos montar e desmontar peças em segundos" (Foto: Ernani D'Almeida)
Matéria de Helena Borges, publicada em edição impressa de VEJA

VIDEOGAME A SÉRIO
Realidade virtual, sensores de movimento e até hologramas manipulados por joystick ensinam os técnicos que perfuram poços no fundo do mar a prevenir acidentes
Isolados em uma sala escura, os líderes da equipe operam uma broca de 100 quilos para perfurar um poço do pré-sal a 4 quilômetros de distância, no fundo do mar. O sucesso da manobra depende de eles aplicarem a pressão certa para que a broca avance pelo subsolo sem deixar que o óleo acumulado lá embaixo, por entre as rochas, vaze através da lama.
Com um olho no controle remoto e outro no indicador de pressão, os técnicos prosseguem lentamente. De repente, ouve-se um estalo. Antes que se possa tomar qualquer providência, o ruído discreto vira uma violenta explosão. Grandes quantidades de óleo escapam pela fenda submarina à vista daqueles homens aparvalhados. O furo está perdido. Será preciso começar tudo de novo.
Se fosse real, o erro de cálculo representaria um prejuízo de até 40 milhões de dólares, preço da perfuração de um único poço do pré-sal. Dessa vez, felizmente, foi apenas uma simulação. O alto grau de realismo se fez possível com o uso de um equipamento de última geração conhecido como Cave (“caverna”, em inglês).
Trata-se do mais novo dos sete aparatos empregados no treinamento dos responsáveis pela delicada operação em alto-mar. Para quem observa de fora, parece videogame. Para as petrolíferas, é o que a tecnologia oferece de mais valioso para conseguir segurança, eficiência e muita redução de custo na exploração do petróleo abaixo da camada do pré-sal.
Construídos no Brasil ou importados e adaptados com tecnologia local, os simuladores utilizam uma parafernália que inclui sensores infravermelhos, óculos 3D, supercomputadores, sensores tridimensionais e telas sensíveis ao toque.

Nenhum comentário:

Postar um comentário