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segunda-feira, 2 de abril de 2012

Brasil é o 2º país mais perigoso para jornalistas trabalharem - Internacional - Notícia - VEJA.com


No começo de 2012, 31 profissionais foram mortos no mundo, cinco só no país

O Brasil é o segundo país mais perigoso do mundo para jornalistas trabalharem, informou nesta segunda-feira a Campanha Emblema de Imprensa (PEC, na sigla em inglês). Somente no primeiro trimestre de 2012, cinco profissionais de imprensa morreram de forma violenta, sendo que, no mundo inteiro, 31 jornalistas foram mortos no mesmo período. Isso representa um aumento de 50% em relação ao mesmo período de 2011.
Também neste ano, o Brasil caiu 41 posições no Ranking de Liberdade de Imprensa, realizado anualmente pela organização Repórteres Sem Fronteiras. O país caiu do 58º lugar, que ocupava em 2010, para o 99º, no levantamento 2011-2012. Esta é a segunda queda mais acentuada entre os países da América Latina, destaca a entidade, que relaciona o péssimo desempenho brasileiro ao "alto índice de violência" e a mortes de jornalistas no ano passado (sem detalhar, a organização fala em três casos; em novembro, um cinegrafista foi morto ao cobrir uma ação do Bope no Rio). Só o Chile registrou performance pior que a brasileira na região, perdendo 47 colocações, principalmente em função dos protestos estudantis
MundoA pior situação é a da Síria, onde nove jornalistas morreram, cinco estrangeiros e quatro repórteres do país islâmico, informou a PEC. O grupo considerou em comunicado que eses dados refletem 'uma tendência alarmante e demonstra que a segurança do trabalho dos jornalistas piorou no início deste ano'. "A Síria está na linha de frente dos lugares mais perigosos para os jornalistas", manifestou Blaise Lempen, presidente da organização, que tem sede em Genebra.
Ao todo, 11 jornalistas morreram na Síria desde o início do conflito, em março de 2011. Dois jornalistas turcos estão desaparecidos no país há duas semanas. A PEC expressou sua preocupação pela prática do governo de Bashar Assad de deter de maneira sistemática jornalistas sírios em todo o país, e afirmou também que os dois repórteres turcos podem estar sendo submetidos à tortura.
Na Somália, três jornalistas morreram, e na Índia, Bolívia e Nigéria, dois repórteres perderam a vida de maneira violenta. A PEC ainda registrou uma morte em cada um destes países: Afeganistão, Colômbia, Haiti, Honduras, México, Paquistão, Filipinas e Tailândia.
(Com agência EFE)


sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Twitter avisa que irá bloquear mensagens que contenham diferentes ideias sobre liberdade de expressão...

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/01/120123_twitter_censura_mdb.shtml


O microblog Twitter anunciou nesta sexta-feira um mecanismo que irá bloquear algumas mensagens, de maneira seletiva, levando em conta o país em que elas podem ser exibidas.

Em seu blog, a empresa anunciou que poderia "reter conteúdo de usuários de um país específico".

Expansão
Mas disse também que o que for bloqueado em um país pode seguir disponível no restante do mundo. Até então, quando o Twitter decide apagar uma mensagem, ela desaparece em todo o mundo.
A mudança vem à tona em um momento em que o site social está se expandindo para outros mercados globais.
A empresa explicou que esse crescimento internacional significa entrar em países que "têm idéias diferentes sobre liberdade de expressão" e citou como exemplos a França e a Alemanha, que vetam conteúdo pró-nazismo.
"Começando hoje, agora temos podemos reter conteúdo de usuários em países específicos – enquanto ele permanece visível no restante do mundo", disse a empresa em seu blog.
"Ainda não usamos essa ferramenta, mas se e quando ela for necessária, vamos tentar alertar o usuário e vamos deixar claro que determinado tweet foi bloqueado."

Críticas

A decisão foi criticada pelo grupo Repórteres Sem Fronteiras. "Essa medida pode permitir que o Twitter ou outras empresas na internet censurem conteúdos, criando riscos para a liberdade de informação e da imprensa."
"Seria interessante perguntar para eles que tipo de pesquisa eles fizeram para mostrar que benefícios teríamos ao censurar tweets em alguns países. Isso é algo problemático mesmo ou eles estão sendo pressionados por certas organizações ou certos regimes, para que possam continuar a funcionar nesses lugares?"
Em resposta, o Twittter disse: "Nossas políticas e nossa filosofia em relação ao reconhecimento da liberdade de expressão não mudou. Este é simplesmente um esclarecimento sobre como respondemos a requisitos legais."
Muitos usuários do Twitter também reclamaram da medida, com alguns destacando a possibilidade de um impacto negativo na liberdade de expressão, especialmente fora dos Estados Unidos.