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sábado, 25 de abril de 2015

Nepal sofre com pior terremoto em 80 anos // BBC


Resultado de imagem para nepal mapaPior terremoto no Nepal em 80 anos deixa mais de 1,5 mil mortos

  • Há 4 horas
EPA
Ajuda internacional está a caminho do Nepal para ajudar país a lidar com desastre
O pior terremoto registrado no Nepal nos últimos 80 anos já deixou mais 1,5 mil mortos, segundo confirmou o ministério da Informação do país à BBC.
O tremor de magnitude 7,8 atingiu uma área entre a capital, Kathmandu, e a cidade de Pkhara, informou o Serviço Geológico dos Estados Unidos.
Ao menos outras 2 mil pessoas ficaram feridas e centenas mais podem estar sob os escombros.
"Kathmandu foi muito afetada pelo terremoto. Algumas áreas estão completamente destruídas", diz Sandesh Kaji Shrestha, que mora na capital do Nepal.
"Tenho ajudado a retirar pessoas dos escombros junto com um amigo. Não há equipes de resgate suficientes aqui. Os hospitais estão fora de controle. Precisamos de ajuda."
Também houve vítimas na Índia, em Bangladesh, no Tibet e no Monte Everest, onde foram registradas avalanches.
O governo do Nepal declarou estado de emergência nas áreas afetadas, e diversos países ofereceram ajuda para lidar com o desastre.
Ainda não se sabe o tamanho do estrago na região do epicentro, já que as informações são escassas, o que pode fazer com que o número de mortos seja maior.
Segundo o ministro de Informação, Minendra Rijal, há uma "grande destruição" nesta área.
"Precisamos de ajuda de várias agências internacionais, que têm mais conhecimento e equipamentos para lidar com esse tipo de emergência que estamos enfrentando".

Avalanches

As avalanches desencadeadas pelo terremoto no Monte Everest mataram dez pessoas. Outras estão desaparecidas. Na Índia, foram registradas 40 mortes.
Equipes de resgate procuram por sobreviventes nos escombros de prédios que desabaram na capital. Diversas construções históricas foram destruídas, incluindo a torre Dharahara, um dos símbolos da cidade.
AP
O tremor de 7,8 graus foi registrado neste sábado
Reuters
Aeroporto de Kathmandu foi afetado, segundo relatos, o que pode prejudicar o envio de ajuda
Reuters
Número de mortos pode aumentar, já que informações são escassas sobre epicentro do tremor
O sistema de telecomunicações foi afetado. Há relatos de que o aeroporto da capital também foi danificado, o que poderia afetar as operações de ajuda.
"Foi muito assustador. A terra estava se mexendo... Eu estou esperando por tratamento mas a equipe (do hospital) está sobrecarregada", disse um ferido à agência AP.

Solidariedade

O Estados Unidos disse que está enviando uma equipe especializada em desastres para o Nepal e anunciou que doará US$1 milhão (US$3 milhões) para cobrir as necessidades mais imediatas.
O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, enviou uma carga de três toneladas de suprimentos em aviões militares e uma equipe para situações de emergência de 40 pessoas.
AP
Equipes de resgate escavam escombros em busca de sobreviventes
Getty
Ainda não se sabe a extensão dos danos causados por terremoto
AFP
Gestos de solidariedade começaram a ser realizados ao redor do mundo
Enviado pelo Paquistão, está a caminho do país um avião carregando 30 leitos hospitalares, além de médicos e especialistas, equipes de resgate, 2 mil refeições, 200 barracas e 600 cobertores.
O Reino Unido está enviando uma equipe de oito especialistas em desastres.
A Noruega doará US$3,9 milhões (R$11,7 milhões). Alemanha, Espanha, França, Israel e a União Europeia também afirmam que auxiliarão o país.
Antes deste desastre, o pior terremoto do Nepal havia ocorrido em 1934 e deixado 8,5 mil mortos.
Getty
Monumentos e prédios históricos foram destruídos pelo terremoto
Getty
Governo decretou estado de emergência diante de tamanha destruição
AFP
Este foi o pior terremoto registrado no país em 80 anos

sexta-feira, 24 de abril de 2015

"O triângulo mortal da corrupção, do péssimo gerenciamento e do represamento artificial das tarifas"



Triângulo da 

morte

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  • Eliane Cantanhêde, 
  • Petrobrás, 
  • O Estado de S. Paulo
  • Eliane Cantanhêde
    24 Abril 2015 | 02h 02

    O encantado balanço da Petrobrás desencantou, confirmando, agora em números, qual o primeiro e maior problema da principal companhia brasileira: a ingerência política. Foi ela, a ingerência política, que fechou o triângulo mortal da corrupção, do péssimo gerenciamento e do represamento artificial das tarifas. Deu no que deu.
    Essa conjunção maldita acabou com a saúde e com a imagem da Petrobrás no País e no mundo, mas o pior é que não foi uma exclusividade da Petrobrás, mas sim a marca dos anos do PT, particularmente dos anos Lula, nos órgãos públicos e nas estatais. Aparentemente, nada escapa.
    Foi por interesses políticos que o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a partir de sua posse, em janeiro de 2003, nomeou sindicalistas alinhados ao PT para a presidência da Petrobrás e para as diretoriais do Banco do Brasil, por exemplo, e fatiou os principais cargos da petroleira entre "companheiros" petistas e "operadores" dos partidos aliados. Só podia descambar para esse descalabro.
    O resultado mais gritante no balanço anunciado na noite de quarta-feira é o das perdas de R$ 6,2 bilhões por causa da corrupção e, apesar de nada módico, esse total é visto com muita desconfiança por especialistas. Há quem imagine que a sangria foi ainda maior. Se você nomeia um diretor para abastecer as contas do PT e bolsos de petistas, outro para rechear as contas do PMDB e carteiras de pemedebistas, um terceiro para engordar as contas do PP e o patrimônio de pepistas, deveria saber o que estava fazendo. Tudo isso se embolou com o velho cartel de empreiteiras e com os doleiros de sempre e a consequência é: corrupção.
    Mas há dois outros resultados irritantes no balanço apresentado pelo novo presidente da companhia, Aldemir Bendine. O segundo é o mau gerenciamento da empresa, o que não chega a ser surpreendente quando sindicalistas e apadrinhados se dão ao luxo de definir os investimentos da nossa Petrobrás para atender os interesses do Palácio do Planalto. É assim que surgem obras muito caras - e de potencial duvidoso - em Estados governados por amigos do rei. Sobressaem-se aí pomposas refinarias, agora abandonadas.
    O terceiro resultado é o efeito corrosivo do represamento político dos preços da gasolina para postos e consumidor. Lula segurou para não arranhar a sua já imensa popularidade. Deu tão certo que ele continuou segurando para se reeleger, para eleger Dilma da primeira vez, para reeleger Dilma em 2014. O efeito foi ótimo para eles e péssimo para a Petrobrás.
    Mais cedo ou mais tarde, essa conta chega para o consumidor/eleitor. E está chegando da forma mais perversa. Antes, o petróleo estava caro lá fora e a gasolina era barata aqui dentro. Agora, o petróleo está barato lá fora e a gasolina vai ficar mais cara aqui dentro. Senão, a conta não fecha, a credibilidade não volta, a "nova Petrobrás" anunciada em Nova York pelo ministro Joaquim Levy nunca vai aparecer.
    Até lá, a "velha Petrobrás" é o grande "case" dos dois governos Lula. Quem descrever todas as nomeações políticas, o gerenciamento político e a administração política de preços da Petrobrás vai conseguir contar como foram os anos do PT nas estatais brasileiras. Sem esquecer de contar o final da história: nas campanhas, o PT atribuiu aos adversários a intenção de privatizar a Petrobrás, mas é o próprio governo do PT que vai sair vendendo tudo o que puder da petroleira para diminuir o prejuízo. Vão ter de vender muito, porque a Petrobrás é a empresa mais endividada do mundo.
    Detalhe constrangedor: foi justamente a ministra de Minas e Energia, depois chefe da Casa Civil e presidente do Conselho de Administração da Petrobrás do pior e mais obscuro período da Petrobrás que acabou sendo eleita para suceder Lula - e ainda foi reeleita. Só para completar, a sua grande marca era a de... gerentona.

    'Tava demorando...' Suspeita de terrorismo e apreensão de documentos de advogado muçulmano / PF / Reinado Azevedo




    PF apura suspeita de terrorismo e apreende documentos de advogado muçulmano

    Por Fábio Fabrini e Andreza Matais, no Estadão. Volto no próximo post.

    O Grupo Antibomba da Polícia Federal fez nesta sexta-feira, 24, operação num prédio da Asa Norte, área nobre de Brasília. Os agentes vasculharam o apartamento de um advogado que atua em defesa das comunidades muçulmanas no Brasil. 
    Conforme agentes a par das investigações, a ação, que mobiliza setores de inteligência da PF, apura suspeitas de terrorismo. Homens encapuzados, do Comando de Ações Táticas (COT) da PF, fizeram buscas no imóvel com a ajuda de um cão farejador, a partir das 8h. No apartamento, moram o advogado Marcelo Salahuddin Bulhões dos Santos, a mulher dele, de origem iraniana, e um filho de colo.  Por volta das 10h, um representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) foi chamado ao local para acompanhar as buscas. Ele foi acionado porque ali funciona também o escritório do advogado. Por lei, ações nesses locais têm de ser acompanhadas pela entidade.
    Ao sair do local no início da tarde, o procurador Mauro Lustosa, da Comissão de Prerrogativas da OAB, explicou que os policiais tinham em mãos um mandado para apreensão de documentos. A suspeita, explicou, é de que o advogado guardava no local papeis falsos. Por volta das 14h, a equipe do COT deixou o imóvel com três malotes de documentos. O advogado foi intimado e terá de comparecer à PF para prestar depoimento.  Ao Estado, agentes da PF explicaram que a legislação brasileira não tipifica o crime de terrorismo. Por isso, nas investigações que envolvem suspeitas desse tipo de prática, são apontados delitos previstos no Código Penal Brasileiro. Marcelo e a mulher moram no apartamento há cerca de um ano, segundo vizinhos. Os dois são da religião muçulmana. 
    Em 2013, num documento enviado à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Espionagem no Senado, o advogado denunciou supostos excessos de serviços secretos contra cidadãos de origem ou que professam a fé islâmica. “Há fortes indícios de que vários cidadãos brasileiros de origem árabe e/ou de confissão islâmica tenham sido objetos de investigação por parte de serviços de inteligência nacionais e estrangeiros, sendo que nem sempre haveria motivo plausível para tal”, escreveu, em setembro daquele ano, num ofício endereçado à senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM).
    O advogado entregou um pacote de documentos à CPI, entre os quais relatórios de órgãos americanos sobre a atividade de cidadãos muçulmanos. No comunicado, ele se intitula ex-servidor da Polícia Federal e explica que em diversas ocasiões presenciou a “interferência” de serviços estrangeiros na atuação de órgãos do governo federal – no entanto, não deu exemplos. “Posso destacar o Departamento de Polícia Federal”, afirmou. O Estado não conseguiu contato com o advogado nesta sexta.
    Alerta

    Com a proximidade das Olimpíadas de 2016, o Brasil reforçou o alerta contra o terrorismo. Há um mês, o Estado revelou que dois órgãos de inteligência do governo elaboraram relatórios apontando tentativas de o Estado Islâmico cooptar brasileiros para sua causa.
    Por Reinaldo Azevedo