Ilha japonesa de Kuchinoerabu foi evacuada. Câmaras capturaram o momento em que o vulcão entrou em erupção e a subida aos céus de uma extensa nuvem de fumo negro.
Uma violenta erupção hoje do vulcão Monte Vulcão Monte Shindake, no sudeste do Japão, forçou à evacuação da ilha de Kuchinoerabu, com cerca de 140 habitantes, enquanto uma coluna de cinzas irrompeu no céu.
Câmaras da Agência Meteorológica do Japão capturaram o momento em que o vulcão entrou em erupção e a subida aos céus de uma nuvem de fumo negro, que chegou a atingir os 9.000 metros, acompanhada de um tremor vulcânico de cinco minutos, de acordo com aquele organismo.
A Agência Meteorológica do Japão aumentou o nível de alerta para cinco - o mais alto na escala STI - e ordenou que os 140 moradores da ilha fossem evacuados.
O organismo explicou também que os fluxos piroclásticos - uma mistura de gases quentes do vulcão, cinzas e correntes densas de fragmentos de rocha - tinham alcançado costa noroeste da ilha em direção a um dos portos marítimos.
As cinzas cobriram os quebra-mares atracados no porto e descoloriram o mar.
A erupção teve início pelas 09:59 locais (menos oito em Lisboa) e, durante a tarde de hoje (início da manhã em Lisboa), o vulcão ainda se mantinha em atividade.
O diretor da divisão da agência de vulcanologia, Sadayuki Kitagawa advertiu que o perigo ainda não tinha acabado.
"É possível que erupções possam voltar a acontecer a uma escala semelhante no futuro. Estamos a avisar os moradores sobre fluxos piroclásticos, e a pedir às pessoas para obedecer às instruções de evacuação", disse um responsável japonês.
O Japão encontra-se na junção de várias placas tectónicas da Terra e do país, sendo pontilhado com vulcões ativos.
Fifa é alvo de denúncias há mais de duas décadas; veja histórico
Renata Mendonça - @renata_mendoncaDa BBC Brasil em São Paulo
Há 8 horas
A Fifa, que, às vésperas de seu Congresso, teve oito dirigentes presos pelo FBI, já vinha enfrentando acusações de corrupção havia mais de duas décadas.
Já em 2002, o jornal britânico Daily Mail denunciava um suposto esquema de compra de votos que teria ajudado Joseph Blatter a se eleger na Fifa – o suíço venceu Lennart Johansson na ocasião por 111 a 80 votos e, desde então, comanda a entidade.
Mas foi a partir de 2010 que as denúncias de corrupção começaram a ser investigadas mais a fundo. E também a envolver dirigentes brasileiros.
Ricardo Teixeira, presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) de 1989 a 2012 e então membro do Comitê Executivo da Fifa, foi citado em boa parte delas. A primeira veio em novembro de 2010, dias antes da reunião da Fifa que decidiria as sedes dos Mundiais de 2018 e 2022 – que acabaram com Rússia e Catar, respectivamente –, quando a BBC mostrou documentos da empresa de marketing esportivo ISL comprovando o pagamento de propina a Teixeira.
Os documentos fizeram parte de uma investigação da promotoria da Suíça, que também envolveu o mentor de Teixeira e homem forte da Fifa desde 1974, João Havelange. Presidente da entidade máxima do futebol até 1998, Havelange também teria recebido suborno da ISL, de 1992 a 2000. Os dois juntos teriam embolsado R$ 45 milhões.
A investigação confirmou as irregularidades dos dirigentes, mas terminou com um acordo judicial – a Fifa teria aceitado devolver o dinheiro à ISL, que já havia decretado falência na época.
"Ah é? Devolvi dinheiro? Então, cadê? Por que ninguém mostra?", disse Teixeira à revista Piauí em julho de 2011, sua última entrevista antes de sair de cena. "Eu nem era do Comitê Executivo nessa época, iam me subornar para quê?"
No ano seguinte, em maio de 2011, o então presidente da Federação Inglesa, David Triesman, alegou que Teixeira e outros três dirigentes da entidade (Jack Warner, vice-presidente da Fifa à época, Nicolás Leóz, presidente da Confederação Sul-Americana de Futebol e Worawi Makudi, presidente da Federação Tailandesa) pediram suborno a ele para votarem na Inglaterra na eleição da sede da Copa do Mundo de 2018.
Ainda em 2011, às vésperas da eleição para a presidência da entidade, vazou a informação de que o candidato catariano Mohammed Bin Hamman havia comprado votos para o pleito. Foi Chuck Blazer, então secretário geral da Concacaf (Confederação Norte-Americana de Futebol) e um dos réus confessos na investigação mais recente feita pelo FBI, que começou a denunciar a possível compra de votos na eleição da Fifa. A entidade fez uma investigação interna e suspendeu por toda a vida o catariano por violação do Código Ético.
Em 2012, foi a vez da própria Fifa publicar a documentação que comprovava a propina paga pela ISL a Teixeira e Havelange e afastar os dois da entidade – Havelange era considerado "presidente de honra" da Fifa na época.
A escolha do Catar, em 2010, para sediar a Copa de 2022 tem sido alvo de várias denúncias de irregularidade. O país tinha derrubado a Austrália, Japão, Coreia do Sul e, por último, Estados Unidos (14 votos a 8) para ganhar a chance de receber o Mundial. Em 2013, a revista francesa France Football denunciou um suposto esquema de pagamento de propina a dirigentes da Fifa para assegurar a vitória do Catar. Mais uma vez, apareceu o nome de Ricardo Teixeira como um dos beneficiados com o suborno.
Pressionada, a Fifa anunciou uma investigação interna da Comissão de Ética sobre a escolha das sedes das Copas de 2018 e 2022. O relatório final, de 350 páginas, feito pelo ex-promotor americano Michel J. García, foi entregue no ano passado. Mas o conteúdo dele nunca foi divulgado pela entidade, que decidiu arquivar o caso concluindo que não houve irregularidades nas duas eleições.
García chegou a apelar à Comissão Disciplinar da Fifa para reabrir o caso, mas renunciou depois de ter seu pedido negado em dezembro do ano passado.
Nesta semana, as denúncias de corrupção na Fifa não vieram de um ex-dirigente, jornal ou relatório, vieram da polícia federal americana, o FBI. É provável que venham à tona várias novas revelações. O promotor americano Kelly Currie avisou que a investigação está apenas no início. "Quero deixar bem claro: este é só o começo do nosso esforço, não o final."
Escândalos anteriores no Brasil
Envolvido nos escândalos da Fifa, Ricardo Teixeira também foi alvo de investigações no Brasil por supostos casos de corrupção na CBF.
Entre 1998 e 2000, duas CPIs sobre o assunto foram abertas no Congresso - uma na Câmara, para investigar os contratos da CBF com a empresa de material esportivo Nike, e outra no Senado, chamada CPI do futebol.
A comissão da Câmara durou nove meses. O relatório final, feito pelo deputado Silvio Torres (PSDB), propôs o indiciamento de 34 nomes, entre dirigentes do futebol, empresários e outros envolvidos com irregularidades na CBF.
Mas todas as investigações acabaram arquivadas, e Ricardo Teixeira conseguiu proibir o relatório de ser tornado público – não é possível encontrá-lo na internet. O livro CBF/Nike, escrito por Aldo Rebelo, presidente da CPI, e Silvio Torres, relator, foi embargado pela Justiça.
"No Brasil, ele (Ricardo Teixeira) saiu ileso. Ele sempre teve uma rede de proteção política, jurídica e até judicial. Por conta do futebol, ele conseguia inibir muitas das iniciativas contra ele", disse o relator da CPI à BBC Brasil.
Em sua última entrevista, Teixeira desdenhou da CPI. "Reviraram tudo e não acharam nada. Foi tudo arquivado. E aí? O Ministério Público é incompetente, então?", disse à Piauí.
Agora é o sucessor de Teixeira que é alvo de investigação. José Maria Marin foi detido pela polícia suíça em Zurique e é suspeito de ser um dos cinco beneficiários de uma propina de US$ 110 milhões para negociações de direitos de transmissão de quatro edições da Copa América (2015, 2016, 2019 e 2023).
Veja a cronologia de denúncias:
Fevereiro de 2002: Denúncias do jornal Daily Mail dão conta de que Joseph Blatter teria comprado votos para sua primeira eleição na Fifa, em 1998.
Novembro de 2010: BBC divulga documentos da ISL comprovando pagamento de propina da empresa a João Havelange e Ricardo Teixeira.
Maio de 2011: Ex-presidente da Federação Inglesa, David Triesman, denuncia que recebeu proposta de suborno de Jack Warner, Nicolás Leóz, Ricardo Teixeira e Worawi Makudi em troca de votos na Inglaterra na eleição da Fifa para sede do Mundial de 2018.
Maio de 2011: Surgem denúncias de compra de votos do candidato catariano à eleição para a presidência da Fifa, Mohammed Bin Hamman.
Julho de 2011: Bin Hamman é banido por toda a vida de suas atividades na Fifa por violar o Código de Ética da entidade.
Maio de 2012: Fifa divulga documentos da ISL que comprovam pagamento de propina a Havelange e Teixeira e afasta os dois dos cargos na entidade.
Janeiro de 2013: Revista France Football divulga denúncias de que Teixeira, Leóz e o então presidente da Associação Argentina de Futebol, Julio Grondona (falecido em 2014) teriam recebido propina para votar no Catar como sede da Copa de 2022.
Setembro de 2014: Promotor americano Michael J. García entrega à Fifa relatório de 350 páginas sobre escolha das sedes das Copas de 2018 e 2022.
Novembro de 2014: Comissão de Ética da Fifa concluiu que não houve irregularidades nos dois processos e impede divulgação do relatório usando o princípio da confidencialidade.
Dezembro de 2014: Michel J. García renuncia após ter apelo à Comissão Disciplinar da Fifa por reabertura de investigação interna negado.
Maio de 2015: Sete dirigentes da Fifa, incluindo o ex-presidente da CBF, José Maria Marin, são presos em Zurique por acusações de corrupção. Departamento de Justiça norte-americano divulga investigação sobre extorsão, lavagem de dinheiro e corrupção dentro da entidade.
Artigo publicado em 28.05.2015 Escrevo este artigo em defesa de meus interesses próprios.Não, não me entenda mal. Não tenho fortuna grande, nem média, nem pequena. Minha fortuna é minha família, são meus amigos, meus leitores, minha fé e meus valores imateriais. Mas considero que defendo interesses próprios, como cidadão brasileiro, quando reprovo a taxação das grandes fortunas, como qualquer aumento de impostos, porque essa é uma ideia de jerico. Dela sequer se pode dizer que vem embalada nos ideais do igualitarismo. Não no nosso caso. Não na concepção mau caráter que lhe deu origem.
O ideal do igualitarismo, é bom esclarecer, já produziu desastres em proporções suficientes para que se saiba o que acontece quando deixa de ser ideal e vira prática. No caso brasileiro, porém, a taxação das grandes fortunas não representaria isso. Tampouco significaria um pouco mais do mesmo, ou seja, ampliação da política atual, que confunde donativo com renda e que, por isso, não consegue gerar progresso social. O governo brasileiro não resolve o problema da Educação dos segmentos de baixa renda, não lhes proporciona adequado saneamento básico nem atenção à saúde e não cria condições para que esses recursos humanos se habilitem às atividades produtivas. Todos se tornam, cada vez mais, dependentes do Estado, o que é a segunda pior situação possível.
A taxação das grandes fortunas, no Brasil, seria um caso inédito. Foi pensada agora, num momento de crise fiscal pela qual não precisaríamos estar passando não houvesse, a ganância pelo poder, gerado imperdoável prodigalidade do governo no uso do dinheiro que abusivamente nos toma. Em linguagem simples, sem pedaladas retóricas, a taxação dos mais ricos viria para salvar o Estado da escassez de recursos a que ele mesmo se conduziu. Algo assim só pode parecer razoável a dois tipos de pessoas: os amigos leais do Estado perdulário e os fanáticos do igualitarismo.
Há um erro imenso em atribuir a pobreza dos pobres à riqueza dos ricos, ou vice-versa. Essa é uma ideia desorientadora, que prejudica aqueles a quem pretende ajudar. Os pobres não são pobres por causa dos ricos. Eles são pobres por causa do Estado porque não há concentração maior de renda do que a promovida pelo Estado quando fica com quase 40% de tudo que se produz no país! E, apesar dessa monstruosa expropriação, não só rouba e se deixa roubar, mas se omite em relação às políticas e ações que poderiam gerar desenvolvimento social nas populações de baixa renda. O Estado não deveria “cuidar das pessoas”, mas deveria, isto sim, proporcionar condições para as pessoas cuidarem bem de si mesmas.
Precisamos das grandes fortunas. Elas viram poupança, investimento, postos de trabalho, consumo (inclusive sofisticado, claro) e tributos. Pegar esse dinheiro e entregá-lo à gestão do Estado seria uma operação absolutamente contraprodutiva: tira-o de quem o faz produzir para entregá-lo a quem só sabe gastar.
______________ * Percival Puggina (70), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões, integrante do grupo Pensar.
Google lança sistema de pagamento Android Pay e rivaliza com a Apple Serviço fará pagamento quando celular encostar em terminal de compra. Para o Google, sistema funcionará em 700 mil lojas e mil apps nos EUA. Do G1, em São Paulo
tópicos:Android Pay, sistema de pagamento criado pelo Google para celulares. (Foto: Divulgação/Google)
OGoogle anunciou nesta quinta-feira (28) um sistema de pagamento móvel para concorrer com a Apple. Durante sua conferência voltada para desenvolvedores, o Google I/O, a empresa apresentou o Android Pay, que já conta com parceiros como Mc Donalds, Staples, GameStope, Coca-Cola e Nike.
O novo sistema funcionará com tecnologia de aproximação NFC, que realiza os pagamentos assim que um aparelho é encostado ao terminal de compra. Usando o Android Pay, é possível que empresas integrem o sistema em seus aplicativos e mesmo recorrer a outros sistemas como Venno e Paypal.
Para impulsionar o sistema, o Google já possui acordo nos Estados Unidos com Verizon, AT&T e T-Mobile. As três das maiores operadoras do país instalarão o sistema nos celulares vendidos em suas lojas, desde que os aparelhos rodem pelo menos o Android 4.4 Kit Kat e tenha suporte ao NFC. Os aparelhos que possuírem o novo sistema Android M terão acesso direto ao sistema e poderão autorizar transações apenas com as digitais.
Empresas de cartões como American Express, Discover e MasterCard também estão fechando acordos com a empresa para participarem do processo e levarem maior segurança a ele.
Segundo o Google, o Android Pay será liberado aos usuários. A estimativa é que 700 mil lojas norte-americanas aceitem pagamento com o sistema em breve. Estão entre as parceiras lojas de departamento, restaurantes fast food e farmácias. A ferramenta também será integrada a cerca de mil aplicativos, como o serviço de transporte alternativo Uber, o OpenTable, de reservas online, e o Domino’s.
O Android Pay concorrerá diretamente com o Apple Pay, lançado pela fabricante dos iPhones e iPads em setembro de 2014.
O ajuste fiscal proposto pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, já vinha esbarrando na má vontade de Dilma Rousseff e do PT ─ único partido do mundo que quer ser oposicionista e governista ao mesmo tempo. Nesta segunda-feira, apareceu outra pedra no caminho de Levy: o ex-presidente Lula, que não só combate a redução da gastança como resolveu ampliá-la: ele exige do Planalto uma doação de 8 bilhões para que o prefeito Fernando Haddad continue sonhando com a reeleição.
Milhões de brasileiros estão inquietos com a inflação, o desemprego e outras assombrações amamentadas pelo desgoverno lulopetista. Enquanto os pagadores de impostos contam centavos, um megalomaníaco incurável cobiça uma montanha de dinheiro para manter respirando por instrumentos a candidatura condenada ao malogro. Para Lula, 8 bilhões não parecem nada de mais. Representam apenas um terço, por exemplo, da fortuna que já foi enterrada nas obras superfaturadas da refinaria Abreu e Lima.