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domingo, 13 de setembro de 2015

A Educação é assunto de preocupação de todos os países do planeta // BBC

Escola moderna: três questões cruciais em debate

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Foto: ThinkstockImage copyrightThinkstock
Image captionUniforme, lição de casa e uso do computador são pontos que geram debates

Quando se trata de educação no mundo moderno, geografia, língua e currículo podem variar, mas algumas questões são universais.
Entre elas, o debate em torno do uso de uniforme, da dose certa de lição de casa e da adoção do livro em vez do computador em sala de aula.
Saiba o que as experiências escolares em diversos países, pesquisas e estatísticas revelam sobre essas questões.

1 → Uniforme escolar: conveniência ou coerção?

O uso ou não de uniforme escolar pode revelar muito sobre a política de um país.
Na Inglaterra, ele foi adotado de forma mais ampla no século 16, durante o reinado de Henrique 8º. Consistia de um casaco longo de cor azul. Esse era o pigmento mais barato à disposição na época e seu uso entre estudantes simbolizava humildade.
Hoje, a maioria das escolas no Reino Unido exige que alunos usem uniforme. No entanto, o governo britânico determina que escolas considerem questões práticas e financeiras ao adotar o uniforme, e que pais, alunos e comunidade sejam consultados.
Na França, o uso de uniforme escolar deixou de ser obrigatório desde a década de 1960. E o uso de véus, lenços cobrindo a cabeça e turbantes, assim como o uso de "símbolos religiosos ostensivos" é proibido em escolas públicas.
Na Alemanha, uma proposta para que um único uniforme fosse adotado nacionalmente pelas escolas do país provocou ultraje em 2006. Muitos associaram a proposta ao regime nazista.
Em alguns países da América Latina, como Argentina e México, uniformes tendem a ser adotados principalmente por escolas particulares. Como resultado, seu uso adquiriu uma conotação de status educacional.

BBC
Image captionO uso do uniformes escolares teve início na Inglaterra do século 15

No Brasil, também não há uma política nacional sobre o uso do uniforme.
O uso de uniforme é obrigatório na maioria das escolas africanas. Em Gana, desde 2013, o governo vem distribuindo uniformes gratuitamente à população. Tendo sido adotados no período colonial, uniformes também são a norma na maior parte do território asiático.
Mas será que a adoção de uma indumentária padronizada é positiva para os estudantes?
Muitos acreditam que regulamentos rigorosos quanto à indumentária ajudam a colocar as crianças em pé de igualdade socialmente, independentemente de seus sobrenomes ou situação financeira.
Outros pontos ressaltados pelos defensores do uniforme são que eles reforçam o sentimento de orgulho pela escola, aumentam a frequência e são um lembrete, sempre presente, das regras vigentes.
No campo oposto das opiniões, muitos dizem que códigos rígidos de indumentária cerceiam a individualidade e a liberdade de expressão. Também não são efetivos em prevenir intimidação e perseguição. E não conseguem "apagar" desigualdades sociais já que essas transcendem a forma como uma criança se veste, argumentam.
A educadora e psicóloga paulistana Ana Inoue, por sua vez, se posiciona mais ao centro: para ela, o uniforme traz mais vantagens do que desvantagens, mas é algo difícil de impor.
Integrante do Conselho Estadual de Educação de São Paulo e diretora da ONG Instituto Acaia, Inoue disse à BBC Brasil que, em atividades fora da escola, como uma visita ao zoológico, por exemplo, o uniforme deveria ser obrigatório porque facilita a identificação das crianças.
Outro papel importante do uniforme, ela disse, é tornar todos iguais. Ela reconhece que diferenças socioeconômicas não serão eliminadas pela roupa, mas explicou que não é essa a ideia.
"O objetivo não é dissimular as diferenças sociais, mas passar a mensagem de que, no contexto da escola, todos são iguais. Todo mundo aqui é aluno e será tratado de maneira igual", disse Inoue.

2 → Livros, folhas avulsas ou tablets?

Em muitos países, o livro escolar vem, há vários anos, coexistindo ou sendo substituído por folhas avulsas impressas em copiadoras contendo textos e exercícios.
A revolução digital representa uma ameaça adicional ao antigo livro impresso, disponibilizando conteúdos da internet, por meio de computadores, nas salas de aula - em países "conectados", claro.
A relação entre livro escolar e desempenho acadêmico não é clara.

Foto: APImage copyrightAP
Image captionPesquisa da Universidade de Cambridge mostra que livro escolar é chave para bom desempenho de alunos

Nos últimos anos, no Reino Unido, folhas avulsas vêm tendo preferência em relação aos livros escolares. No entanto, em 2014, o governo britânico determinou que escolas no país voltassem a adotá-los, em meio a temores de que a não utilização de livros estaria colocando estudantes britânicos em desvantagem em relação a colegas de outros países, principalmente, da Ásia.
No entanto, um consultor britânico em educação declarou recentemente que livros escolares deveriam ser abolidos dentro dos próximos cinco anos. Segundo ele, os recursos que a era digital oferece estão tornando o livro escolar algo obsoleto.
Um estudo feito por Tim Oates, da agência Cambridge Assessment, da University of Cambridge, na Inglaterra, indica que países com bom desempenho em testes internacionais tendem a insistir no uso de livros escolares como base para o ensino.
A Coreia do Sul e a Finlândia estão entre os países com índices mais altos de distribuição de livros escolares - mais de 95% dos estudantes recebem livros, segundo estatísticas da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Os dois países também ocupam posição bem alta - quinta e sexta, respectivamente - na rodada mais recente de exames Pisa (sigla para Programa Internacional de Avaliação de Alunos), que comparou desempenhos de estudantes de 15 anos de idade em diversos países do mundo.
Entretanto, a frente "antilivro" responde que ele gera pressão econômica adicional sobre os pais em escolas onde livros não são oferecidos gratuitamente. Além disso, eles são produzidos "em massa", sem levar em conta necessidades diferenciadas de crianças em salas de aula diversas.

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Image captionPoderiam os tablets aposentar os livros escolares? Pesquisas recomendam o contrário

Além disso, argumenta esse grupo, o livro escolar não tem como competir com tablets e tecnologias do tipo quando se trata de permitir o acesso conteúdos atualizados, ou de acompanhar a maneira como crianças consumem informação hoje em dia.
No Brasil, escolas da rede particular optam por soluções diversas, que podem envolver o uso de apostilas criadas especificamente para atender seus currículos, livros didáticos e também tecnologias variadas.
Na rede pública, o governo federal, Estados e municípios possuem programas de distribuição de tecnologias, incluindo tablets, para as escolas. Mas há problemas. Para que a tecnologia seja bem utilizada, várias outras coisas também são necessárias, disse a educadora Ana Inoue:
É preciso "ter rede elétrica compatível com o uso de tecnologia, ter banda larga, conteúdo bom (softwares, programas), professores que façam uso da tecnologia e um projeto de escola que inclua o uso desses recursos. E isso envolve, entre outras coisas, ter quem conserte e atualize os hardwares e softwares. Enfim, não é só uma questão de equipamento", disse Inoue.
"Equivale a achar que se tiver lápis e papel, todo mundo se alfabetiza".

3 → Tempo livre: Quantos dias? E quanta lição de casa?


Image copyrightReuters
Image captionFrança é conhecida por dar férias longas para estudantes

Dependendo de onde uma criança mora, ela pode ter até 75 dias letivos a mais no ano do que crianças de outros países.
Na China, o ano escolar tem mais de 260 dias. No Japão, são 243 e, na Coreia do Sul, 220.
Em Israel, Alemanha, Rússia e Zimbábue, o ano letivo tem 210 dias. Costa Rica, Bolívia e África do Sul têm os anos letivos mais curtos, com 180 dias ou menos.
A França também é conhecida por exigir menos dias de trabalho das crianças, dando a eles férias longas para evitar "estafa de sala de aula" - termo usado por um oficial do governo francês.
Ainda assim, o tamanho do calendário escolar pode ser enganador. O dia escolar em escolas francesas está entre os mais longos do mundo ocidental. Ou seja, as crianças vão à escola menos vezes, mas ficam muito mais tempo lá - oito horas diárias.
No Brasil, a lei determina que escolas ofereçam uma carga horária anual de pelo menos 800 horas, distribuídas por no mínimo 200 dias de aula. Ou seja, alunos brasileiros devem ir à escola no mínimo 200 dias por ano e o dia escolar deve durar pelo menos quatro horas.
Mas... qual seria a carga horária ideal? As estatísticas mostram que os países com melhor desempenho em educação não são necessariamente os que exigem mais horas compulsórias de estudo de seus estudantes.
Segundo a OCDE, na Finlândia o total de horas de instrução compulsória por ano é 30% menor do que na França, país cujos estudantes têm desempenho médio nos rankings internacionais.
No Brasil e no Quênia o dia escolar pode começar por volta das 7 da manhã; em muitas escolas australianas as aulas só começam por volta das 9.30.
E depois, ainda tem a lição de casa. Se fazer lição de casa é positivo para a criança ou se seria melhor que ela descansasse e brincasse após a aula são questões há muito tempo debatidas.

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Image captionEm países do leste asiático, estudantes fazem pelo menos duas horas de dever de casa por dia

Um estudo recente da Brown University, em Rhode Island, Estados Unidos, concluiu que crianças pequenas fora do país têm muito mais lição de casa do que é recomendado por pedagogos americanos.
Pesquisas sugerem que 10 minutos de lição de casa deveriam ser adicionados para cada ano escolar. Ou seja, se uma criança no terceiro ano do fundamental faria meia hora de lição de casa por dia, um aluno na sexta série faria uma hora.
Só que muitos países do leste europeu ou no leste asiático provavelmente achariam essa recomendação bem estranha. Meia hora de lição de casa é um quarto do que as crianças de lá fazem diariamente.
Outros talvez ficassem aliviados. Estudos revelam também que tarefa escolar causa estresse em famílias quando os pais não se sentem capazes de ajudar suas crianças.
No Brasil, não há diretrizes quanto à quantidade de tarefa de casa - a decisão fica a cargo da escola e dos professores.
"O objetivo da lição de casa é ver se o aluno vai saber fazer sozinho, sem a ajuda do professor, o que ele aprendeu na sala de aula", disse Ana Inoue. "Então, a questão a colocar é, quanto espaço você está abrindo para o aluno aplicar o conhecimento em outras situações".
"Não importa se está fazendo em casa. O que importa é que ele tenha um momento para consolidar sozinho o que aprendeu."

Charge de Sponholz / blog de Aluizio Amorim


Sponholz: O regresso do boêmio.


sábado, 12 de setembro de 2015

"Até que eles são engraçados"... / Maria Helena RR de Souza, no blog de Ricardo NOBLAT

Fala sério, eles não são engraçados?

“O que dá pra rir, dá pra chorar, questão só de peso e medida, problema de hora e lugar, mas tudo são coisas da vida... O que dá pra rir, dá pra chorar...”
O presidente do Senado Federal foi enfático em sua declaração contra aumento de impostos. Seu tom era o mesmo que nós, simples mortais, usamos ao reclamar do governo: “onde já se viu aumentar impostos? De modo algum, o governo que não venha com mais essa barbaridade para cima de nós!”.
Renan saía de um jantar com governadores e outras doutas figuras de seu partido quando afirmou que para o PMDB, em primeiro lugar, vem o "dever de casa que é cortar despesas e dar eficiência ao gasto público".
Meninos, fiquei boquiaberta! Mas, como boa brasileira, aceitei o milagre e vibrei com a entrada do bom senso na cabeça do senador. Confesso que ainda pensei: “mais uma que devemos ao extraordinário médico do Recife que fez nascer cabelos na careca do senador. Vai ver aproveitou e deu uma sacudidela nos neurônios do alagoano que, livres da poeira de anos, passaram a pensar melhor”.
Passou rápido minha fé no tratamento pois logo em seguida li duas coisas estarrecedoras: a troca da frota de veículos usados pelos senadores, assim como a colocação de um novo carpete azul pavão no Plenário e no Salão Azul onde os membros do Senado Federal nos favorecem com seus discursos inflamados e... inflamados.

Não é pouca coisa a troca dos carpetes. São quase quatro mil metros quadrados de tapetes, com muita mão de obra. A um precinho simpático: R$550 mil. Mas era imprescindível pois – copio do portal do Senado – havia “necessidade de uma apresentação compatível com a importância da Instituição Senado Federal”.
Já os carros oficiais serão trocados porque os atuais Renault Fluence têm dois anos de uso!   Sou péssima em contas portanto peço a um leitor de alma generosa que faça as contas para mim: quantos dias por ano um senador usa seu carro oficial em Brasília (não se esqueça, leitor amigo, das férias)?
Quantos carros são ao todo? Sei que temos 81 senadores, mas Renan tem direito a dois carros por motivos “nunca dantes navegados”, como diria Camões. Fora os carros da segurança dos senhores senadores, sempre tão ameaçados.
Será que os carros novos, Nissan Sentra, durarão mais do que os Renault Fluence? Eu ia dizer os velhos Renault, mas o grilo falante que habita minha cabeça me impediu de chamar de velhos um carro com dois anos de uso.

Mas não é só o Legislativo que é engraçado. No Executivo temos Joaquim Levy, que chegou ao governo Dilma precedido por um mantra ecoado de Norte a Sul, “Agora Vai!”. Só que não deu uma dentro. E nunca foi tão curioso como nos últimos dias em Paris.
É verdade que Paris mexe com nossa cabeça. Uma caminhada ao longo do Sena é um perigo! Um sorvete no Bertillon pode mudar nosso destino. Isso é sabido. Mas a ponto do ministro da Fazenda deste Brasil tão estropiado dizer, diante da nota vermelha do S&P, que seu ministério não falhou: “A gente tem dado diagnóstico transparente, verdadeiro e agora as pessoas têm de tomar a sua responsabilidade. O governo deve cortar mais do que já cortou, mas (a população) tem de ter a disposição de fazer um sacrifício maior para todo mundo poder voltar a ver a economia crescendo”, isso foi um pouco demais.
Lá ele declarou que nós pagamos menos IR que muitos países e que isso não pode continuar. Onde já se viu uma coisa dessas? A sociedade brasileira quer continuar com essa vida farta: boas estradas, boas escolas, serviços de saúde de primeiríssimo mundo, moradias populares e esgoto sanitário em todos os municípios, transportes que cruzam o país?  Que façam um sacrifício, ora vejam!
Quando dona Dilma o nomeou ministro, achei que não ia dar certo: eram de mundos opostos. Que nada! Foram feitos um para o outro!
Só mesmo cantando com Billy Blanco: 

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Trabalhar com, para ou mesmo contra o PT tem alto risco profissional... A partir da sua aproximação com o partido começam a surgir eufemismos que desviam o foco e relevam a intenção primária..O caso de Sinara Polycarpo Figueiredo, o Santander e o PT é revelador. No final todos perdem !


BRASIL

Justiça manda Santander indenizar funcionária demitida por texto com críticas à reeleição de Dilma

Valor da indenização é de R$ 450 mil e banco pode recorrer da decisão
Sinara Polycarpo Figueiredo  (Foto: Divulgação)Sinara Polycarpo Figueiredo (Foto: Divulgação)
O Globo
A juíza Lúcia Toledo Silva Pinto, da 78ª Vara do trabalho de São Paulo, determinou que o banco Santander pague R$ 450 mil de indenização à analista Sinara Polycarpo Figueiredo, demitida no ano passado da Superintendência de Consultoria de Investimentos Select por causa de uma carta enviada a clientes de alta renda advertindo para o possível agravamento da crise econômica caso a presidente Dilma Rousseff fosse reeleita. A decisão é de primeira instância e cabe recurso.
Na ação, Sinara negou que ela tinha sido a autora do texto, afirmando que a análise foi elaborada por uma de suas funcionárias. A ex-funcionária do Santander argumentou no processo que sua dispensa ocorreu por ato de “discriminação política”, prejudicando sua imagem pessoal e profissional e taxando-a de "agitadora política". Segundo ela diz na ação, o banco foi "subserviente às forças políticas e se manifestou publicamente sobre o episódio pedindo desculpas pela publicação do texto".
O Santander negou na ação que a demissão de Sinara Polycarpo tenha tido cunho político e afirmou que a demissão ocorreu porque a ex-funcionária violou norma de conduta do banco ao não ter revisado um texto de análise financeira elaborado por uma de suas subordinadas, evitando assim "publicações com conotações político partidárias".
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sexta-feira, 11 de setembro de 2015

O Futuro perdeu a nota de commoditie no Brasil... / No blog do Murilo / Márcio Garcia


sexta-feira, setembro 11, 2015

"Brasilien Land der Zukunft"

De volta ao eterno país do futuro -

 MÁRCIO GARCIA

VALOR ECONÔMICO - 11/09

Pela reação do governo após o rebaixamento do Brasil para grau especulativo, a crise deve se aprofundar


Não foi surpresa, ainda que tenha vindo antes do que se esperava. Aqueles que vinham alertando para os crescentes erros de política econômica dos governos do PT, desde a substituição de Palocci por Mantega, em 2006, podem experimentar o consolo de ter alertado para o desastre iminente. Mas isso, é claro, é o regozijo do desesperado passageiro que tivesse avisado que o Titanic estava em rota de colisão com o iceberg.

O importante, agora, é o que fazer para que o país supere a crise e volte a crescer. Infelizmente, as perspectivas continuam muito sombrias. As entrevistas das principais autoridades após o rebaixamento pela S&P mostram uma cacofonia preocupante.

O ministro da Fazenda, no Jornal da Globo, enfatizou reiteradamente a necessidade imperiosa de fazer escolhas que forcem os gastos públicos a caberem no PIB. Referiu-se, especificamente, à necessidade de passar da discussão infindável à ação imediata, com o Executivo apontando exatamente onde cortar os gastos públicos. Soou como um apelo de um médico que não consegue implementar o tratamento que julga fundamental para salvar o paciente.

O ministro do Planejamento, um dos mentores da malfadada Nova Matriz Econômica foi, por ironia do destino, porta-voz da reação oficial ao rebaixamento pela S&P. Tentou, naturalmente, minimizar o estrago. Recentemente, vem afirmando que o ajuste fiscal só pode ser feito com o país crescendo. Tal afirmativa é, na melhor das hipóteses, uma tautologia. A estagflação que ora vivemos é, em grande medida, fruto da enorme incerteza gerada pela política econômica equivocada e errática. Sem a percepção de que há um norte e que o governo vai persistir em obter o equilíbrio fiscal a despeito das conhecidas dificuldades, o investimento não vai se recuperar, o país não voltará a crescer, e a situação fiscal se agravará. O ministro do Planejamento prestaria grande serviço ao país se trocasse seu discurso dúbio por ações claras em prol do ajuste fiscal, sua responsabilidade primeira.

Já a presidente, em extensa entrevista ao Valor, perdeu mais uma grande oportunidade de mostrar que seu governo já não está sem rumo. Continua sem reconhecer minimamente os erros de seus governos. Elogia as políticas de desonerações casuísticas, sem redução correspondente dos gastos. Exalta o despejo de centenas de bilhões do Tesouro no BNDES, sem que a taxa de investimento tenha subido. Rotula tais medidas de contracíclicas, sem mencionar que tiveram seu auge justamente em 2010, quando a economia estava no vermelho, crescendo a 7,6%. Atribui o desastre atual à crise externa, cuja extensão e profundidade teria sido mal avaliada pelo governo, e à consequente queda nos preços de commodities. Afirma ter feito corte de gastos e reclama da rigidez orçamentária, como se fosse novidade. Evita os temas espinhosos, como o efeito do aumento real do salário mínimo sobre a previdência, como se fosse possível empurrá-los mais um pouco com a barriga. Definitivamente, não parece ter se dado conta da gravidade da crise econômica atual.

Sem descer aos detalhes que seu ministro da Fazenda diz serem fundamentais para amarrar o compromisso do governo com o ajuste fiscal, afirma genericamente que obterá um superávit primário de 0,7% do PIB em 2016. Espero estar errado, e que, de fato, os projetos com os cortes de despesas obrigatórias sejam enviados ao Congresso Nacional e que o governo invista seu depauperado capital político em aprová-los. Seria uma excelente surpresa.

Infelizmente, contudo, o cenário mais provável é mais do mesmo, com o governo titubeando entre opções mutuamente exclusivas, aumentando a incerteza e prolongando a recessão. Neste cenário, um dos riscos relevantes, a médio prazo, é a ameaça de acabarmos por voltar a recorrer ao financiamento inflacionário do déficit público, a terrível dominância fiscal que nos levou à hiperinflação.

Stefan Zweig ficaria certamente decepcionado em ver o Brasil, novamente, queimando mais uma possibilidade de deixar de ser um eterno país do futuro.


*Márcio Garcia, Ph.D. por Stanford, professor do Departamento de Economia da PUC-Rio

Vá até seu espelho, converse com ele e siga as instruções que receber dele... Simples assim !


http://www.stumbleupon.com/su/6azcAj/:FiE7o+20:fp30QK3N/brightside.me/article/a-simple-test-to-help-you-understand-yourself-2255

A simple test to help you understand yourself

The following questions can provide an interesting look inside your subconscious mind. Don’t think about your answers for too long; just write down the first thing that comes into your head.
  1. Imagine you are walking through a forest with someone. Who might this be?
  2. You are walking through the forest and see an animal not very far away. What is it?
  3. What happens when your eyes meet those of the animal?
  4. You continue to walk through the woods. You come out into a meadow, where you see the house of your dreams. Describe its size.
  5. Does your house have a fence around it?
  6. You go into the house. You go into the dining room to look at the dinner table. Describe what you see on the table and in the room around it.
  7. You leave the house through the back door, and see a cup lying on the grass. What material is the cup made of?
  8. What do you do when you see it?
  9. You go to the end of the garden. You see a body of water. What kind of body of water is it?
  10. How will you get over the water in order to go further on your journey?
Your answers give an indication of your values and ideals. This is how to analyse them:
  1. The person you’re walking with is the most important person in your life.
  2. The size of the animal you imagined indicates the size of your problems in your subconscious. The bigger the animal, the more serious your problems are.
  3. The way you reacted to the animal indicates what your most accustomed method of resolving problems is (aggressive, passive, or you avoid dealing with them altogether).
  4. The size of the house which you saw reveals the size of your ambitions. If it was very big, perhaps your expectations for life are too high.
  5. If the house didn’t have a fence, then you are an open person who feels free on the inside. If it did have one, that means you value your personal space and expect that others do as well. You never intrude into another person’s personal space without permission.
  6. If you didn’t see any food, flowers or people in the dining room, the chances are that you’re deeply unhappy.
  7. The strength and durability of the material which the cup was made out of indicates how strong and durable you interpret relations in your family to be. Was it a disposable plastic cup, or one made of glass? If it was, this suggests you fear for your family’s future. If it was made of metal or china, this suggests that you have nothing to worry about in this regard.
  8. Your action here is characteristic of your relationship with the person in question 1.
  9. The size of the body of water is an indication of the size of your sexual appetite.
  10. The ’wetter’ the method you chose to get over the body of water, the more significance sex has in your life.

Remember: You can take this test multiple times over the course of several days. You may find you come up with different answers to the questions on different occassions. The main idea behind the test is that the answers reflect your psychological and emotional condition at a given moment, rather than reveal the fundamental psychological base of your personality.