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segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Com 4 brasileiros no palco da Bola de Ouro da Fifa Wendel Lira ganha o prêmio Puskas pelo gol mais bonito de 2015

11/01/2016 17h35 - Atualizado em 11/01/2016 18h02

Ao lado de Wendell Lira, Neymar faz elogios e dá nome a gol: "Karatê Kid"

Após terminar em terceiro lugar na disputa pela Bola de Ouro, atacante do Barcelona encontra brasileiro que levou o Prêmio Puskas 2015 com golaço pelo Goianésia-GO

Por Zurique, Suíça

Um encontro de premiados em Zurique, na Suíça. De um lado, o vencedor do Prêmio Puskas de 2011 e o terceiro melhor jogador do mundo do ano passado, NeymarDo outro, o atual dono do Puskas, Wendell Lira, que bateu ninguém menos que Lionel Messi nesta segunda-feira e levou para casa o troféu, após marcar um golaço no Campeonato Goiano de 2015. Ao lado do vencedor na saída da festa de gala, Neymar elogiou o compatriota e desejou mais sucesso daqui para frente (assista ao vídeo).
- Estava olhando ali de trás do palco e é uma emoção muito grande vencer um prêmio, e eu passei pelo que ele está passando. Claro que a história dele é muito mais difícil do que foi a minha. Mas ele mereceu, foi um grande gol (...). Parabéns, Deus não dá um prêmio desse tamanho à toa, que você continue com muito sucesso, muita coisa boa na sua vida, que seja daí para melhor (...). Falei que era meio "karatê kid" (o estilo do gol). Não sei de onde ele tirou a manobra, mas foi golaço. Merecido - disse Neymar.
Wendell Lira Neymar (Foto: Reprodução / SporTV)Neymar parabeniza Wendell Lira pelo Puskas de 2015 (Foto: Reprodução / SporTV)
De acordo com a Fifa, a votação popular do Puskas contou a participação de 1,6 milhão de fãs. O brasileiro recebeu 46,7% dos votos, seguido de Messi (33,3%) e Alessandro Florenzi (7,1%), este último jogador do Roma.
Com o Puskas nas mãos, Wendell, hoje jogador do Vila Nova-GO, agradeceu as palavras do jogador do Barcelona e projetou que Neymar estará na festa em muitos outros anos, desta vez para levar para casa a Bola de Ouro.
- Ouvindo as palavras do Neymar, um cara fantástico, humilde, com certeza um vencedor, ganhou tudo, e com certeza esse é só o primeiro ano que ele vem. A partir do ano que vem, ele vai vir mas para ganhar o (prêmio de) melhor do mundo.
O lance do jogador - que na época defendia o Goianésia - contra o Atlético-GO ocorreu na nona rodada da primeira fase do Campeonato Goiano, no dia 11 de março. Ele tabelou com Da Matta, que deu uma assistência por cobertura, deixando os zagueiros vendidos. Em velocidade, o atacante estava ultrapassando a linha da bola, mas se virou com uma meia-bicicleta e marcou um golaço.
Wendell Lira Premio Puskas (Foto: AFP)Wendell Lira se emocionou com a vitória no Prêmio Puskas, com golaço pelo Goianésia-GO (Foto: AFP)

França faz tributo silencioso às vítimas de terrorismo em 2015 / G1

10/01/2016 12h05 - Atualizado em 10/01/2016 12h11

França faz tributo silencioso às vítimas de terrorismo em 2015 

Cerimônia foi silenciosa, com poucos participantes neste domingo (10).
Placa foi descerrada sob um carvalho recém-plantado como um memorial.

Da Reuters
Cerimônia na Praça da República em homenagem às vítimas dos atentados no ano passado em Paris, no domingo (10) (Foto: Charles Platiau/Reuters)Cerimônia na Praça da República em homenagem às vítimas dos atentados no ano passado em Paris, no domingo (10) (Foto: Charles Platiau/Reuters)
A França fez uma homenagem às vítimas dos ataques de militantes islâmicos no ano passado, em uma cerimônia silenciosa com poucos participantes neste domingo (10), quase um ano após 1 milhão de pessoas marcharem em Paris para protestar contra os assassinatos no jornal Charlie Hebdo.
O presidente François Hollande e a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, depositaram uma coroa na estátua de Marianne, figura que é símbolo da República Francesa, no centro de Paris.
A estátua se tornou um santuário para as 17 vítimas dos atentados de janeiro de 2015, no Charlie Hebdo e em uma delicatessen judaica, e para as 130 pessoas mortas a tiros por militantes em 13 de novembro, em um concerto e em bares e restaurantes de Paris.
"Para as vítimas dos ataques terroristas em janeiro e em novembro. Neste local, o povo da França presta suas homenagens", dizia uma placa de metal descerrada por Hollande e Hidalgo debaixo de um carvalho recém-plantado como um memorial na Praça da República, no leste de Paris.
Hollande e Hidalgo não falaram na cerimônia, mas o veterano astro de rock francês Johnny Hallyday, acompanhado apenas de um violão, cantou uma canção sobre a marcha em 11 de janeiro do ano passado, que reuniu a maior multidão em Paris desde a libertação da cidade da Alemanha nazista, em 1944.
O coral do exército francês cantou "Les Prenoms de Paris" ("Os Primeiros Nomes de Paris"), do falecido intérprete belga Jacques Brel, e "Le temps des cerises", uma canção associada com o movimento socialista da Paris de 1871, enquanto dois atores leram um discurso  escrito no século 19 por Victor Hugo.
A enorme praça no leste de Paris, ponto central da marcha de janeiro de 2015, que teve a participação de dezenas de líderes mundiais de braços dados, estava relativamente vazia durante a cerimônia.
Hidalgo convidou os parisienses a levar velas à praça a partir das 17h, horário de Paris (16h GMT) e disse que a estátua Marianne - coberta com flores, velas e fotos das vítimas - será permanentemente iluminada a partir de agora. "Paris está ferida, mas ainda estamos de pé", disse à televisão francesa após a cerimônia.
Visita a mesquita
Hollande fez neste domingo uma visita inesperada à grande mesquita de Paris, um ano e poucos dias depois dos atentados jihadistas que deixaram 17 mortos na capital francesa.
O chefe de Estado visitou o templo muçulmano depois de comparecer à cerimônia na Praça da República.
"O presidente teve um momento de intercâmbio, convivência e fraternidade em volta de um chá", disse uma fonte do presidência à agência France Presse.
Neste fim de semana, várias mesquitas da França abriram as portas por ocasião do primeiro aniversário dos ataques à revista Charlie Hebdo e a um supermercado judaico para um "chá da fraternidade".
Hollande, acompanhado pelo ministro do Interior Bernard Cazeneuve, foi recebido pelo reitor da mesquita, Dalil Boubakeur, e pelo presidente do Conselho Francês de Culto Muçulmano (CFCM), Anouar Kbibech.
Presidente francês, Francois Hollande, descerra placa na Praça da República, em Paris, em homenagem às vítimas do atentado à sede do jornal Charlie Hebdo (Foto: Philippe Wojazer/Reuters)Presidente francês, Francois Hollande, descerra placa na Praça da República, em Paris, em homenagem às vítimas do atentado à sede do jornal Charlie Hebdo (Foto: Philippe Wojazer/Reuters)

Chico Caruso no blog de Ricardo Noblat

HUMOR

A charge de Chico Caruso



Charge (Foto: Chico Caruso)

domingo, 10 de janeiro de 2016

O Brasil tem o tamanho de suas instituições e de sua sociedade... / Sacha Calmon



domingo, janeiro 10, 2016

A sociedade e as instituições - 

SACHA CALMON 

CORREIO BRAZILIENSE - 10/01
Em meio a nossa pior crise, acostumou-se o país a dizer - e vai nisso uma ingenuidade - que as instituições estão funcionando. Estão de fato funcionando, porém muito mal, na medida em que não resolvem a crise e se digladiam os Poderes da República.

Na cúpula do poder central, os poderes políticos (Executivo e Legislativo) estão abaixo da crítica e os Tribunais Superiores, que por sua natureza são passivos (só agem quando provocados, como em qualquer lugar do mundo civilizado), começam a gerar desconfianças pelo ativismo político. O perigo é serem partidarizados, pois seus membros são indicados pelo presidente da República e aprovados pelo Senado, de acordo com o modelo de organização dos Poderes dos Estados Unidos da América. Seria adequado rever esse ponto.

O Brasil ostenta três peculiaridades no continente sul-americano. (a) Fomos o único a ter um século monárquico num país agrário, avesso à industrialização (século 19). (b) A República se fez olhando o Tio Sam, embora o nosso direito descendesse do Direito Continental europeu, o direito romano-germânico, diverso do Cannon-Law Inglês e, de algum modo, do direito norte-americano, apegado ao inglês. Mas o modelo republicano e federativo que adotamos não foi o europeu, sempre parlamentarista ou semiparlamentar (França e Portugal).

Copiamos os EUA na organização política da nação, mas não praticamos o presidencialismo americano. Muito pelo contrário. Nem o nosso Congresso é como o americano. Nem o nosso Supremo tem o recato firme da Suprema Corte de lá, nem a Federação confere aos estados membros a autonomia que gozam na América. Aqui, às vezes, o Judiciário se politiza e serve ao Poder Executivo, ao seu chefe, por livre e espontânea vontade, apesar de vitalícios e irredutíveis os vencimentos dos ministros. (c) Por último, sem guerras e sem conquistas, em parte pelo gênio português, nos tornamos metade da América do Sul, com grande população, falante do mesmo idioma, ao passo que a América espanhola fragmentou-se desde o México em mais de dúzia e meia de nações, considerando-se a América Central e o Caribe, enquanto os EUA, em princípio 13 colônias pequenas e diversas, rentes ao Atlântico, expandiram-se a ferro e fogo, tomando terras dos índios, espanhóis, mexicanos e franceses, (além de comprar territórios) transbordando para além do Canadá (Alasca) e da costa oeste (Havaí).

E, apesar dos pesares, se não tivemos os azares da América espanhola nem a sorte da América inglesa, sendo o último país do continente a libertar os escravos e a iniciar a industrialização, já no século 20, nos tornamos a 7ª economia do mundo entre mais de 190 nações independentes: EUA, China, Japão, Alemanha, França, Reino Unido e Brasil. Essa é a lista das sete primeiras. Falta-nos infraestrutura, educação, senso de organização e razão política, sobram miséria e desigualdade. Até certo ponto, o Brasil é um ambíguo sucesso, difícil de explicar.
Seremos em 2015/16 o país do fracasso, com perda de 6% do PIB, o que não é pouco, outra coisa difícil de explicar. Dizer que a crise é arrastada e progressiva desde 2014, mas (que orgulho besta) estão funcionando as instituições é uma irrisão. Como funcionam bem se não resolvem a crise? O mínimo a dizer é que não funcionam, caso contrário já teríamos soluções. Há descolamento entre a sociedade e as instituições. A uma, porque não funcionam. A duas, porque as pessoas encarregadas de fazê-las funcionar não prestam.

É trágica a situação em que nos encontramos. Mesmo não sendo parlamentarista o regime, a solução reside em desfazer os poderes Executivo e Legislativo reformar o Estado e a Federação, convocando uma constituinte exclusiva e novas eleições. O impedimento está nas mãos do Tribunal Superior Eleitoral e nas togas do Supremo Tribunal Federal, sem ferir a Constituição. O Brasil precisa urgentemente inaugurar a quinta República, refundar partidos capazes de criar correntes de opinião.

O que temos são partidos divorciados das correntes de pensamento e incapazes de gerá-las, ao contrário do que ocorre no mundo mais desenvolvido, quer falemos de Europa, quer falemos de Ásia. A América do Norte é o que vemos todos os dias. O Partido Republicano, radical e belicoso, e o Partido Democrata, mais ameno. Os EUA são um mundo peculiar, ao mesmo tempo puritano e pervertido, universalista e avesso aos migrantes, contrariando seu passado. O presidencialismo que deles herdamos só deu relativamente certo lá, jamais no restante da América Latina (ou latrina?)

Deveríamos ter seguido a Europa parlamentarista. Mas a história é que determina os fatos. Somos essa geleia geral, para desconforto de todos nós, quando pensamos em nossos filhos e netos. Alea jacta est. Temos que atravessar, como César fez, o nosso rubicão. E que seja logo. Que a sorte nos sorria e possamos ver, antes de morrer, um país em crescimento econômico com justiça social.

Pequena história do Brasil contada por uma caderneta... / Senhor Custódio e Roberto Pompeu de Toledo

10/01/2016
 às 0:15 \ Opinião

‘Alerta de Ano-Novo’, um texto de Roberto Pompeu de Toledo

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Foto de O Tempo (ilustração)
Publicado na versão impressa de VEJA 
O senhor Custódio está preocupado. Ele é um veterano de inflações. Quando jovem, viveu os 81,99% de 1963 e os 86,46% de 1964. Já maduro, tendo de arcar com as próprias contas, lembra dos 220,6% de 1984 e dos 235,13% de 1985. E os primeiros anos 1990 então? Lá foi o índice para taxas astronômicas. Em 1990 foi de 1 475,71%; em 1992, de 1 158%; em 1993, de 2 780,6%. Em corrida desenfreada, o Brasil passou, nessas três décadas, das dezenas para as centenas, e das centenas para os milhares. O sr. Custódio está preocupado com a inflação de dois dígitos e as notícias de suspeitas reorientações da política econômica do governo e, como teme que muitos brasileiros, especialmente os 40% nascidos depois de 1990, não tenham ideia do que é viver com altas taxas, franqueou ao colunista seus registros de despesas dos anos 1993-1994, vésperas do Plano Real.
Custódio é uma pessoa prudente e metódica. Anota e guarda tudo direitinho. É assim que ficamos sabendo que o aluguel do apartamento em que morava, em janeiro de 1993, era de 2 350 000 cruzeiros (sim, milhões ─ era nessa esfera que se trabalhava); em fevereiro já passara para 3 127 530 e, em julho, atingira 14 540 000. Foi da casa dos 2 milhões para a casa dos 14 milhões em sete meses! A conta de luz, que em janeiro era de 367 760 cruzeiros, em julho chegara a 1 953 422.
A preciosa caderneta do sr. Custódio tem registros ainda mais singelos do que era a vida contabilizada em milhões. Em junho de 1993, a compra de mês num supermercado custou-lhe 3,4 milhões de cruzeiros. Nesse mesmo mês, acometido pela suspeita de doença grave, pagou 3,8 milhões por uma consulta com um especialista. Não se pense que eram cobranças fora da realidade. Os 3,4 milhões da compra do mês equivalem a 440 reais de hoje, e a consulta de 3,8 milhões, a 490 reais ─ preço de um especialista renomado, então como agora. O que era fora da realidade de uma sociedade organizada, e tão fora que atingia níveis surreais, era, primeiro, ter de trabalhar com tantos algarismos, e, segundo e mais importante, algarismos que não paravam quietos, tomados pela loucura de subir. Em março-abril, o sr. Custódio fez um tratamento dentário. O esperto dentista não quis perder tempo fazendo cálculos de milhões. Tomou logo como referência a moeda americana e cobrou 400 dólares pelo serviço, a ser quitados em duas vezes.
Em agosto de 1993 houve uma mudança de moeda. Saiu de cena o cruzeiro e, em seu lugar, entrou o “cruzeiro real”. Já se articulava o Plano Real, daí o nome da nova moeda, mas a medida, ao cortar três zeros da moeda anterior, tinha por único objetivo facilitar os cálculos. A inflação continuaria em sua marcha indômita. O sr. Custódio, nesse período, tinha o azar de ter um filho cursando uma cara faculdade, que pagava às vezes recorrendo a empréstimos de parentes. A mensalidade foi de 12 700,98 cruzeiros reais, em agosto, para 46 470, em dezembro. No ano seguinte a marcha continuou, e a mesma mensalidade, em junho de 1994, o último mês antes do início da era do real, atingira 389 179.
Ao rever suas anotações, o sr. Custó­dio é tomado de alucinações como pensar que até o fim da década, do jeito que vão as coisas, retomaremos o velho truque de cortar os zeros da moeda ─ e o real (R$), já impossível de caber no normal das calculadoras, será substituído pelo novo real (NR$). São só alucinações, claro. Custódio, além de prudente e metódico, é assustadiço como costumam ser as pessoas prudentes e metódicas. Em todo caso, consultando seus alfarrábios, ele verifica como foi fácil, poucas décadas atrás, escalar dos 19,47% de inflação em 1970 aos 79,42% em 1979, e daí aos 235,13% em 1985. Com a inflação, vão-se os ministros da Fazenda. O governo Sarney teve quatro. Itamar Franco, em sete meses, testou e descartou três, antes de nomear Fernando Henrique Cardoso. Dilma Rousseff, em onze meses do segundo mandato, já partiu para o segundo.
O sr. Custódio é assaltado pela sensação de um conhecido filme que recomeça. Ele gostaria que a excelentíssima senhora presidente da República e o excelentíssimo senhor Nelson Barbosa, o novo ministro da Fazenda (o sr. Custó­dio, além de prudente, metódico e assustadiço, é formal como costumam ser as pessoas prudentes, metódicas e assustadiças), dedicassem um minuto de seu precioso tempo para considerar os dados de sua caderneta. O desânimo o impede de sair por aí desejando às pessoas um feliz ano-novo. Prefere distribuir alertas de ano-novo. O colunista pensa que ele talvez tenha razão.

"...o PT se lambuzou" , frase de Jacques Wagner em momento de sinceridade..


Lambuzados e otários Sandro Vaia 

Mulheres e chocolate.Não é estranho que alguns dias depois de ter dito que “o PT se lambuzou” o ministro Jacques Wagner apareça lambuzado em novas investigações da Operação Lava Jato?
Na verdade, nada parece estranho no modo petista de habitar ambientes subterrâneos de poder, e de construir ligações perigosas com todos os tipos imagináveis de heterodoxia no                                                                                     trato com a coisa pública.
A fala de Wagner, que segundo a versão luvas de pelica com que a imprensa trata as relações de poder, causou “mal estar” entre governo e PT, pretendia, no fundo, ser uma autocrítica higienizada do partido, mas como o que fica no imaginário popular são as palavras mais fortes, o ministro chefe da Casa Civil acabou puxando uma descarga mais barulhenta do que ele imaginava.
E explicação que Jacques Wagner desenvolveu para explicar o “lambuzado" é de uma inocência angelical. Na verdade, ele atravessou o samba e saiu do ritmo:
“O PT errou ao não ter feito a reforma política no primeiro ano do governo de Lula. Aí não mudou os métodos do exercício da política. Ficou usando as ferramentas que já eram usadas, do financiamento privado (para campanhas eleitorais). O resultado é que o PT, que não foi treinado para isso, (encarnou o ditado) “quem nunca comeu melado, quando come, se lambuza”.
Subestimar a inteligência alheia e tratar as pessoas como se elas tivessem dificuldades de discernimento é um dos maiores pecados da histórica soberba do PT. Somos otários, Jacques Wagner? Não, não somos.
O PT montou esquemas de assalto aos cofres da Petrobras (com a parceria dedicada do PMDB e do PP) por falta de reforma política? O mensalão e o petrolão existiram porque “o PT não foi treinado para isso”? (Imaginem a catástrofe que seria se o partido fosse treinado para isso…). A quem Jacques Wagner acha que está enganando?
Para azar do ministro-chefe da Casa Civil, o que ficou de sua narrativa fantasiosa foi só o high-light da manchete: o PT se lambuzou. O resto da digressão se perdeu na poeira das palavras ao vento.
Tarso Genro (Foto: Ailton de Freitas / Agência O Globo)Por isso ele foi repreendido por um petista mais cosmopolita, mais escolado do que o baiano em questões de uso cauteloso da linguagem. Tarso Genro, que passa por reformista e eterno candidato a “refundador” do partido, já escolado na tergiversação desde o asilo concedido ao terrorista e assassino italiano César Battisti, condenado em seu país por participação em quatro homicídios, puxou-lhe as orelhas:
“A declaração de Wagner foi profundamente infeliz e desrespeitosa, porque generaliza e não contextualiza. Ele faz coro com o antipetismo raivoso que anda em moda na direita e na extrema direita no País. Com a responsabilidade que ele tem, deveria ser menos metafórico e mais politizado em suas declarações".
A terceirização da culpa é outra das características do DNA petista. Atrás de qualquer fracasso, há sempre um culpado em quem descarregar a ira. E esse culpado nunca está entre eles.
Será difícil ao tergiversador Tarso Genro encontrar qualquer traço de direitismo, extremo ou não, nas palavras do professor Eugenio Bucci, petista histórico do tempo em que acreditava estar nadando em águas limpas. Ele escreveu no final de seu artigo desta semana, no Estadão:
“Por que a corrupção, que antes seria uma intercorrência, ganhou o estatuto de método? Como a corrupção submeteu o partido aos ditames do capital selvagem? Se querem mesmo falar de política, é disso que o PT e a presidente precisam falar. Mas eles não podem. Têm medo do inferno. E ardem”.
Tarso Genro pediria menos metáfora e mais politização?
Tarso Genro (Foto: Ailton de Freitas / Agência O Globo)

Frase do dia no blog de Ricardo Noblat... De uma senhora muçulmana em declaração à imprensa...


Meu motivo para ir lá - no comício de Donald Trump - é que tenho uma crença sincera de que, se as pessoas se conhecerem no um-a-um, pararão de ficar com medo da outra, e assim poderemos literalmente acabar com todo esse ódio no mundo
DE UMA MULHER MUÇULMANA QUE FOI EXPULSA DE UM COMÍCIO DA CAMPANHA DO 

PRÉ-CANDIDATO REPUBLICANO A PRESIDENCIA DONALD TRUMP