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quinta-feira, 9 de junho de 2016

Vamos lá "de volta ao passado" ... Mary Zaidan

De volta ao passado

Retrovisor (Foto: Arquivo Google)
Satanizar o capital privado, o mal em si, e santificar a economia de Estado, que reúne os puros e bem-aventurados. Não importa se isso remete o país ao século passado ou ao anterior. Na cabeça dos profetas do atraso vale tudo para espicaçar o governo do interino Michel Temer e seus apoiadores. Esse é o intuito da campanha “Se é público é de todos”, a ser lançada amanhã, no Rio, tendo o ex-presidente Lula como convidado de honra.
A iniciativa nada tem de nova. Foi usada a mancheias na campanha presidencial em que Lula constrangeu o tucano Geraldo Alckmin antes de derrotá-lo. Na época, Alckmin reagiu à acusação de que seria privatista posicionando-se contra o legado de FHC e vestindo jalecos com selos da Petrobras, Caixa, etc.. Um vexame.
Agora, a reedição da pendenga é questão de sobrevivência para Lula e o PT, hoje sem qualquer bandeira crível para convencer os eleitores, seja para o pleito municipal deste ano, seja para 2018.
A ideia é usar a velha roupa dos idos de 2006 – que ainda faz sucesso no público cativo -- para se desgarrar da presidente afastada Dilma Rousseff, acrescentando algo na cantilena do “golpe”, que já perdeu força, embora Dilma, sem alternativa, continue a repeti-la.
É fato que antes de voltar ao estatismo o PT tentou outras artimanhas. Imaginou colar em Temer a ideia de que ele acabaria com os programas sociais, algo que ele, nem que tentasse, conseguiria estragar mais do que o governo Dilma estragou. Em seguida, diante das gravações envolvendo Romero Jucá e Fabiano Silveira, Renan Calheiros e José Sarney, achou que poderia inverter tudo e atribuir ao grupo de Temer a tentativa de melar a Lava-Jato. E fez isso de cara lavada, como se ministros de Dilma, ela própria e o ex Lula não tivessem sido flagrados em escutas ainda mais comprometedoras.
Nenhuma das táticas conseguiu entusiasmar o público. No máximo, colocou palavras de ordem na boca da torcida. 
As chances de sucesso do neoestatismo também são limitadíssimas. Ao contrário. Deixará os pagantes da farra pública ainda mais irritados e só terá sucesso entre nomeados e abençoados e alguns grupamentos de funcionários públicos.
Para a maior parte das pessoas, o Estado é uma lástima. Está onde não devia, enche as burras de privilegiados e não se faz presente onde é imprescindível. Não está no posto de saúde, no hospital, nas escolas, na segurança, mas se impõe em negócios milionários travestidos em obras que nunca terminam ou, quando terminam, são de segunda linha. Brilha em empresas públicas sem qualquer serventia. Sustenta a corrupção.
Em oito anos de governo, Lula criou seis estatais e recriou uma, a Telebras, que cuidaria de fornecer soluções de inclusão digital, a tal banda larga para todos, que ficou na promessa. Inventou o inexistente Banco Popular do Brasil e a Ceitec, uma fábrica de semicondutores, tão moderna que, em seu site, registra online o balanço de 2013 – o de 2014 está na versão papel e tem de ser retirado pelo interessado na sede da empresa --, além da controvertida Empresa Brasil de Comunicação (EBC), hospedeira da TV Brasil, vulgo TV Lula.
Com 2.600 funcionários, a EBC já consumiu R$ 3,6 bilhões. Embora tenha independência no papel, a empresa se tornou abrigo de comunicadores alinhados. Sem audiência – em seu site confessa que em 2015 o Ibope aferiu visibilidade de 32 milhões em seis capitais, ou seja, 87.671 espectadores ao dia –, a empresa tem força no ambiente palaciano e é alvo de um cabo de guerra entre Dilma e Temer. E seja lá quem vença a batalha, o contribuinte continuará a custeá-la sem ter sido consultado se desejava ver o seu imposto investido em uma TV estatal, dita pública.
Mais estatizante ainda, Dilma criou quatro empresas em apenas 23 meses. Entre elas a fabulosa Empresa Brasileira de Planejamento e Logística, nome remodelado da Empresa de Transporte Ferroviário de Alta Velocidade (eTAV), concebida para tocar as obras do imaginário trem-bala.
Até os que insistem na cegueira sabem da falência do Estado provedor. E que as nações modernas buscam criar salvaguardas para a voracidade do capital. Ninguém precisa reinventar o equilíbrio. Mas os tempos estão tão bicudos que não há espaço para a lógica.
Pior: os mesmos que pregam que “o público é de todos” negociam entre quatro paredes com o privado e querem mesmo é que o público continue sendo de alguns.

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Humor de Antonio Lucena...


HUMOR

Arte de Antonio Lucena


Charge (Foto: Arquivo Google)

quarta-feira, 8 de junho de 2016

"O que acontece no setor “cultural” é um nadinha, merreca, comparado com o que acontece no “educacional”." / Percival Puggina

O MAIOR DE TODOS OS ASSALTOS, O ASSALTO À INTELIGÊNCIA

por Percival Puggina. Artigo publicado em 


É um dos confrontos mais decisivos da história do Brasil. E terrivelmente desigual. De um lado, atuam grupos sociais espontaneamente organizados, dependentes apenas do idealismo e do civismo de seus membros. Mobilizam-se contra o uso político, ideológico e partidário do sistema de ensino. De seu sucesso depende a possibilidade de que o Brasil, num horizonte de médio prazo, possa contar com a ação livre, criativa e produtiva de sua juventude para embarcar num padrão de desenvolvimento compatível com os países que já colhem os resultados de sua opção pela Educação.


No outro lado desse confronto estão os que, ao longo de sete décadas, numa continuada ação de pirataria intelectual, se foram apropriando dos instrumentos essenciais do ensino em nosso país. Nada concederam ao acaso. Escalaram a nave educacional pela popa e pela proa, ocuparam o convés, assumiram o leme, ergueram-se pelo cordame e hastearam uma bandeira vermelha no topo do mastro maior, para que todos saibam a que e a quem serve o imenso e malbaratado investimento nacional em Educação. É uma estrutura tão danosa quanto poderosa. Ela se vale do uso abusivo da sala de aula por professores que aparentemente aprenderam com os índios jivaros a técnica de encolher cabeças; da militância dos sindicatos profissionais dos docentes; da apropriação política do Ministério da Educação, de suas verbas e programas; do controle dos conteúdos dos livros didáticos; das provas e concursos públicos, do ENEM, e por aí vai. O que acontece no setor “cultural” é um nadinha, merreca, comparado com o que acontece no “educacional”.


Mas não só isso. Se você pensa que os controladores dessa agenda nos últimos 13 anos só roubaram o nosso dinheiro, o patrimônio público, a credibilidade do país, saiba que o magno malefício da corrupção é pequeno se comparado com o assalto ao sistema de ensino, que já abocanhou as potencialidades e o futuro de mais de uma geração de brasileiros, formatados para serem massa de manobra do movimento revolucionário em curso. De milhões de brasileiros, tomaram o intelecto e a honestidade! Como calcular o valor desse dano? Mentiram-lhes tanto que já não se importam com a diferença entre verdade e mentira. Trata-se de uma atividade que se conta em décadas e que, na prática, viabilizou a chegada ao poder, em 2003, do grupo que governou o Brasil nos últimos 13 anos. A tragédia social, política e econômica que se produziu no país compõe o inevitável refrão do fracasso que se sucede a cada cantoria de quem governa sob tais ideias e sob lideranças assim em qualquer parte do planeta. Nunca fizeram algo melhor do que isso.


O que mais bem expressa esse confronto entre o Brasil que está concebido pelo sistema de ensino que temos e aquele pelo qual todo brasileiro anseia, é a atividade do movimento Escola Sem Partido. Há muitos anos, sob a liderança de Miguel Nagib, esse grupo vem denunciando a pirataria apátrida das bandeiras vermelhas, símbolos de uma revolução que nenhuma pessoa sensata poderia desejar. E se é algo que nenhum pai ou mãe há de querer para seus filhos, cabe, então, a pergunta: como conseguem, os piratas da Educação, mobilizar pessoas para algo que, em todas as suas experiências, só gerou miséria e opressão? Resposta simples: acabando com a sensatez. E é impossível acabar com a sensatez sem controlar os meios de ensino.


A UNE, União Nacional de Estudantes, há mais de meio século é comandada por jovens comunistas, estudantes profissionais, a serviço de uma agenda apátrida, de pirataria política, que nada tem a ver com o bem do Brasil. Em nome de qual interesse público a rapaziada da UNE recebe milhões de reais por ano do nosso dinheiro para queimarem em festas, bebidas e viagens e, claro, atenderem com docilidade aos estalos de dedo dos que lhes suprimiram mente e caráter?


________________________________
* Percival Puggina (71), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A tomada do Brasil. integrante do grupo Pensar+.

"Os discursos da presidente afastada explicam por que o Brasil virou piada internacional" / Arnaldo Jabor


Arnaldo Jabor: Se a Dilma voltar

Os discursos da presidente afastada explicam por que o Brasil virou

 piada internacional 

Por: Augusto Nunes  

Publicado no Globo
O Brasil virou uma piada internacional. Outro dia, vi um programa na CNN sobre nós. Tive vontade de chorar. Segundo a imprensa estrangeira, nós somos incompetentes até para sediar a Olimpíada, a economia está quebrada e o impeachment pode impedir os jogos, pois somos desorganizados, caem pontes e pistas, os mosquitos estariam esperando os atletas, a baía de Guanabara é um lixo só, bosta boiando, o crime campeia na cidade, onde conquistamos brilhantemente o recorde de estupros.
Até um programa humorístico famoso, o Saturday Night Live, fez uma sátira – Dilma fumando charuto e tomando caipirinha, numa galhofa insultuosa que sobrou para o país todo.
Mas, Dilma sabe defender o país. Seus discursos revelam isso. Senão, vejamos, suas ideias:
“Antes de Lula, o Brasil estava afunfunhado. Mas, o presidente Lula me deixou um legado, que é cuidar do povo brasileiro. Eu vou ser a mãe do povo brasileiro. O Brasil é um dos países mais sólidos do mundo, que, em meio à crise econômica mundial, das mais graves talvez desde 1929, é o país que tem a menor taxa de desemprego do mundo.
Nós não quebramos, esse é um país que tem… tem aquilo que vocês sabem o que é. Por isso, não vamos colocar uma meta. Vamos deixar a meta aberta, mas, quando atingirmos a meta, vamos dobrar a meta. Ajuste fiscal? Coisa rudimentar. Gasto público é vida. Eu posso não ter experiência de governar como eles governaram; agora, governar gerando emprego, distribuição de renda, tirando 24 milhões da pobreza elevando a classe média, eu sei muito bem fazer.
Entre nossos projetos, nós vamos dar prioridade a segregar a via de transporte. Segregar via de transportes significa o seguinte: não pode ninguém cruzar rua, ninguém pode cruzar a rua, não pode ter sinal de trânsito, é essa a ideia do metrô. Ele vai por baixo, ou ele vai pela superfície, que é o VLT.
A mesma coisa nós vamos fazer com o Seguro Defeso, por exemplo. Nós somos a favor de ter Seguro Defeso para o pescador, sim. Agora, não é possível o pescador morar no semiárido nordestino e receber Seguro Defeso, por um motivo muito simples: lá não tem água, não tendo água não tem peixe. Também não seremos vencidos pela zika e dengue; quem transmite a doença não é o mosquito, é a mosquita.
Antes, também os índios morriam por falta de assistência técnica. Hoje não, pois temos muitas riquezas.
E aqui nós temos uma, como também os índios daqui e os indígenas americanos têm a dele. Nós temos a mandioca. E aqui nós estamos comungando a mandioca com o milho. E, certamente, nós teremos uma série de outros produtos que foram essenciais para o desenvolvimento de toda a civilização humana ao longo dos séculos. Então, aqui, hoje, eu estou saudando a mandioca. Acho uma das maiores conquistas do Brasil.
Vocês, dos jogos indígenas, estão jogando com uma bola feita de folhas e por isso eu acho que a importância da bola é justamente essa, o símbolo da capacidade que nos distingue como… Nós somos do gênero humano, da espécie Sapiens. Então, para mim essa bola é um símbolo da nossa evolução. Quando nós criamos uma bola dessas, nós nos transformamos em Homo sapiens ou ‘mulheres sapiens’.
Eu ouço muito os prefeitos – teve um que me disse assim: ‘Eu sou o prefeito da região produtora da terra do bode’. Então, é para que o bode sobreviva que nós vamos ter de fazer também um Plano Safra que atenda os bodes que são importantíssimos e fazem parte de toda tradição produtiva de muitas das regiões dos pequenos municípios aqui do estado.
Aqui tem 37 municípios. Eu vou ler os nomes dos municípios… Eu ia ler os nomes, não vou mais. Por que não vou mais? Eu não estou achando os nomes. Logo, não posso lê-los.
A única área que eu acho que vai exigir muita atenção nossa, e aí eu já aventei a hipótese de até criar um ministério, é na área de… Na área… Eu diria assim, como uma espécie de analogia com o que acontece na área agrícola.
A Zona Franca de Manaus, ela está numa região. Ela é o centro dela porque ela é a capital da Amazônia. Aliás, a Zona Franca evita o desmatamento, que é altamente lucrativo – derrubar árvores plantadas pela natureza é altamente lucrativo.
Eu quero adentrar agora pela questão da inflação, e dizer a vocês que a inflação foi uma conquista desses 10 últimos anos do governo do presidente Lula e do meu governo. Não acho que quem ganhar ou quem perder, nem quem ganhar nem perder, vai ganhar ou perder. Vai todo mundo perder. A autossuficiência do Brasil sempre foi insuficiente.
Os homens não são virtuosos, ou seja, nós não podemos exigir da humanidade a virtude, porque ela não é virtuosa. Se os homens e as mulheres são falhos, as instituições, nós temos que construí-las da melhor maneira possível, transformando… aliás, isso é de um outro europeu, Montesquieu. É de um outro europeu muito importante, junto com o Monet.
Até agora, a energia hidrelétrica é a mais barata, em termos do que ela dura com a manutenção e também pelo fato da água ser gratuita e da gente poder estocar. O vento podia ser isso também, mas você não conseguiu ainda tecnologia para estocar vento. Então, se a contribuição dos outros países, vamos supor que seja desenvolver uma tecnologia que seja capaz de na eólica estocar, ter uma forma de você estocar, porque o vento ele é diferente em horas do dia. Então, vamos supor que vente mais à noite, como eu faria para estocar isso? O meio ambiente é sem dúvida nenhuma uma ameaça ao desenvolvimento sustentável.
Alias, hoje é o Dia das Crianças. Ontem, eu disse que criança… o dia da criança é dia da mãe, do pai e das professoras, mas também é o dia dos animais. Sempre que você olha uma criança, há sempre uma figura oculta, que é um cachorro atrás, o que é algo muito importante.
Por isso, afirmo que não há a menor hipótese do Brasil, este ano, não crescer. Eu estou otimista quanto ao Brasil. Eu sou algo que a humanidade desenvolveu quando se tornou humana.”

Discurso infeliz de um petista sem Cultura

Cultura é isso

Juca Ferreira usa a Venezuela para derrapar no besteirol

Por: Augusto Nunes  
“O destino Temer é uma Venezuela invertida, do ponto de vista ideológico, mas idêntica, como impasse sem saída: um presidente que consegue se manter no governo mas não consegue comandar o país”. (Juca Ferreira, ex-ministro da Cultura dos governos Lula e Dilma, em entrevista a um blog da esgotosfera, assassinando o raciocínio lógico para concluir que Michel Temer é um Nicolás Maduro sem bigode e sem um passarinho para trocar ideias)

"GOVERNOS DO PT DEIXAM A CAIXA ECONÔMICA FEDERAL À BEIRA DA FALÊNCIA." Blog de Aluízio Amorim

O governo Michel Temer encontrou o caixa da Caixa dramaticamente afetado pelo aparelhamento do PT. Agora, só uma injeção de R$ 25 bilhões, no prazo de 12 a 18 meses, salvará a Caixa da falência, dizem especialistas. Além de negócios suspeitos, corrupção e uso das suas reservas nas criminosas pedaladas, a Caixa padece de inchaço, com dirigentes dos quais se exigia, no “currículo”, ser petista de carteirinha. A informação é do colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
A Caixa tem presidente, 12 vices e 19 diretores e boquinhas mil: antes era um superintendente para cada Estado, hoje são 70 em todo o País.
Mais R$ 29,8 milhões sumiram dos cofres da Caixa, nos primeiros três meses de 2016. A explicação oficial: “saques fraudulentos”. Ah, bom.
Por ordem de Lula, a Caixa bancou o estádio e deu patrocínio de R$40 milhões ao Corinthians para repatriar Pato, jogador que virou um mico. Do site Diário do Poder
APOSENTADOS ESTÃO FERRADOS
A Funcef, fundo de pensão dos funcionários da Caixa, começou a cobrar dos seus participantes uma taxa adicional para cobrir o déficit de 2,3 bilhões de reais registrado em 2014. Em maio, 57 mil participantes do fundo começaram a pagar uma tarifa adicional de 2,73% sobre suas contribuições - para os já aposentados, isso significa receber 2,73% a menos nos benefícios. Essa cobrança adicional deve durar 17 anos, e o temor dos participantes é que novas tarifas extras cheguem, já que as previsões são de que a Funcef tenha registrado um novo déficit de 5 bilhões de reais em 2015.
A cobrança está sendo feita, por enquanto, apenas dos participantes do plano batizado de REG/Replan Saldado, o maior e mais antigo da Funcef. Além dele, o fundo de pensão tem outros dois planos previdenciários. Em nota, a Funcef já indicou que "outros planos poderão ser submetidos a equacionamento no exercício de 2017".

Coluna Radar no blog de Aluízio Amorim


O Brasil decente exige uma limpeza geral. 
Eis a nota da coluna Radar:"O Palácio do Planalto ainda luta para exonerar ou transferir servidores ligados à administração passada que atuam como espiões na nova gestão.Além de passar informações de bastidores do Palácio, a equipe de Michel Temer descobriu que até cópias do clipping de notícias estavam sendo repassadas para Dilma Rousseff poder se informar sobre as notícias publicadas pelos principais jornais a respeito do governo."

Charge de Sponholz no blog de Aluízio Amorim



Sponholz: Cerveró e os canibais.


terça-feira, 7 de junho de 2016

Papa Francisco é alvo de ataque pelo Estado Islâmico

Papa é alvo em potencial de ataques terroristas, diz procurador italiano

Por Ansa 
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prevenidos e parados...

 Papa já foi ameaçado pelos terroristas do grupo jihadista Estado Islâmico em diversas ocasiões
Alessandro Bianchi/Reuters - 21.4.16
Papa já foi ameaçado pelos terroristas do grupo jihadista Estado Islâmico em diversas ocasiões
O procurador nacional Antimáfia e Antiterrorismo da Itália, Franco Roberti, admitiu que o papa Francisco pode ser considerado "um alvo em potencial" para os terroristas de todo o mundo. Em entrevista ao canal católico "TV2000", no entanto, ele afirmou que, apesar dos perigos, a constante atenção dos serviços de inteligência conseguiriam prevenir possíveis atentados contra o pontífice.
"Um bom número de atentados já foi prevenido e impedido. Mas não abaixamos a guarda e não podemos excluir esse risco", disse Roberti na entrevista que foi ao ar na Itália no início da noite desta terça-feira (7). 
O papa, que já foi ameaçado pelos terroristas do grupo jihadista Estado Islâmico em diversas ocasiões, condenou recentemente terroristas que usam "violência sem precedentes" em nome de Deus.
Conhecido como João Paulo II, o polonês Karol Wojtyła foi alvo de um atentado terrorista em seus primeiros anos como pontífice, em 1981. Na ocasião, ele foi baleado por um terrorista turco na Praça de São Pedro, no Vaticano, e quase morreu.

A Câmara Federal se afunda moralmente com o episódio de cassação de Cunha

Depois de perder poder, Câmara perde o pudor

Josias de Souza
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A Câmara não é feita apenas de cinismo e cumplicidade. Mas 90% dos deputados dão aos 10% restantes uma péssima reputação. Ao suspender Eduardo Cunha do exercício do mandato e da presidência da Câmara, o STF transformou os parlamentares em pequenas criaturas. Hoje, basta que um deputado se agache no plenário para que o considerem um ser de grande altivez.
Num instante em que Eduardo Cunha executa sua penúltima manobra (veja aquiaqui, vale a pena reler um trecho da decisão do STF, redigida pelo ministro Teori Zavascki e refendada por unanimidade no plenário do tribunal. O texto anota que Cunha, “além de representar risco para as investigações penais […], é um pejorativo que conspira contra a própria dignidade da instituição por ele liderada.”
O documento prossegue: “Em situações de excepcionalidade, em que existam indícios concretos a demonstrar riscos de quebra da respeitabilidade das instituições, é papel do STF atuar para cessá-los, garantindo que tenhamos uma República para os comuns, e não uma comuna de intocáveis…”
O que o Supremo afirmou, com outras palavras foi o seguinte: “A permanência de Eduardo Cunha no comando da Câmara ameaça a Lava Jato e avacalha o Legislativo. Se os deputados não conseguem se livrar de um personagem que torna a Câmara indigna de respeito, não resta ao Supremo senão intervir, para preservar a instituição e demonstar que ninguém está acima da lei.”
O que parecia ser um favor do STF transformou-se num suplício. A Suprema Corte afastou Eduardo Cunha, mas manteve nas mãos dos seus pares a obrigação de remover o entulho. Decorridos 33 dias, o Conselho de Ética da Câmara se reúne nesta terça-feira para votar um parecer que recomenda a cassação do mandato de Cunha. E a infantaria do lixão manobra para arrancar do colegiado uma pena alternativa —algo como uma suspensão. Que seria inócua, já que o STF já suspendeu o acusado.
O processo já é o mais longo da história do Conselho de Ética. Arrasta-se há mais de sete meses. O arsenal de manobras de Cunha parece inesgotável. Nesta terça, em sessão realizada numa sala ao lado, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (CCJ) votará parecer de um aliado de Cunha, o deputado-petroleiro Athur Lira (PP-AL), que altera as regras do jogo aos 45 minutos do segundo tempo.
Mal comparando, é como se as manobras tornassem o processo de cassação semelhante a uma partida de futebol. Com algumas diferenças: o campo não é demarcado, vale impedimento, canelada marca ponto a favor, a bola é quadrada e o juiz é o próprio acusado, um ladrão que expulsa do jogo quem bem entende e cria suas próprias regras sem dar satisfação a ninguém.
O deputado Betinho Gomes (PSDB-PE), que joga no time da cassação, ainda não se deu por vencido. Ele diz que a Comissão de Justiça, onde Cunha executa sua manobra, “não é um colegiado feito de cartas marcadas.” Para Betinho, “não há segurança de que as mudanças que favorecem Eduardo Cunha serão aprovadas.”
Os partidários da interrupção mandato de Cunha planejam obstruir a votação na CCJ. “Queremos ter primeiro o resultado do Conselho de Ética, que sairá até quarta-feira'', afirma o tucano Betinho. “Obstruindo, a gente expõe um pouco mais a manobra, de modo a elevar a pressão da opinião pública sobre a CCJ.”
Do lado de Eduardo Cunha o problema é saber de que tamanho precisa ficar o embaraço para que a opinião pública, já tão habituada ao papel de tolo, possa considerá-lo aceitável. A tarefa não é simples. Mas a Câmara, depois de perder o poder para o STF, não parece se importar com a crescente perda do pudor.
Os deputados flertam com o risco de o Supremo intervir novamente na cena, moralizando-a. A imagem da prisão de Delcídio Amaral em pleno exercício do mandato de senador flutua na atmosfera como um aviso para Eduardo Cunha.