Postagem em destaque

DIÁRIO DO PODER informa ...

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Imagens do Bing...

Resultado de imagem para bing images
Ligação entre Suécia e Dinamarca
Resultado de imagem para bing images
Vista de Hong Kong
Resultado de imagem para bing images
São Paulo à noite



Venezuelanos desistem da Venezuela e fogem para o Brasil....

VENEZUELANOS FOGEM DO PARAÍSO HUMANISTA, IGUALITÁRIO E SOCIALISTA.

por Percival Puggina. Artigo publicado em 

 Esses vnezuelanos que se mandam para o Brasil, atravessando a fronteira em Pacaraima, devem ser direitistas empedernidos, intransigentemente conservadores, pessoas de muito mau gosto e lerdas de entendimento. Só pode ser isso. Quem, em sã consciência, quereria fugir de um governo que, além de comunista é bolivariano, assim definido pelo talento retórico de Hugo Chávez (de quem se diz estar morto, como se divindades morressem)? Quem quereria fugir?
 Durante anos debati, em rádio e TV, com personalidades políticas e intelectuais da esquerda gaúcha, sobre a realidade venezuelana. Posso testemunhar a reverência que prestavam à revolução em curso na terra de Simón José Antonio de la Santísima Trinidad Bolívar y Palacios Ponte-Andrade y Blanco, nome que todo venezuelano sabe de cor! A Venezuela era o país mais bem orientado e governado no continente...
   Caracas se tornou escala obrigatória dos que iam a Havana. Com Dilma, com Lula e em entusiásticas delegações, levavam ouro, incenso e mirra (ou financiamentos do BNDES, o que dá no mesmo). Apertar a mão de Hugo Chávez equivalia a uma sagração e compensava a viagem. Era coisa de contar aos netos. Quase como ter visto Che Guevara de longe. O homem mandava no parlamento, nomeava o judiciário, submetia a imprensa, exercia poder sobre tudo. De lambuja, vencia quaisquer eleições e plebiscitos a que se submetesse. Ali estava o melhor exemplo de democracia popular, em contraponto à democracia burguesa "ainda praticada no Brasil". Caracas era Havana com upgrade. E tinha petróleo.
 Mas voltemos àquela pequena cidade no extremo norte do Brasil por onde estão entrando os venezuelanos. Pacaraima, com seus cinco mil habitantes, não é um polo turístico, mas ferve de estrangeiros. Sua modorra foi rompida pelo êxodo do país vizinho. Muitos chegam e ficam até arrumar o dinheiro para seguir viagem. Outros passam rumo a Boa Vista e além. São Paulo está quase sempre perto do coração e longe do bolso. Outras rotas de emigração, ou simples busca de alimentos, se estabeleceram no país, como a que leva à Colômbia, cruzando o rio Pamplonita em Cúcuta e tem ensejado impressionantes registros fotográficos.
 Nos primeiros anos da Revolução Cubana, cerca de 20% da população abandonou a ilha. O fluxo autorizado pelos Estados Unidos e o clandestino por quaisquer meios até a Flórida, retirou bem mais de 2 milhões de cubanos que são denominados "gusanos" (vermes) pelo governo da ilha. Estamos vendo, agora, em proporções diferentes, mas por causa semelhante, uma repetição do fenômeno na Venezuela. Mas é claro, nada disso abala a fé que companheiros e camaradas daqui depositam no regime de lá.
________________________________

O PT é partido de profissionais do descrédito...

A arte de enganar os pobres

Lobo em pele de cordeiro (Foto: Arquivo Google)
Sem ter conseguido seduzir com o discurso do “golpe”, o PT – maior derrotado nas urnas municipais -- tateia em busca de motes para reaglutinar a sua turma. Atira para todos os cantos e, com insistência e determinação, atinge o próprio pé, gangrenando o pouco que restava da biografia do partido e de seus líderes. 
Pisam e repisam na tese delirante de conluio entre a elite e a mídia monopolizada. Uma conspiração fantástica capaz de unir na mesma seara a Lava-Jato e os endinheirados que agonizam atrás das grades para manter o poder perpétuo do PT e dos seus. Agora, se fixam na demonização da emenda constitucional que limita gastos públicos, aprovada na comissão especial por ampla maioria – 23 x 7 –, com chances de ser decidida nesta semana pelo plenário da Câmara dos Deputados.
Apelidada pelo PT e o “campo de esquerda” como PEC da Morte, a emenda ganhou versões tão fantasiosas na boca dessa trupe que chegam a ser perigosas. Nas redes sociais, entre críticas engraçadas e mentiras deslavadas, dizem até que o governo Michel Temer acabou com o 13º salário e que na reforma previdenciária os “velhinhos” com menos de 70 anos terão seus benefícios suspensos.
A má-fé oficial não é menor do que a irresponsabilidade anônima ou de perfis falsos e contratados para as redes sociais. Sobre a PEC do Teto, por exemplo, o deputado Henrique Fontana (PT-RS) disse que ela vai aumentar o desemprego e a desigualdade social. “Vai piorar a saúde, a educação, a assistência social e a segurança pública”. Patrus Ananias (PT-MG) foi ainda mais enfático: “Os ricos ficarão mais ricos e os pobres mais pobres”.
Além de brigar com a lógica de que não se pode gastar mais do que se arrecada, a direção do PT, suas lideranças e admiradores fazem chacota dos pobres que dizem defender. Empenham-se em raciocínios mirabolantes, falseiam números, mentem.
Dados divulgados na quinta-feira informam que, ao contrário do que propala Ananias, os pobres já estão cada vez mais pobres e os ricos mais ricos.
Análises do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), feitas a partir das declarações de IR de 2014, apontam que a renda do topo da pirâmide cresceu 9% contra 2% dos que recebem até 5 salários mínimos. Pior: ainda no primeiro mandato da presidente deposta Dilma Rousseff, os que receberam até meio salário mínimo comprometeram 1,17% de seus ganhos quase inexistentes com impostos, número escandalosamente maior do que o dos que têm renda superior a 120 salários, que só pingaram 0,03% na boca do Leão.
Os pobres, que na festa do consumo patrocinada pelo ex Lula e por sua pupila parcelaram suas vidas em até 60 prestações, foram os que mais sentiram na pele o tamanho do engodo. Batizados de nova classe média, muitos deles estão sem emprego, na penúria. Respondem por inadimplência crescente, hoje superior a 52%.
Na saúde, setor que segundo o deputado Fontana será arrasado com o equilíbrio das contas, o país amarga crise sem precedentes. De 2010 a 2015, a oferta de leitos no SUS caiu 7,5%, de 50,1 mil para 48,4 mil – 1,6 mil leitos a menos, de acordo com o Conselho Federal de Medicina.
Sem emprego, salário e dinheiro no bolso, o brasileiro superlotou o sistema público de saúde. O SUS, que já não conseguia dar conta da demanda, herdou 1,6 milhão de pacientes que abandonaram os planos de saúde complementar.
Cenário catastrófico se verificou também na educação. Com o acirramento da crise econômica que a presidente deposta fermentou, ela mesma se viu forçada a cortar R$ 10,5 bilhões – 10% da verba do MEC -, enterrando o lema marqueteiro “Pátria educadora”.  Na segurança pública, a redução de investimentos foi constante, totalizando mais de R$ 20 bilhões em 13 anos.
Um legado diabólico, dificílimo de ser 
exorcizado.
Despidos moral e politicamente, flagrados com a mão na botija e enricados com o dinheiro dos pobres que diziam defender, líderes da sigla tentam, com palavrório, driblar a história. Mas quanto mais se mexem mais se enterram. Os resultados do primeiro turno das eleições municipais não deixam dúvidas.

..."o Brasil é inviável, ou seja, não tem jeito à vista." > José Nêumanne

No Blog do Nêumanne: “Um Estado insustentável”

No Blog do Nêumanne: “Um Estado insustentável”
O déficit das contas

No Blog do Nêumanne: “Um Estado insustentável”


O déficit das contas públicas esgota o prazo que o Brasil tem para pagar seus compromissos
As manchetes do Estadão de domingo (“Pelo menos 6 Estados e DF não têm dinheiro para pagar 13º salário”) e de segunda-feira (“Das dez categorias mais bem pagas, seis são do serviço público”) e do Globo de domingo (“Retrocesso na economia vai agravar pobreza até 2025”) noticiam fatos que não são isolados. De fato, as verdades que elas registram tratam fundamentalmente da mesma tragédia nacional, aquela que põe em questão a viabilidade de nosso país, levando, necessariamente, à conclusão comum das três: o Brasil é inviável, ou seja, não tem jeito à vista.
Descrita esta evidência de forma tão crua, agora urge desdobrarmos o raciocínio, considerando a realidade. Apenas fatos. O ranking das atividades profissionais que remuneram melhor, elaborado pelo economista José Roberto Afonso, professor do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV), recorreu ao instrumento adequado para medir a traça que mina a capacidade da sociedade de suportar o ônus da máquina pública nacional. Com base em dados oficiais, tornados públicos pela Secretaria da Receita Federal do Ministério da Fazenda, na cobrança do Imposto de Renda da Pessoa Física, o estudo revela que a elite do funcionalismo público, remunerada pelos impostos pagos pelo cidadão, ocupa a maioria das dez profissões mais bem pagas de todas. E o ônus dos privilégios impressiona, além de se mostrar revelador.
A mais bem-sucedida atividade profissional entre nós não depende diretamente de remuneração estatal. No entanto, é o melhor e mais impressionante exemplo do absurdo dos privilégios concedidos pela mão generosa do Estado. Os 9.409 brasileiros titulares de cartórios estão na liderança disparada do ranking, com um rendimento declarado oficialmente ao Fisco de R$ 10,7 bilhões. O cartório não é uma repartição pública, mas o apêndice da burocracia estatal que configura um privilégio histórico de raiz ibérica, analisado com rigor sociológico no clássico Os Donos do Poder, do ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil Raymundo Faoro. A instituição, criada para atestar, registrar propriedades e dar fé, atua como oneroso instrumento de complicação da atividade econômica. Ao longo dos séculos, tem funcionado como uma traça que corrói o patrimônio público, praga que atende pela denominação acadêmica de cartorialismo, cujo símbolo é o carimbo, sucedâneo dos selos de garantia de fidelidade de assinaturas sem cujo peso nada se abre ou se fecha no território nacional.
Entre as atividades que absorvem diretamente a poupança (ou melhor, sua falta) nacional no ranking do elitismo pátrio, destacam-se as carreiras de Estado no provimento da justiça: membros do Ministério Público (promotores e procuradores), em segundo lugar; empregados do Poder Judiciário e dos Tribunais de Contas (que são órgãos acessórios do Legislativo), em terceiro; e advogados do setor público, procuradores da Fazenda e consultores jurídicos, em sexto. Em quarto lugar figuram os diplomatas, encarregados de representar o País no exterior. Em sétimo estão burocratas de atividades financeiras públicas, de carreiras: servidores do Banco Central, da Comissão de Valores Mobiliários e da Superintendência de Seguros Privados.. E, por fim, cobradores de impostos: funcionários das carreiras de auditoria fiscal e de fiscalização, os odiados publicanos nas priscas eras do Império Romano, em oitavo.
 Ao longo dos séculos, ( o cartório) tem funcionado como uma traça que corrói o patrimônio público, praga que atende pela denominação acadêmica de cartorialismo, cujo símbolo é o carimbo, sucedâneo dos selos de garantia de fidelidade de assinaturas sem cujo peso nada se abre ou se fecha no território nacional.
 Os profissionais liberais mais destacados no ranking são os médicos, em quinto. Por incrível que pareça para leigos, habituados a tomar conhecimento das quantias formidáveis pagas a astros do futebol no mercado externo e também no interno, os esportistas e atletas ocupam o décimo lugar, logo abaixo dos mais bem remunerados pilotos de aeronaves, comandantes de embarcações e operadores de máquinas, em nono.
Em média, um craque recebe R$ 219 mil e 400, enquanto um titular de cartório, 1 milhão e 100 mil, ou seja, mais de cinco vezes mais. Na primeira página do Estadão de segunda-feira 10 de outubro, destaca-se, e esse peso aritmético retrata essa desigualdade, o fato de que os integrantes da elite estatal ganham, em média, quatro vezes o que recebem os profissionais da mesma categoria na empresa privada.
No domingo 9, este jornal trouxe a lume no alto da capa outra demonstração nada edificante de como essa elite conseguiu recentemente, sob desgovernos exercidos por um partido que se diz dos trabalhadores e coadjuvantes selecionados na nata dos oportunistas parasitas da política nacional, acrescentar dados mais preocupantes. Na reportagem que faz parte da oportuníssima série de José Fucs sobre “a reconstrução do Brasil” foi relatada a dureza da batalha que há que ser travada contra os privilégios para as contas públicas entrarem nos eixos.
De acordo com pesquisa feita pela Diretoria de Análise de Politicas Públicas da FGV, o total de servidores públicos federais, estaduais e municipais nos três Poderes da República subiu, vertiginosamente, de 5,8 milhões em 2001 para quase 9 milhões em 2014. Ao contrário do que seria lógico esperar, esse aumento de mais de 66% em 13 anos em nada melhorou o desempenho do Estado em seus serviços básicos de saúde, educação e segurança pública. Ao contrário, o aparelhamento político, partidário e ideológico pelos donos do poder neste século 21 desmantelou uma engrenagem que já era enferrujada, injusta e inepta.
Como era de esperar, o resultado concreto é que, conforme revela o jornal, em meio à grave crise fiscal, os governos dos Estados do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Sergipe e Roraima, além do Distrito Federal, enfrentam dificuldades extremas para pagar o 13º salário, um dos mais sagrados direitos trabalhistas em vigor, a 2 milhões de funcionários. O pior é que, considerando a dimensão da crise econômica, financeira, política e moral que se abateu sobre a nossa cabeça como consequência da irresponsabilidade fiscal da tal “nova matriz econômica” das desastrosas gestões federais petistas, é um milagre que ainda haja Unidades da Federação com capacidade mínima para honrar os pagamentos de suas folhas de salários a cada mês.
Por isso tudo, reveste-se de imensa crueldade a sabotagem explícita da oposição de esquerda, esmagada nas urnas no primeiro turno das recentes eleições municipais, às tentativas de remendos e panos quentes com que o atual governo, composto pelos salvados do incêndio da parceria interrompida no impeachment de Dilma Rousseff, pretende calafetar o casco do transatlântico em pleno naufrágio. Sem gastos ajustados à realidade contábil nacional e ajustes que só se poderão manter após reformas profundas, capazes de corrigir essa realidade que torna a capacidade financeira do Estado agonizante, não será possível evitar o quadro drástico desenhado na manchete do Globo de domingo. Segundo reportagem de Daiane Costa, ainda que a economia nacional volte a crescer, até 2025 (daqui a nove anos) a população mais pobre será aumentada em mais 1 milhão de famílias além dos 40 milhões que atualmente compõem seu segmento de renda mais baixa. Esse estudo, feito pela consultoria Tendências, complementa outro, do Ibase, segundo o qual a maior preocupação dos pobres é o desemprego.
Tudo isso é líquido e certo. Tudo é de uma evidência cristalina. Por que, então, providências como o teto dos gastos públicos, a reforma da deficitária Previdência e a redução dos vencimentos de servidores em início de carreira a partir das próximas contratações (por concurso, por favor!) ainda são consideradas impopulares? Até quando nosso povo se deixará enganar pela cantilena das sereias do populismo sedutor, que tapam o sol da verdade com os véus diáfanos de suas patranhas? Até quando queimar pneus, quebrar vidraças e depredar automóveis nas ruas manterá o País na sarjeta do mundo, afundando a Pátria amada idolatrada, salve, salve, no poço de pré-sal da corrupção desenfreada e da miséria anunciada?
E, pior ainda, até quando os barnabés (funcionários públicos que recebem uma merreca de vencimentos) serão confundidos com esses marajás do desserviço público? Eles, coitados, nem sequer gozam nenhum dos benefícios e privilégios usufruídos pelos apaniguados dos dirigentes políticos, que reservam os melhores empregos e suas prerrogativas para áulicos, assessores e familiares! Os interessados confundem essa elite com tais servidores modestos e muito mal pagos. Por causa disso, estes deveriam ser os primeiros a se rebelar, pois correm risco de não receber os caraminguás a que têm direito quando os cofres públicos estiverem completamente esvaziados.
Jornalista, poeta e escritor
(Blog do Nêumanne, Política, Estadão, de segunda-feira 10 de outubro de 2016)
Para ler no Blog do Nêumanne, Política, Estadão clique no link abaixo

Você acha que o Brasil tem jeito ?

O castigo aplicado à doutora que prendeu uma menina na cela dos machos não é punição. É piada

A vilã do caso que horrorizou o Brasil civilizado foi condenada a 24 meses de vida mansa

Por: Augusto Nunes  


Na história de horror protagonizada há nove anos por uma menina de 15, escondida no noticiário pelas iniciais L.A.B., duas mulheres lideraram o elenco de vilões. Uma foi a delegada Flávia Monteiro Teixeira, que trancafiou na cadeia de Abaetetuba, no interior do Pará, a garota acusada de tentativa de furto. A outra encarnação da sordidez foi a juíza Clarice de Andrade.

Graças à doutora, que manteve a menor de idade na cela lotada por um bando de machos, a fêmea de 38 quilos e 1m50 foi torturada e estuprada por quase quatro semanas ─ pelo menos cinco vezes por dia. Nesta quarta-feira, o Conselho Nacional de Justiça enfim resolveu condená-la: Clarice ficará afastada do cargo durante dois anos, recebendo normalmente o salário.

Não é castigo: é piada. Ainda vale a pena ser canalha nos grotões do Brasil.

Humor de Sponholz / blog de Aluizio Amorim

Sponholz: Abandonado em Curitiba.

Você acha que o Brasil tem jeito? Leia abaixo e fique desconfiado !

quinta-feira, outubro 13, 2016


EX-AUTORIDADES DO EX-GOVERNO DO PT CONTINUAM RECEBENDO SALÁRIOS NABABESCOS 'ENCOSTADOS' NA TAL QUARENTENA. UMA VERGONHA!

O governo Dilma foi sepultado em 31 de agosto, mas ainda custa caro ao contribuinte: ex-ministros e assessores estão pendurados na rica boquinha da “quarentena”, invenção que obriga os cofres públicos a pagar seus salários durante meses, após serem demitidos. No total R$ 1,2 milhão por mês, por decisão da Comissão de Ética Pública. Os “encostados” do PT chegam a ganhar quatro vezes o teto constitucional. A informação é do colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
O ex-presidente da Petrobras Aldemir Bendine recebe R$123 mil em sua “quarentena”. Quatro vezes mais que o teto constitucional.
A próxima reunião da Comissão de Ética será em 24 de outubro, e devem ser distribuídas ainda mais “quarentenas” com nosso dinheiro.
As quarentenas podem durar até seis meses, quando os desocupados do governo petista ficam encostados nas tetas do governo.
Somente a ex-ministros de Dilma o contribuinte paga mais de R$525 mil por mês, dispensando-os, claro, de ir à luta por nova ocupação. Do site Diário do Poder

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Dogmas do corpo e tratados da alma podem ser adquiridos durante a vida...

Sexo, liberdade e etnia 

- ROBERTO DAMATTA

O GLOBO - 12/10

Há na idade uma progressão determinante em contraste com a liberdade. Refiro-me ao fato de que todos nós temos um início e um inevitável fim
Um mundo globalizado e idealmente igualitário abriu os portões de uma inigualável liberdade. Hoje, a sexualidade e a etnia não são mais papéis irrecorríveis — são papéis adquiridos. Resultam de escolhas individuais que rompem com a determinação que decretava como deveríamos ser. Dissolvemos a ideia estabelecida de dois sexos com o redesenho fundado na liberdade, pois o fisiológico não determina mais nem as práticas eróticas, nem a construção de um grupo familiar. O aparato biológico com o qual nascíamos (e morríamos) foi repensado pela categoria de gênero. Podemos nascer como “homens” ou “mulheres”, mas viver atualizando muitas formas de masculinidade e feminilidade.

O dualismo arcaico constituído de masculino e feminino — de homem e mulher — foi substituído pelo direito de escolher. Aliás, mesmo quando havia somente dois sexos — o ator principal do drama (o masculino) e o seu coadjuvante oprimido (o feminino), como nos revelou Simone de Beauvoir num livro fundacional, “O segundo sexo”, publicado em 1949, o mesmo ano, aliás, em que veio à luz o igualmente clássico “As estruturas elementares do parentesco”, de Claude Lévi-Straus, um estudo que confirmava as mulheres como objeto de trocas matrimoniais realizadas por seus pais e irmãos — sempre existiram homens femininos e mulheres masculinas.

Já sabíamos que certos atributos tradicionais de gênero — virilidade, sensualidade, docilidade, intuição, coragem, persistência, passividade, racionalidade etc... — não estavam em sincronia com ovários e testículos.

A possibilidade da reinvenção erótica permitiu redefinir a ontologia exclusiva do macho ou fêmea. Tanto Freud quanto Margaret Mead revelaram como sistemas de crenças marcam e definem o quem é macho ou fêmea, tornando a classificação simbólica mais importante do que que a visão universalista e evolucionista tradicional. Freud, por exemplo, falou em bissexualidade. Mead, por seu turno, descreveu sociedades nas quais os homens eram passivos e as mulheres ativas. Tal variedade, porém, não foi tomada como uma receita. O que se demonstrava era um conjunto de alternativas a serem respeitadas, e não uma outra camisa de força a ser seguida.

Em relação à etnia, ocorreu um processo semelhante. Uma pessoa pode nascer “negra” ou “oriental” e viver e morrer como “branca”: americana ou europeia. Ela pode manejar o seu corpo para nele reproduzir o padrão étnico ocidental ou fazer o movimento inverso, orientalizando-se ou africanizando-se. Ademais, dinheiro e celebrização permitem mais liberdade, bem como, maior legitimidade, mesmo diante de inevitáveis incoerências.

O fato é que neste nosso mundo que oscila entre liberdade e inquietação, podemos escolher o país com o qual queremos nos associar, de tal modo que o nascimento e a descendência não mais determinam nossas consciências e etnias.

Mas se um viés de liberdade centrada no individualismo marca a subjetividade sexual e o pertencimento a algum grupo, tudo muda quando falamos de idade. Porque há na idade uma progressão determinante em contraste com a liberdade. Refiro-me ao fato de que todos nós temos um início e um inevitável fim.

Temos todas as liberdades, menos a liberdade de escapar da decadência biológica que vai nos levar — tenhamos ou não mudado de sexo ou de etnia — para o fim.

Podemos evitar a branquidão que é azeda ou a negritude que significava escravidão; podemos transformar o masculino em feminino (e vice-versa), mas não temos como evitar que nasçamos, passemos pela juventude, entremos na idade adulta, envelheçamos e morramos.

Como assimilar essa inevitabilidade da velhice que nem todos, aliás, experimentam, sem pôr em suspeição as utopias das escolhas individuais ou, como dizia Lévi-Strauss, as ilusões da liberdade? Como, num mundo de liberdade infinita, aceitar essa determinação coercitiva da idade?

Podemos reprimi-la, mas não podemos viver sem um corpo que envelhece e impõe um princípio de suficiência no conjunto de escolhas que reproduzem a onipotência do pós-capitalismo apoiado no consumo e na alta tecnologia. Esse progresso que promete uma vida sem dor nas costas. O envelhecer prova que, tanto como o planeta e o capitalismo, nós também temos limites. É preciso um mínimo de asas para voar.

A inexorabilidade da idade deve ser lembrada neste Brasil onde a aposentadoria sinaliza velhice e promoção, livrando-nos do trabalho lido como castigo e estigma escravista, e não como um chamado ou vocação. Entrar nisso, porém, é, como dizia Kipling, uma outra historia...

PS: Dedico essa relfexão à memória de Irma Brant, com o meu afetuoso abraço para Arnaldo e Jaqueline.

Roberto DaMatta é antropólogo

Seis notas de Carlos Brickmann



“Manda quem pode, mas tem de querer”

 e outras seis de Carlos Brickmann


O presidente Michel Temer tem o controle do Congresso e, portanto, do país. Mas precisa mostrar
 o caminho para que o país continue a segui-lo


Por: Augusto Nunes 12/10/2016 às 13:41
O Governo de Michel Temer obteve sua primeira grande vitória: os 366 votos a 111 que aprovaram a emenda constitucional 241, limitando o aumento dos gastos oficiais nos próximos 20 anos, foram um 7×1 na oposição. Temer se jogou abertamente na batalha, de tal modo que, se perdesse, teria de repensar todo o seu Governo. Ganhou – e mostrou para o mercado, para os investidores, para os bancos estrangeiros, que tem cacife para reformar a economia e enfrentar vitoriosamente os grupos de pressão.
É ótimo que os estrangeiros voltem a acreditar no Brasil como polo de investimento. E, para isso, uma emenda constitucional aprovada por imensa maioria do Congresso é essencial, mostra que o clima econômico mudou, melhorou, e que daqui pra frente tudo vai ser diferente.
Mas nós somos brasileiros, e sabemos que leis elaboradas para disciplinar despesas públicas nem sempre são executadas em nosso país. Se fossem, esta reforma da Constituição nem seria necessária. Cortar despesas oficiais de maneira a que possam ser suportadas pelo país exige disposição e convicção do governante; exige exemplo. Tudo bem, era o grande lance da conquista da maioria, o lance definitivo, mas banquete para mais de 400 pessoas talvez seja meio muito para pedir corte de despesas.
O presidente Michel Temer tem o controle do Congresso e, portanto, do país. Mas precisa mostrar o caminho para que o país continue a segui-lo.
…é vendaval
Um caso exemplar é o do juiz Leo Denisson Bezerra de Almeida, de Marechal Deodoro, Alagoas, acusado de vender decisões. O Conselho Nacional de Justiça instaurou processo administrativo disciplinar contra ele, e o afastou de suas funções. O juiz deixou de trabalhar, mas recebe salário integral e auxílio moradia. Fica difícil convencer outras categorias a concordar com o teto de despesas do Governo tendo exemplos como este.
O perdedor 1
O líder da oposição, Luiz Inácio Lula da Silva, está acossado. Foi denunciado pela quarta vez na Operação Lava Jato. Responde, num dos processos já aceitos pelo Supremo, pelas ligações com operações da Odebrecht em Angola. O outro processo, para que se tenha uma ideia, é chamado de Quadrilhão, e considerado o mais importante da Operação Lava Jato. Cada denúncia pode transformar-se em novo processo. E, no caso Odebrecht, em que a qualquer momento sairá a delação premiada de Emílio Odebrecht – que sempre foi, na empresa, o responsável pelas conversas com Lula – a situação tende a piorar. E pode piorar mais ainda se a delação de Leo Pinheiro, que foi presidente da OAS, for aceita pelo Ministério Público, que hoje a rejeita por divulgação antecipada.
O perdedor 2
Lula está sendo processado (as denúncias foram aceitas pela Justiça e se transformaram em processo) em Curitiba, acusado, no caso do triplex, de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. No STF, é investigado no Quadrilhão e em mais um processo. As acusações são de organização criminosa, tráfico de influência, lavagem de dinheiro, corrupção passiva. E há mais cinco investigações a cargo da procuradoria Geral da República sobre negócios da Odebrecht, financiados pelo BNDES, em Cuba, Equador, Venezuela, Panamá e República Dominicana.
A posição da defesa    
Como Lula se defende? Jamais participou, no comando ou não, de um esquema de desvio de dinheiro público; afirma que contra ele não há uma prova sequer, apenas “descompromissadas convicções” dos procuradores. E o objetivo do “cenário de guerra” é impedir que Lula seja eleito presidente da República em 2018. Caso Lula seja condenado em todas as ações a que responde, estará sujeito à pena de 35 anos de prisão. Seus advogados são Roberto Teixeira, amigo de longa data, e Cristiano Zanin.
Outro perdedor
O deputado Celso Russomanno, PRB, pela segunda vez liderou as pesquisas em São Paulo durante um longo período, e pela segunda vez foi derrotado. Agora, diz ele, só deixaria a Câmara por um de dois cargos: secretaria da Segurança de São Paulo ou Ministério da Justiça.
Tiririca estava errado: pedia votos dizendo que pior do que está não fica.

A frase
De acordo com a delação premiada do ex-senador Delcídio do Amaral, Lula não queria inicialmente aliar-se ao PMDB. E trocou a aliança por vantagens diversas, dando início ao Mensalão. Mais tarde, quando a descoberta do Mensalão ameaçou derrubá-lo, Lula teria dito: “Ou abraço o PMDB ou vou morrer”.
Entre manter seu poder político e a lealdade a seu projeto, Lula optou por manter seu poder político. E destruiu seu projeto.

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Beltrame cansado ou decepcionado deixa a Secretaria de Segurança do Rio

Após quase dez anos como secretário de Segurança do RJ, José Mariano Beltrame pede demissão


josemariano_beltrame_1001
Nesta terça-feira (11), a assessoria de imprensa do governo do Rio de Janeiro confirmou que o secretário de Estado de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, pediu demissão do cargo, aceito pelo governador em exercício, Francisco Dornelles (PP). A saída de Beltrame também contou com o aval do governador licenciado, Luiz Fernando Pezão, que reconheceu a importância do trabalho do secretário.
Em entrevista, Luiz Fernando Pezão (PMDB), retorna ao comando do governo em novembro, pontuou que Beltrame estava “muito cansado”. “Ficar dez anos à frente de uma secretaria não é fácil”, comentou o peemedebista.
O anúncio acontece um dia após o tiroteio em Copacabana, na zona sul da capital fluminense, que deixou três suspeitos mortos, fechou o comércio local e alastrou o pavor entre os moradores.
outubro_rosa_1002
O secretário continuará à frente da pasta somente até o fim do segundo turno das eleições municipais, que acontece no dia 30 de outubro. De acordo com informações do Palácio Guanabara, sede do Executivo fluminense, o substituto ainda não foi escolhido, mas as apostas recaem sobre Roberto Sá, subsecretário de Planejamento e Integração Operacional da secretaria e braço direito de Beltrame.
José Mariano Beltrame completaria dez anos como secretário de Segurança do Rio em novembro. Ele fez carreira como delegado da Polícia Federal antes de assumir a função a convite do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB).
Beltrame ficou conhecido por conta da política das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora), que começou em 2008 e chegou ao seu auge em 2010, ano da tomada das comunidades do Complexo do Alemão.
Especula-se nos bastidores que o pedido de demissão de Beltrame, que já era esperado, ganhou força com a crise financeira que afeta o Rio de Janeiro e um eventual acordo para prestação de serviços de consultoria em segurança pública para o governo de São Paulo. Essa segunda hipótese ainda não foi confirmada.

Cuidar da segurança pública do Rio de Janeiro não é tarefa fácil, pelo contrário. A capital fluminense tem uma geografia que desfavorece o combate ao crime organizado, que nas últimas décadas cresceu de forma exponencial diante da incapacidade (ou má vontade) do governo federal de coibir o tráfico de drogas e o contrabando de armas nas fronteiras do País. Enquanto isso não for feito, qualquer medida para melhorar a segurança nos estados será inócua.

"Viajar de táxi era conviver com Donald Trump sem sofrer consequências "

terça-feira, outubro 11, 2016

Viajar de táxi era conviver com Donald Trump sem sofrer consequências - 

JOÃO PEREIRA COUTINHO

FOLHA DE SP - 11/10
O serviço Uber foi legalizado em Portugal. Os motoristas de táxi não gostaram. Prometeram violência ("Porrada não vai faltar!", anunciaram os beneméritos) e alguns cogitam subir os preços em dias feriados.

Sobre a violência, nada de novo: antes da legalização, porrada não faltava. De tal forma que houve espancamentos por engano: o cidadão passava no aeroporto para pegar um amigo e deixava a dentadura como lembrança.

Sobre os preços, será realmente inteligente apimentar a tarifa dos táxis quando a palavra do momento deveria ser "competição"? Até porque os táxis têm uma vantagem competitiva: os respectivos motoristas.
Sei do que falo. Por razões sociológicas, experimentei o Uber. Difícil não ficar impressionado com as qualidades técnicas do serviço: rapidez no atendimento, higiene do automóvel, preços que deixam qualquer cliente a salivar por mais.

Pena que os motoristas do Uber acrescentem pouco à viagem. Uma pessoa faz um comentário –sobre o tempo, sobre o trânsito, sobre a política e seu bestiário– e eles, com uma educação de mordomos ingleses, apenas sorriem ou respondem com monossílabos de psicanalista.

Podemos continuar a picar o bicho, esperando que ele entre na arena com as narinas fumegantes, mas o bicho não se perturba.

Então nós, frustrados e entristecidos, fechamos os olhos e lembramos com saudade de todos os motoristas de táxi que passaram pela nossa vida.

Para começar, os motoristas de táxi com quem convivi eram os mais puros representantes do pessimismo lusitano. As coisas, para eles, não estavam boas nem más; estavam péssimas. E quando havia um elogio meu à cidade, ao trânsito, à vida, eles reagiam como se alguém tivesse insultado suas mães.
Em anos e anos de circulação, só uma vez encontrei um otimista. Ou, pelo menos, alguém que não rebentou com meu otimismo. "Está um belo dia, não acha?", perguntei eu, olhando para o céu radioso de Lisboa.

"Já vi melhor", respondeu ele, angustiado por não conseguir desmentir o óbvio. "Já vi melhor" representa essa feroz resistência às alegrias do presente –e uma nostalgia melancólica, quase patológica, pelo passado.
A filosofia do "já vi melhor" acontece nas pequenas coisas ("antigamente, havia mais respeito") ou nas grandes ("o que era preciso era um Salazar em cada esquina").

Mas os motoristas de táxi que eu conheci não são apenas reacionários genuínos. Alguns vão mais longe e são autênticas preciosidades para um cientista político. Foi nos táxis que aprendi como funciona a mentalidade revolucionária. Políticos incompetentes? Corrupção no governo? Crise no país?

"Era tudo encostadinho na parede" –outra expressão que relembro com carinho. A solução para os problemas sociais –e todos eles tinham a solução– passava por dizimar um número indeterminado de pessoas.

Depois da chacina, era só fazer repousar sobre a pátria uma espécie de lei marcial eterna e tudo encaixava por milagre. O presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, não passa de um amador.

Naturalmente, nem todos os motoristas que encontrei sonhavam com a carreira de Pol Pot. Havia os confessionais (que partilhavam desgostos amorosos), os poetas incompreendidos (que me liam os seus sonetos) e até os sábios do cosmos (recordo um que passou a viagem inteira a convencer-me de que os alienígenas éramos nós).

Sem falar dos pequenos Sades (que relatavam aventuras escabrosas com donzelas ocasionais) ou amantes da eugenia (que dissertavam abundantemente sobre as diferentes raças). Viajar de táxi era como conviver com Donald Trump durante alguns minutos sem sofrer as consequências.

Quando o automóvel chegava ao destino, o passageiro sentia que pagava dobrado: pela viagem e pela experiência única de ter visitado um universo paralelo.

Minha pergunta é saber qual o destino desse universo. Que tipo de literatura oral não iremos perder com o Uber? E não será possível arranjar um compromisso?
O Uber veio para ficar –e triunfar. Mas há clientes que sentem falta da velha adrenalina: no fundo, são como fãs de cinema de horror condenados a assistir novelas.

Para esses, o Uber deveria contratar os motoristas de táxi que promete jogar no desemprego. Para que eles ensinassem aos novos motoristas alguns repertórios clássicos –"já vi melhor", "era um Salazar em cada esquina", "tudo encostadinho na parede" etc. Há gostos para tudo –e os gostos, até para evitar porrada, não se discutem.