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sábado, 4 de fevereiro de 2017

"Um país para chamar de meu..." .../ Donald Trump

Vergonha americana


O

 decreto do presidente Donald Trump contra a imigração desrespeita os valores de um país que construiu sua riqueza com o trabalho de imigrantes. A reação de movimentos da sociedade americana mostra que vai haver muita resistência à nova Casa Branca

Revista ÉPOCA - edição 972 - Vergonha americana (Foto: Revista ÉPOCA)
TERESA PEROSA, COM BRUNO FERRARI E NELSON NIERO NETO
03/02/2017 - 22h09 - Atualizado 03/02/2017 22h39
>> Trecho da reportagem de capa de ÉPOCA desta semana:
"Deixem eles entrar”, gritava a multidão que tomou o Aeroporto Internacional John Fitzgerald Kennedy de Nova York, um dos maiores dos Estados Unidos, na noite da sexta-feira, dia 27 de janeiro. O motivo do protesto era uma ordem executiva assinada naquele dia pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que barra a entrada de refugiados e de cidadãos de sete países de maioria muçulmana nos Estados Unidos. Os manifestantes queriam a liberação de estrangeiros que estavam a caminho dos Estados Unidos quando Trump assinara o decreto e não sabiam que seu ingresso no país seria negado pelos agentes de imigração. No Aeroporto JFK, dois iraquianos, recém-chegados a Nova York, ficaram horas em um limbo burocrático. Um deles atuara por anos como tradutor do Exército americano durante a ocupação no Iraque. O outro era casado com uma prestadora de serviços dos militares dos Estados Unidos. Ambos entrariam no país como refugiados, já que, por causa de seus serviços prestados ao Exército americano, sofreram ameaças de morte no Iraque. Antes de serem liberados por um habeas corpus concedido pela Justiça, em resposta a uma ação impetrada por uma associação de direitos civis, ficaram duplamente barrados: por serem refugiados e por serem iraquianos.
O decreto de banimento temporário dos cidadãos desses sete países foi a mais polêmica das medidas tomadas pelo governo Trump até o momento. Ele faz parte da cruzada do presidente americano contra o que entende como ameaça estrangeira e, especificamente, muçulmana, contra os Estados Unidos. Durante a campanha eleitoral que o levou à Casa Branca, Trump prometeu acirrar o cerco contra os imigrantes ilegais no país, com mais deportações e mudanças em política de vistos, e banir a entrada de muçulmanos. Na campanha, as ameaças de Trump, tingidas da mais descarada islamofobia e discriminação religiosa, causaram ampla consternação. Por causa da reação negativa e da preocupação que todos os presidentes americanos anteriores a Trump tiveram de dissociar o islamismo do terrorismo, especulou-se que Trump talvez não levasse a cabo sua promessa. Mas ele o fez, ainda que, oficialmente, seus porta-vozes tentassem descaracterizar a medida como um banimento a “muçulmanos”, mas sim como um reforço da segurança nacional contra o terrorismo.
O teor discriminatório do decreto, revelado dias antes pelo jornal The New York Times, porém, é evidente.  A ordem executiva de Trump barra a entrada em solo americano de qualquer cidadão de Irã, Iraque, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iêmen, países de maioria muçulmana, por 90 dias.  Trump também congelou o programa de refugiados e impediu a entrada nos Estados Unidos, por 120 dias, mesmo daqueles que já haviam sido autorizados a entrar no país. Para os sírios, vítimas do conflito sangrento que se arrasta há seis anos, o banimento é por tempo indeterminado. A cota total de refugiados a ser asilados nos Estados Unidos também foi cortada pela metade.  Também consequência da ordem executiva, 60 mil vistos já emitidos pelos Estados Unidos foram cancelados. Entre os especialistas,  especula-se que as novas medidas (cujo caráter seria, a princípio, temporário) têm como objetivo criar empecilhos definitivos para impedir a entrada nos Estados Unidos de pessoas vistas como “indesejadas” pelo novo governo.
Resistência
Editado sob a justificativa de segurança nacional, o decreto não encontra base numa política coerente e tem a marca da demagogia e do populismo de Trump. Nenhum dos cidadãos dos países listados cometeu atentados em território americano, ao passo que países de origem de responsáveis por ataques ao país, como Arábia Saudita (um tradicional aliado americano no Oriente Médio), ficaram de fora. Além disso, os países atingidos pelo banimento já são submetidos a políticas de visto específicas, mais rigorosas, uma herança do governo Obama. O programa de alocação de refugiados americano, por sua vez, é um dos mais criteriosos do mundo – uma família que pleiteia asilo nos Estados Unidos precisa estar preparada para 18 a 24 meses de árduo escrutínio pelas principais agências de segurança do país – FBI, CIA, Agência de Segurança Nacional entre outras. Até hoje, nenhum refugiado acolhido em solo americano cometeu atentados terroristas no país – que, salvo episódios isolados, tem sido poupado da recente onda de terrorismo vista na Europa.

"Para quem quer..." / J R Guzzo

J.R. Guzzo: Para quem quer

A morte do ministro Teori Zavascki foi a mais recente comprovação da atitude nacional de pouco-caso diante de comportamentos oficiais que não fazem nexo

Publicado na edição impressa de VEJA
O Brasil de hoje é provavelmente um dos países do mundo que melhor convivem com o absurdo. Fomos desenvolvendo na vida pública brasileira, ao longo de anos e décadas, uma experiência sem igual em aceitar a aberração como uma realidade banal do dia a dia, tal como se aceita o passar das horas ou o movimento das marés – “No Brasil é assim mesmo”, dizemos, e com isso as coisas mais fora de propósito se transformam em fatos perfeitamente lógicos. A morte do ministro Teori Zavascki, dias atrás, na queda de um turbo-hélice privado no litoral do Rio de Janeiro, foi a mais recente comprovação da atitude nacional de pouco-caso diante de comportamentos oficiais que não fazem nexo. É simples. O ministro Zavascki não podia estar naquele avião, porque o avião não era dele ─ estava viajando de favor, e um magistrado do Supremo Tribunal Federal não pode aceitar favores, de proprietários de aviões ou de qualquer outra pessoa. Nenhum juiz pode, seja ele do mais alto tribunal de Justiça do Brasil, seja de uma comarca perdi­da num fundão qualquer do interior.
Da morte de Teori Zavascki já se falou uma enormidade, e sabe lá Deus o que não se falou, ou talvez ainda se fale. Foram feitas indagações sobre o dono do avião, um empresário de São Paulo, seus negócios e suas questões junto ao Poder Judiciário. Foram apresentados detalhes sobre as suas relações pessoais, seus projetos empresariais e seu estilo de vida. Foram examinadas as circunstâncias em que se originou e evoluiu seu relacionamento com o ministro Zavascki. Não apareceu nada que pudesse sugerir qualquer decisão imprópria por parte do magistrado ─ ao contrário, sua conduta à frente dos processos da Operação Lava Jato continua sendo descrita como impecável. Mas o problema, aqui, não é esse. O problema é que ninguém, entre os que tomam decisões ou influem nelas, estranhou o fato de que um dos homens mais importantes do sistema de Justiça brasileiro, nos trágicos instantes finais de sua vida, estivesse viajando de carona no avião de um homem de negócios que não era da sua família nem do seu círculo natural de amizades. Não se trata de saber se o empresário era bom ou ruim. Sua companhia não era adequada, apenas isso, para nenhum magistrado com causas a julgar.
A questão não se limita aos empresários. Não está certo para um juiz, da mesma maneira, frequentar ministros de Estado e altos funcionários do governo. Ele também não pode andar com sócios de grandes escritórios de advocacia – grandes ou de qualquer tamanho. Entram na lista, ainda, diretores de “relações governamentais” de empresas, dirigentes de órgãos que defendem interesses particulares e políticos de todos os partidos. Não dá para aceitar convites de viagem com “tudo pago”, descontos no preço e qualquer coisa que possa ser descrita como um favor. Não é preciso fazer a lista completa ─ dá para entender perfeitamente do que se trata, a menos que não se queira entender. O ministro Zavascki não era, absolutamente, um caso diferente da maioria dos membros do STF e de uma grande parte, ninguém poderia dizer exatamente quantos, dos 17 000 magistrados brasileiros de todas as instâncias. Seu comportamento era o padrão – com a diferença, inclusive, de ser mais discreto que muitos. Ninguém nunca viu nada de errado no que fazia ─ e ele, obviamente, também não.
Cobrança exagerada? Diante dos padrões de moralidade em vigor na vida pública nacional, é o caso, realmente, de fazer a pergunta. Mas não há exagero nenhum em nada do que foi dito acima. Ao contrário, essa é a postura que se observa em qualquer país bem-sucedido, democrático e decente do mundo. Na verdade, não passa na cabeça de ninguém, nesses países, levar uma vida social parecida à que levam no Brasil os ministros do STF e de outros tribunais superiores, desembargadores e juízes de todos os níveis e jurisdições. Muitos magistrados brasileiros também acham inaceitável essa confusão entre comportamento privado e função pública. Não falam para não incomodar colegas, mas não aprovam – e não agem assim. Têm a solução mais simples para o problema: só falam com empresários etc. no fórum, e nunca a portas fechadas. Para todos eles, “conversa particular” é algo que não existe. Nenhum deles vê nenhum problema em se comportar assim. Eles aceitam levar uma vida pessoal com limites; só admitem circular na própria família, com os amigos pessoais e entre os colegas. Fica mais difícil, sem dúvida, mas ninguém é obrigado a ser juiz, nem a misturar as coisas. Só quem quer.

Saudades do "dilmês" ... / Celso Arnaldo

Celso Arnaldo comenta a última da Dilma

Autor de 'Dilmês, o Idioma da Mulher Sapiens', Celso Arnaldo Araújo analisa o apagão mental da ex-presidente

Eu ia mandar um post sobre esse momento constrangedor na Itália, mas acabei esquecendo…como a Dilma. A mim, como dilmologista de primeira hora, me ocorreu outra situação nessa cena. Ao olhar para a tradutora, depois de um fluxo ininterrupto de asneiras, ela se dá conta de que estava falando há mais de um minuto, sem dar pausa para a intervenção da moça.
Ela “esqueceu” da tradutora, não do texto ─ o que no fundo dá no mesmo. Daí o “engrenei uma primeira..”. Com Dilma, todos os tradutores são “traditore”, como diz a velha máxima. É impossível mediar uma fala de Dilma sem trair o pensamento humano.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Lágrimas de um vulcão. ..

I saw this on the BBC and thought you should see it:

 El hipnotizante chorro de lava del volcán Kilauea que cae al mar en Hawái - http://www.bbc.co.uk/mundo/media-38845422

Um suicídio de veterinária com o mesmo remédio que dava para sacrificar os cães-clientes...

I saw this on the BBC and thought you should see it: La desgarradora historia de la veterinaria que se suicidó con el mismo fármaco con el que sacrificó a cientos de perros - http://www.bbc.co.uk/mundo/noticias-38844082

La desgarradora historia de la veterinaria que se suicidó con el mismo fármaco con el que sacrificó a cientos de perros

  • 2 febrero 2017
Chien junto a su mascota.
Image captionChien junto a su mascota.
Una nueva ley que prohíbe la eutanasia animal entrará en vigencia esta semana en Taiwán. La medida se produce casi un año después del estremecedor suicidio de una veterinaria profundamente afectada por la situación de los perros callejeros en ese país.
Quizás la veterinaria y defensora de los animales Chien Chih-cheng estaba en el empleo equivocado, en el momento equivocado.
"Con frecuencia trabajaba horas extras, poquísimas veces se tomaba su receso para almorzar y sacrificaba sus vacaciones para darles a los perros más atención y para ofrecerles una vida mejor", cuenta Winnie Lai, su compañera en un refugio para perros abandonados en la ciudad de Taoyuan.
Graduada de la mejor universidad de Taiwán y con la calificación más alta en la prueba que deben presentar las personas que quieren trabajar en el sector público, Chien podría haber escogido un trabajo de escritorio en la oficina central de un ministerio.
Sin embargo, optó por dedicarse personalmente al cuidado de muchas mascotas que habían sido abandonadas año tras año en Taiwán.
Espero que mi partida les permita darse cuenta que los animales abandonados también son vidas (...) Por favor, valoren la vida
Carta de Chien Chih-cheng
La sala de espera del refugio estaba decorada con los dibujos de los animales que Chien hacía para alentar a que fueran adoptados, pero muchos de ellos tuvieron que ser sacrificados.
El 5 de mayo de 2016, Chien se suicidó y lo hizo usando el mismo fármaco que utilizaba para sacrificar a los animales.
Dijo que quería ayudar a las personas a entender lo que pasa con los animales abandonados en Taiwán.
La sociedad taiwanesa reaccionó con rabia. Muchas personas se enfocaron en el trágico final de la joven veterinaria.
Y otras en cuestionar por qué los trabajadores que luchan contra el abandono de mascotas estaban sometidos a tanta presión.

"Lloré toda la noche"

En una entrevista con el canal de televisión local, CTI, Chien recordó cómo se sintió la primera vez que vio a un animal siendo sacrificado.
"Fui a casa y lloré toda la noche", dijo.
Algunas personas nos dicen que iremos al infierno. Aseguran que nos gusta matar y que somos crueles
Kao Yu-jie, colega de Chien
Pero fueron las intervenciones en los medios de comunicaciones, como esa entrevista, que provocaron que ella misma fuera blanco de ataques personales.
Cuando se informó que había sacrificado a 700 animales en dos años, fue apodada como "la hermosa asesina".
Los trabajadores de refugios para animales se sentían amedrentados por tener que sacrificar a perros, pero Chien y otros especialistas vieron en esa medida la mejor manera de terminar con la vida de animales que nadie quería, que ya estaban muy envejecidos o que eran muy difíciles de ser adoptados, pues de no hacerlo se les sometía al riesgo de contraer enfermedades en refugios superpoblados.
Perros en una jaula
Image captionEn Taiwán hay muchos perros que esperan por ser adoptados.
"Decían que era una carnicera… Con frecuencia nos regañan. Algunas personas nos dicen que iremos al infierno. Aseguran que nos gusta matar y que somos crueles", indica Kao Yu-jie, una de las compañeras de Chien en el refugio.
"Pero la gente sigue abandonando a sus perros. Escuchamos cualquier tipo de razón: su perro es demasiado irascible o no es suficientemente irascible, ladra mucho o no ladra lo suficiente".

Alta tasa de sacrificios

En lo que se refiere al bienestar de los animales, Taiwán enfrenta dos problemas principales: el número de mascotas que han sido abandonadas y el número de perros que esos animales pueden procrear.
Ella misma se puso bajo mucha presión. Se preocupaba mucho por los animales y la presión laboral la afectó
Winnie Lai, colega de Chien
En realidad, la situación ha mejorado en la última década gracias a que han aumentado, por una parte, la concientización pública sobre el problema y, por otra parte, los esfuerzos de los refugios de animales y activistas para prevenir su abandono y fomentar su adopción.
Pero el número de animales sacrificados aún se mantiene alto y los refugios no reciben suficientes fondos y carecen de personal. El trabajo es duro y se dedican muchas horas. En algunos refugios, se mata a la mitad de los animales que albergan.
En 2015, alrededor de 10.900 animales fueron sacrificados. Y alrededor de 8.600 animales de refugios murieron el año pasado de otras causas, como enfermedades.
Una cartelera
Image captionEl refugio donde trabajaba Chien buscaba hogares para la mayoría de sus animales.
En la entrevista con CTI, Chien explicó el proceso de sacrificar a un perro.
"Primero lo dejamos que de un paseo y que se coma algo. Le hablamos. Luego lo llevamos al 'cuarto humano'", dijo.
"Cuando lo pones en la mesa, se le ve muy asustado y todo su cuerpo está temblando, pero después de que se le aplica el fármaco, se va (muere) en entre tres a cinco segundos. Deja de temblar. De hecho, es muy triste".
Al personal que debe hacer estos procedimientos en Taiwán no se le ofrece ningún tipo de ayuda psicológica.

Una carta

El refugio de Taoyuan, de hecho, tenía una de las tasas de eutanasia más bajas y una de las tasas más altas de adopción de animales al compararlas con otros centros de acogida.
Una mujer llorando
Image captionLos colegas de la veterinaria cuentan que su dedicación era excepcional.
Pero una carta que Chien dejó antes de suicidarse deja de manifiesto su preocupación por el bienestar de los animales a los que se había dedicado.
Sus colegas lo atestiguan, aunque los expertos nos recuerdan que muchos factores muy complejos están detrás de cualquier suicidio.
"Ella misma se puso bajo mucha presión. Se preocupaba mucho por los animales y la presión laboral la afectó", señala Lai.
En la carta, Chien escribió: "Espero que mi partida les permita darse cuenta que los animales abandonados también son vidas. Espero que el gobierno sepa de la importancia de controlar la fuente (del problema)… Por favor, valoren la vida".
La ironía de su exhortación de valorar la vida no se perdió y la culpa le fue rápidamente atribuida a alguien más.
Una niña con un perrito
Algunos periódicos acusaron al gobierno de "matarla". Muchos apuntaron al Ejecutivo por su incapacidad de dar con maneras efectivas para erradicar el abandono de mascotas o evitar que esos animales se reprodujeran.
Otros acusaron a quienes catalogaron de "burócratas de nivel alto" de intentar convencer al público que Chien simplemente no podía lidiar con las presiones laborales.
Pero otros dijeron que mientras los trabajadores de los refugios eran un blanco fácil de críticas, toda la sociedad debía asumir la responsabilidad.

Legislación

Muchas personas creen que la raíz del problema son los pocos esfuerzos por hacer cumplir una ley de esterilización y castración.
Terminar con la eutanasia y aumentar los refugios y el número de trabajadores no resolverá el problema
Chiang Wen-chuan, ministerio de Agricultura de Taiwán
El encargado de la unidad sobre animales del ministerio de Agricultura de Taiwán, Chiang Wen-chuan, explicó que esta legislación entró recientemente en vigor y que no permite que los funcionarios impongan multas de forma inmediata a quienes no la cumplan.
Y aunque el personal de ese despacho visita a los dueños de unos 60.000 animales cada año para pedirles que cumplan con las legislaciones vigentes, sólo 30% de los 1.7 millón de perros han sido esterilizados o castrados.
Personas ven perros en una jaula
Image captionEl número de perros abandonados que han sido adoptados en Taiwán ha aumentado en los últimos años.
"No tenemos suficiente personal. Para todo Taiwán, solo tenemos 140 funcionarios dedicados a la protección de animales", señaló Chiang.
"Es un problema sistemático. Terminar con la eutanasia y aumentar los refugios y el número de trabajadores no resolverá el problema".
Algunos taiwaneses también creen que ese tipo de procedimientos médicos (la esterilización y castración) cambian la personalidad de sus mascotas. Otros dicen que quieren crías para dárselas a amigos o para vender".

Medidas a corto plazo

Chien también estaba al tanto, cuando murió, de que una nueva ley entraría en vigor.
Desde el 4 de febrero de 2017, será ilegal sacrificar animales abandonados.
Un hombre explica algo en una cartelera
Image captionAsí como también se busca aumentar el número de adopciones, se quiere hacer cumplir la ley que establece la esterilización y castración de animales.
El presupuesto gubernamental dedicado a ese sector también aumentará en 40%, habrá más inspectores y cualquier persona que quiera dejar a su mascota en un refugio tendrá que pagar una multa de US$125.
Las autoridades han afirmado que esto no tiene nada que ver con el suicidio de Chien y su historia, la cual fue una tragedia humana.
El gobierno ha prometido incrementar los fondos destinados a los refugios así como también el número de personas que trabajan en esos centros.
También prometió ofrecerles asesoramiento psicológico.
Pero muchas personas califican estas medidas como cortoplacistas.
Los activistas quieren que el gobierno aplique mano dura contra los criaderos, brinde subsidios a organizaciones no gubernamentales para esterilizar y castrar animales y ofrezca apoyo a los grupos que se hacen cargo de animales abandonados.
Quizás Chien no fue la catalizadora de los cambios, pero su amor por los animales no será olvidado por su esposo, quien también trabaja en ese campo, y sus colegas, a quienes su muerte causó un profundo dolor.

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