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quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Protesto com conteúdos artesanais nus...G1

12/11/2014 06h10 - Atualizado em 12/11/2014 06h10

Com febre de 'pelados', Porto Alegre já teve outras manifestações de nudez

Nas últimas duas semanas, três mulheres nuas já foram vistas na capital.
Entre piadas na internet, um game e um novo evento foram criados.

Estêvão PiresDo G1 RS
Montagem mulheres correm nuas por Porto Alegre (Foto: Montagem sobre fotos/G1)Montagem mulheres correm nuas por Porto Alegre (Foto: Montagem sobre fotos/G1)
Bem-humorados ou como ato de protesto, os flagrantes de nudez em Porto Alegre já tiveram capítulos anteriores aos casos registrados nos últimos dias na capital gaúcha. Na maior parte dos casos, ao longo dos últimos anos, o ato de se despir em público se transformou em recurso para chamar atenção a reivindicações, a exemplo da Pedalada Pelada, evento que em 2013 reuniu ciclistas nus para protestar em prol da mobilidade urbana.
O primeiro caso da onda de nudez pela cidade ocorreu em 30 de outubro, quando uma jovem foi flagrada correndo em um parque. No dia 6, uma mulher foi vista caminhando em meio aos veículos de uma avenida, em ato de protesto. No domingo (9), uma mulher correu sem roupa no Centro e, mais tarde, um homem foi visto pelado na Avenida Carlos Gomes. A febre motivou piadas e memes web e levou à criação de um evento virtual que convida a correr sem roupa pela cidade na próxima quinta-feira (13). Um game para celular já havia sido criado.
Em 2003, jovens promoveram um banho nudista nos chuveiros ao ar livre em parque. Depois, saíram em caminhada para o Anfiteatro Pôr-do-Sol aos gritos (Foto: Dulce Helfer/Agência RBS)Em 2003, jovens promoveram banho nudista em
chuveiros ao ar livre em parque. Depois, saíram
em caminhada (Foto: Dulce Helfer/Agência RBS)
O primeiro caso de peladões que ganhou o mundo ocorreu 2003, quando ativistas realizaram um protesto que marcou o Acampamento da Juventude na edição do Fórum Social Mundial em Porto Alegre, evento que reuniu lideranças de globais de esquerda. Na ocasião, os manifestantes explicaram que o motivo da manifestação foi um ato policial que proibiu uma garota de tomar banho nua.
Tomados pelo espírito libertário característico do evento, jovens passaram a se banhar pelados em chuveiros públicos instalados ao ar livre no Parque Maurício Sirotsky Sobrinho. Além disso,  um grupo de ativistas nus chegou a correr em direção ao Anfiteatro do Pôr-do-Sol.
O ato acabou sendo liberado por policiais.Ao som de clássicos do rock, como "Viva a sociedade alternativa", de Raul Seixas, os adeptos do nudismo no fórum passaram a convocar mais pessoas para se juntar ao ato.
Pelados dentro da Câmara
Print nus na câmara de Porto Alegre (Foto: Reprodução/RBS TV)Durante ocupação na Câmara, grupo mascarado
posou nu para fotos (Foto: Reprodução/RBS TV)
Em jullho de 2013, na esteira das manifestações de junho no Brasil, a Câmara de Porto Alegre foi ocupada por ativistas por oito dias. Durante o período, a nudez voltou a aparecer: um grupo posou para fotografias sem roupa e com os rostos tapados por camisas, em frente a um mural com imagens de presidentes da Casa (lembre aqui como foi).
As fotos foram postadas em uma rede social, e chegaram a virar alvo de uma investigação sobre a invasão. O então presidente da Câmara, Thiago Duarte (PDT), afirmou na ocasião que o ato havia sido “um desrespeito à Casa do Povo”.
Perfomance ousada em arroio poluído
No dia 13 de setembro de 2013, uma performance teatral ao ar livre atraiu curiosos e surpreendeu quem passava pelo cruzamento das Avenidas Borges de Medeiros e Ipiranga, trecho movimentado da cidade. Seminus, atores e atrizes da companhia de Falos & Stercus realizaram uma intervenção ousada às margens do Arroio Dilúvio.
Arroio Dilúvio Perfomance Luz Pelados Atores Porto Alegre RS (Foto: Reprodução/RBS TV)Grupo teatral fez performance em 2013
(Foto: Reprodução/RBS TV)
Ao todo, 26 artistas participaram da intervenção. As mulheres vestindo túnicas brancas, algumas com seios à mostra, e os homens com toalhas enroladas na cintura. Ao som de música clássica, eles interagiam entre si e com o público de maneira sensual, às vezes completamente nus.
Outro grupo de atores ficou no semáforo, provocando os ocupantes dos carros. Praticantes de wakeboard surfaram nas águas poluídas do Dilúvio, encerrando a apresentação quando a noite começava a cair.

A encenação do espetáculo “Ilha dos Amores – Um Diálogo Sensual com a Cidade”, dirigido por Marcelo Restori, fez parte da programação oficial do Porto Alegre em Cena, o tradicional festival internacional de artes cênicas realizado na capital gaúcha.
A Pedalada Pelada
Em dezembro de 2013, grupo pedalou nu em Porto Alegre (Foto: Adriana Franciosi/Agência RBS)Em dezembro de 2013, grupo pedalou nu em
Porto Alegre (Foto: Adriana Franciosi/Agência RBS)
Em dezembro de 2013, Porto Alegre recebeu a "Pedalada Pelada”, evento de ciclistas, que, segundo a organização tinha dois objetivos: promover a "naturalização do corpo" e protestar por um trânsito mais seguro.
A Brigada Militar registrou a presença de cerca de 200 pessoas no passeio pela região central da cidade. Apenas parte dos manifestantes, no entanto, decidiu tirar a roupa. Lembre como foi a manifestação aqui.

"Estamos acabando com o país" / Gustavo Ioschpe

Estamos acabando com o país

Há algumas semanas, dei uma palestra em um evento sobre educação, organizado por uma grande empresa e sediado em uma escola. Havia muitos educadores e alunos na plateia. Compartilhei alguns dos dados preocupantes sobre o fracasso do nosso sistema educacional. Expus minha oposição ao plano — agora consagrado em lei — de investirmos 10% do PIB em educação, notando que o único país que investe nesses patamares é Cuba. (Não porque aprecie sobremodo a educação, mas porque não tem PIB: qualquer meia dúzia de vinténs já dá 10% do PIB cubano…)
Já passou da hora de termos uma escola apolítica, sem doutrinação
Depois da minha fala, vieram as perguntas do público. Sempre que há professores na plateia, estas perguntas se repetem: não é muito simplista/reducionista/alienado falar apenas em qualidade do ensino através do domínio dos conhecimentos de linguagem, matemática e ciências medidos por meio de exames como a Prova Brasil, o Enem e o Pisa? A função da educação não vai muito além disso? Não seria formar o cidadão crítico e consciente, engajado na construção de um país mais justo? Respondi o que sempre respondo nesses casos: a educação brasileira está tão mal — incapaz até mesmo de alfabetizar seus alunos ou ensinar-lhes as operações matemáticas básicas — que podemos gerar um consenso abarcando desde os stalinistas do PSTU até o neoliberal mais empedernido. Quer você deseje gerar o próximo Che Guevara, quer um operário preparado apenas para trabalhar numa linha de montagem, ambos precisam ser alfabetizados e dominar as operações matemáticas básicas. Então vamos primeiro focar a criação de um sistema educacional que garanta a 100% de seus alunos o direito de aprender pelo menos essas competências básicas, e deixemos as discussões ideológicas para outras áreas e outros momentos. Para mim, isso tudo é de uma obviedade mais do que ululante.
Qual não foi a minha surpresa quando, ao terminar, fui interpelado por uma meia dúzia de adolescentes, na faixa dos 15 anos, alunos daquela escola, dizendo-se indignados com meu desprezo por milênios de linguagem oral, meu menosprezo pelos analfabetos (“Então o senhor acha que é preciso ler para ter conhecimento?!”) e minhas críticas ao “grande” modelo cubano. Sim, sim, tem bastante gente ainda pensando assim em 2014, não estou brincando! Caiu o Muro de Berlim, e eles ainda estão sonhando em descer a Sierra Maestra. Você deve estar pensando que essa escola era da rede pública de alguma biboca do nosso interior profundo, administrada por uma prefeitura de partido socialista, certo? Pois é, eis a minha surpresa: essa escola, senhores e senhoras, está no Rio de Janeiro, na divisa entre a Barra da Tijuca e Jacarepaguá, e — esta é a melhor parte — pertence ao Sesc. Sim, o Serviço Social do Comércio, mantido pelos empresários e funcionários das áreas de comércio e serviço através de impostos cobrados na folha salarial. Longe de ser exceção, essa dinâmica é a regra: escolas e universidades de entidades privadas, algumas inclusive com fins lucrativos, estão entupindo o cérebro de seus alunos com a mais rasteira e ignóbil doutrinação política marxista. Depois, quando esses alunos se tornam adultos e passam a comandar o país, os donos e diretores dessas escolas e universidades passam anos a fio reclamando (com razão) do intervencionismo estatal e do viés antiempresarial dos líderes… que eles mesmos formaram!
Não acredito que esse tiro no pé seja intencional. É só miopia ou visão de curto prazo. Nas universidades, as áreas de pedagogia e licenciaturas são muito desprestigiadas, e acabam se tornando incompetentes. Formam maus professores, mas ninguém se importa, porque, como muito poucos prefeitos ou governadores são cobrados pela qualidade do ensino que oferecem, mesmo o mau professor não terá muita dificuldade de se encaixar no mercado, desde que tenha o diploma. Como os cursos não precisam ter qualidade, o jeito de reter aquele aluno é dizendo-lhe o que ele gosta de ouvir. De preferência, algo fácil de entender. Como esse é um público muito idealista, que já vem doutrinado do ensino médio, e como os pedagogos responsáveis por esses cursos também estão, na maioria dos casos, imbuídos de um sentido de missão revolucionária, o que você acha que esses cursos fazem? Trilham o caminho difícil de transmitir o domínio da didática e da matéria a ser ensinada ou optam por falar do papel revolucionário do professor, da missão grandiloquente da formação do cidadão crítico etc.? Sim, eles optam pelo caminho do ensino raso recheado por profundo doutrinamento. E assim se formam os professores que formarão as futuras gerações.
Lendo estas linhas você deve estar com um misto de compaixão e desprezo pelos proprietários de nossas universidades, investindo hoje na criação do seu opositor de amanhã. Mas eles não são os maiores culpados pela situação que vivemos. Sabe quem é? Você. Sim, você, que tem recursos para ler esta revista e, provavelmente, para pôr seu filho em uma escola particular. Você que faz parte da elite financeira e intelectual do país, que representa a sua liderança. Pois eu pergunto a você: qual foi a última vez que leu um livro didático de história ou geografia adotado pela escola do seu filho? Se você for como a maioria dos pais, deve fazer muito tempo. Você sabe que seus filhos estão ouvindo nas escolas diatribes contra o capitalismo e a burguesia brasileira (leia-se: você) e elogios ao modelo cubano e outros lixos socialistas? Provavelmente não sabia. É provável que só esteja preocupado com que seu filho entre em uma boa universidade, preferencialmente pública, em que o doutrinamento rastaquera praticado na escola será substituído por uma panfletagem esquerdista travestida de intelectualidade. Ou talvez até saiba o que está se passando mas não tenha vontade suficiente para debater com os professores e diretores, mantidos pela sua mensalidade, o lixo mental que seu filho recebe diariamente. 
Você que se preocupa com a saúde física do seu filho a ponto de obrigá-lo a comer arroz integral e tomar suco verde não dispõe da mesma energia e entusiasmo para fazer com que seu cérebro seja preservado dos detritos descarregados diariamente pela escola que você financia.
Talvez acredite que não importa o que seu filho ouve na escola: você corrige os desvios de caminho em casa. E pode ser até que tenha razão. Mas os 83% de alunos que estudam em escolas públicas têm pais cujo nível de instrução é muitas vezes insuficiente até para ajudar na alfabetização do filho. Certamente não conseguirão fazer o mesmo nem saberão que seu filho está sendo vitimado pela historiografia marxista, ou mesmo que há outras historiografias possíveis.
O resultado das últimas eleições mostra que não é possível construir um país nos três meses que antecedem a votação. Mostra que, sim, é ótimo que a nossa elite ganhe muito dinheiro, progrida e tenha condições de passar um tempo em Miami, Paris ou onde bem lhe aprouver, mas que só isso não basta: precisamos de uma elite empenhada em alterar a realidade do país, não em fugir dela. O Brasil está criando pessoas que desconfiam da democracia, dos valores republicanos, de sua própria capacidade empreendedora. Se as lideranças do país continuarem se abstendo da discussão que mais importa — a de valores, de identidade, de aspirações nacionais —, continuaremos colhendo atraso e frustração. Não se constrói um país desenvolvido sem elites. Esse debate é indelegável.
Já passou da hora de termos uma escola apolítica, sem doutrinação, que consiga fazer com que nossos alunos pensem e tenham os instrumentos para pôr de pé seus sonhos de vida. Não podemos nos furtar desse debate nem adiá-lo. Ele começa hoje, na sua sala de jantar, na escola de seus filhos. Aproveite essa liberdade enquanto a temos.
Fonte: Veja, 10/11/2014.

Mosquito Chikungnya faz estragos em 125 municípios do Brasil


Sobe Para 125 o Número de 


Municípios Com Risco de 


Epidemia

Ministério da Saúde realizará campanha de combate à dengue e ao Chinkungunya

publicado em 12/11/2014 às 09:57
DURANTE mobilização do dia ‘D’ Ministério sugere realização de mutirões
DURANTE mobilização do dia ‘D’ Ministério sugere realização de mutirões
O Ministério da Saúde atualizou os dados sobre infestação do mosquito em municípios. A atualização do Levantamento Rápido do Índice de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) realizada na última sexta-feira, 07, revela que 125 municípios brasileiros estão em situação de risco para a ocorrência de epidemias de dengue, 552 estão em alerta e 847 cidades apresentam índice satisfatório. Até o momento, o Ministério da Saúde recebeu informações do LIRAa de 1.524 municípios brasileiros, 61 cidades a mais do que o primeiro levantamento fechado em 3 de novembro.
No primeiro levantamento, Catanduva ocupou a 8ª posição no Estado em alerta de epidemia de dengue. 
O Levantamento divulgado pelo Ministério da Saúde com dados de outubro de 2013 apontou Catanduva com o índice de infestação de 2,4%. Em São José do Rio Preto também foi registrado o índice de alerta de 1,6%, Novo Horizonte vem em seguida, com o índice de 1,1%. Das 49 cidades em alerta do Estado,  menos 3,9% dos imóveis pesquisados têm larvas do mosquito. Nos três primeiros lugares estão: Itapevi (3,3), Cajati (3,3) e Mirassol (3,2). Ainda na microrregião de Catanduva, 13 municípios tiveram resultados satisfatórios abaixo de 1%.
O chamado ‘Mapa da Dengue’ identifica os bairros onde estão concentrados os focos de reprodução do mosquito transmissor da doença, proporcionando informação qualificada para atuação das prefeituras nas ações de prevenção.
Em Catanduva, de acordo com o coordenador do EMCAa, Antonio Carlos da Fonte, o setor do centro da cidade foi que apresentou o maior índice larvário, com 3,5%. Para o ministro da Saúde, Arthur Chioro, é fundamental o reforço às ações de combate não apenas à dengue, mas também à febre chikungunya. “As medidas de enfrentamento e prevenção das duas doenças são as mesmas. Temos de intensificar estas ações e prestar bem a atenção nas informações que o LIRAa nos revela. Trata-se de uma ferramenta muito potente que nos dá informações importantes”, observou.
ENTENDA 
Os municípios classificados como de risco apresentam larvas do mosquito em mais de 3,9% dos imóveis pesquisados. É considerado estado de alerta quando menos de 3,9% dos imóveis pesquisados têm larvas do mosquito, e satisfatório quando o índice está abaixo de 1% de larvas do Aedes aegypti.
Cinco capitais (Boa Vista, Manaus, Palmas, Fortaleza e Salvador) ainda não apresentaram ao Ministério da Saúde os resultados do LIRAa. Ministério da Saúde continua recebendo as informações dos estados e divulgará o próximo levantamento na próxima sexta-feira, DIA 14. 
MOBILIZAÇÃO 
O Ministério da Saúde realizará, a partir do dia 15 de novembro, campanha de combate à dengue e ao Chinkungunya, que tem como slogan “O perigo aumentou. E a responsabilidade de todos também”. Serão divulgadas orientações à população sobre como evitar a proliferação dos mosquitos causadores das doenças e alertar sobre a gravidade das enfermidades.
No dia 6 de dezembro será realizado o Dia D de mobilização. Por meio da ação, o Ministério da Saúde convoca os gestores municipais a realizarem uma intensa mobilização da população, além de mutirões de limpeza urbana e atividades para alertar os profissionais da área ao diagnóstico correto das doenças.  
“Como cerca de 80% dos criadouros estão nas residências, o papel de cada família, para verificar e eliminar possíveis locais que acumulam água, será reforçado nesse dia D. A ação será repetida no dia 7 de fevereiro, com o Dia D+1”.
NOVA CLASSIFICAÇÃO 
Neste ano, o Brasil passou a adotar a nova classificação de casos de dengue da Organização Mundial da Saúde (OMS). Os registros são classificados como “dengue com sinais de alarme” e “dengue grave”. Até 2013, a classificação dos casos no Brasil se dividia em febre hemorrágica da dengue (FHD), síndrome do choque da dengue (SCD) e dengue com complicações (DCC). Cabe destacar que a adoção da nova classificação não traz prejuízos para a análise da situação epidemiológica, mas torna incorreta a comparação direta de casos graves em 2014 com os anos anteriores.

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Custo da violência no Brasil quase chega um bilhão de reais por dia...

10/11/2014 08h33 - Atualizado em 10/11/2014 08h33

Custos com a violência no Brasil chegaram a R$ 258 bilhões em 2013

Dados são do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. 
2.212 pessoas foram mortas pela polícia em todo o país no ano passado.

Do G1, em São Paulo
Os custos com a violência no Brasil chegaram a R$ 258 bilhões no ano passado – quase 6% do PIB, que é a soma de todas as riquezas que o país produz em um ano. Os números são do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que lança nesta segunda-feira (10) o anuário da violência, segundo o Bom Dia Brasil.
O anuário mostra que, em 2013, 2.212 pessoas foram mortas pela polícia em todo o país. Foram seis mortes por dia em confrontos. A comparação com a polícia dos Estados Unidos mostra uma explosão no número de casos. Nos últimos cinco anos, as polícias brasileiras mataram 11.197 pessoas, enquanto a dos EUA levou 30 anos para atingir quase o mesmo número de mortes: 11.090.
Policiais também foram vítimas. Em 2013, 490 foram mortos no país – 75% estavam fora de serviço. 11% dos homicídios do mundo aconteceram no Brasil. A violência tem um custo alto para toda a sociedade.
“Dos 258 bilhões gastos com os custos da segurança pública e da violência no Brasil, só R$ 65 bilhões são gastos com políticas públicas de segurança e com o sistema prisional. Isso significa que a gente gasta três vezes mais com os efeitos perversos da violência e da segurança privada do que com políticas públicas voltadas ao enfrentamento do crime e da violência”, diz Samira Bueno, diretora do Fórum.
A secretária nacional de Segurança Pública, Regina Miki, diz que a violência só vai cair se houver integração dos poderes. “A solução está em aproximarmos o judiciário da política de segurança pública e termos o respaldo da ressocialização dentro do sistema prisional”, afirma.
No anuário também existe um levantamento feito em oito estados feito pela Fundação Getulio Vargas. Ele mostrou que 57% dos entrevistados acreditam ser possível desobedecer as leis. Pior: 81% dizem que é sempre possível “dar um jeitinho” para não cumprir as leis.
A análise dos especialistas é de que esses dados são fortes sinais de que a população convive com a sensação de impunidade. E quanto maior a renda, maior a sensação de impunidade: é em Brasília que está a maior parte das pessoas que acham que é possível “dar um jeitinho".
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sábado, 8 de novembro de 2014

Meu aceno delicado de Boa Noite !!! / Eliane Elias / Estate

Estate

Voz macia, delicada, harmoniosa, melosa...

Gorbachev está preocupado com uma nova 'Guerra Fria'... / DW


ALEMANHA

"O mundo está à beira de uma nova Guerra Fria", afirma Gorbachev

Ao participar dos festejos dos 25 anos da queda do Muro de Berlim, ex-líder soviético critica políticas adotadas pelo Ocidente desde o fim do bloco comunista e fala em "quebra de confiança" com a Rússia.
Em visita a Berlim para participar das comemorações dos 25 anos da queda do Muro, o último líder da União Soviética, Mikhail Gorbachev, criticou duramente neste sábado (08/11) as políticas implementadas pelos países ocidentais desde o fim do bloco soviético.
"O mundo está à beira de uma nova Guerra Fria. Muitos dizem até que ela já começou", declarou Gorbachev, ao comentar a tensa situação atual envolvendo rebeldes pró-Rússia no leste da Ucrânia.
Ele acusa o Ocidente, especialmente os Estados Unidos, de não cumprir as promessas feitas desde os tempos da bipolarização mundial. Para ele, os países ocidentais simplesmente se declararam vencedores da Guerra Fria e tentaram obter vantagem do enfraquecimento da Rússia.
"Os acontecimentos dos últimos meses são consequência de políticas de visão limitada, ignorando os interesses dos parceiros", afirmou, destacando um "quebra na confiança" na relação entre os países. "E agora que a situação está dramática, não vemos o principal organismo internacional, o Conselho de Segurança da ONU, desempenhar nenhum papel ou tomar qualquer medida concreta", criticou.
Gorbachev disse que o Ocidente cometeu muitos erros que irritaram a Rússia, como a expansão da Otan e suas ações na Iugoslávia, no Iraque, na Líbia e, mais recentemente, na Síria, além dos planos de um sistema anti-aéreo de defesa.
Audioslideshow Helmut Kohl Michail Gorbatschow
Em 1990, o então chanceler federal alemão, Helmut Kohl (d), e o líder soviético, Mikhail Gorbachev (e), celebraram acordos
Herói do fim do bloco comunista
Ao participar de um evento no Portão de Brandenburgo, Gorbachev mostrou compreensão com a política adotada pelo Kremlin em relação ao recente conflito envolvendo a Ucrânia. O ex-líder soviético pediu ainda a suspensão das sanções da Europa e dos EUA contra a Rússia.
Para ele, a relação de confiança do Ocidente com a Rússia, que levou à revolução pacífica na Alemanha e nos países do leste europeu, começou a ruir já nos anos 1990. Ele defende que essa relação seja restabelecida, especialmente entre alemães e russos. "Precisamos lembrar que, sem a parceria russa-alemã, não há segurança na Europa", afirmou, ressaltando que, se isso ocorrer, o continente passará a ser irrelevante como força global.
As reformas promovidas na então União Soviética por Gorbatchev, hoje com 83 anos, ajudaram a pavimentar o caminho para a queda do Muro de Berlim, seguida pelo fim do regime comunista no leste europeu. Por isso, muitos alemães que viviam no lado oriental do muro e participaram de manifestações naquele ano de 1989 consideram o vencedor do Nobel da Paz, ainda hoje, um herói.
MSB/dpa/rtr



Humor sério de Sponholz

Sponholz: A rainha louca!