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NOTÍCIAS DE BRASÍLIA

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

"Moro joga duro. Não dá refresco a ninguém ".... Ricardo Noblat

http://noblat.oglobo.globo.com/meus-textos/noticia/2015/09/o-golpe-contra-lava-jato.html

O golpe contra a Lava Jato

E por que querem tomar de Moro parte do que ele investiga? Porque Moro joga duro. Não dá refresco a ninguém
O juiz federal Sérgio Moro (Foto: Paulo Lisboa / Brazil Photo Press / Agência O Globo)
                     O juiz federal Sérgio Moro (Foto: Paulo Lisboa / Brazil Photo Press / Agência O Globo)
Ricardo Noblat
* Notícia boa: a inflação está caindo. Notícia ruim: ainda é a mais alta desde 2003. Cai porque as pessoas estão deixando de comprar - o que é ruim.
* Dilma não tem mais saída. Ou melhor: tem.
* PT: Perda Total.
* Devido à crise econômica, o governo chileno congelará os salários dos seus 200 funcionários que ganham mais, incluindo a presidente. Como não temos crise por aqui...
* Nos sites e blogs governistas, quem se opõe a Dilma vira golpista. A ser assim, temos um país onde mais de 80% dos seus habitantes são golpistas.
* Falam em golpe contra Dilma. E o golpe contra a Lava Jato que investiga a roubalheira?
* O golpe copntra a Lava Jato prevê a entrega para outro juiz de parte das investigações comandadas, hoje, pelo juiz Sérgio Moro.
* Ministros do Supremo Tribunal Federal entendem que só cabe a Moro investigar o roubo na Petrobras. Mesmo que o ladrões da Petrobras tenham roubado outras empresas.
* Sabe como a Lava Jato começou? Investigando doleiros. Aí descobriuu um posto de gasolina em Brasília onde se pagava propinas. Em seguida, a roubalheira na Petrobras começou a aparecer.
* E por que querem tomar de Moro parte do que ele investiga? Porque Moro jogao duro. Não dá refresco a ninguém.

Frase do dia no blog de Ricardo Noblat / Carlos Siqueira, presidente do PSB


FRASE DO DIA

Entendemos que é um governo moribundo [o de Dilma]. Temos que encontrar um meio de o país não sangrar por muito tempo
CARLOS SIQUEIRA, PRESIDENTE DO PSB

Notícias terríveis de Brasília / coluna de Cláudio Humberto


‘CIDE DO PECADO’ É O PLANO B
OUTRA TRAPALHADA
Foi o ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil) quem propôs aliança com Kátia Abreu e Picciani, sem consul- tar a cúpula do PMDB.
SAI PRA LÁ
A presidente Dilma Rousseff foi varrida das propagan- das do PT que vão ao ar na próxima semana. Quem vai estrelar os comerciais é o ex-presidente Lula, que passa esta quarta (23) gravando os programas.
MÁ IDEIA
Na reforma ministerial, Dilma ouviu Leonardo Pic- ciani (RJ) para tentar intrigá-lo com seu guru, Eduar- do Cunha. Tiro n’água: o jovem deputado não esquece que o presidente da Câmara o retirou do baixo clero.
FAZ-DE-CONTA
Dilma “ouviu” Kátia Abreu (Agricultura), como “repre- sentante do PMDB do Senado”, para definir cargos. Mas até as pedras da Praça dos Três Poderes sabem que a ministra não está autorizada a falar pelo partido.
PARLAMENTARISMO COM DILMA
Prefeito de Jaboatão dos Guararapes (PE), Elias Gomes defendeu corajosamente, ontem, em Brasília, uma pro- posta incômoda em seu partido (PSDB) contra crise: parlamentarismo com Dilma, sem ruptura.
ME ENGANA QUE EU GOSTO
O ministro Gilberto Kassab (Cidades) jurou a Dilma que o PSD rejeita o impeachment. Mas a conversa dos deputados do seu PSD não é bem essa. O ânimo da ban- cada contra Dilma é de beligerância.
MARTA É VIP
A senadora Marta Suplicy (SP) oficializa filiação no PMDB neste sábado (26). O partido não quer saber de discrição. Cobrou a presença de toda a alta cúpula. A lista inclui até o vice-presidente Michel Temer.
DESCEU DO MURO
O PSB se reúne na próxima semana para referendar a decisão de assumir oposição ao governo Dilma. A ban- cada na Câmara já defende o impeachment da presi- dente e anunciou que vota contra a CPMF.
PROTESTO GOURMET
Servidores do Judiciário seguem à risca o ditado “sa-
co vazio não para em pé”. Acompanha os protestos por aumento salarial uma frota de food-trucks e churras- quinhos. Nesta terça (22), não foi diferente.

PENSANDO BEM...
...o PT vai precisar criar adicional de periculosidade não só para seus tesoureiros, mas também para ex-deputa- dos, ex-diretor de marketing, ex-ministro da Casa Civil...
AFASTARÁ IMPEACHMENT
A reforma ministerial não afasta o risco de impeach- ment da presidente Dilma. A situação é cada vez mais delicada, e o quadro se agravou com a recusa dos caci- ques do PMDB de indicar ministros, o que pode sinali- zar a intenção de rompimento. Para o experiente de- putado Jarbas Vasconcelos (PE), um dos independentes do PMDB, a queda de Dilma é apenas uma questão de tempo, “por impeachment ou por renúncia”.
FILME ANTIGO
Política
CLÁUDIO HUMBERTO
WWW.DIARIODOPODER.COM.BR TIAGO VASCONCELOS
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COM GABRIEL GARCIA,
RODRIGO VILELA E
DE DILMA À CPMF
Apesar de garantir o contrário, o governo tem mesmo um “plano B” para o caso de o Congresso rejeitar a no- va CPMF: a criação da “Cide do Pecado”, isto é, a taxa- ção adicional de produtos ligados a lazer e prazeres, de “segunda necessidade”, como refrigerantes, bebidas al- coólicas, como cerveja e vinho, tabaco etc, além dos impostos já embutidos na produção, importação e ven- da, nesses setores.
TAXA DA MENTIRA
A Cide é uma taxa criada por FHC sobre cada litro de combustível, a pretexto de financiar a recuperação e e construção de estradas.
O RATEIO DA TUNGA
Hoje a Cide é cobrada exclusivamente sobre combus- tíveis importados e vendidos em território brasileiros: 71% para a União, 29% para Estados.
DE OLHO NO BUTIM
O setor de bebidas fatura cerca de R$ 80 bilhões anuais, e o de cigarro R$ 17 bilhões, segundo a Confe- deração Nacional da Indústria (CNI).
PUNIÇÃO DO ÊXITO
A Cide é cobrada por volume vendido, não por alíquo- tas. Ou seja, é o imposto do sucesso: quanto mais uma empresa vender, mais vai pagar.
REFORMA DO GOVERNO NÃO

Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) | ALEXANDRA MARTINS/AGÊNCIA CÂMARA
Para o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), a histó- ria se repete: seu partido faz com Dilma “o que o PFL fez com Fernando Collor”.
SEM REPRESENTATIVIDADE
Dilma tenta obter do líder Leonardo Picciani (RJ) e da ministra Kátia Abreu, que não falam pelo PMDB, no- mes para “definir as indicações”.

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terça-feira, 22 de setembro de 2015

Frase do deputado federal Jarbas Vasconcelos do PMDB no blog do Ricardo Noblat


FRASE DO DIA
Vocês têm dúvida de que Lula será preso na operação Lava Jato? Vai ser uma cena bonita, ele caminhando para Curitiba, uma cena normal 
JARBAS VASCONCELOS, DEPUTADO FEDERAL PELO PMDB DE PERNAMBUCO

Mau humor, bom humor, má administração, má interpretação de realidades do Brasil / blog do Aluizio Amorim


segunda-feira, setembro 21, 2015

US$ 1 TRILHÃO: ISSO É QUANTO 300 EMPRESAS BRASILEIRAS LISTADAS NA BOVESPA SE DESVALORIZARAM. EIS AÍ A HERANÇA MALDITA DO LULISMO. PEGUEM ELES!

O mau humor do mercado em relação à presidente Dilma Rousseff ganhou mais um número: US$ 1 trilhão. Isso é quanto as 300 empresas brasileiras listadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) se desvalorizaram, durante seu governo, segundo a consultoria Economática. A petista assumiu o primeiro mandato em 1º de janeiro de 2011. Poucos meses depois, em abril, a bolsa chegou ao seu maior nível, com as companhias totalizando US$ 1,531 trilhão.
Desde então, apesar de alguns soluços, a Bovespa entrou em queda livre. Na última sexta-feira (18), em meio à expectativa de que o país perderia seu segundo selo de bom pagador (o chamado grau de investimento), a bolsa fechou com forte queda de 2,65%. Com isso, o valor total das companhias caiu para apenas US$ 515 bilhões.
Para se ter uma ideia do que isso representa, as 300 companhias da bolsa brasileira não valem, juntas, a Apple, a badalada empresa fundada por Steve Jobs e criadora de aparelhos como o iPhone e o iPad. Hoje, seu valor de mercado é de US$ 656 bilhões. De acordo com a Economática, o preço da bolsa brasileira é o mais baixo desde dezembro de 2005, quando valia US$ 447 bilhões.
De acordo com a Economática, parte dessa desvalorização brasileira deve-se à disparada do dólar. Nos 54 meses analisados pela consultoria, a moeda americana subiu 134%. Isso cria outro embaraço: a bolsa brasileira está muito próxima de ficar menor que a do México. Com 121 companhias listadas, a bolsa mexicana vale US$ 497 bilhões. Ou seja: o Brasil está apenas 3,4% acima. Do site O Financista

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

" ... las opiniones publicadas sobre el indulto otorgado a 3.522 presos antes de la visita del Papa Francisco...! Yoani Sánchez


La Generación Y tras las rejas

Con la publicación de la Gaceta Oficial No. 31, muchas han sido las opiniones publicadas sobre el indulto otorgado a 3.522 presos antes de la visita del papa Francisco. La mayoría de las críticas se han dirigido al hecho de que entre los beneficiados no se incluyan condenados por motivaciones políticas. Sin embargo, al repasar la relación de prisioneros a excarcelar, otro elemento salta a la vista.
Al menos 411 de los indultados llevan nombres que comienzan con “i griega”, lo que significa más de un 11 por ciento de la cifra total. Se podría asegurar que se trata de personas que tienen entre 20 y 45 años, pues desde principios de la década del setenta y hasta entrados los años noventa estuvo de moda en Cuba llamar a los hijos con la penúltima letra del abecedario. Estamos en presencia entonces de “el hombre nuevo”, ese ser que nació y creció en una sociedad que se sentía parte de la “utopía”, vivió bajo el subsidio soviético y el excesivo adoctrinamiento ideológico. ¿Cómo es posible que tanta de esa arcilla humana haya terminado tras las rejas?
¿Cómo es posible que tanta de esa arcilla humana haya terminado tras las rejas?
Carne de laboratorio social y piel de prisión, la Generación Y está muy alejada de lo que se proyectó para ella. Le ha tocado vivir un país diferente al que le prometieron, y para sobrevivir en esa jungla ha tenido que hacer todo lo contrario de lo que le enseñaron. Aunque el listado de los presos a liberar no incluye el delito por el que fue juzgado cada uno, es fácil aventurar qué llevó a muchos de esos hombres y mujeres de la utopía a terminar en una celda.
Quizás esté entre ellos Yoandis el que mató una vaca para dar de comer a su familia o Yuniesqui quien robó combustible de la empresa para revenderlo en el mercado ilegal y compensar su bajo salario. ¿Quién sabe si alguna Yordanka a la que la violencia de género le hizo tomar el camino de la venganza marital, se encuentra también en esa relación? ¿O Yusimí, la que aprendió desde pequeña en el solar donde vivía que era mejor golpear primero que golpear dos veces? De pioneritos con pañoletas de colores, pasaron a ser reos de uniforme gris; de la Cuba de los manuales de marxismo cayeron en el país real.
Una generación atrapada por las circunstancias, obligada muchas veces a delinquir, empujada otras a escapar y condenada a las pocas oportunidades. Las 411 familias de estos hijos del experimento cubano estarán por estos días aliviadas de verlos retornar, al igual que los parientes del resto de los indultados. Pero, la sociedad que encontrarán al traspasar las rejas sigue desmintiendo aquella que una vez les explicaron frente a las pizarras y en los matutinos. La cárcel ha sido parte de la alquimia social que les ha tocado.

domingo, 20 de setembro de 2015

Charge do Amarildo no blog do Ricardo Noblat

HUMOR

A charge de Amarildo

Charge (Foto: Amarildo)

" Os jornalistas costumavam liderar o caminho, em vez de seguir servilmente o fluxo superficial do tráfego da internet " / blog do Ricardo Noblat / Bobby Fischer

GERAL

A era de Bobby Fischer

Os jornalistas costumavam liderar o caminho, em vez de seguir servilmente o fluxo superficial do tráfego da internet
Bobby Fischer (Foto: Divulgação)Bobby Fischer (Foto: Divulgação)
Kenneth Rogoff, O Globo
O novo e brilhante filme “Pawn Sacrifice” (“Sacrifício do peão”) retrata a vida do atormentado gênio do xadrez Robert James “Bobby” Fischer desde o começo como um prodígio ao histórico jogo de 1972, aos 29 anos, com o campeão mundial russo Boris Spassky. O ator Toby Maguire representa Fischer com uma autenticidade impressionante — de fato, um gol de placa para aqueles de nós que conhecemos Fischer em seu auge.
O filme retrata um jogo que se tornou um evento crucial na Guerra Fria entre a Rússia e os EUA. Também leva a pensar se um gênio criativo como Fischer, profundamente perturbado e ainda assim plenamente funcional como enxadrista, seria capaz de sobreviver hoje no implacável mundo on-line.
Fischer certamente obteve repercussão naquela época, mas a informação era filtrada de forma muito diferente do que é hoje. Os jornalistas costumavam liderar o caminho, em vez de seguir servilmente o fluxo superficial do tráfego da internet. A história de rapaz errático do Brooklyn vencendo o império soviético em seu esporte nacional fez uma boa cópia para os jornalistas, que entenderam o significado do evento. Durante dois meses, diariamente, o jogo sustentou manchetes de primeira página nos principais jornais do mundo, com os comentaristas analisando cada movimento durante até cinco horas a cada dia.
Naquela época, havia poucos canais de televisão. Não existia aparelhos de DVD ou serviços pay-per-view. Apesar disso, essa não era a única razão para as pessoas ficarem grudadas em seus aparelhos de TV para assistir o jogo. O ambiente surreal, as surpreendentes jogadas de xadrez e a Guerra Fria como pano de fundo tornaram Fischer uma das pessoas mais famosas no mundo naquele verão. Não vou me vangloriar a ponto de afirmar que foram as análises que atraíram a atenção, embora eu tenha sido um comentarista do crucial 13º jogo.
Para o campeão americano, a partida foi a culminação de duas décadas de busca do título, começando em seus dias de criança prodígio. Após uma vida inteira em relativa pobreza para um superstar (embora ele frequentemente aparecesse nas capas das principais revistas), Fischer se viu, enfim, disputando uma partida com uma bolsa de US$ 250 mil. Claro, isso era uma ninharia se comparada aos US$ 2,5 milhões que cada lutador havia garantido na luta Ali-Frazier de 1971. Mas Fischer reconheceu que a cultura americana marginaliza qualquer iniciativa que não produza uma fortuna, então ele viu o prêmio de seis dígitos como o mais alto símbolo de prestígio de seu esporte.
Para a Rússia, a partida não tinha a ver com dinheiro, mas sim com corações e mentes. O mundo do xadrez há muito havia sido o campo de batalha para se provar a superioridade do sistema comunista. Embora os ocidentais hoje finjam que sempre se soube que o comunismo à Rússia iria fracassar, isso não era tão óbvio àquela época. O principal texto introdutório de economia do período, do Prêmio Nobel Paul Samuelson, ainda previa que a Rússia poderia superar os EUA como a maior economia do mundo. Para sermos justos, os russos valorizavam enormemente o jogo de xadrez, mesmo sem produzir muita renda. De várias formas, o xadrez era o esporte nacional da Rússia. Não admira que a busca quixotesca do título de campeão por Fischer levou ao mentor da política americana Henry Kissinger a se reunir com Fischer e instá-lo a não desistir, como ele ameaçara fazer.
Qualquer que fosse o seu status nos EUA, Fischer era certamente o americano mais querido na Rússia. A majestade de seu jogo transcendia a propaganda num país onde diariamente as pessoas podiam apreciar e entender a beleza própria do jogo. Na preparação para o campeonato, Fischer derrotou dois oponentes muito bons com histórico placar de 6 a zero, um resultado surpreendente, quando muitos jogos de grandes mestres acabam em empate. Os torcedores russos ficaram tão estimulados pelo feito sem precedentes de Fischer que, conta-se, chegaram a congestionar as linhas telefônicas de Moscou para tentar obter informações. Depois de um tempo, as telefonistas simplesmente atendiam as ligações dizendo “6 a zero” e desligavam. No fim, até mesmo Spassky prestou o último tributo à genialidade de Fischer, aplaudindo com o público após a inspirada sexta vitória de Fischer, como mostra o filme. O americano pode ter sido o maior gênio do xadez, mas o russo teve o maior gesto de classe.
O diretor Edward Zwick não se esquivou de mostrar os demônios que atormentavam Fischer. Ele se preocupou coerentemente que o russos não poupassem esforços para evitar que ele fosse campeão, mas no fim as preocupações racionais se transformaram em paranoia, e Fischer começou a se voltar contra seus amigos e confidentes. Ele se tornou antissemita, mesmo sendo judeu.
Suspeita-se que, no mundo on-line de hoje, a paranoia de Fischer e suas falhas pessoais o teriam derrubado bem antes de se tornar campeão. Depois que Fischer venceu o campeonato e simplesmente parou de jogar xadrez em competições, sua enfermidade mental piorou. Embora ninguém possa condenar os surtos virulentos e pensamentos sombrios de Fischer em seus últimos anos (ele morreu em 2008), é triste perceber que alguém com tal criatividade e genialidade, que inspirou tantos por meio de seu xadrez, tenha tido sua carreira encerrada num estágio muito mais cedo do que ocorre hoje. Vivemos num mundo distinto. “Pawn Sacrifice” relembra um mundo em que as qualidades de Fischer eram possíveis.
Kenneth Rogoffex-economista-chefe do FMI, é professor de Economia e Política Pública na Universidade de Harvard

Um pedaço da coluna de Augusto Nunes / Veja /

20/09/2015
 às 11:18 \ Opinião

Oliver: A Perestroika

VLADY OLIVER
Gilmar Mendes está falando sozinho. O juiz Sérgio Moro está falando sozinho. Joaquim Barbosa falava sozinho. Ainda fala. O procurador Dalton Dallagnol está falando sozinho. Todos estes ilustres senhores estão escancarando a verdade na cara dos pagantes e nem isto é razão para uma tal de “imprensa” sair de sua confortável saleta com ar condicionado, onde dão um verniz nos press-releases picaretas de um governo idem, e conferir o que está sendo dito por todos estes ilustres senhores sobre a sofisticada organização criminosa.
19/09/2015
 às 21:10 \ Opinião

“The Walking Dead” e outras seis notas de Carlos Brickmann

CARLOS BRICKMANN
A tropa de funcionários sem concurso continua lá, como se tudo estivesse normal. Aloizio Mercadante faz cara de bravo e ocupa o espaço ao lado do rosto e acima do ombro de Dilma, como se as fotos ainda valessem a pena. Sibá Machado e José Guimarães ─ aquele cujo assessor andava com dólares na cueca ─ ainda discursam, como se alguma vez tivessem sido importantes. E todos correram para buscar socorro com o Pai de Todos, o Número 1, o Boa Ideia, O Cara, como se Lula ainda pudesse salvar seus empregos e mordomias. No momento em que pediram socorro ao Pai dos Postes, anunciaram que o governo acabou.
Se a Benemerenta que distribui nomeações e benesses e manda no Diário Oficial não consegue sustentar-se no poder, nem distribuindo dezenas de Ministérios, não tem como ostentar o majestoso título de Denta. Denta virou cargo honorífico. Como diria um filho cujo pai o chamou de Ronaldinho dos Negócios, game over. Como nos desenhos animados em que o personagem anda na prancha e só despenca no abismo ao perceber que a prancha acabou, falta apenas cair.
E táticas que já deram certo dificilmente funcionarão agora. Lula, estrela máxima do petismo, já se queixou de que não pode sequer ir a um restaurante. Não pode tomar um voo comercial nem, por outro motivo, os bons jatos dos empresários. Sujeita-se a um jatinho pequeno, apertado. Aliados o abandonam; amigos antigos, como José Dirceu, ele os abandonou. E, se nem aos tradicionais restaurantes do tempo de metalúrgico pode ir, que prestígio lhe resta para dar a Dilma?

Thriller do Impeachment // You Tube //