Postagem em destaque

Pablo MArçal dando exemplo de Solidariedade

Pablo Marçal calando a boca de muitos 👏, falou que ia mandar avião cargueiro pro Sul, mandou, ja mandou 10 carretas lotadas de alimentos...

sábado, 14 de julho de 2012

Olimpíadas de Londres por Veja

http://veja.abril.com.br/blog/olimpiadas/

13/07/2012
 às 8:59 \ Guia de viagem

Guia de viagem: Broadway Market

Um dos grandes objetivos de Londres com a realização dos Jogos Olímpicos é a regeneração urbana do leste da cidade. A região, historicamente a menos favorecida da capital, é uma das mais pobres do Reino Unido, o local onde vive a típica classe trabalhadora inglesa. A novela EastEnders, exibida pela BBC desde 1985, tem a região leste de Londres como cenário e ajudou a  fazê-la parte do imaginário dos britânicos.
Os Jogos Olímpicos podem entrar para a história como um grande marco para o desenvolvimento do leste de Londres, mas estão longe de ser o seu ponto de partida. A “corrida para o leste” é um processo que aconteceu gradualmente ao longo dos anos. Quando Londres ganhou o direito de sediar os Jogos, em 2005, a região já era destino de artistas, músicos, designers e afins, que buscavam aluguéis mais baratos que na região central da cidade.
Hoje, o leste de Londres é definitivamente o cartão postal mais descolado do Reino Unido, a casa das mentes mais modernas e criativas do país. Aos poucos, galerias de arte ganham a companhia de estabelecimentos que há alguns anos jamais se imaginaria ver por ali, como hotéis e restaurantes de luxo. A diversidade cultural é igualmente imensa: convivem por ali indianos, turcos, paquistaneses, bangladeshianos, caribenhos, turcos, judeus ortodoxos, gente de todo o mundo.
Quem vier a Londres para os Jogos Olímpicos muito provavelmente passará pelo leste da capital – a maioria das competições acontecerá no Parque Olímpico, em Stratford. Mas para conhecer o lado mais badalado do East End, nada melhor que uma visita ao Broadway Market, mercado localizado na rua homônima entre o Regent’s Canal e o parque London Fields.
Desde o início do século passado o local abrigava barracas de frutas e vegetais, mas foi a partir de 2004, quando a comunidade local decidiu revitalizá-lo, é que ele se consolidou como o ponto de encontro dos modernos de Londres. É possível comprar produtos orgânicos, queijos, cupcakes, camisetas, discos, roupas vintage e uma enorme variedade de produtos, além de experimentar comidas de diversas partes do mundo.
Como era de se esperar, o mercado rapidamente se transformou em uma grande atração turística. O grande movimento logo atraiu restaurantes e cafés, que se instalaram na rua e se tornaram igualmente concorridos aos sábados. Hoje, parte do público que ajudou a tornar o Broadway Market popular já torce o nariz para o local, por considerá-lo excessivamente turístico. Mas se você está em Londres justamente a passeio, não há motivos para deixar de visitá-lo.
Broadway Market
Horário: sábados, das 9h às 17h
Transporte: estação Haggerston (overground)
12/07/2012
 às 9:25 \ Londres

Arábia Saudita terá duas mulheres nos Jogos

O dia começou com um importante anúncio oficial do Comitê Olímpico Internacional (COI): pela primeira vez nos 116 anos dos Jogos Olímpicos a Arábia Saudita será representada por duas mulheres. O comitê olímpico saudita confirmou a participação de Sarah Attar (foto acima), nos 800m, e Wodjan Ali Seraj Abdulrahim Shahrkhani, no judô.
O anúncio não deixa de ser um alívio para o próprio COI, que se via pressionado por movimentos de defesa dos direitos humanos a sancionar a Arábia Saudita. A Carta Olímpica, documento que estabelece os princípios e valores do Olimpismo, condena expressamente qualquer discriminação de gênero. Qatar e Brunei, outros dois únicos países que nunca haviam enviado mulheres aos Jogos, também terão representantes em Londres 2012.
Inicialmente, havia a expectativa de que a amazona Dalma Rushdi Malhas, que treina na França, fosse a primeira representante saudita nos Jogos. Em 2010, Dalma conquistou o bronze nos Jogos Olímpicos da Juventude, em Singapura. No fim do último mês, porém, a Federação Internacional de Hipismo (FEI) anunciou que Dalma não poderia disputar os Jogos de Londres 2012, devido a uma lesão de seu cavalo Caramell KS.
A notícia é sem dúvida algo a se comemorar, mas uma reportagem publicada há dez dias pelaAssociated Press mostra que a questão pode ser mais complexa que se imagina. Em entrevista à agência de notícias, Rawh Abdullah, que treina uma equipe de futebol feminino em Riad, disse temer os efeitos da participação de atletas sauditas nos Jogos.
Embora não exista uma lei que proíba a participação de mulheres em atividades esportivas, na prática elas são privadas desse direito desde a infância – não há aulas de educação física para meninas. As mulheres sauditas não podem frequentar estádios, alugar quadras esportivas ou tornar-se membros de clubes. A equipe treinada e capitaneada por Rawh treina em um jardim, de maneira clandestina.
Ela teme, porém, que a participação das mulheres sauditas nos Jogos possa ter um efeito contrário. Sem treinamento adequado, as atletas dificilmente terão bons resultados em Londres – o que pode servir de pretexto para uma reação negativa das autoridades sauditas, que podem acusá-las de envergonhar o país.
Rawh Abdullah conhece como ninguém a realidade de seu próprio país, e seu ponto de vista deve ser levado em conta. Fica a torcida para que a quebra do tabu não seja apenas um álibi para o COI, mas que também sirva para dar início a mudanças mais profundas na sociedade saudita.
11/07/2012
 às 17:00 \ Londres

Londres se prepara para Jogos sob chuva

Ainda era novembro quando, em minha primeira visita ao Parque Olímpico, ouvi uma afirmação ousada de Paul Deighton, chefe-executivo do comitê organizador de Londres 2012. A neblina encobria boa parte das obras, o termômetro não passava dos 10°C, mas ele garantiu que durante os Jogos teríamos “um clima adorável”.
A apenas 16 dias do início dos Jogos, parece improvável que a promessa se concretize. Reclamar do mau tempo na Inglaterra é chover no molhado, perdoem-me o trocadilho, mas o volume de chuvas das últimas semanas tem deixado os próprios britânicos surpresos. Hoje, a temperatura máxima não passa dos 17°C.
A chuva já causou problemas para os organizadores de alguns eventos recentes. Algumas partidas do torneio de tênis de Wimbledon tiveram que ser interrompidas, assim como os treinos para o Grande Prêmio de Silverstone. Nesta terça-feira, um show que aconteceria no Hyde Park teve que ser cancelado.
Com a perspectivas de que as chuvas deverão durar até o fim do mês, a organização dos Jogos já começa a se preparar para lidar com seus efeitos. Segundo reportagem do Guardian, o comitê já está avaliando as possibilidades de reagendar eventos de hóquei e vôlei de praia e já encomendou capas de chuva para distribuição aos espectadores. As competições de remo, no rio Tâmisa, de Mountain Bike e BMX também são motivo de preocupação.
Mas mesmo quem tem ingressos para as cerimônias de abertura e encerramento ou para as provas de atletismo pode ser seriamente afetado pela chuva. Apenas dois terços dos assentos do Estádio Olímpico são cobertos – a organização decidiu por não fazer a cobertura total, para não aumentar os custos. Na prática, isso significa que alguns dos assentos mais nobres do estádio – cujos ingressos custavam até 2000 libras (6300 reais) – podem acabar sendo o pior lugar para se estar em caso de chuva.

A luta entre o pragmatismo e o fundamentalismo... BBC / Gabriel Palma

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/07/120712_entrevista_america_latina_china_lgb.shtml

Por que a América Latina não cresce como a Ásia?

Atualizado em  13 de julho, 2012 - 07:44 (Brasília) 10:44 GMT
Em 1980, a produção industrial no Brasil era maior do que a da Tailândia, Malásia, Coreia do Sul, Índia e China juntas. Trinta anos depois, representava apenas 10% do total produzido por esses países.
O mesmo aconteceu, em menor grau, com outros países da América Latina. Se antes despontavam em relação aos asiáticos, hoje, perderam o diferencial competitivo e tentam correr, em vão, atrás do tempo perdido.
Mas por que a América Latina ficou para trás na economia global quando comparada à Ásia? Quais aspectos, culturais, políticos, históricos, econômicos, administrativos, resultaram em tamanho desequilíbrio?
Para esclarecer as razões da derrocada latino-americana ante a emergência asiática, a BBC conversou com o professor da Universidade de Cambridge Gabriel Palma, especialista em economias comparativas.
BBC MundoO sr. aponta em suas pesquisas que o crescimento econômico na Ásia tem sido mantido ao longo das últimas três décadas. Já, na América Latina, a economia oscila entre períodos de rápido crescimento e queda vertiginosa. Por quê?
Gabriel Palma - Desde a década de 80, países asiáticos como Coreia, Cingapura, Malásia e Tailândia têm crescido a uma taxa anual de 7%, enquanto China, Índia e Vietnã, em torno de 9%. No mesmo período, a América Latina cresceu somente 3%.
Isso não significa, contudo, que os países latino-americanos não têm capacidade de crescer. Pelo contrário. Argentina, Chile e Peru, na década de 90; o Brasil e o México, na década de 60 e 70, só para ficar em alguns exemplos, registraram taxas de crescimento semelhantes às verificadas atualmente na Ásia.
A principal diferença é que o crescimento latino-americano não foi sustentado. Na minha opinião, há três razões para isso.
A primeira diz respeito à taxa de investimento privado, que é de 30% do PIB na Ásia, enquanto que, na América Latina, é de 15%. Como resultado, o investimento por trabalhador ocupado na economia brasileira é hoje menor do que na década de 80, enquanto Índia e China apresentam taxas 8 e 12 vezes maiores, respectivamente.
O segundo ponto é que a política econômica na Ásia é claramente keynesiana com taxas de câmbio competitivas e taxas de juros baixas e estáveis.
A reforma econômica na Ásia, ou seja, a liberalização do comércio, a liberalização financeira, foi pragmática, lenta e seletiva. Na Índia, a reforma foi lançada na década de 80, mas a primeira redução de tarifas de importação ocorreu em 87 e a primeira abertura financeira, em 93.
Isso deu tempo aos agentes econômicos de se adaptar às mudanças.
Na América Latina, a reforma foi adotada como uma religião. Tudo foi feito da noite para o dia. Em dois ou três anos, todas as reformas foram implementadas. O resultado foi uma enorme confusão.
BBC Mundo - Ou seja, enquanto a Ásia adotou o pragmatismo, a América Latina enveredou-se pelo fundamentalismo? O senhor quer dizer que esse atraso se deve muito mais a aspectos históricos e culturais do que propriamente econômicos, não?
Gabriel Palma | Crédito da foto: Arquivo pessoal
Para o professor Gabriel Palma, a política econômica da América Latina é influenciada por ideologias.
GabrielPalma: Existem, hoje, dois tipos de capitalismo. O anglo-ibérico, que aplicou todas as reformas religiosamente, e o asiático, que, com uma tradição pragmática, que não se deixa levar por ideologias.
Eu viajo com frequência para a Ásia e sempre vi um ceticismo claro em relação ao messianismo de algumas fórmulas ocidentais, como o Consenso de Washington e o neoliberalismo.
Tal atitude exerce um impacto muito claro na política econômica. Um exemplo é a intervenção no câmbio. Isso é fundamental para os asiáticos.
Enquanto isso, a América Latina aceita que o mercado dite as regras, ao deixar a taxa de câmbio à mercê da oferta e da procura, o que, normalmente, produz resultados desastrosos.
Apesar desse diagnóstico, segundo a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), a América Latina tem crescido na primeira década deste século de forma muito estável.
Isso está ligado ao terceiro fator que nos diferencia da Ásia. Na América Latina, temos uma ilusão do mundo das finanças.
Nos anos pré-crise, de 2002 a 2007, a América Latina cresceu entre 4% e 4,5%, mas o valor dos ativos financeiros – aí incluídos as bolsas de valores, os títulos públicos e privados, os ativos dos bancos, cresceu mais de 30% ao ano, ou seja, cinco ou seis vezes mais do que o Produto Interno Bruto (PIB).
Todo mundo achava que isso seria sustentável. É a mesma ilusão que contaminou o mundo ocidental desenvolvido: a crença de que a economia pode crescer independente do que ocorra com o investimento, a produtividade e a mudança tecnológica, ou seja, a economia real.
BBC Mundo - Mas qual a importância dos aspectos culturais nesse processo? O ceticismo e a independência de julgamento, tão comuns na sociedade asiática, explica o seu sucesso econômico?
Gabriel PalmaOs meus amigos asiáticos tendem a minimizar o fator cultural. Ele é importante, claro, mas existem outros fatores mais relevantes.
Na Coreia do Sul, as indústrias formam o grupo (econômico) predominante. Na América Latina, a elite está relacionada às finanças e prefere o setor financeiro a correr os riscos no mercado (de produtos). Na América Latina, temos a melhor rentabilidade financeira do mundo, duas a três vezes maior do que em outros lugares.
Isso se deve a uma política econômica que tem sido fundamental para a desindustrialização da região, a falta de diversificação econômica, a falta de aparato tecnológico. A América Latina abandonou sua política industrial com a ideia de que poderia crescer com commodities e finanças.
É o que se vê nos últimos anos no Chile ou a euforia que existia durante o governo Lula no Brasil. A questão é que, se o preço do cobre no Chile volta aos tempos normais, o deficit em conta corrente salta para 15% do PIB do país.
O contraste histórico é, portanto, claro. Entre os anos 60 e 80, a produção industrial brasileira cresceu 9%. De lá para cá, cresceu apenas 2%. Na Ásia, por outro lado, o crescimento foi de 60%, de 1980 até os dias de hoje. A diferença no crescimento entre América Latina e Ásia é a diferença no crescimento de sua produção industrial.

Leia mais sobre esse assunto

Tópicos relacionados

No Uruguai a lei e a maconha são vizinhos...


Em tempos de legalização, delegacia e 'loja da maconha' são vizinhas no Uruguai


Loja no Uruguai | Foto: Denise Mota
Loja que vende acessórios para consumo da maconha é vizinha de delegacia no Uruguai


No balneário uruguaio de La Pedrera (228 km de Montevidéu), a delegacia de polícia local convive com uma loja vizinha que já virou ponto turístico por vender acessórios para o consumo da maconha e até camisetas com mensagens sobre o consumo da droga.
Hoje ela é um ícone da postura liberal de parte da sociedade uruguaia. Cidadãos que o presidente José Mujica tenta agradar com uma proposta para legalizar a maconha e tornar a sua produção e comercialização atribuições do Estado.
A Yugo Brothers já foi revistada durante uma operação policial. Os agentes da lei encontraram apenas papéis para enrolar cigarros, "pipes" - cachimbos típicos dos usuários do entorpecente - e uma grande diversidade de roupas com as mais diversas mensagens de apreço à maconha. Porém, a droga não foi encontrada no local e por isso nada aconteceu.
"Não existe o delito de apologia (ao crime) aqui (no Uruguai), nem se criminaliza o consumo. Assim que não podemos ser enquadrados em nenhuma lei", disse Juan Tubino, de 35 anos, um dos proprietários do estabelecimento.

Debate

No Uruguai, consumir maconha não é crime, mas comercializá-la ainda é. Projetos de lei que tramitam no Congresso tentam descriminalizar também o plantio do tóxico.
Contudo, a proposta de Mujica para tornar a legislação do país ainda mais liberal começa a perder apoio no país.
Uma pesquisa divulgada pela consultora Cifra nesta semana indica que 66% dos uruguaios são contra a legalização da maconha.
O resultado foi publicado pouco depois de o presidente relativizar sua proposta inicial dizendo que só a levaria adiante se “pelo menos 60% da população” a apoiasse.
Entre os consultados, 24% disseram estar a favor da legalização do comércio da droga e 10% não quiseram opinar. A margem de erro máxima é de três pontos porcentuais.
O projeto de Mujica ainda não foi apresentado formalmente ao Congresso.
Para a semana que vem, o governo espera a visita de uma delegação da Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes (JIFE), a quem informará sobre a proposta.
A ONU havia considerado o projeto presidencial uma "violação" à Convenção das Nações Unidas sobre Drogas, que adota a política da "guerra às drogas".
De acor

Filial

do com o secretário da Presidência, Alberto Breccia, estão sendo estudadas "em profundidade" legislações como a holandesa. O objetivo seria saber "de que modo esses países chegaram a soluções que não violam tratados internacionais aos que também aderem".

"Desenhamos, confeccionamos e vendemos roupas. Aos poucos fomos importando materiais para consumo de maconha. Há outras lojas no Uruguai, mas creio que nós somos os que tratam mais explicitamente o que vendemos”, disse Tubino.A Yuyo Brothers prosperou e já abriu uma filial na capital, Montevidéo.
A filial não perde para sua sede praiana: está situada a um quarteirão de distância da sede da polícia da capital. "Pura coincidência", diz o proprietário, entre risos.
Ele afimou que o projeto presidencial não o convence – "É necessário tomá-lo com cautela", afirmou.
Tubino disse acreditar mais em um projeto mais antigo que visa a legalizar o plantio da droga.
"É mais produtivo, possibilita a existência de lojas e, além disso, vai ocupar o tempo de muita gente, vai gerar trabalho. Seria um produto agrícola a mais."
Se o projeto for aprovado, ele pretende plantar cannabis. "Dois holandeses já me visitaram, querendo me vender sementes e tudo o mais."

Propostas

Enquanto Mujica debate sua proposta, tramitam no Congresso dois outros projetos, mais antigos, que descriminalizam o cultivo da maconha para uso próprio.
Um é de Luis Lacalle Pou, deputado do opositor Partido Blanco, e outro de Sebastián Sabini e Nicolás Núñez, deputados da coalizão governista Frente Ampla.
Essa normativa – que conta com apoio de parlamentares de outros partidos da oposição, como o Colorado - teve origem na preocupação em se estabelecerem parâmetros equânimes no tratamento da questão, segundo afirmou Sabini à BBC Brasil.
Segundo ele, as penas aplicadas para pessoas flagradas comprando a droga ou a cultivando em casa dependem da origem social do suspeito e de suas possibilidades de pagar um advogado.
"Por isso se criam injustiças, se termina punindo jovens que são consumidores, e não traficantes."
Sabini afirmou que seu projeto pode terminar com a "insegurança jurídica" dos consumidores.
Em linhas gerais, a proposta estabelece a quantidade de cannabis que pode ser plantada para consumo próprio e também o quanto de maconha pode ser transportado na via pública.
A quantidade estabelecida (de oito plantas) é a considerada a habitual para fins de consumo pessoal. Segundo a proposta, estarão livres de punição o plantio o cultivo e a colheita dos frutos da planta. Para o transporte na rua a quantidade a ser liberada será de 25 gramas por pessoa.
"O objetivo do projeto é também reduzir o narcotráfico em escala internacional, já que será muito simples produzir maconha dentro de casa ou em um clube de consumidores, e essa maconha não terá em sua origem o mercado negro com todas as suas consequências negativas", diz Sabini.

"Pare de falar e plante uma árvore"... diz o menino

http://colunas.revistaepoca.globo.com/viajologia/2011/11/23/bronca-do-felix-cala-a-boca/

Bronca do menino de 14 anos: cale a boca e plante uma árvore

Entre os dias 28 de novembro e 9 de dezembro, acontecerá em Durban, África do Sul, a COP-17, mais uma rodada de negociações sobre mudanças climáticas. Quem participou de algumas conferências globais sobre a questão ambiental sabe que os principais frutos destes debates são palavras, palavras e mais palavras. O blá-blá-blá de sempre, muita conversa e nenhuma ação. O que salva estas reuniões tediosas entre políticos, cientistas e conservacionistas são os contatos interpessoais e as sinergias que acontecem entre indivíduos.
Há algumas semanas, participei na Itália de um encontro de jornalistas ambientais de 30 países. Sonolento após uma palestra de um professor universitário, vi um adolescente de óculos entrar na plateia. Vestido de jeans, camiseta branca e tênis, ele parecia qualquer menino europeu. Só entendi a razão da visita do alemãozinho Felix Finkbeiner quando ele estendeu uma faixa que dizia em inglês “Stop Talking, Start Planting” (Pare de Falar, Comece a Plantar). Ele pegou o microfone e – com carisma, inteligência e domínio de palco – deu uma tremenda bronca em todos os adultos que estavam sentados. Fez perguntas que quase todos se engasgaram ao responder – como a altura da massa de gelo da Groenlândia – e questionou porque os governos não reagem à ameaça das mudanças climáticas. “Se seguirmos os céticos e não atuarmos, caso eles estejam errados em 40 anos, aí será tarde demais”, afirmou Felix. “Vocês adultos não estarão mais neste planeta, mas nós, jovens, sim.”
Felix Finkbeiner participa com desenvoltura de uma plenária do forum internacional Greenaccord realizado em Cuneo, Itália.
Felix acaba de cumprir 14 anos, mas seu ativismo começou há quase cinco anos. Como tarefa de aula, ele teve de estudar sobre as mudanças climáticas para fazer uma apresentação a seus coleguinhas de classe e explicar os efeitos negativos dos gases de efeito estufa. Também falou sobre soluções: árvores podem capturar os gases e compensar o estrago promovido pelas emissões. Terminou com um desafio dramático aos amigos: “Vamos plantar um milhão de árvores em cada país do planeta!”
Seus amigos toparam a provocação. Inspirados pelo exemplo da queniana Wangari Maathai, ganhadora do Prêmio Nobel da Paz em 2004, o movimento “Plante para o Planeta” chegou a outras escolas da Baviera, da Alemanha e da Europa. Adultos descolados viram que o menino tinha garra e resolveram apoiar a iniciativa. Uma agência de publicidade alemã ajudou a criar a campanha “Pare de Falar, Comece a Plantar”, desenhando uma imagem que poderia ser reproduzida por qualquer ativista mirim ao lado de uma autoridade ou celebridade. A mão direita do menino ou da menina deve tapar a boca do adulto! A modelo brasileira Gisele Bundchen, engajada na causa ambiental, topou ficar calada (foto abaixo).
Depois da apresentação de Felix, almoço com ele e seu pai – que o trouxe da Alemanha para o evento. “Vim hoje, um sábado, porque não posso perder as aulas”, diz o garoto. “Além de estudar, ainda consigo brincar e jogar futebol.” O resto de seu tempo é reservado para liderar a campanha que hoje alcança mais de 100 países. “Queremos plantar 132 milhões de árvores na primeira fase do projeto e já estamos em 4 milhões”, afirma Felix.
Felix e seus milhares de amigos atuam em três frentes de luta. Pretendem abolir o consumo dos combustíveis fósseis, fomentar o uso igualitário dos recursos naturais por cada cidadão e plantar árvores. Uma das técnicas do movimento revolucionário é multiplicar o número de Felix pelo mundo. “Criamos uma Academia onde meninos e meninas de outros países passam por um treinamento intensivo. Eles estudam a crise climática, aprendem a falar em público e explicam como plantar árvores”, afirma o pequeno líder que sabe o que acontece sobre reflorestamento da Armênia ao Zimbabue. Felix é o presidente do Conselho Global da ong para o biênio 2011-2012. “A vice presidente é a Aligani que mora em Lucknow, na Índia. Sempre nos falamos por internet.”
O movimento Plante para o Planeta conquistou o apoio do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. Seu diretor executivo Achim Steiner (à esquerda) foi um dos primeiros a ser fotografado com a boca tapada. Rajendra Pachauri (à direita), presidente do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, também aderiu.
Depois da conversa durante o almoço, fico tão enstusiasmado com o menino que peço ao pai de Felix que me fotografe com seu filho. Cala a boca, Haroldo!
E a pergunta inicial do Felix sobre a espessura do gelo na Groenlândia? Você sabia que a média ultrapassa os 2.100 metros de altura? E que, em alguns pontos, chega a mais de 3 mil metros? Se todo este gelo derreter (ao contrário da calota polar do Ártico, que já está dentro d’água), o nível do mar subiria mais de 7 metros! Felix, você tem razão, vamos plantar! Mesmo se a Groenlândia não derreter, nosso planeta ficará mais saudável! E continue dando broncas nos adultos.

Mais do mesmo, como sempre


13/07/2012 20h40 - Atualizado em 13/07/2012 21h20

Justiça apreende bens de ex-presidente 

da Valec

Juiz que ordenou confisco dos bens é o mesmo do caso Cachoeira.
Imóveis do ex-dirigente ficarão indisponíveis até o final do processo.
logo_valec.gif (177×79)

Escudada na nova Lei de Lavagem de Dinheiro, a Justiça Federal de Goiás determinou nesta quinta-feira (12) o confisco dos bens do ex-presidente da Valec Engenharia Juquinha das Neves, suspeito de desviar recursos de obras públicas. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), o embargo do patrimônio do ex-dirigente da estatal seria o primeiro caso de aplicação da regra de combate à ocultação da origem de recursos obtidos por meio de atividades ilegais, que entrou em vigor na terça (10).
A ordem de embargo dos imóveis de Juquinha foi expedida pelo juiz federal Paulo Augusto Moreira Lima, que mandou prender o bicheiro Carlinhos Cachoeira. Em junho, o magistrado pediu para deixar o comando da Operação Monte Carlo após ele e sua família terem sido alvo de ameaças.

Juquinha foi preso pela Polícia Federal (PF), ao lado da mulher e do filho, na quinta-feira (5), durante a Operação Trem Pagador, que investiga desvios de recursos da Valec. A empresa pública, alvo de faxina da presidente Dilma Rousseff em 2011, é responsável pela construção de ferrovias no país.
Além do trio, o sócio do filho de Juquinha também foi detido pelos agentes federais. No entanto, após o vencimento do prazo de cinco dias da prisão temporária, todos foram colocados em liberdade.

De acordo com a PF, o ex-dirigente é suspeito de ocultação e dissimulação da origem de dinheiro e bens imóveis, rurais e urbanos, adquiridos em seu nome e de familiares, com recursos obtidos indevidamente durante sua gestão na Valec (2003 a 2011).

Para o procurador da República Hélio Telho, o patrimônio de Juquinha seria incompatível com o salário de aproximadamente R$ 20 mil que ele recebia na estatal federal. Entre os bens estariam duas casas localizadas em um condomínio de luxo de Goiânia e duas fazendas. Apenas uma das propriedades rurais estaria avaliada em R$ 21,36 milhões.

Os procuradores da República ajuizaram o pedido de penhora dos bens de Juquinha na quarta (11), um dia depois de a Lei de Lavagem de Dinheiro ter sido publicada no Diário Oficial da União.

Já na quinta (12), Moreira Lima acatou a solicitação do MPF e ordenou que os imóveis do ex-dirigente da Valec ficassem indisponíveis. No despacho que determinou o arresto dos bens de Juquinha, Moreira Lima afirmou que as supostas fraudes cometidas pela quadrilha instalada na Valec teriam causado um prejuízos aos cofres públicos de aproximadamente R$ 144 milhões.

“Observa-se que os supostos delitos antecedentes possivelmente acarretaram um dano expressivo aos cofres públicos, justificando-se, assim, o arresto dos bens, indicados pelo MPF, inclusive adquiridos em datas anteriores à empreitada criminosa ou ainda que resultantes de origem lícita, visando resguardar futura reparação dos danos”, justificou o magistrado na decisão.
Nova legislação
Uma das principais inovações da Lei de Lavagem de Dinheiro, sancionada no dia 9 pela presidente Dilma Rousseff, é a previsão de que recursos obtidos por meio de qualquer infração penal e ocultados sejam considerados ilegais. Antes da norma entrar em vigor, somente era considerada lavagem de dinheiro a ocultação de dinheiro oriundo de oito tipos de crimes (tráfico de entorpecentes, contrabando de armas, terrorismo, extorsão mediante sequestro, praticados por organização criminosa, contra a administração pública nacional ou estrangeira, e contra o sistema financeiro).

A punição prevista para as pessoas que cometerem o crime de lavagem de dinheiro continua sendo de 3 a 10 anos de prisão e a multa, que antes chegava a no máximo R$ 200 mil. Atualmente, a penalidade pode alcançar R$ 20 milhões.

Outra novidade da lei é a possibilidade de a Justiça determinar a apreensão de bens registrados em nome de "laranjas", pessoas ou empresas usadas por criminosos para tentar se desassociar formalmente do recurso. Anteriormente, a lei previa a apreensão só para bens ou valores que estivessem em nome do acusado da lavagem de dinheiro.

A alienação dos bens também poderá ser feita de forma mais rápida pelo juiz, evitando que os bens percam valor ao longo do tempo por deterioração. Ela não precisará ocorrer somente após o final do julgamento, como ocorria no passado, mas com o pedido liminar ou cautelar do juiz. Caso haja absolvição, os bens voltam para o réu.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Copa do Brasil de Rúgbi XV começa neste sábado em São Leopoldo, RS


Copa do Brasil de Rúgbi XV reúne equipes de todas as regiões do Brasil

Equipe de Balneário Camboriú faz a estreia em São Leopoldo diante dos gaúchos do Charruas

Copa do Brasil de Rúgbi XV reúne equipes de todas as regiões do Brasil Virgapress/Divulgação
Competição tenta popularizar esporte no Brasil.Foto: Virgapress / Divulgação





















A Copa do Brasil de Rúgbi XV começa neste sábado com a participação inédita de representantes de todas as regiões do país. A competição corresponde a segunda divisão do Campeonato Brasileiro da modalidade.

As equipes já classificadas para a disputa são: Goianos (centro-oeste), GRUA (Norte), Londrina (Paraná), Tornados (São Paulo), Charrua (Rio Grande do Sul) e Balneário Camboriú (Santa Catarina). O campeão da Copa do Brasil fará um jogo contra o último colocado do Super 10 (1ª divisão) para ocupar uma vaga na elite do rugby brasileiro em 2013.
Os participantes desta temporada foram definidos da seguinte forma: o campeão da Copa Norte de Rugby; o primeiro colocado do Pequi Nations (região Centro-Oeste); o vencedor do confronto da região Sudeste entre as equipes indicadas pelas federações Mineira e Fluminense; o vencedor da Liga Nordeste; e os indicados pelas federações de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. 

— Nós já conhecemos o estilo de jogo das equipes do Sudeste e Sul, e agora vamos conhecer o jeito dos nortistas e nordestinos. Também acho positivo incluir as regionais na disputa nacional. A CBRu está abrindo portas e ajudando a popularização do Rugby no Brasil — comenta Luciano Perilo, presidente do Goianos.

Em São Paulo, o Tornados conquistou a vaga ao sagrar-se campeão do Paulista da série B. O Londrina se classificou ao alcançar a segunda posição do Paranaense, vencido pelo Curitiba Rubgy/Unibrasil, que está no Super 10. 

O Balneário Camboriú venceu a Copa Norte Catarinense. Os gaúchos do Charrua venceram a seletiva local contra o San Diego. O GRUA (Grupo de Rugby da Universidade do Amazonas) conquistou a 1ª Copa Norte de forma invicta e faz a estreia da região Norte em uma competição de nível nacional. 

Potiguar e Maranhão disputam a final da Liga Nordeste, enquanto o vencedor de Guanabara e Inconfidentes será o representante do sudeste. No primeiro momento, os oito clubes jogam de acordo com sua localização geográfica, facilitando a logística de viagens. Apenas os vencedores dos jogos seguem no torneio. 

Guga vai entrar no HALL DA FAMA do Tênis

http://espn.estadao.com.br/noticia/268681_guga-sera-introduzido-oficialmente-no-hall-da-fama-do-tenis-neste-sabado

Guga será introduzido oficialmente no Hall da Fama do tênis neste sábado

Maior tenista masculino da história do Brasil, Gustavo Kuerten será imortalizado no esporte na manhã deste sábado (horário de Brasília). Em Newport, nos Estados Unidos, será realizada a cerimônia oficial de introdução do catarinense no Hall.
ESPN.com.br
Guga sorri durante coletiva do Hall da Fama
Guga será introduzido no Hall da Fama neste sábado
Além de Guga, o espanhol Manuel Orantes – campeão do US Open de 1975 -, e a norte-americana Jennifer Capriati, vencedora de três torneios de Grand Slam, também serão introduzidos no Hall da Fama do tênis.
No domingo, Gustavo Kuerten deve realizar uma partida exibição nas quadras de grama de Newport contra o norte-americano Todd Martin.
Ex-líder do ranking da ATP, Guga será o segundo brasileiro a ingressar no Hall. Antes dele, Maria Esther Bueno foi homenageada por conta de suas conquistas nas décadas de 50 e 60, incluindo os 19 títulos de Grand Slam, entre troféus de simples e duplas.

Gustavo Kuerten foi número 1 do ranking da ATP por 43 semanas. O brasileiro conquistou 20 títulos profissionais, incluindo três Roland Garros.

Você tem depósitos no Fundo 157? Então leia o post!


Saldo de fundo esquecido por brasileiros sobe para R$ 1,5 bilhão. Saiba como sacar

Dependentes de cotistas de fundo da década de 60 também podem retirar grana

O trabalhador que declarou Imposto de Renda entre 1967 e 1981 e aplicou parte do tributo no fundo de investimento, batizado de 157, pode ter um dinheiro extra à sua espera. OR7 apurou que ainda existem 2,6 milhões de aplicações que somam R$ 1,5 bilhão para resgate, informou a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) — órgão do governo que regula o mercado financeiro.

O saldo do fundo passa por constante atualização monetária. Há dois anos, o valor era de R$ 800 milhões. De acordo com especialistas, entre as explicações para a falta de procura, está o esquecimento por parte do trabalhador e, até mesmo, morte do titular da aplicação. Porém, nos casos de cotistas mortos, seus dependentes diretos podem recuperar o dinheiro — saiba como no quadro abaixo.

À época, para incentivar o mercado de capitais, o governo ofereceu a oportunidade de direcionar uma média de 10% do IR para o Fundo 157, que foi criado mediante decreto de mesmo número, em 1967. O fundo foi extinto em 1983 e milhões de contribuintes se convenceram de que haviam perdido o dinheiro. 


Herdeira consegue sacar saldo do Fundo 157 
Bancos dificultam saques por herdeiros


O direito ao benefício não prescreve, ou seja, o saldo pode ser resgatado a qualquer momento. O cotista também pode manter a aplicação para resgatar no futuro, já que se trata de um investimento e o saldo continua rendendo.

Especialista em mercado de capitais do Salusse Marangoni Advogados, Marcelo Lapolla observa que muitos dos rendimentos do Fundo 157 podem ter "virado água", já que a rentabilidade está sujeita à volatilidade do mercado.

— Pode acontecer de o banco haver concentrado o investimento em apenas um ou poucos títulos que, com o tempo, sofreram desvalorização. Há histórias de sucesso de retiradas de R$ 30 mil, por exemplo, mas também há casos decepcionantes de apenas R$ 4 disponíveis para saque.

Consulta
Não é preciso sair de casa para saber se o cotista tem direito ao Fundo 157. Dá para fazer a consulta pela internet, por meio do site da CVM (www.cvm.gov.br) com o número do CPF do titular do investimento. 

A busca informa, inclusive, o banco em que o valor está disponível. Com o passar dos anos, muitas cotas foram transferidas para outras instituições financeiras. Quem mantinha a aplicação no extinto Banco Bamerindus, por exemplo, deve sacar o saldo no HSBC. 

Vale ressaltar que as informações são baseadas em dados de abril de 1996, fornecidos pelos próprios bancos. Quem sacou depois desse período não tem mais direito. Mais informações também podem ser obtidas pelo 0800 722 5354.


Cuidado com intermediários

A CVM alerta quanto a oportunistas, que se apresentam como representantes da entidade e cobram para “auxiliar” o cotista no processo. 

Eles chegam a exigir, segundo a entidade, depósito antecipado que seria utilizado para pagamento de impostos ou taxas referente à operação, o que não existe. 

O órgão esclarece que ninguém está autorizado a intermediar o resgate da aplicação. Somente o próprio cotista ou representante legal pode resgatar a grana do Fundo 157. 


fundo 157 - correta

Comemorar? O que? // Maria Helena RR de Souza


Enviado por Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa - 
13.7.2012
 | 16h09m
POLÍTICA

Comemorar? O que?, por Maria Helena RR de Sousa

Leio uma nota do Ilimar Franco que me provocou, perdão, leitor, engulhos:
Cassado Demóstenes Torres, um grupo de senadores comemorou no restaurante Antiquarius de Brasília. No brinde com vinho: os peemedebistas Renan Calheiros, Eunício Oliveira, Romero Jucá e Eduardo Braga, e o petebista Gim Argello.
Desculpe, mas o que é que essas pessoas foram comemorar? O fim da corrupção no Brasil, a erradicação dessa praga para sempre ou o azar do goiano?
Já tinha ficado estarrecida com a postura arrogante de Renan Calheiros durante os procedimentos da cassação de Demóstenes Torres. Quem desembarcasse de uma nave espacial pensaria que esse senhor, esse maranhense, é o protótipo do puro, é um ser especial que nunca errou. Nem sonharia que entre ele e Torres as diferenças são mínimas.
Leio também, no Estadão, no editorial de ontem O bloco dos descarados, sobre o prefeito de Palmas, TO, Raul de Jesus Lustosa Filho (PT), que confessa candidamente: "Tive a infelicidade de ser filmado" no momento em que o flamejante cachoeira o subornava e filmava... Que azar, não é mesmo?O deputado do PSOL/RJ, Chico Alencar, diz que o prefeito Lustosa Filho é o “padrão degradado” da política nacional. Concordo com ele, mas gostaria que ele ampliasse a lista, que incluísse nela os animados clientes do Antiquarius de Brasília.
Eu não consigo comemorar quando vejo o nome de nosso país na sarjeta. A quem pode alegrar saber que um Senador da República vendia seus favores a um bicheiro dentro do Senado Federal?
Preferiria mil vezes que o ex-senador Torres fosse um sujeito decente e que nunca essas coisas acontecessem em meu Brasil. Ele mereceu ser cassado e em minha opinião, merece ser destituído de seu cargo de promotor. Mas esses fatos não são dignos de comemoração e sim de muito, de infinito pesar.
Poderíamos, quando muito, comemorar o fato de a cassação de Demóstenes ter sido por 56 votos a 19, com 5 abstenções e 1 ausência. Se isso não fosse um pretexto para a continuação do voto secreto nessas ocasiões. O que, espero, seja apenas pessimismo da minha parte.
Pelo menos – e já é um progresso – nos livramos do beija-mão siciliano como quando Renan, o Maranhense, escapou da cassação. Aquela cena não me sai da memória e foi um retrato vívido do “padrão degradado” de nossos políticos.
Padrão que é motivo para luto e não para brindes.