Enviado por Murillo de Aragão -
5.7.2012
| 15h03m
POLÍTICA
A burocracia que nos atrasa, por Murillo de Aragão
Na semana passada, Dilma Rousseff anunciou mais um pacote de medidas para estimular a economia. As medidas, como sempre, foram recebidas com muxoxo. Tanto por parte da imprensa, que nunca vê nada de bom no que o governo faz, quanto por parte de alguns setores industriais que têm demandas reprimidas e problemas antigos.
As medidas anunciadas este ano seguem um padrão. Primeiro, a desoneração da folha de pagamento. Depois, redução do IPI para automóveis e linha branca. Na sequência, aumento de crédito para os investimentos e os estados e ataque frontal ao spread bancário.
O novo pacote de medidas destina R$ 6,6 bilhões para compra de máquinas e equipamentos e outros bens produzidos no Brasil, além de reduzir a TJLP nos financiamentos do BNDES. Medidas de estímulo à agricultura também foram anunciadas.
Reanimar a economia é essencial para o projeto político do governo. Caso os resultados negativos alcancem a renda e o emprego, a popularidade de Dilma pode empacar e cair. As dificuldades nas composições municipais mostram quão complexa é a gerência política. Sem o auxílio da economia, a situação seria muito pior.
Algumas questões ficam em aberto. O governo ainda tem condição de adotar novas medidas de estímulo? Teria disposição para ser mais agressivo, se necessário? Creio que sim. Ao ter o crescimento como meta, o Planalto sabe que terá de desonerar, reduzir custos, desburocratizar, entre outras providências.
Porém, seus horizontes de medidas de estímulo deveriam ser expandidos. Um grave desafio a ser vencido é a burocracia. Em Brasília, por exemplo, mais de mil obras estão paralisadas por falta de licença. A incompetência do GDF em lidar com as demandas tira a vitalidade da economia local e afeta o emprego, a renda e os tributos.
Leia a íntegra em A burocracia que nos atrasa
Murillo de Aragão é cientista político
Siga o Blog do Noblat no twitter
Nenhum comentário:
Postar um comentário