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sexta-feira, 7 de setembro de 2012

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06/09/2012 - 09h01

Para tentar fraudar seguro, proprietário até enterra o carro


DE SÃO PAULO
Não há limites para a criatividade dos que tentam fraudar seguros. Como o sujeito que alegou ter perdido o carro e, após denúncia anônima, descobriu-se que ele enterrara o veículo nas fundações da casa que estava construindo e jogara concreto por cima.
Nesta semana, a polícia indiciou Marcelo Bustamante, 26, e Daiana Pedro da Silva, 22, sob suspeita de forjar um sequestro-relâmpago e incendiar o próprio carro para pegar o dinheiro do seguro. Marcelo, inclusive, sofreu queimaduras de primeiro e segundo graus.
Segundo Julio Avellar, superintendente-geral da Central de Serviços da CNSeg (confederação nacional das seguradoras), colocar fogo no próprio carro é muito raro. Os golpes mais comuns relacionados a veículos são o "autorroubo" e a inversão da culpa.
No primeiro caso, o proprietário vende o carro para um desmanche, por exemplo, e alega que foi roubado para ganhar indenização. No segundo, a vítima de uma batida diz que foi a culpada porque seu carro é coberto por seguro.
Robson Ventura-31.ago.12/Folhapress
Carro do casal de vendedores incendiado após um sequestro-relâmpago em São Paulo
Carro de Bustamante incendiado em São Paulo; ele confessou ter planejado para receber o seguro
Segundo dados de 2011, 9,3% das indenizações tinham suspeita de fraude --prejuízo de R$ 1,3 bilhão. Apenas 1,4% das fraudes foram comprovadas.
As seguradoras contam com incoerências declaradas pela pessoa, com a ajuda da polícia e com denúncias anônimas para descobrir os crimes. "A maioria das pessoas é correta e os honestos não querem pagar mais pelo desonesto."
Outra pesquisa da entidade diz que 24% dos brasileiros admitem propensão a fraudar --principalmente os mais jovens, homens e com maior renda.

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