Do total de 59 universidades federais que existem no País, 58 estão paralisadas há dois meses em decorrência de movimento grevista.
Entre as 30 superintendências regionais do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (ncra), 28 deixaram de operar há um mês.
Funcionários das áreas de administração, judicial, hospitalar e de outros setores também ensaiam ações grevistas.
O mesmo ocorre nas estatais. Na Eletrobrás a greve começou há três dias. Na Petrobrás, está em fase de articulação.
O que chama a atenção nesse quadro é a incapacidade do governo para prever os movimentos e a sua tolerância com as horas paradas. Parece que, nas articulações entre governo e grevistas, a importância do cidadão comum é cada vez menor.
Os servidores públicos são, de longe, os campeões em número de greves e de horas paradas no Brasil. No banco de dados do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) existe uma série histórica que confirma claramente essa afirmação: ela mostra que, entre 2004 e 2010, não parou de aumentar o peso do setor público nas paralisações.
Se alguém pinçar dali o ano de 2010, o último disponível, verá que do total de 446 greves registradas no Brasil naquele ano, 60,3% ocorreram no setor público. O pior é que das 44.910 horas paradas em decorrências de ações grevistas, 85% couberam aos servidores.
Outro dado que impressiona: só naquele ano foram identificados nove movimentos grevistas cuja duração se estendeu além de 90 dias. Em 2009, esse número não havia passado de três.
Em decorrência de problemas internos, o Dieese ainda não contabilizou os números de 2011, o primeiro ano do governo Dilma. Nem dos primeiros meses de 2012. Pelo andar da carruagem, não serão melhores que os do passado.
Simon estranha decisão do TCU sobre contratos do BB com Valério
SENADOR PEDRO SIMON
O senador Pedro Simon (PMDB-RS) disse nesta sexta-feira (20) que estranha a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) em benefício dos ex-diretores do Banco do Brasil acusados de participar do desvio de verbas publicitárias para a agência de publicidade de Marcos Valério, apontado como financiador do mensalão. "Esta decisão do TCU, anunciada quando faltam poucos dias para o julgamento do mensalão, causa surpresa; ainda mais porque contraria o parecer da auditoria técnica e de fiscalização do próprio tribunal", afirmou o senador em nota divulgada à imprensa.
Apple tem marca US$ 23 bilhões mais valiosa que Olimpíadas
Marca dos Jogos teve um aumento de 87% desde a última edição do evento, em 2008
Olimpíadas: marca foi avaliada em 47,6 bilhões de dólares pela Brand Finance
São Paulo - A marca dos Jogos Olímpicos está avaliada em 47,6 bilhões de dólares (96,1 bilhões de reais), de acordo com um estudo da Brand Finance. O valor coloca o evento em segundo lugar entre as marcas mais valiosas do mundo, atrás apenas da Apple, avaliada em 2012 em 70,6 bilhões de dólares (142,6 bilhões de reais) pela mesma consultoria.
Apesar da diferença de 23 bilhões de dólares entre as duas, a marca dos Jogos teve um aumento de 87% em quatro anos. Na última edição do campeonato, em Beijing, o valor estimado era de 25,4 bilhões de dólares (51,3 bilhões de reais).
Com isso, o evento, com início na próxima semana, apresenta uma marca superior a de todos os seus patrocinadores, que incluem grandes companhias como Samsung (R$ 77,2 bilhões), GE (R$ 67,1 bilhões) e Coca-Cola (R$ 62,8 bilhões).
Ainda, a marca do campeonato vale mais do que a marca mais valiosa da Grécia – onde nasceram os jogos olímpicos, em 776 a.C - o Banco Nacional da Grécia, cujo valor de marca é de R$ 715 milhões.
“No cálculo do valor da marca Olimpíadas, nós nos baseamos nos relatórios financeiros do Comitê Olímpico Internacional", explicou o sócio e CEO da Brand Finance para América do Sul, Gilson Nunes.
"Consideramos todos os usos operacionais com a marca Olimpíadas, incluindo resultado com direitos de televisão, patrocínios, licenças da marca, merchandising e vendas em bilheteria. E de outro lado, avaliamos custos e investimentos totais em cada ciclo de quatro anos”.
Segundo o estudo, o crescimento do valor da marca Olimpíadas - desde Pequim, em 2008 - foi caracterizado pela melhoria em alguns dos indicadores-chave. Veja o desempenho de cada um:
Resultado total: cresceu em 38%, para R$ 9,4 bilhões
Resultado com TV: cresceu 51%, para R$ 7,8 bilhões (representa 2/3 do total geral)
Patrocínio: cresceu 10,5% apenas, refletindo a crise econômica mundial
Para Nunes, o crescimento alcançado pelas Olimpíadas nos últimos anos deve se manter, uma vez que os países emergentes estão aumentando sua participação. Atualmente, a Ásia representa apenas 12% do resultado com TV, enquanto as Américas somam 59%, especialmente a América do Norte.
“Os patrocinadores têm apostado nas Olimpíadas como um excelente investimento de marketing. A P&G (Procter & Gamble), por exemplo, espera gerar vendas adicionais de R$ 1 bilhão com Londres 2012", diz.
Uma decisão tomada pelo Tribunal de Contas da União em 4 de julho ofereceu munição à defesa de dois dos 38 réus da ação penal do mensalão: o ex-publicitário Marcos Valério e o ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato. A novidade veio à luz em duas notícias veiculadas nesta sexta (aqui e aqui).
Guiando-se por um voto da ministra Ana Arraes (foto), ex-deputada do PSB e mãe do governador pernambucano Eduardo Campos, o TCU considerou “regular” um contrato celebrado pela agência de propaganda DNA, que pertencia a Valério, com o Banco do Brasil. Um negócio de R$ 153 milhões anuais, que vigorou entre 2003, primeiro ano de Lula, e 2005, quando estoutou o escândalo.
Na denúncia que deu origem à ação penal, a Procuradoria Geral da República sustentou que parte do dinheiro que financiou o mensalão veio de irregularidades praticadas nesses contratos. O próprio TCU já havia apontado irregularidades na transação. Porém, a ministra Ana Arraes deu de ombros para os relatórios do corpo técnico do tribunal e para o parecer do procurador Paulo Bugarin, rerpesentante do Ministério Público junto ao TCU.
Ao varejar os contratos da DNA com o BB, os técnicos do TCU verificaram que a agência apropriara-se, em valores da época, de R$ 4,4 milhões do banco. A agência de Valério negociava a venda de anúncios da casa bancária estatal. Como a quantidade era grande, obtinha um desconto chamado tecnicamente de “bônus de volume.” Pelo contrato, os descontos deveriam ter sido creditados ao BB. Mas a agência de Valério apropriou-se deles.
No seu voto, Ana Arraes não negou os achados dos auditores. Mas escorou-se numa lei aprovada em 2010, cinco anos depois dos malfeitos, para sustentar a tese de que os contratos foram limpos. Trata-se da lei 12.232. A mãe de Eduardo Campos apegou-se em dois artigos. Num, o de número 18, está escrito que a devolução dos descontos ao contratante do serviço de publicidade é facultativa. Noutro, número 20, anotou-se que a lei poderia ser invocada em casos pretéritos.
Seguido pelos demais ministros do TCU, o voto de Ana Arraes produziu, além de munição para os mensaleiros, o cancelamento de multas que haviam sido impostas ao petista Pizolatto e a outros dois ex-diretores do BB: Cláudio de Castro Vasconcelos e Renato Luiz Belineti. Afora as multas, os ex-diretores teriam de devolver às arcas do BB algo como R$ 5 milhões. No caso de Pizzolato, a punição alçaria à casa dos R$ 3,7 milhões.
O procurador Paulo Bugarin, voz do Ministério Público no TCU, discorda frontalmente do entendimento adotado por Ana Arraes e corroborado pelos colegas dela. Por duas razões. Acha que uma lei de 2010 não pode retroagir no tempo para reescrever a crônica de negócios realizados entre 2003 e 2005. De resto, realça que o contrato da DNA com o BB continua uma cláusula que previa explicitamente a devolução dos descontos, os tais “bonus” de volume” ao banco estatal.
Escrita em 2007 pelo então procurador-geral da República Antonio Fernando de Souza e reafirmada pelo sucessor Roberto Gurgel, a denúncia do mensalão sustenta que parte da verba que financiou o escândalo veio de cofres públicos. Entre eles o Banco do Brasil.
Na peça acusatória, Pizzolato é acusado de facilitar os desvios. A Procuradoria acusa-o também de receber ‘valerianas’ no total de R$ 326.660,27. Com a decisão inspirada no voto de Ana Arraes, o TCU oferece matéria prima nova aos advogados dos réus a poucos dias do início do julgamento, cujo início foi marcado para 2 de agosto.
A demissão de Denise Rocha, assessora do senador Ciro Nogueira (PP-PI), deixa claro que até no clube dirigido por Madre Superiora tolerância tem limite. A Casa do Espanto, como o país está cansado de saber, não vê nada de mais em cenas de roubalheira explícita, assaltos a cofres públicos, desvios de verbas do Orçamento, ladroagem hedionda, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, formação de quadrilha, corrupção ativa ou passaiva, atentados ao decoro parlamentar e aos bons costumes, compra e venda de votos, cabides de empregos onde se penduram parentes, amigos, vizinhos, agregados ou desconhecidos de confiança, pagamento das despesas da amante com donativos de empreiteiras, aluguel de partidos, arrendamento de bancadas, funcionários fantasmas, atos secretos, corporativismo endêmico, alianças obscenas, acertos cafajestes e outros atropelamentos do Código Penal.
Tão compassiva quanto a Casa do Espanto, a Câmara aceita tudo isso e mais um pouco ─ mensalões, mensalinhos, sequestro, homicídio e tráfico de drogas, por exemplo. Os deputados federais não conseguiram enxergar nada de errado sequer no pornopolicial de verdade em que a colega Jaqueline Roriz desempenha com brilho e aplicação o papel de corrupta. Veja o vídeo abaixo. Isso pode. O que não pode no Congresso é uma funcionária protagonizar um vídeo de sexo ao lado de um colega de trabalho. Veja as fotos abaixo. Isso não pode de jeito nenhum. Prejudica a imagem do Legislativo. Compromete a credibilidade de Suas Excelências. É coisa gravíssima. Dispensa o devido processo legal, É caso para demissão por justa causa, sem direito a recurso nem direito a defesa, como acaba de saber a jovem que se atreveu a violar o primeiro e único artigo do código moral do Congresso.
Denise Rocha saiu, Jaqueline Roriz ficou. Coerentemente, a Casa do Espanto eliminou a parte boa da chanchada.
Neurocientistas publicam manifesto afirmando que mamíferos, aves e até polvos têm consciência e esquentam debate sobre direitos dos animais.
Os seres humanos não são os únicos animais que têm consciência. A afirmação não é de ativistas radicais defensores dos direitos dos animais. Pelo contrário. Um grupo de neurocientistas — doutores de instituições de renome como Caltech, MIT e Instituto Max Planck — publicou um manifesto asseverando que o estudo da neurociência evoluiu de modo tal que não é mais possível excluir mamíferos, aves e até polvos do grupo de seres vivos que possuem consciência. O documento assinado no último sábado (7), em Cambridge, esquenta uma discussão que divide cientistas, filósofos e legisladores há séculos sobre a natureza da consciência e sua implicação na vida dos humanos e de outros animais.
Apresentado à Nasa nesta quinta-feira, o manifesto não traz novas descobertas da neurociência — é uma compilação das pesquisas da área. Representa, no entanto, um posicionamento inédito sobre a capacidade de outros seres perceberem sua própria existência e o mundo ao seu redor. Em entrevista ao site de VEJA, Philip Low, criador do iBrain, o aparelho que recentemente permitiu a leitura das ondas cerebrais do físico Stephen Hawking, e um dos articuladores do movimento, explica que nos últimos 16 anos a neurociência descobriu que as áreas do cérebro que distinguem seres humanos de outros animais não são as que produzem a consciência. “As estruturas cerebrais responsáveis pelos processos que geram a consciência nos humanos e outros animais são equivalentes”, diz. “Concluímos então que esses animais também possuem consciência.”
Chimpanzé alimenta um filhote de tigre dourado, em mini zoológico na cidade de Samutprakan, Tailândia: percepção de sua própria existência e do mundo ao seu redor (Rungroj Yongrit/EFE)
Estudos recentes, como os da pesquisadora Diana Reiss (uma das cientistas que assinaram o manifesto), da Hunter College, nos Estados Unidos, mostram que golfinhos e elefantes também são capazes de se reconhecer no espelho. Essa capacidade é importante para definir se um ser está consciente. O mesmo vale para chimpanzés e pássaros. Outros tipos de comportamento foram analisados pelos neurocientistas. “Quando seu cachorro está sentindo dor ou feliz em vê-lo, há evidências de que no cérebro deles há estruturas semelhantes às que são ativadas quando exibimos medo e dor e prazer”, diz Low.
Personalidade animal – Dizer que os animais têm consciência pode trazer várias implicações para a sociedade e o modo como os animais são tratados. Steven Wise, advogado e especialista americano em direito dos animais, diz que o manifesto chega em boa hora. “O papel dos advogados e legisladores é transformar conclusões científicas como essa em legislação que ajudará a organizar a sociedade”, diz em entrevista ao site de VEJA. Wise é líder do Projeto dos Direitos de Animais não Humanos. O advogado coordena um grupo de 70 profissionais que organizam informações, casos e jurisprudência para entrar com o primeiro processo em favor de que alguns animais — como grandes primatas, papagaios africanos e golfinhos — tenham seu status equiparado ao dos humanos.
O manifesto de Cambridge dá mais munição ao grupo de Wise para vencer o caso. “Queremos que esses animais recebam direitos fundamentais, que a justiça as enxergue como pessoas, no sentido legal.” Isso, de acordo com o advogado, quer dizer que esses animais teriam direito à integridade física e à liberdade, por exemplo. “Temos que parar de pensar que esses animais existem para servir aos seres humanos”, defende Wise. “Eles têm um valor intrínseco, independente de como os avaliamos.”
Questão moral – O manifesto não decreta o fim dos zoológicos ou das churrascarias, muito menos das pesquisas médicas com animais. Contudo, já foi suficiente para provocar reflexão e mudança de comportamento em cientistas, como o próprio Low. “Estou considerando me tornar vegetariano”, diz. “Temos agora que apelar para nossa engenhosidade, para desenvolver tecnologias que nos permitam criar uma sociedade cada vez menos dependente dos animais.” Low se refere principalmente à pesquisa médica. Para estudar a vida, a ciência ainda precisa tirar muitas. De acordo com o neurocientista, o mundo gasta 20 bilhões por ano para matar 100 milhões de vertebrados. Das moléculas medicinais produzidas por esse amontoado de dinheiro e mortes, apenas 6% chega a ser testada em seres humanos. “É uma péssima contabilidade”, diz Low.
Contudo, a pesquisa com animais ainda é necessária. O endocrinologista americano Michael Conn, autor do livro The Animal Research War, sem edição no Brasil, argumenta que se trata de uma escolha priorizar a espécie humana. “Conceitos como os de consentimento e autonomia só fazem sentido dentro de um código moral que diz respeito aos homens, e não aos animais”, disse em entrevista ao site de VEJA. “Nossa obrigação com os animais é fazer com que eles sejam devidamente cuidados, não sofram nem sintam dor — e não tratá-los como se fossem humanos, o que seria uma ficção”, argumenta. “Se pudéssemos utilizar apenas um computador para fazer pesquisas médicas seria ótimo. Mas a verdade é que não é possível ainda.”
A inteligência dos polvos
O vídeo mostra diversas situações em que o polvo consegue resolver problemas. Desde a captura de presas em diferentes tipos de recipientes até escapar de locais extremamente difíceis. As situações mostram que o animal é capaz de formular soluções para problemas específicos, o que denota, na opinião dos neurocientistas, um estado de consciência inteligente.
Universidades americanas oferecem mais de 100 cursos online gratuitos
Ligia Hougland
De Washington para a BBC Brasil
Atualizado em 19 de julho, 2012 - 06:48 (Brasília) 09:48 GMT
Cerca de 35% dos alunos da Coursera são dos EUA (Foto: Divulgação)
O fenômeno de expansão da educação online ultrapassou novas fronteiras com a chegada, no início deste ano, da Coursera, uma empresa americana que faz parceria com as melhores universidades do mundo e oferece cursos online de graça.
Inicialmente, a organização firmou parcerias com 13 universidades americanas e três estrangeiras, entre elas as cobiçadas universidades de Princeton e Stanford, oferecendo cerca de 43 cursos nas mais diversas áreas, incluindo tecnologia, ciências humanas, saúde e astronomia.
O lançamento oficial da organização foi em abril. Poucas semanas depois, a Coursera já contava com cerca de 700 mil alunos participando dos chamados "cursos massivos abertos online" (MOOC, sigla em inglês).
Nesta semana, a Coursera anunciou que, nos próximos meses, o número de cursos disponíveis passará de 100 e, entre as novas universidades parceiras, estão o Instituto de Tecnologia da Califórnia, as Universidades de Duke, de Johns Hopkins e outras renomadas instituições de ensino nos Estados Unidos, Escócia, França e Canadá.
"Adoraria ver um futuro em que todos os estudantes do mundo tivessem acesso às melhores escolas e aos melhores professores do mundo", disse à BBC Brasil, Andrew Ng, co-fundador da Coursera e professor de ciência da computação na prestigiada Universidade de Stanford, na Califórnia.
A Coursera quer oferecer cursos grátis a todas as pessoas do mundo. Mas as universidades têm a opção de, eventualmente, cobrar pela emissão de um diploma opcional para os estudantes ou pela realização de provas.
Segundo Ng, a Coursera poderá oferecer a empresas serviços de localização de profissionais altamente habilitados e usar isso como fonte de lucro.
"Quero que uma universidade como a Cal Tech [Instituto de Tecnologia da Califórnia] possa alcançar não apenas milhares de alunos, mas milhões alunos, espalhados pelo mundo inteiro", disse o co-fundador da Coursera à BBC Brasil.
De acordo com Ng, 35% dos alunos online da Coursera são dos EUA. Depois dos EUA, os países mais presentes nas salas de aula virtuais são Grã-Bretanha, Rússia e Índia. O Brasil fica em quinto lugar, com cerca de 3% dos estudantes.
'Mais atenção'
A brasileira Aparecida Santos faz um curso à distância da NYU (Foto: Arquivo pessoal).
Várias universidades americanas já vinham oferecendo cursos online pagos. Entre os muitos brasileiros que tiram proveito da formação superior pela internet, está Aparecida Santos, que mora há nove anos no Estado de Nova Jersey.
A decoradora de festas infantis tem uma carga de trabalho puxada, chegando a trabalhar 10 horas por dia. Para ela, o curso de certificado em tradução online pela Universidade de Nova York (NYU) não podia ser mais conveniente.
"Acho que os cursos online oferecem grandes vantagens que os cursos tradicionais não têm. Posso fazer as aulas no meu próprio ritmo e em casa. Acho até que o aluno virtual acaba prestando mais atenção às aulas do que seria o caso em uma sala de aula convencional", diz Aparecida, que é formada em Letras pela Universidade Federal do Paraná.
Outra pessoa que tira proveito do acesso global a universidades de renome é a baiana Maria Helena Brenner Kelly, que mora em uma pequena ilha no litoral da Bahia.
"Faço o curso de certificação em tradução da NYU. Sem educação online, eu jamais poderia ter acesso a um ensino formal na minha área", afirma ela.
Os gastos com os cursos online da NYU são bem menores se comparados às aulas tradicionais. A universidade cobra cerca de US$ 715 (R$ 1.447) por crédito (disciplina), menos da metade do valor pago pelos alunos que frequentam o campus. Cursos livres, como o de tradução, cobram US$ 695 (R$ 1.406) por módulo.
Além disso, os alunos virtuais não precisam gastar tempo nem dinheiro com transporte.