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segunda-feira, 1 de abril de 2013

O Morro do Bumba é uma maldição?...mas, talvez uma salvação!



30/03/2013
 às 20:09 \ Feira Livre

‘Deus está vivo e bem no Morro do Bumba’, por Fernando Gabeira

PUBLICADO NO ESTADÃO DESTA SEXTA-FEIRA
FERNANDO GABEIRA
Nas reuniões clandestinas dos anos 1960, Vera Silvia Magalhães, brincando, sugeria como agenda: quem somos, onde estamos e para onde vamos? No início desta campanha presidencial, creio que seria razoável abordar esse tema, desde que se desçam, passo a passo, os degraus da abstração.
Na nossa jovem democracia, os governos levam enorme vantagem na partida: arrecadam fortunas dos empresários amigos e gastam fortunas do Tesouro com propaganda sobre realizações e personalidade do governante. As despesas da viagem de Dilma Rousseff a Roma, por exemplo, deveriam ser computadas nos gastos de campanha.
Como candidata montada em milhões de reais, Dilma é um artefato urdido pelo PT, por especialistas em marketing, um cabeleireiro de origem japonesa, cirurgiões plásticos e consultores de estilo. A rigidez dos ombros, o cansaço no andar indicam que está sobrecarregada pela máscara afivelada ao seu corpo. E algumas frases desconexas revelam que gostaria de deixar de fazer sentido, como os garotos que escreveram receita de Miojo ou o hino dos Palmeiras em suas composições no Enem.
Dilma viajou para ser fotografada ao lado do papa Francisco e dizer: “O papa é argentino, mas Deus é brasileiro”. Nada melhor para uma campanha: posar ao lado do papa, brincar com a rivalidade com os argentinos, voltar para Brasília ainda mais popular do que saiu. A opção pelo luxo, na Via Veneto, no momento em que a Igreja fala de humildade não importa. Uma coisa é a Igreja, outra é o governo democrático popular, sem escrúpulos pequeno-burgueses, na verdade, sem escrúpulos de ordem alguma. Não importa que os estrangeiros vejam na sua frase uma certa dificuldade nacional de superar o complexo de inferioridade. Tudo isso é problema para a minoria que não tem peso nos índices de popularidade. O povo está satisfeito, as pesquisas são favoráveis e é assim que se pretende marchar para 2014.
Lula e José Dirceu foram heróis da vitória em 2002. Dirceu hoje trabalha para empresas junto ao governo. Lula viaja prestando serviços às empreiteiras. Lembram um pouco a desilusão dos jovens rebeldes no filme O Muro, de Alan Parker, inspirado na música de Pink Floyd. Um dos ídolos da rebeldia juvenil aparece no final melancolicamente vestido como porteiro de hotel, chamando táxis, ganhando gorjetas.
Lula fazia discursos contra o amoralismo do capital, a influências das empreiteiras, e aquelas frases de comício: um sonho sonhado junto não é sonho… Confesso que aplaudia e admito uma dose de romantismo incompatível com a minha idade. Muitos ídolos do rock, pelo menos, morreram de overdose. Na esquerda brasileira, passaram a trabalhar para a Delta ou viajar a soldo da Odebrecht. A popularidade do governo intimida e os candidatos de oposição não fazem um contraponto, mas se definem como uma variação melódica.
Ao deixar o luxuoso Hotel Excelsior, em Roma, Dilma afirmou, ante as mortes em Petrópolis, que era preciso tomar medidas mais drásticas para tirar as pessoas das áreas de risco. Levar para onde? Não se construiu uma única casa popular em Petrópolis. No Morro do Bumba, em Niterói, alguns moradores foram transferidos para um quartel da PM depois da tragédia que matou 48 pessoas em 2010. Os 11 prédios do PAC construídos para abrigá-los estão caindo, antes de inaugurados. Há fendas nas paredes e vê-se que os construtores usaram material barato. Cerca de R$ 27 milhões foram para o ralo. Deus está vivo e bem no Morro do Bumba. Se fossem para os novos prédios, a armadilha cairia sobre a cabeça dos desabrigados.
Quem tem boca (no governo) vai a Roma. Depois é preciso dar uma olhada na Serra Fluminense, verter aquelas lágrimas de praxe, no melhor ângulo e na melhor luz, para as inserções na TV. A mãe do PAC deveria visitar as obras destinadas ao Morro do Bumba com o carinho com que as mães visitam os filhos no presídio, os que deram errado mas nem por isso são esquecidos.
O governo costuma dizer que a oposição mais consistente é a da imprensa. Essa é sua desgraça e sua sorte. O incessante turbilhão das notícias obriga a imprensa a mover-se sem parar para cobrir o que acaba de acontecer. Sobra pouco tempo para retirar esqueletos do armário e voltar aos personagens de nomes bizarros que povoam os escândalos nacionais. A única maneira de quebrar a hegemonia perversa que contribuiu para devastar moralmente o Congresso, estreitar nossa política externa, confinar a economia nos limites do consumismo é fortalecer uma oposição real. Ela não se pode ater ao horizonte de uma só eleição. Precisa trabalhar todos os dias, imediatamente após a contagem dos votos.
Em política não existem eleições ganhas antecipadamente. Mas é preciso não contar com milagres. Mesmo eles só favorecem os que estão de pé, os que cedo madrugam. As pesquisas dizem que a maioria dos brasileiros está contente com o governo Dilma. A sensação de bem-estar impulsiona-os a aprovar o governo e ignorar as profundas distorções que impõe ao País.
Não é a primeira nem a última vez que a minoria se coloca contra uma onda de bem-estar fundamentada apenas no aumento do consumo. No passado éramos bombardeados com a inscrição “Brasil, ame-o ou deixe-o”. Agora ninguém se importa muito se você ama ou deixa o País.
O mecanismo de dominação é consentido. Nosso universo se contraiu e virou um mercado onde tudo se compra e se vende, secretarias negociam ilhas, ex-presidentes cobram dívidas de empreiteiras e, na terra arrasada do Congresso, o pastor Marco Feliciano posa fazendo uma escova progressiva. Parafraseando Dilma, são necessárias medidas mais drásticas para tirar essa gente de lá.
A única arma à nossa disposição é o voto. A ausência de uma oposição organizada e aguerrida é uma lacuna. Quando há uma base social para a oposição, dizem os historiadores, ela acaba aparecendo dentro do próprio governo. E aparece discreta, suave, como discretos e suaves são os que se lançam agora diante da milionária máquina topa-tudo do PT.

Contrastes no Rio de Janeiro...


13:24 \ Brasil

Sucesso de vendas

O novo porto do Rio vem aí
Em menos de uma semana, a Odebrecht vendeu 80% das salas comerciais colocadas à venda dos seus novos projetos imobiliários na Zona Portuária do Rio. O metro quadrado da área é de 14 700 reais, valor igual ao cobrado nos principais escritórios no centro da cidade.
Por Lauro Jardim
10:47 \ Futebol

Retrato do atraso

Engenhão: na maioria das vezes, estádio esteve vazio nos últimos anos
Eis um dado que revela como o futebol brasileiro está muito atrasado quando o assunto é público nos estádios.
Em 2012, a média de público do Campeonato Brasileiro foi de 12 983 pessoas. A Pluri Consultoria levantou que a última vez que a Premier League teve média menor foi em 1904 – no início do século passado!
Por Lauro Jardim

Lançado edital preliminar para a ponte Salvador-Itaparica


Primeiro edital de serviços para ponte Salvador-Itaparica é lançado

Edital trata de serviços de sondagem que devem durar 5 meses

01.04.2013 | Atualizado em 01.04.2013 - 13:44
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Da Redação
O edital de licitação para começo de serviços do projeto da ponte Salvador-Itaparica foi publicado no Diário Oficial da Bahia da sexta-feira (29) - o diário circulou nesta segunda (1º) por conta do feriado.
Os serviços em questão são de sondagem no mar e em terra. Este é o primeiro passo para a construção da ponte Salvador-Itaparica, que segundo o governo do estado deve beneficiar as regiões do Recôncavo, do Baixo Sul, litoral e Metropolitana de Salvador.
O secretário do Planejamento, José Sergio Gabrielli, diz que o termo de referência pede que aconteça a identificação dos perfis geológicos, geotécnicos e individuais de todas as sondagens, descrevendo a natureza e espessura das camadas que serão atravessadas, profundidade, índice de resitência à penetração e outros detalhes. "O prazo de conclusão do serviço está estimado em cinco meses", diz o secretário sobre essa primeira parte.
O edital está disponibilizado no site do Departamento de Infraestrutura de Transportes da Bahia (Derba) ou no da Secretaria do Planejamento do Estado (Seplan).

Um pouco de sorte para serem eleitos... e com ajuda de Satanás


01/04/2013
 às 4:51

Feliciano, Wyllys e o tal Satanás

Só uma coisa deve andar crescendo no Brasil mais do que a burrice e a intolerância: o número de pessoas dispostas a votar em Marco Feliciano (PSC) nas próximas eleições legislativas. Ele conta com cabos eleitorais fortíssimos: o principal é Jean Wyllys (PSOL-RJ), que, em 2014, também não precisará mais de Chico Alencar. Ainda que ambos rejeitem a parceria, dançam um minueto. São os antagonistas da narrativa. A imprensa faz a campanha de ambos.
Feliciano conta ainda com a assistência involuntária das Fernandas, mãe e filha, da imprensa, das ONGs, do site Avaaz (aquele comandado por Pedro Abramovay) e dessa algaravia dos politicamente corretos, segundo quem, sob certas circunstâncias, a gente pode dar um pé no traseiro da democracia.
E Feliciano não se faz de rogado.
Não vai renunciar porque, a exemplo do seu antípoda nessa pantomima, também não é besta. Se cai fora, tangido pela gritaria, ele se desmoraliza. Se fica, se fortalece no embate com a… gritaria. A Folha desta segunda dá destaque a uma fala sua num culto num ginásio da cidade mineira de Passos, ocorrido na sexta. Enquanto ele falava aos fiéis, do lado de fora do templo, ocorriam os protestos. Ele mandou ver: “Essa manifestação toda se dá porque, pela primeira vez na história desse Brasil, um pastor cheio de Espírito Santo conquistou o espaço que até ontem era dominado por Satanás”.
Pois é… E agora? Na Câmara, ele está sendo tratado como “pastor”, e querem deslegitimá-lo por isso, o que é o fim da picada, por mais que se discorde de suas ideias. No culto, pois, ele pode, como resposta, lembrar a sua condição de deputado. O que fazer? Não há nada a fazer. Ainda que pareça exótico e ainda que eu não acredite nisto, o fato é que ele é livre para achar que Satanás comandava a comissão antes de sua chegada. Já que tentam demonizá-lo, ele resolve identificar o demônio naqueles que o atacam.
Não vejo como Feliciano possa ser tirado de lá, a menos que renuncie. Caso se operem estratégias pouco regimentais e manobras para torná-lo inviável, tanto melhor para a sua campanha de 2014. Não precisará fazer muito esforço. Quem anda perdendo com tudo isso é a Comissão de Direitos Humanos e Minorias, que tem outros assuntos na pauta. O deputado do PSC resolveu fazer do limão uma limonada: “A natureza deles é gritar, xingar, falar palavras de ordem. É dar beijos no meio da rua, tirar a roupa. A natureza deles é expor um homem como eu, pai de família, ao ridículo”.
Essa questão está se transformando num confronto de caricaturas. E a degradação contínua do debate decorre do fato de se ignorarem os parâmetros e os fundamentos de uma sociedade democrática. Os inconformados com a presença de Feliciano na comissão dispõem dos mais variados meios — e do apoio quase unânime da imprensa — para fazer chegar a sua voz à sociedade.
Inaceitável é impedir o pleno funcionamento de um Poder da República porque grupos organizados não concordam com o pensamento de um deputado. Da mesma sorte, é pura expressão da truculência tentar inviabilizar os cultos religiosos de que ele participa. Duvido que tenha tido antes, em sua trajetória política, inimigos tão úteis. Até o Caetano Veloso e o Chico Buarque já se pronunciaram. Sobre a presença dos condenados José Genoino e João Paulo Cunha na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, nem um nem outro disseram nada. Tampouco se manifestaram outros artistas e celebridades.
Sei lá o que anda a fazer Satanás. Não tenho intimidade com o coisa-ruim. Mas dá para saber perfeitamente bem o que andam a fazer os tolos e os oportunistas.
Por Reinaldo Azevedo

quinta-feira, 28 de março de 2013

Soberbia do Governo Federal sofre críticas...



27/03/2013
 às 21:35 \ Direto ao Ponto

As deslumbrantes imagens da embaixada que Dilma desprezou confirmam que, no governo que fingiu acabar com a miséria, a indigência mental não para de aumentar

Chefiada pelo vice-presidente Joe Biden, a comitiva que representou os Estados Unidos na cerimônia de entronização do Papa Francisco somou menos de 10 integrantes, incluídos agentes de segurança. Como todos se hospedaram na embaixada americana, a única superpotência do planeta não gastou um só dolar com diárias de hotel.
Coisa de país em crise, informou o desembarque em Roma da multidão de jecas perdulários comandados por Dilma Rousseff. Para deixar claro que uma potência emergente não perde tempo com sovinices, a presidente e quatro ministros de estimação se alojaram num dos hotéis mais caros da cidade. Só em gorjetas para porteiros e garçons os mais de 50 brasileiros superaram a soma dos gastos da delegação bancada pela Casa Branca.
Assim tem sido desde a primeira das numerosas viagens internacionais da supergerente de araque. Ela jamais dormiu em prédios que abrigam a embaixada do Brasil. Mesmo que seja o Palazzo Pamphilj, uma soberba relíquia arquitetônica localizada na Piazza Navona.  O vídeo de cinco minutos, publicado pelo blog Planejando a Viagem é um magnífico passeio pelos espaços franqueados ao público.
A sequência de imagens não inclui a parte residencial, que dispõe de sete suítes de hóspedes, mas permite que se tenha uma ideia do que a Primeira Dilma desdenhou. Convidada a explicar a opção pela gastança, mandou o chanceler Antonio Patriota dizer que o embaixador estava fora da Itália. Melhor: a presidente poderia ter desfrutado dos aposentos do dono da casa.
Confira a procissão de deslumbramentos. É mais que uma prova de que o Brasil Maravilha é um pobretão que se faz de rico enfiado num fraque puído nos fundilhos. É também outra evidência contundente de que, no governo que exterminou a miséria, a indigência mental não para de aumentar.

Ferramenta de visualizações... fractais.... sei lá

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Clique no link e veja como pode divertir com as várias possibilidades de arrumação de um conjunto que pode ser um modelo de vida, de objetivo (?), etc
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"O que sei de Lula: Eleição já, para não ter de trabalhar"...

Condomínio de Ideias

27/03/2013
 às 17:56 \ Direto ao Ponto

José Nêumanne, autor do ótimo ‘O que sei de Lula’: Eleição já, para não ter de trabalhar

Trecho: Na semana passada, o governo anunciou que a Petrobrás não venderá mais a refinaria de sua propriedade em Pasadena, no Texas (EUA), por causa do prejuízo que teria. Ora bolas, o prejuízo já foi dado! Agora a questão se resume a ter um prejuízo de US$ 1 bilhão, se a estatal brasileira conseguir passar adiante o mico que comprou dos belgas, ou US$ 1, 180 bilhão, se mantiver em sua contabilidade a atividade gravosa da empresa mal comprada. Não consta que haja um agente da republicana Polícia Federal do dr. José Eduardo Martins Cardozo investigando quem saiu ganhando na compra, que, aliás, só acrescenta mais um grão no areal de lambanças de uma empresa cujos donos somos nós. Mas a oposição foi para o circuito Elizabeth Arden do tríduo momesco no Recife, em Salvador e no Rio de Janeiro e deixou a nau capitânia do “petróleo é nosso” afundar num mar de lama.
Confira na seção Feira Livre.

quarta-feira, 27 de março de 2013

Nossos vícios têm virtudes...


joão pereira coutinho

 

26/03/2013 - 03h00

As virtudes dos nossos vícios


Assisti finalmente a "Lincoln". Gostei das discussões sobre a escravatura. No século 19, havia quem defendesse a emancipação dos escravos. E havia quem considerasse a afirmação aberrante, para não dizer blasfema. Um negro igual a um branco? Onde é que o mundo iria parar?
Moral da história: pense duas vezes, leitor, antes de fuzilar opiniões politicamente incorretas. No século 19, os antiescravagistas eram os politicamente incorretos de serviço, dizendo o que o maioria não queria escutar.
Aliás, essa é a virtude de opiniões que remam contra a maré dominante. Quando se discute a "liberdade de expressão", repete-se muitas vezes o clichê conhecido (e circular) de que a liberdade é importante, e blá-blá-blá.
Certo. Mas esse não é o argumento fundamental. Fundamental mesmo é lembrar que, sem liberdade de expressão, não existe possibilidade de progresso moral na sociedade. Sem opiniões politicamente incorretas, os negros teriam demorado mais tempo a sair das senzalas.
Um livro recente ajuda a entender isso. Foi escrito pelo filósofo Emrys Westacott e só o título é todo um programa: "The Virtues of Our Vices: A Modest Defense of Gossip, Rudeness and Other Bad Habits" ("as virtudes dos nossos vícios: uma modesta defesa da fofoca, da rudeza e de outros maus hábitos").
O livro de Westacott, que o autor apresenta como um tratado em "microética", não compra a hipocrisia vitoriana de que os vícios privados devem ser substituídos por virtudes públicas. Pelo contrário: os vícios privados já são virtudes públicas.
Em teoria, a rudeza pode ser um vício. Mas há momentos em que a violação de convenções sociais, causando propositadamente dano a terceiros, é necessária.
Não duvido que, para as grandes plantações do sul, perder mão de obra escrava nos Estados Unidos fosse um dano "patrimonial" objetivo. Mas a emancipação dos escravos era mais importante do que a alegada sobrevivência econômica do sul.
O mesmo com o esnobismo. Para a sensibilidade politicamente correta, o elitismo associado à palavra --a ideia intolerável de que você se considera melhor que seu vizinho em matéria de gostos e desgostos-- pode ser uma falha de caráter.
Mas sem esse elitismo não haveria progresso na cultura e nas artes. Mais: não haveria sequer progresso na apreciação crítica da cultura e das artes.
Dizer que Guimarães Rosa é melhor que Daniel Galera não é esnobismo. É uma posição racionalmente válida que procura separar a qualidade do lixo. É, no fundo, uma forma de você preservar o seu julgamento crítico quando o mundo em volta conspira para o "relativizar" e o silenciar.
Quando um turista visita o Louvre ou a National Gallery, ele não visita apenas museus. Ele recebe como herança o resultado do elitismo de terceiros: dos que produziram obras na busca da excelência; e dos que souberam selecionar e preservar essa excelência.
E que dizer do humor? Sobretudo do humor doentio, que usa estereótipos capazes de ofender grupos ou minorias?
Responder a essas perguntas só é possível com outras perguntas: você preferiria viver num mundo onde só existisse uma única "melodia moral"?
Ou o humor, e mesmo o humor doentio, tem uma função importante ao testar as suas convicções, ao torná-las mais fortes (ou menos fortes) --e a definir a sua identidade?
Sim, é possível imaginar uma cultura onde ninguém expressa preconceitos, fraquezas, insultos. Basta imaginar as culturas tribais do passado, dominadas por tabus, e onde qualquer dissonância era sacrificada para apaziguar a fúria dos deuses.
Sem humor, e sobretudo sem humor subversivo, a vida sob regimes autoritários seria ainda mais insuportável. Sem humor, e sobretudo sem humor transgressivo, as nossas existências, marcadas pela doença e pela morte, seriam travessias ainda mais desérticas.
Aplaudir Emrys Westacott não é uma apologia da brutalidade pela brutalidade. É reconhecer que a brutalidade pode transportar um bem maior: repensar conceitos e preconceitos na busca interminável da verdade. Mesmo que alguns sejam condenados à cicuta por causa disso.
Caro leitor, você pode não gostar de ouvir certas coisas. Mas é importante para a sua sociedade que você continue a ouvir o que não gosta.
João Pereira Coutinho
João Pereira Coutinho, escritor português, é doutor em Ciência Política. É colunista do "Correio da Manhã", o maior diário português. Reuniu seus artigos para o Brasil no livro "Avenida Paulista" (Record). Escreve às terças na versão impressa de "Ilustrada" e a cada duas semanas, às segundas, no site.

Da dificuldade de se afirmar alguma coisa...


cláudia collucci

 

27/03/2013 - 08h17

Vilões a mocinhos


Ontem participei de um ótimo debate promovido pelo Ilsi Brasil (International Life Sciences Institute) sobre mídia e nutrição e um dos pontos levantados no evento foi sobre como pesquisadores e jornalistas prestam um desserviço à população quando elegem certos alimentos como vilões.
O ovo, coitado, é sempre lembrado. Anos atrás, virou inimigo número 1 de quem precisava reduzir o colesterol. Talvez por conter em sua gema aproximadamente 213 mg de colesterol, sua recomendação foi limitada durante muito tempo.
Hoje, muitos estudos demonstram uma relação inversa entre o consumo de ovo e aumento de colesterol e ainda enfatizam os benefícios que podem trazer à saúde, entre eles memória, capacidade cognitiva e formação de novos neurônios.
As atuais pesquisas mostram que as doenças cardiovasculares estão mais relacionadas com a história familiar (hereditariedade) e maus hábitos alimentares, como ingerir gorduras saturadas, principalmente as trans, do que com os níveis de colesterol dos ovos.
Outro mito que vem bem a calhar nesta época do ano é o chocolate, muito associado a espinhas. Ele pode engordar, é claro, mas a acne está muito mais associada ao aumento na produção de sebo causado pela elevação de hormônios sexuais, principalmente na adolescência.
Esse aumento pode estar ligado a questões emocionais. Muitas vezes, consome-se uma grande quantidade de chocolate, para tentar amenizar um estado de ansiedade ou de tensão. O chocolate amargo, como muitos já sabem, pode ser até benéfico: é rico em flavonoides, que podem auxiliar no combate ao envelhecimento da célula. Mas coma com moderação, certo?
O café é outro que já levou muita fama de causar gastrite, elevação da pressão arterial e insônia. Segundo especialistas, esses sintomas dependem muito mais do grau de sensibilidade de algumas pessoas à cafeína. Nas mais sensíveis, o consumo do café deve ser evitado.
Enfim, são exemplos que precisam ser lembrados sempre surgir um novo estudo demonizando ou endeusando um alimento. A mídia e os profissionais de saúde, de uma forma geral, precisam ter cautela na divulgação dessas informações.
Muitas vezes, o verdadeiro perigo está na forma (e na quantidade) como se come e não necessariamente no alimento que é consumido.
Avener Prado/Folhapress
Cláudia Collucci é repórter especial da Folha, especializada na área da saúde. Mestre em história da ciência pela PUC-SP e pós graduanda em gestão de saúde pela FGV-SP, foi bolsista da University of Michigan (2010) e da Georgetown University (2011), onde pesquisou sobre conflitos de interesse e o impacto das novas tecnologias em saúde. É autora dos livros "Quero ser mãe" e "Por que a gravidez não vem?" e coautora de "Experimentos e Experimentações". Escreve às quartas, no site.

Exatamente como gosto ....

Um pouco de jazz, um pouco de paz
Count Basie e Oscar Peterson

Facebook : ligações gratuitas entre usuários brasileiros...!




Quarta-feira, 27 de março de 2013 02:19 pm

Aplicativo do Facebook agora permite ligações gratuitas entre usuários brasileiros

Ataide de Almeida Jr. 
Antes restrita aos usuários dos Estados Unidos e Canadá, a opção de telefonar para um amigo por meio do aplicativo do Facebook chegou aos brasileiros. Com base nas informações de Thiago Hirai, engenheiro de Software da empresa, o Tecnoblog informou a disponibilidade dessa função aqui no Brasil. 

Para utilizar é simples. Basta procurar o contato no Facebook Messenger e tocar no ícone com a letra i. Lá, irá a aparecer a função ligação gratuita. No entanto, para que a chamada seja efetivada, é preciso que os dois usuários tenha a última versão do aplicativo, tanto no iOS quanto no Android. 

Em um rápido teste na Redação do Correio , o único problema foi um certo atraso no momento em que a pessoa atendeu até que saiu o som no aparelho. Delay ocasionado, provavelmente, pela conexão 3G. Após efetivar a ligação, o som era claro, tal qual uma chamada telefônica normal.
    
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