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NOTÍCIAS DE BRASÍLIA

sábado, 7 de dezembro de 2013

Viver é perigoso... / //reuters

Nobel de Economia vê risco de recessão global em 2014

sábado, 7 de dezembro de 2013 11:02 BRST

ESTOCOLMO, 7 Dez (Reuters) - Um dos três norte-americanos que venceram o Prêmio Nobel de Economia deste ano disse que déficits públicos inchados nos dois lados do Atlântico significam que a recessão continua sendo um risco real em 2014.
Eugene Fama, que dividiu a premiação de 9 milhões de coroas suecas (1,2 milhão de dólares) deste ano com Robert Shiller e Lars Peter Hansen, disse neste sábado que os governos altamente endividados nos Estados Unidos e na Europa representam uma ameaça constante para a economia global.
"Pode chegar o ponto em que os mercados financeiros dirão que nenhuma dessas dívidas tem credibilidade mais e eles não poderão se financiar", disse ele à Reuters na capital sueca, onde receberá o prêmio na terça-feira.
"Se houver outra recessão, será mundial", acrescentou.
Fama, que tem sido chamado de pai das finanças modernas e dividiu o prêmio por sua pesquisa sobre preços de mercado e bolhas de ativos, minimizou o dado positivo sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos divulgado nesta semana.
"Não estou tranquilizado, de forma nenhuma", comentou.
A taxa de desemprego nos EUA caiu para 7 por cento, a menor em cinco anos, em novembro, e as empresas contrataram mais do que se esperava.
"A recuperação do mercado de trabalho tem sido terrível. A única razão para a taxa de desemprego ser de 7 por cento, que é alta para os padrões históricos dos EUA, é que as pessoas desistiram de continuar a procurar emprego", disse.
"Simplesmente não acho que vamos sair (da recessão) muito bem", completou.   Continuação...

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Tabela de jogos da Copa de 2014 // Veja

Copa do Mundo

Seleção enfrentará a Croácia na abertura da Copa

Sorteio da Copa - GRUPOS

Brasil jogará contra Croácia, México e Camarões na primeira fase da Copa


Brasil pega Croácia, México e Camarões na 1ª fase da Copa

Portal Terra
Brasil  já conhece seus adversários na primeira fase da Copa do Mundo de 2014. A Seleção de Luiz Felipe Scolari, cabeça de chave do Grupo A, estreia contra a Croácia, em 12 de junho, em São Paulo; faz a segunda partida contra o México, em 17 de junho; e depois pega Camarões, em 23 de junho, em Brasília.
Os croatas já foram adversários do Brasil na estreia da Copa de 2006 - perderam por 1 a 0, com gol de Kaká. Já os mexicanos são tradicionais "carrascos" da Seleção em tempos recentes, enquanto Camarões é mais lembrado por eliminar o time verde-amarelo da Olimpíada de 2000, nas quartas de final.
O chamado "grupo da morte" acabou sendo o Grupo D, que ficou com três campeões mundiais: o cabeça de chave Uruguai e os europeus Inglaterra e Itália. A franco-atiradora Costa Rica completa a chave.
Já o Grupo B, que cruza com a chave do Brasil nas oitavas de final, também ficou com duas equipes de peso: Espanha e Holanda. Os outros dois possíveis adversários da equipe de Felipão são Chile e Austrália.

Pequeno texto para homenagear um grande homem: Mandela / Jornal Hoje

Edição do dia 06/12/2013
06/12/2013 14h34 - Atualizado em 06/12/2013 14h34


Mandela dedicou 70 anos da sua vida à 




luta pela liberdade e igualdade


Sul-africano sempre disse que a educação podia mudar o mundo.
Ele se despediu do mundo aos 95 anos.

Comente agora
Mandela costumava dizer: "a educação é o principal instrumento que alguém pode usar para mudar o mundo". Ele foi o primeiro da família a frequentar uma escola, aos sete anos de idade. Foi lá que recebeu o nome Nelson.
A luta pela justiça começou na universidade de Fort Hare, quando estudava Direito. Mandela participou de greves estudantis, entrou em confronto com a direção da universidade e foi expulso.
Viajou  para Johanesburgo. Lá, conseguiu concluir a faculdade de Direito e se tornou o principal representante do movimento contra o apartheid. A política de segregação racial negava direitos políticos, sociais e econômicos à maior parte da população: os negros.
Mandela lançou uma campanha de desobediência civil. Ele era líder do Congresso Nacional africano, uma organização negra. Depois de um massacre de 67 negros na década de 60, ele decidiu assumir o comando do braço armado do CNA.
O partido foi declarado ilegal. Mandela era classificado como terrorista pelo governo sul-africano e foi parar na prisão. Entretanto, a maioria negra via Mandela como ícone da resistência.
A sentença foi prisão perpétua por sabotar alvos militares e do governo - o que Mandela admitiu - e conspiração para ajudar outros países a invadirem a África do Sul, o que Mandela negou. Foram 27 anos na prisão.
Na década de 80 começou uma pressão internacional pela libertação de Mandela. No dia 11 de fevereiro de 1990, quando tinha 72 anos, o presidente Frederick de Klerk ordenou que ele fosse libertado e os dois dividiram o Prêmio Nobel da Paz. Mandela  se tornou presidente da África do Sul e governou de 1994 a 1999.
Mesmo depois de o CNA tomar o poder, os brancos eram os que tinham armas e dinheiro. Aos negros restava a causa de vingança. Mandela mudou o hino do país, alterou a política de segregação racial na legislação e consolidou a democracia. O mandato terminou em 1999.
Depois de deixar a presidência, Mandela se dedicou a uma campanha para arrecadar fundos de combate à aids. A campanha foi chamada de 466-64, o número dele durante a prisão. Quando fez 85 anos anunciou o fim da trajetória na vida pública e aos 95 anos se despediu do mundo.

Day after na Rua São Bento próximo da Beneficência / Queda do 'ficus'

"Efeito da natureza" ... 
Hoje um caminhão destruiu o fio telefônico da região, outro 'efeito da natureza'
Ao fundo, depois da esquina, o próximo 'efeito' com suas árvores esbanjando saúde e suas folhas quase tocando o chão...

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Ficus quase cai sobre casa perto da Beneficência Portuguesa

Do blog de Josias de Souza / Angeli

Tumor de 25 quilos foi retirado de ovário em cirurgia de 2 horas / G1

05/12/2013 11h54 - Atualizado em 05/12/2013 11h54


Médicos da Espanha retiram tumor de 




25 kg do ovário de paciente


Cirurgia em mulher de 47 anos aconteceu no Hospital de Torrevieja.
Segundo centro médico, há apenas 5 casos de tumores gigantes no mundo.

Momento em que o médico Eduardo Cazorla retira tumor de 25 kg do ovário de uma paciente (Foto: Divulgação/Hospital Torrevieja)

Momento em que o médico Eduardo Cazorla retira
tumor de 25 kg do ovário de uma paciente                 
(Foto: Divulgação/Hospital de Torrevieja)


Do G1, em São Paulo

Uma equipe de cirurgiões da Espanha extraiu, com sucesso, um tumor benigno de 25 quilos do ovário de uma mulher de 47 anos, de acordo com o Hospital de Torrevieja, da província de Alicante, onde a operação foi realizada. A data da intervenção médica não foi divulgada.
Em nota, o chefe do serviço de Obstetrícia e Ginecologia do hospital, Eduardo Cazorla, garantiu que em seus "20 anos de carreira nunca tratou de um caso com características similares".
Segundo o comunicado do hospital, até agora, existem na literatura científica apenas cinco casos de tumores gigantes no mundo. Nessa categoria, considera-se os que são maiores de 11,3 kg.

Os especialistas detectaram uma "tumoração quística gigante" de 41 cm e 25 kg, extraída em uma operação de duas horas. 
A paciente foi enviada ao centro médico após se queixar de muitas dores e observar "um constante crescimento de sua região abdominal".
"A complexidade desse tipo de intervenção é muito alta, levando-se em conta a particularidade do tamanho da tumoração", acrescentou o hospital.
"Depois de cinco dias de internação e pelo menos 20 dias de repouso, a paciente se recuperou completamente", informou o hospital.

Muito Prazer...!!! / por Mônica El Bayeh

Orgasmo? Muito prazer! Por Mônica El Bayeh

perfil Mônica El Bayeh - blog da Ruth (Foto: ÉPOCA)
(Foto: Mariana Bastos)

Orgasmo feminino intriga os homens? É o que parece. Talvez porque não seja tão visível quanto o deles. Ou porque pode ser facilmente fingido, ao contrário do deles. Fato é que não passam quinze dias sem que me depare com pesquisas sobre nossos orgasmos. Não vejo muita utilidade. Não nos orgasmos, nas pesquisas! Preferia minha parte em dinheiro. 
A pesquisa da semana é do psicólogo americano Barry Komisaruk, professor da Universidade Rutgers, de Nova Jersey. Ele passou 30 de seus 72 anos investigando os benefícios do prazer sexual no bem-estar das mulheres. Poderia ter descoberto isso, mais rápido de forma muito mais prazerosa e feliz, na prática. Mas, depois de trinta anos de pesquisa, é melhor nem avisar isso a ele. Ia ser uma decepção. 
  (Foto: Mariana Bastos) 

Faz parte da cultura popular a máxima de que sexo faz bem à pele e aos cabelos. Ouso ir além, sexo faz bem à vida. Mas o tesão é uma energia que vai muito além da cama e se espalha pela vida. Algumas pessoas têm, outras não. Todos conhecemos pessoas que cheiram a infelicidade. Podem ter tudo, nada lhes alegra, nada parece tampar o vazio que as preenche. Sempre com a mesma cara de bunda. 
Komisaruk pretende verificar se o prazer sexual beneficia o tratamento de pacientes com ansiedade, depressão ou dependências. Ora, Komisaruk, que pergunta é essa? Nunca viu uma carinha satisfeita, calma e tranquila depois de ter seu objetivo atingido? Vai ver que não. Tanto tempo pesquisando... 
Orgasmo, felicidade e alegria acontecem assim: ou você descobre como é que funciona o seu e corre atrás. Ou você não tem. Não chega lá. Fica a ver navios. Claro, sempre é tempo de aprender! Basta querer e trabalhar por isso. Nem costuma ser um trabalho muito custoso. 
Não raro encontro pessoas que esperam que tudo venha do outro. Esperam que a felicidade, a realização amorosa, a alegria e, porque não, o orgasmo cheguem de forma mágica. Sem esforço. Trazido por um príncipe, Papai Noel, Fada dos dentes, sei lá. Impossível. 
Numa relação, seja ela sexual ou não, boa parceria é tudo. Mas a capacidade de ter orgasmo é como a capacidade de ter alegria. Arriscando um neologismo: é indelegável. Algumas mulheres entregam seu prazer na mão do outro. O outro, coitado, pega essa batata quente achando que pode resolver, dar conta de tudo. Só que não! 
Homens entendem do corpo deles. E a situação deles, nesse sentido, é mais cômoda. Afinal, o deles sempre esteve ali à mostra e ao fácil alcance da mão. Esbarram com ele toda hora, brincam e se divertem juntos. Um menino e seu pinto, desde cedo, já são grandes amigos. Íntimos. 
Nós mulheres já temos um design mais arrojado. Tudo arrumadinho e embutido. Pequeno por fora, mas com espaço interno excelente. Cabe até um bebê! Se fossemos um carro, seríamos mais caro que eles. Só que, da mesma forma que com os carros, eles têm o dobro da nossa quilometragem rodada. A gente demora muito mais para descobrir onde ficam todos os comandos. Isso faz diferença na hora do arranque. 
Meu prazer é todo meu. Nem vejo egoísmo nisso. Venha, estou de olho no seu câmbio. Você me interessa. Mas a direção, só eu posso te dar. Meu corpo, meu prazer é um mapa pessoal, com GPS intransferível. Trocamos coordenadas. Você me passa as suas, eu te indico as minhas. Chegamos ao ponto G? Para que só um, tem tantas letras por aí... 
O orgasmo independe do parceiro. Alívio para os machos de plantão? Não tanto. Claro que um parceiro com boa pegada ajuda. É uma benção! Mas não é garantia de nada. Um carro, mesmo que diferente, é fácil de tentar dirigir. Um corpo, não. Corpos tem senha de acesso. Corpos, tanto masculinos como femininos, são Esfinges com enigmas a serem desvendados. Compartilhamos senhas e segredos. Se não sei minha senha, tipo celular bloqueado, fico sem sinal, não consigo completar a ligação. Distante de minha área de cobertura, a brincadeira perde a graça. 
De verdade, não entendo bem porque os homens nos estudam tanto. Era só perguntar! A gente respondia. Imagino que tantas pesquisas sobre orgasmo sejam uma tentativa dos homens de acalmar as mulheres. De tentar entender melhor como funciona e ver se aprimoram o controle sobre nós. Para os homens, em se tratando de palavras e conversas, menos sempre é mais. O que fazer com essas mulheres indomáveis, tão falantes, questionadoras, cheias de demanda? 
A notícia orgásmica da semana passada é que o Royal Edinburg Hospital, na Escócia, realizou uma pesquisa e concluiu que as pessoas que fazem sexo regularmente, numa média de três vezes por semana, aparentam ser cinco a sete anos mais novas que a idade real. O prazer é essencial à manutenção da juventude. Uau, a gente nem imaginava isso, né? Tinha mesmo que pesquisar para saber. Mais uma pesquisa fundamental na descoberta do já sabido. 
Prazer rejuvenesce, claro. Mas o gozo vai muito além do genital. Tenho prazer de escrever um bom texto, de ler um livro interessante, dar uma aula que valha a pena. Imagino que seja o mesmo com um ator que estreia sua peça, um médico que termina uma cirurgia bem sucedida, uma pessoa que acaba uma faxina e olha a casa arrumada e limpa. 
Prazer de matar a saudade, de beijar e abraçar quem se ama . Prazer rejuvenesce, sim. Qualquer que seja. Podemos encontrar pessoas que não têm vida sexual ativa há muitos anos, ou que nunca tiveram vida sexual ativa, e são perfeitamente felizes na sua forma de gozar a vida. Alegres, felizes e realizadas. Descobriram e estimulam diariamente seu ponto Q. Q de Quero mais é aproveitar a vida! Juventude é o prazer de estar vivo! Esse é o grande orgasmo! 
Por via das dúvidas, já avisei aqui em casa: ou comparece e faz sua parte direitinho ou junta dinheiro para a minha plástica. 

E la nave va... Cerca de mil lojas saqueadas em Cordoba na Argentina

Argentina »Número de lojas saqueadas subiu para mil em Córdoba

Publicação: 05/12/2013 08:52 Atualização:


Cerca de mil lojas lojas foram saqueadas e duas pessoas morreram durante dias de caos em Córdoba, na Argentina, desencadeada por uma greve de policiais, informou nesta quinta-feira o jornal "La Nación'. Onze feridos foram internados em estado grave e outras 200 pessoas tratadas em hospitais locais por enfrentamentos com armas, paus e pedras entre multidões de criminosos e moradores e comerciantes que tentavam se proteger e a seus estabelecimentos.
Depois de várias horas em que a anarquia tomou as ruas da cidade na quarta-feira, a polícia retornou ao trabalho após a assinatura de um acordo com o governo da província que elevou a remuneração dos funcionários de 6 mil para 8 mil pesos.
Um jovem de 20 anos morreu baleado durante as invasões e roubos e 52 pessoas foram presas. Um homem de 85 anos também morreu ao passar mal ao ter sua casa invadida.
O medo de novos tumultos em outras partes do país cresceu ao saber que em Glew, na província de Buenos Aires, um comerciante chinês morreu em seu supermercado após resistir a saques. Fechado dentro do local, ele morreu sufocado pela fumaça de um incêndio provocada por saqueadores, que também o espancaram.
Em Córdoba, se esperava ajuda federal com a recusa da polícia a atuar. Mas o governo de Cristina Kirchner esperou até o último minuto para agir, segundo o "La Nación", embora fosse pública a gravidade da situação. Sem a proteção do Estado, os vizinhos se organizaram para protegerem instalações e residências. Várias casas também foram saqueadas.
Os problemas começaram na tarde de terça-feira e gerou uma troca de acusações entre o governador da província, José Manuel de la Sota, e o Executivo nacional, da presidente Cristina Kirchner - adversários dentro do mesmo Partido Judicialista (PJ).
No Congresso, deputados da oposição pediram a implantação de uma Lei de Emergência de Segurança Nacional. Integrantes dos partidos União Para Todos, Democrata de Mendoza e PRO apresentaram um projeto de lei de emergência com o objetivo de dar à polícia poder "para superar a situação de perigo coletivo que a nação possa enfrentar".

EUA e Paquistão são casados, se detestam, mas não podem se divorciar.../ Relações Internacionnais


Lucas Mendes: Ilusões magníficas

Atualizado em  5 de dezembro, 2013 - 06:55 (Brasília) 08:55 GMT
Uma delusion, mais do que uma ilusão, é 

uma doença neurológica.
Magnificent Delusion é o título do livro recém-lançado pelo ex-embaixador Husain Haqqani sobre as indestrincháveis relações entre Estados Unidos e o país mais perigoso do mundo, o dele, Paquistão. Nuclear, cercado pela China, Afeganistão, Índia e Irã, minado por dentro por um incontável formigueiro de terroristas, dominado por militares golpistas e pelo mais suspeito dos serviços secretos.
Nenhum outro país detesta tanto os Estados Unidos e o sentimento é recíproco. Para os americanos, o Paquistão está no mesma categoria de Irã e Coreia do Norte. 84% querem que o Paquistão se dane, mas desde 2001 os Estados Unidos já deram US$ 17 bilhões aos paquistaneses. Não compraram o amor deles e, pior, parte do dinheiro foi para sustentar operações terroristas e até para proteger Osama Bin Laden.
Na falta de uma palavra melhor, vamos acreditar nos dicionários e usar "ilusão", uma forma branda de delusion.
Os paquistaneses se iludem que o dinheiro americano vai continuar jorrando porque (os Estados Unidos) precisam do apoio do Paquistão para destruir o Talebã e seus próprios terroristas. Além disso, os americanos tem de pagar pedágio quando atravessam a fronteira paquistanesa para abastecer suas tropas no Afeganistão, um país sem mar.
Os americanos alimentam a ilusão de que o Paquistão, um dia, vai usar os dólares para eliminar o Talebã, seus próprios terroristas e criar uma democracia nos padrões ocidentais.
Hillary Clinton, quando era Secretária de Estado, disse que os Estados Unidos e o Paquistão são como um casal que se detesta, mas não pode se divorciar. Husain acha que é preciso haver, no mínimo, uma separação.
O problema está na grande ilusão da "aliança", uma noção surgida para combater a ameaça comunista na década de 50. Na época, o governo paquistanês, iludido pela própria importância, pediu um ajuda militar de US$ 2 bilhões. Os americanos mandaram US$ 2 milhões. Este número deveria ter sido suficiente para quebrar a ilusão paquistanesa, mas os americanos compensavam com armas, aviões, navios velhos e alimentavam a ilusão.
O ex-embaixador Husain Haqqani perdeu o emprego e quase perdeu a vida porque não fala diplomaticamente. Foi nomeado em 2008 e demitido em 2011, acusado de traidor com base numa carta anônima na qual teria conspirado contra o próprio governo.
As investigações não o condenaram e ele caiu fora do Paquistão. Para liberais e conservadores, Husain era um dos mais brilhantes diplomatas em Washington. Hoje é professor na universidade de Boston, pensador do Hudson Institute, em Washington, conferencista e publica seus ensaios nos maiores jornais do mundo.
Em conferências e entrevistas, ele diz o que dizia quando representava o Paquistão na capital americana, mas não recomenda sua fórmula para diplomatas que querem ter uma carreira longa. Para estes, sugere o comportamento do diplomata mensageiro. Ele foi o que chama de diplomata "ponte". Queria aproximar os dois países.
"Estados Unidos e Paquistão não são e nunca foram aliados", me disse Husain Haqqani na quarta-feira.
"O Paquistão vive obcecado com a Índia, a eterna inimiga que jamais conseguirá destruir ou vencer numa guerra. São 190 milhões contra mais de um bilhão de indianos, também nucleares. Os interesses nacionais dos Estados Unidos e do Paquistão não coincidem, mas não precisam ser inimigos. Há outros interesses comerciais, culturais e até políticos que podem sustentar uma amizade forte, mas não uma aliança militar."
A pergunta que ele mais responde nas conferências e entrevistas é sobre Osama Bin Laden. Quem protegia o terrorista mais procurado do mundo encontrado a poucos quarteirões de uma escola militar no Paquistão?
"Não sei, mas o que incomoda mais é por que o governo paquistanês não quer saber. Não há nenhuma investigação e o médico que se dispôs a ajudar os americanos está na prisão. Foi usado pela CIA para bater na porta da casa de Bin Laden com a desculpa de vacinar as pessoas e conseguir o DNA que identificaria o terrorista. O plano não deu certo. Ele saiu sem o sangue, foi condenado por violar a soberania paquistanesa. Ele espera que um dia sua liberdade seja negociada pelos americanos que deveriam te-lo tirado de lá no mesmo dia da operação que matou Bin Laden."
Os drones, aviões não tripulados, são espinhos nas relações entre os dois países. Há queimas de bandeiras americanas quando morrem inocentes nos ataques, mas, num ano, morreram menos de 200 civis enquanto atentados terroristas mataram mais de 4 mil militares e civis paquistaneses. E ninguém protesta.