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quinta-feira, 29 de maio de 2014

A ressurreição da 'chanchada' ou a encenação da estupidez...

28/05/2014
 às 10:10 \ Direto ao Ponto

No dia em que a herdeira dos gigolôs da bola anunciou a consumação do roubo, o confronto entre o exército da selva e a PM piorou o que já era um programa de índio

Atualizado às 10h10
Foro: Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Foto: Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Até os tufos de grama dos estádios superfaturados sabiam que a Copa do Mundo tem tudo para virar um tremendo programa de índio. Mas nem o mais finório dos cartolas poderia imaginar que, nesta terça-feira, os antigos donos da terra conseguiriam piorar o que já parecia exemplarmente ruim. Como informa o site de VEJA, a proeza foi consumada pelo inverossímil duelo que opôs, nas cercanias do Estádio Mané Garrincha, uma tropa de 400 índios a um pelotão formado por 500 integrantes da PM de Brasília.
Segundo os caciques de uma certa Mobilização Nacional Indígena, os combatentes recrutados em 100 tribos distintas pretendiam apenas “entregar uma taça de sangue” a algum figurão do governo federal, num ato de protesto contra mortes de caciques atribuídas a policiais. Os planos mudaram quando os guerreiros que misturavam cocares com tênis ou saiotes típicos com calças jeans toparam com o bando de civis que marchavam sobre uma das arenas mais caras do mundo para outra manifestação contra a gastança da Copa.
Para impedir que os inimigos se aproximassem do local onde estava exposta à visitação pública a taça que será entregue ao vencedor do certame, soldados a cavalo e índios pintados com as tintas da guerra protagonizaram a versão brasileiríssima de um espetáculo que só pode ser visto em velhos filmes de faroestes ou na Disneyworld. Com uma diferença essencial: eram reais tanto as bombas de gás lacrimogêneo e as balas de borracha usadas pela PM quanto os arcos e flechas sobraçados pela infantaria da selva. No Twitter, a página do Conselho Indigenista Missionário garantiu que três índios foram feridos. Uma foto exibida pela PM atesta que pelo menos um fardado foi atingido por uma flechada.
As imagens do conflito, transmitido ao vivo por emissoras de TV e noticiado com merecidíssimo destaque pela imprensa internacional, vão exigir acrobacias retóricas especialmente ousadas dos espertalhões que miraram nas urnas e acertaram o próprio pé. Principal responsável pela transformação do Brasil em província provisória da Fifa, Lula logo estará recitando mais uma vigarice panglossiana. Talvez enxergue no episódio uma prova contundente de que, ao contrário do que ocorreu nos Estados Unidos, aqui os índios são uma espécie em expansão. Talvez prefira jurar que tudo não passou de uma inventiva homenagem a Garrincha, o mais famoso descendente de índios da história do futebol.
Se os caçadores de votos são forçados a correr atrás do prejuízo, os mais notórios caçadores de dólares já dormem em paz. “O que tinha que ser gasto, roubado, já foi”, informou há poucas horas Joana Havelange. Eis aí o que se pode qualificar de “fonte bem informada”. Mais que integrante do comitê local da Copa, Joana é filha de Ricardo Teixeira, que hoje gasta em Miami o que embolsou enquanto presidiu a CBF, e neta de João Havelange, o ex-chefão da Fifa que transformou a dona do futebol mundial na Casa da Moeda dos Supercartolas. Esses se afastaram da cena do crime antes da chegada do camburão.
Continuam em ação os que, além de muito dinheiro, querem ganhar a eleição. De olho na divisão do produto do roubo, podem perder a chance de escapar. Eles nunca estiveram tão perto de cair fora do poder.
Foto: Laycer Tomaz/Câmara dos Deputados
Foto: Laycer Tomaz/Câmara dos Deputados

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Ingressos da Copa aparecem nas redes sociais com preços altos... / BBC

Torcedores fazem 'leilão' de ingressos da Copa nas redes sociais

Atualizado em  28 de maio, 2014 - 05:58 (Brasília) 08:58 GMT
Torcedores no Maracanã durante a Copa das Confederações / Crédito da foto: Reuters
Final da Copa do Mundo no Maracanã está custando até R$ 10 mil no 'mercado paralelo' das redes sociais
Quanto vale assistir à final da Copa do Mundo no dia 13 de julho do melhor lugar nas arquibancadas do Maracanã? Segundo a Fifa, R$ 1.980 seriam suficientes para uma experiência como essa.
Mas para alguns torcedores, tal privilégio - o de ter obtido o ingresso oficial - pode valer pelo menos cinco vezes esse valor. Ou quanto o "mercado paralelo" da Copa permitir.
A Fifa proíbe a revenda de ingressos do Mundial e, de acordo com o Estatuto do Torcedor (lei federal 10.671), "vender ou fornecer ingresso por um preço superior ao indicado no bilhete" é crime. Ainda assim - e apesar de ainda haver ingressos oficiais disponíveis, pelo menos para jogos menos procurados da fase de grupos - , não é preciso muito esforço para encontrar milhares de pessoas negociando entradas para jogos da Copa pelas redes sociais. E, na maioria das vezes, os preços "padrão Fifa" são ignorados.
"Brasil e Camarões. Próximo ao gramado. Inteira. Apenas 1 ingresso. Categoria 3. r$ 2.000(sic)"), anuncia um dos "vendedores" em um grupo fechado no Facebook com quase 10 mil pessoas. O nome do grupo não esconde muito o objetivo de quem está ali: "Compra/Venda/Troca de ingressos para a Copa 2014".
Fred comemora gol na Copa das Confederações / Crédito da foto: Reuters
Torcedores aproveitam demanda por ingressos para cobrar bem mais caro
O ingresso oferecido - jogo de primeira fase da segunda categoria mais barata - custou R$ 180 pelo site da Fifa, único canal oficial de venda de ingressos do Mundial. O valor pedido - mais de 10 vezes o preço impresso no ingresso - é um reflexo do "leilão" da Copa nas redes sociais. Entender como funciona é simples: quem dá mais, leva.
Até estratégias típicas do varejo são usadas para "ganhar" compradores. "BAIXOU, BAIXOU, BAIXOU, ESTOU VENDENDO A PREÇO DE CUSTO. Tenho o seguinte jogo: Suíça x Equador Cat 1 em Brasília, 4 ingressos inteiros. Ótimos lugares e lado a lado. R$ 350,00 cada um. Interessados inbox", postou um participante de um dos grupos, com tom de camelô.
Assim como esse, existem outras dezenas de grupos no Facebook com o mesmo intuito de negociar ingressos da Copa do Mundo. Alguns são fechados e têm um administrador para autorizar a entrada de novos membros e "gerir" os posts, outros são abertos para quem quiser ver, ler e participar.

O negócio

Tudo começa com o post do anúncio. "Compra, troca ou vende ingresso para qual jogo e por quanto?" O valor, porém, muitas vezes não é negociado publicamente e só é revelado em mensagens particulares com os vendedores. É justamente aí que começa o "leilão" com as entradas.
Membros de um grupo no Facebook discutem preço de ingresso da Copa / Crédito: Reprodução
No Facebook, torcedores debatem os preços abusivos praticados pelas pessoas no grupo
Participantes dos grupos relatam que muitas vezes o vendedor aumenta o preço da entrada depois de já ter anunciado um valor inicial - tudo, dizem eles, baseado na lei da oferta e da procura. Sem falar nos perfis falsos com fotos genéricas - de Fuleco, de taça da Copa, etc - criados somente para fazer negócios com ingressos no Facebook.
Para quem achava os preços da Fifa já um pouco salgados, o "mercado paralelo" da Copa do Mundo oferece opções bem mais indigestas - muito diferentes dos preços impressos nos ingressos.
Quando os valores cobrados destoam muito da realidade, os próprios membros dos grupos tendem a criticar os vendedores publicamente. Uma mulher anunciou ingressos para o jogo da primeira fase entre Bélgica e Rússia da categoria 4 - a mais barata - no Maracanã por R$ 1.100 - 18 vezes o preço cobrado pela Fifa, que é de R$ 60. Junto com ele, ela colocou uma lista de ingressos, sempre pedindo valores pelo menos 10 vezes mais caros do que o oficial. Nos comentários, ela foi alvo de piadas: "1.300 reais cat 4? HAHAHA, trabalhar ngm quer ne?"
Outra pessoa, no grupo também fechado "INGRESSOS COPA DO MUNDO 2014", que tem mais de 12 mil membros, ofereceu uma entrada da categoria 4 para a semifinal na Arena Corinthians por R$ 3.000 - 27 vezes mais do que o preço pedido pela Fifa no mesmo ingresso (R$ 110).
Os valores exorbitantes são reflexo do grande motivo que tem levado os "torcedores comuns" a criarem o "mercado paralelo da Copa". Uma oportunidade de ganhar muito dinheiro. É isso que leva grande parte deles a negociar os ingressos nas redes sociais. Alguns entram nos grupos realmente porque não conseguirão ir aos jogos que compraram, mas quando se deparam com o "leilão" no Facebook, acabam sendo tentados a lucrarem um pouco (ou muito) mais com suas entradas.
Uma das pessoas com quem a reportagem da BBC Brasil entrou em contato estava oferecendo o jogo Brasil x México na primeira fase, categoria 3, a R$ 1.800 - 10 vezes mais do que o valor impresso no ingresso. Mas ao negociar a entrega, ela acabou desistindo da tentação de lucrar com a partida: "Meu filho está implorando para não vender, vou com ele ao jogo".
Enquanto uns reclamam do "abuso", outros defendem as "leis" do mercado. "Quero ver achar alguém vendendo pelo preço que pagou com um monte de gente pagando mais. É a lei da oferta e da demanda", comentou um dos membros do grupo em um dos posts de venda com preços muito acima dos da Fifa.

Contra a lei

Uma vez negociado o ingresso, os comerciantes das redes sociais partem para o acordo sobre a entrega. A maioria prefere mandar as entradas pelo correio (Sedex), mas algumas marcam um ponto de encontro na cidade em que moram para efetivarem a venda. O grande problema nesse caso é que existe o risco do flagrante pela polícia.
Pessoas negociam ingressos da Copa no Facebook / Crédito: Reprodução
Torcedora anunciou ingressos por mais de 10 vezes o valor pago no site da Fifa e foi hostilizada
A Polícia Civil, por meio da Delegacia do Consumidor (Decon), está empenhada em inibir o comércio de ingressos do Mundial e criou a "Operação Torcedor" justamente para investigar os cambistas. Na terça-feira, uma mulher foi presa vendendo ingressos da Copa do Mundo por R$ 7.000 em um shopping da zona norte do Rio de Janeiro.
Para combater o problema, a Polícia tem adotado ações de inteligência e monitoramento, inclusive em redes sociais, para localizar os "torcedores-cambistas". Segundo o delegado Ricardo Barboza, da Decon do Rio de Janeiro, três pessoas já foram presas em flagrante e outra não foi autuada, mas está respondendo pelo crime de cambismo.
"Na Copa do Mundo, as pessoas estão vislumbrando uma oportunidade de auferir uma renda extra com a venda de ingressos, o que eu estou denominando de 'cambista ocasional'. São pessoas que não fazem desta prática um meio de vida, mas como os preços estão altos, vislumbram uma oportunidade financeira", disse à BBC Brasil.
A Fifa tem trabalhado em parceria com as autoridades brasileiras e também em outros países para acabar com a ação de cambistas na Copa do Mundo. A entidade não quis revelar detalhes das ações que têm tomado para combater o problema, mas explicou que usa "estratégias legais, operacionais e educacionais" para ajudar a resolver a questão. Na semana passada, a Fifa divulgou um comunicado sobre o tema, alertando as pessoas para a venda ilegal e para os ingressos falsos que estão sendo comercializados.
A entidade reforça que disponibiliza uma plataforma de revenda de ingressos para os torcedores que, por algum motivo, não possam ir a algum jogo que compraram. É a única forma autorizada para revender um ingresso. Nesse caso, eles podem retornar a entrada para a Fifa, que revende o tíquete e repassa o valor pago pelo comprador inicial com um desconto de uma taxa de 10%.
Outra medida para diminuir a ação dos cambistas é fazer o ingresso da Copa ser nominal. Mas, nesse caso, a fiscalização na entrada do estádio - com os seguranças conferindo nome impresso no tíquete e documento com foto do dono dele - acaba não acontecendo.

Aroeira no blog do Josias....

terça-feira, 27 de maio de 2014

Viver é perigoso... Brasil tem um recorde negativo para mostrar


terça-feira, maio 27, 2014


BRASIL BATE RECORDE DE ASSASSINATOS. É COMO SE O PAÍS VIVESSE UMA GUERRA! NO ENTANTO, É APENAS ANARQUIA, DROGAS E IMPUNIDADE!

O Brasil quebrou um triste recorde: teve o maior número de pessoas mortas em um ano, segundo dados divulgados nesta terça-feira (27) no Mapa da Violência 2014, que compila dados de 2012. Ao todo, foram 56.337 mortes, o maior número desde 1980. O total supera o de vítimas no conflito da Chechênia, que durou de 1994 a 1996. 
É o dado mais atualizado de violência pelo Brasil e tem como base o Sistema de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, que registra as ocorrências desde 1980.
A taxa de homicídios também alcançou o patamar mais elevado, com 29 casos por 100 mil habitantes. O índice considerado "não epidêmico" pela Organização Mundial da Saúde é de 10 mortes para cada grupo de 100 mil habitantes.
"As ações conjuntas entre Estados e a União para reduzir os homicídios são pontuais. Não existe um enfrentamento nacional, que abranja todas as esferas – municipal, estadual e federal", afirma Julio Jacobo Waiselfisz, coordenador do estudo.
Para ele, a redução na violência no país passa pela realização de reformas na estrutura da segurança pública, "inclusive com mudanças na policia, no código penal e no sistema penitenciário".
A média nacional no número absoluto de homicídios cresceu 7% de 2011 a 2012. Roraima, Ceará e Acre foram as unidades da federação com maior aumento: 71,3%, 36,5% e 22,4%, respectivamente.
Apesar de ter reduzido sua taxa de homicídios por 100 mil habitantes, Alagoas ainda lidera o ranking no país com 64,6 casos por 100 mil habitantes, número semelhante ao registrado durante a Guerra do Iraque, de 2004 a 2007. A média nacional é de 29 casos por 100 mil.
Apenas cinco Estados tiveram queda nas taxas de homicídio: Espírito Santo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Paraíba e Alagoas. Santa Catarina eSão Paulo possuem as menores taxas de homicídios por 100 mil habitantes: 12,8 e 15,1, respectivamente. Do site UOL

Aversão á Copa é uma versão da mídia ?

http://m.jb.com.br/pais/noticias/2014/05/26/financial-times-brasil-terra-do-futebol-desiludida-com-a-copa/


Financial Times: Brasil, terra do futebol, desiludida com a Copa 


Jornal do Brasil
O jornal inglês Financial Times publicou uma reportagem neste domingo (25) relatando que os brasileiros não estão ansiosos em relação à Copa do Mundo, que começa no dia 12 de junho. Segundo o autor, não são só as greves e protestos que dão esta impressão, mas também a falta de decoração nas ruas. Normalmente, afirma a matéria, ela já teria começado logo após o Carnaval.
O texto aponta duas causas para a falta de entusiasmo. Primeiro, a ansiedade diante da Copa poderia envergonhar os brasileiros diante do resto do planeta. Além disso, as pessoas podem estar relutantes em se associar a um evento envolvido em críticas de corrupção e gasto excessivo de dinheiro público quando serviços básicos não são entregues.
A segunda possibilidade é de que os brasileiros estão mais velhos e ocupados do que estavam durante os triunfos nas últimas décadas, o que os deixa com menos tempo para pensar sobre futebol. A porcentagem de pessoas entre 15 e 24 anos caiu em 21% em 1980 para 17% agora, segunda dados do Nomura e do IBGE. Ao mesmo tempo, o número de brasileiros de 25 a 29 anos cresceu de 35% de 1980 para 48%. Quase que totalmente as pessoas nesta faixa etária estão  empregadas. O desemprego é o mais baixo em muito tempo, atingindo 4,9% em abril, comparado com os 12% de uma década atrás. 
De acordo com a matéria, o governo está se esforçando com a publicidade, dizendo aos brasileiros que esta é a "Copa das Copas", ou a maior Copa de todos os tempos, e tentando convencê-los que o torneio é deles. O jornalista acredita que a energia dos cidadãos retornará assim que os times internacionais começarem a chegar. 

Demorou... As vozes das ruas já falavam sobre isso

http://exame2.com.br/mobile/brasil/noticias/policia-investiga-elo-entre-perueiros-e-pcc
São Paulo - Formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. Esses são os crimes que a polícia investiga no inquérito sobre o suposto envolvimento de perueiros com ações do Primeiro Comando da Capital (PCC). A suspeita é de que as vans estejam em nome de laranjas para lavar dinheiro do crime organizado.
Cadeia
Cadeia: petistas seriam ligados a cooperados
Políticos do Partido dos Trabalhadores seriam ligados aos cooperados, entre eles o deputado estadual Luiz Moura. Nesta segunda-feira, 26, a Executiva do PT paulista criou uma comissão para ouvir Moura a respeito das denúncias que envolvem seu nome.
O Estado procurou ontem Moura em seu gabinete na Assembleia Legislativa, mas ele não concedeu entrevista. A comissão que vai analisar o caso será formada pelo presidente do PT-SP, Emídio de Souza; pelo secretário-geral do partido, Vilson Augusto; pelo líder na Assembleia Legislativa, João Paulo Rillo; e pelo deputado estadual Gerson Bittencourt. Hoje, a bancada do partido deve se reunir na Assembleia.
Luiz Moura participou de uma reunião que foi alvo de uma operação do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) em 17 de março, na Rua Flores do Piauí, em Itaquera, na zona leste de São Paulo. O local é sede da cooperativa de perueiros Transcooper.
A investigação então apurava o envolvimento do PCC nos ataques a ônibus na capital paulista neste ano, segundo a polícia, "com o objetivo de obter lucro".
Na reunião havia 42 pessoas, nove das quais são suspeitas de integrar o PCC. "Nenhuma delas era permissionária ou tinha qualquer relação com a cooperativa", afirmou ao Estado um dos policiais que trabalham no caso.
Ao todo, 40 pessoas foram levadas à sede do Deic e ouvidas. Moura não foi levado ao departamento. Ainda na Transcooper, foi preso Carlos Roberto Maia, o Carlinhos Alfaiate, segundo a polícia, um "famoso ladrão de banco dos anos 1990".
Laranjas.
Os policiais querem investigar quem são os permissionários registrados na Prefeitura que têm ônibus e vans em seus nomes. Os policiais do Deic querem saber se eles têm como justificar a propriedade do ônibus ou do micro-ônibus usado na cooperativa.
Os perueiros que integram a cooperativa recebem da Prefeitura o pagamento com base no que arrecadam todo dia - dependendo da linha, conseguem faturar até R$ 1,2 mil por dia.
Em média, segundo as planilhas da São Paulo Transporte (SPTrans), cada lotação recebe R$ 25,7 mil por mês da Prefeitura. Em março deste ano, os perueiros receberam R$ 154,3 milhões.
A suspeita é de que integrantes do crime organizado seriam donos de vários ônibus colocados em nome de laranjas. Daí a suspeita de lavagem de dinheiro e de formação de quadrilha.
Por enquanto, nenhum dos detidos queimando ônibus na capital acusou o PCC pelas ações. Os suspeitos disseram, na maioria das vezes, que agiram em protesto contra a Polícia Militar, depois de policiais matarem algum conhecido.
O deputado nega qualquer envolvimento com o PCC e afirma que estava na reunião na Transcooper - uma cooperativa da qual já foi diretor - negociando o reajuste salarial dos trabalhadores justamente para evitar greves. Ele afirma que na zona leste da capital paulista, sua região de atuação, o transporte foi menos prejudicado do que nas outras com a greve da semana passada.
Moura é ligado ao secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto. Os dois fazem parte da mesma corrente no partido, a PTLM (PT de Lutas e Massas), uma das maiores da capital paulista. Na quarta-feira passada, o secretário de Comunicação do governador Geraldo Alckmin (PSDB), Marcio Aith, citou a reunião da qual participou Moura em entrevista ao programa Brasil Urgente, da Band.
Ele não disse quem era o parlamentar nem a qual partido ele pertencia, mas destacou a relação com Tatto. O secretário municipal disse depois que não sabia a quem Aith se referia e só podia responder pelos seus próprios atos.
Reabilitação
Moura exerce seu primeiro mandato de deputado na Assembleia Legislativa de São Paulo. Nos anos 1990, ele foi condenado pela Justiça do Paraná e também pela Justiça de Santa Catarina a cumprir 12 anos de prisão por assaltos à mão armada.
Moura passou mais de um ano e meio na prisão, mas fugiu. Foi beneficiado pela prescrição e apresentou-se depois para pedir reabilitação criminal.
Declarou-se arrependido e alegou que cometeu os crimes porque usava drogas. 
(Colaborou Rafael Italiani). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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segunda-feira, 26 de maio de 2014

O governo das Versões luta contra os Fatos

25/05/2014 - 14h16 - Atualizado 25/05/2014 - 14h19

Lei de licitação criada para Copa não impediu atraso nas obras, diz estudo Da Agência Brasil Jeremias Wernek/UOL
Obras em Cuiabá
 Pavimentação do entorno do Beira-Rio foi uma das poucas obras em que o chamado RDC funcionou Criado para dar agilidade às obras da Copa do Mundo, o RDC (Regime Diferenciado de Contratação de Obras Públicas) não conseguiu apressar o cronograma de projetos de mobilidade urbana e de melhorias em aeroportos em três anos de existência. 
Segundo levantamento do Sinaenco (Sindicato da Arquitetura e da Engenharia) e do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil, apenas quatro contratos de um total de 20 empreendimentos incluídos no regime especial foram concluídos antes do Mundial. De acordo com o estudo, somente as melhorias na pavimentação e no acesso ao Estádio Beira-Rio (em Porto Alegre), a ampliação do pátio de estacionamento de aeronaves e a construção da nova torre de controle do aeroporto de Salvador (considerados dois contratos independentes), além de contratos de serviços técnicos de apoio à Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), foram totalmente executados antes da Copa. Os outros 16 projetos que fazem parte do RDC enfrentam atrasos nas obras. Na comparação com os valores investidos, a eficácia do RDC torna-se ainda menos relevante na medida em que apenas os projetos menos complexos e mais baratos foram concluídos a tempo para o Mundial. De um total de R$ 3 bilhões de contratações pelo regime especial (R$ 2 bilhões para aeroportos e R$ 1 bilhão para mobilidade urbana), apenas R$ 40,7 milhões – R$ 8,7 milhões das obras do entorno do Beira-Rio e R$ 32 milhões dos aeroportos – foram concluídos. Isso representa apenas 1,35% do total de recursos destinados ao RDC. Em vigor desde 2011, o RDC simplificou as concorrências para obras públicas e permitiu a redução, de 120 para 60 dias, do prazo das licitações. No entanto, segundo as entidades autoras do levantamento, a prioridade para os menores preços em detrimento dos critérios técnicos nas licitações e a contratação de obras com base apenas no anteprojeto fizeram o RDC surtir o efeito contrário. Em vez de baratear e apressar as obras, o regime emergencial resultou em mais atrasos e sobrepreços. Para o vice-presidente do Sinaenco, João Alberto Viol, ao simplificar as regras de licitação, o RDC cria problemas nas etapas seguintes das obras. "O governo ganha tempo na concorrência, mas não sabe direito o que contratou. Se o projeto contratado pelo menor preço for malfeito, a obra certamente vai atrasar. 
No fim, o Poder Público vai pagar mais, porque os trabalhos, tanto o projeto quanto a própria execução da obra, terão de ser refeitos", critica. Assessor para Assuntos Institucionais do CAU-BR, o arquiteto Gilson Paranhos diz que o RDC trouxe outro agravante. Segundo ele, o regime emergencial abre brechas para superfaturamentos ao permitir que, no caso de obras licitadas apenas com base nos anteprojetos (esboço de projetos), as próprias construtoras encarreguem-se da conclusão dos projetos. "Isso traz um conflito de interesse porque as construtoras têm preocupações distintas de quem contratou a obra", adverte. Em audiência recente na Câmara dos Deputados, a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, defendeu o RDC. Para ela, o regime diferenciado não apenas trouxe agilidade às licitações como resultará em execuções mais rápidas das obras. De acordo com a ministra, os empreendimentos serão acelerados porque o RDC não permite aditivos nem a análise item a item dos contratos. Tanto o Sinaenco quanto o CAU-BR rebatem as alegações da ministra. "Quem ler a lei, verá que a legislação usa expressões vagas como 'caso fortuito' ou 'motivo de força maior' e abre exceções para as construtoras pedirem aditivos nos contratos", diz Paranhos. "Apenas o que impede os aditivos são excelentes projetos, mas o RDC desestimula o bom planejamento das obras públicas", acrescenta Viol.

domingo, 25 de maio de 2014

Notícias horrorosas de Brasília.... / coluna de Cláudio Humberto


  • 25 DE MAIO DE 2014
    O Comitê Olímpico Internacional (COI) não tem a paciência da Fifa em relação aos atrasos nas obras estruturais brasileiras para receber eventos. Deu o ultimato para gestores do Comitê Olímpico Brasileiro (COB): ou o comitê entrega tudo dentro do prazo, sem trapalhadas, ou o Rio de Janeiro pode dar adeus aos Jogos Olímpicos de 2016. Vão de mala e cuia para Chicago (EUA). Cidade preterida pelo COI, em 2009.
  • A cidade americana tem experiência e estrutura para realizar grandes eventos com maestria. Foi cidade-sede da Copa do Mundo de 1994.
  • O clima entre os comitês não é amigável. O vice-presidente do COI, John Coates, disse: preparativos da Rio2016 são os “piores” que já viu.
  • A assessoria do COB negou que tenha levado uma “prensa” dos estrangeiros. O COI não respondeu até o fechamento desta coluna.
  • Autoridades norte-americanas assistem de camarote a confusão entre os dois comitês. Se divertem com o abacaxi que virou a história.
  • O ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha cada vez se enrola mais com as versões do acordo com o laboratório fajuto Labogen, do doleiro Alberto Youssef. O acordo foi assinado em 11 de dezembro de 2013, cinco dias após a Labogen publicar no Diário Oficial de São Paulo o “extravio” dos livros-caixa. Sem tais documentos, o então ministro não poderia ter acertado a “parceria” que diz não ter se concretizado.
  • A Secretaria de Direitos Humanos pagou R$ 19,8 mil por 27 poltronas giratórias, que num rápido giro pela internet se acha por R$ 400, cada.
  • Quem diria, Cuba ainda tem luta de classes: os únicos cubanos que assistirão à Copa no Brasil são os médicos que ganharam ingressos.
  • O governo supera hoje os R$ 666 bilhões em impostos coletados. Cristãos dizem que o número é marca da besta. Besta do contribuinte?
  • De acordo com as investigações da Polícia Federal, os acusados na Operação Ararath, no Mato Grosso, movimentaram mais de R$ 500 milhões. Tudo, em princípio, retirado dos cofres públicos.
  • Levantamento do Secure List mostra: centenas de sites com ofertas de ingressos e produtos da Copa são, na verdade, esquema de hackers para fazer “phishing” (coleta de dados pessoais) sem que usuários percebam. Mais de 60 sites do tipo são encontrados por dia no Brasil.
  • O passado às vezes condena: ex-assaltante de bancos e ex-viciado, o deputado Luiz Moura (PT-SP) foi flagrado pela polícia paulista numa reunião com bandidos do PCC. Talvez quisesse regenerá-los…
  • Já chegaram à China os alertas para que torcedores tenham cuidado com a venda não oficial de ingressos para a Copa do Mundo. Em nota, a Fifa diz que cada vez mais pess