Na segunda metade dos anos 60, Stanislaw Ponte Preta fez enorme sucesso com o seu Festival de Besteira que Assola o País, o FEBEAPÁ. Hoje, em vez de três volumes, teria material para publicar um por mês. Mas os leitores talvez não fossem tantos. O advento da Era da Mediocridade habituou o Brasil a encarar com indulgência de comparsa manifestações de ignorância antes punidas com gargalhadas, réplicas debochadas, ironias ferozes, piadas desmoralizantes e outros castigos ainda mais impiedosos.
O país embrutecido pela jequice hoje trata como inimputáveis até presidentes da República incapazes de ler, escrever ou dizer coisa com coisa. E contempla com mansidão bovina cenas de idiotia explícita que, nem faz tanto tempo assim, garantiam ao protagonista, fosse ele nativo ou gringo, a carteirinha de cretino fundamental. Dan Quayle , vice-presidente dos Estados Unidos entre 1989 e 1993, é um caso exemplar: com meia dúzia de frases, consolidou a fama de imbecil também entre os brasileiros com mais de 20 neurônios.
Uma delas: “A perda de vidas é irreversível”. (“Minha mãe nasceu analfabeta”, empatou Lula). Outra do americano trapalhão: “Fiz uma viagem à América Latina e só lamentei não ter estudado Latim com mais dedicação para poder conversar com aquelas pessoas”. (Lula superou-o ao inventar uma invasão da China pelo exército de Napoleão Bonaparte). O palanque ambulante continua despejando bobagens por aí. A vida pública de Quayle foi encerrada em 1992, durante uma visita a Trenton, New Jersey, quando resolveu posar de professor de ortografia durante um concurso escolar de soletração.
No vídeo que registra o pedagógico fiasco, o vice aparece numa sala de aula ditando a palavra inglesa correspondente a “batata” a William Figueroa, da 6ª série. Ao escrever potato, é delicamente repreendido pelo mestre aloprado: “Está correto foneticamente, mas você está esquecendo alguma coisa. Em seguida, Quayle sussurra algo aos ouvidos do aluno, que prontamente deforma a grafia certa com um e inexistente. Opotatoe eliminou Figueroa do concurso e antecipou dramaticamente a aposentadoria política do ainda jovem n° 2 dos EUA.
Dilma Rousseff também recorreu a uma vogal pinçada no cérebro baldio para transformar Ariano Suassuna em Ariano “Suassuana”. A frequência com que troca, embaralha ou esquece nomes de ministros, prefeitos, estados, cidades e coisas fica com cara de pecado venial quando confrontada com as sessões de tortura a que vive submetendo não só a língua portuguesa, mas também o raciocínio lógico, o senso comum e a inteligência alheia.
A performance de Dilma no coração do poder confirma que quem não governa sequer o que diz jamais aprenderá a governar um país. Ela acha que merece um segundo mandato. Os eleitores decidirão se o Brasil merece ser presidido mais quatro anos pela versão em dilmês de Dan Quayle.
http://www.tvi24.iol.pt/internacional/estudo-idosos-reformados-exercicio-fisico-tvi24/1566225-4073.html Um minuto de exercício físico intenso é o suficiente para os mais idosos
Estudo concluiu que um minuto de exercício físico intenso duas vezes por semana melhora a forma física dos mais velhos
Por: Redacção / SS | 2014-07-28 14:30 Apenas um minuto de exercício físico intenso é o suficiente para os mais idosos poderem melhorar a sua saúde. A conclusão é de um estudo feito na Universidade de Abertay, Escócia, por especialistas em exercício físico e no processo de envelhecimento, escreve o «Telegraph».
Os investigadores utilizaram um grupo de reformados para testar o impacto de um regime intenso de exercício físico durante um minuto, duas vezes por semana.
Seis semanas após o início do plano, não só a forma física dos indivíduos melhorou como também a pressão arterial diminuiu. O estudo publicado pela revista científica da Sociedade Americana de Geriatria, quer constituir uma alternativa e melhorar a percepção das pessoas em relação ao envelhecimento.
«O processo de envelhecimento é geralmente visto de forma muito negativa pela sociedade. As pessoas sabem que à medida que se envelhece, é mais difícil fazer tarefas banais como levantar de uma cadeira ou carregar as compras», explicou um dos cientistas, John Babraj.
Esta foi a primeira vez que um treino de alta intensidade física foi testado em idosos, de acordo com os investigadores. Em cada sessão, os reformados faziam «sprints» de seis segundos numa bicicleta. O número de corridas a grande velocidade foi sendo aumentado, semana após semana. Entre cada «sprint», os participantes podiam descansar um minuto até ao batimento cardíaco voltar ao normal.
Para praticar a Arte da Paz, é preciso, em algum momento, mergulhar alternadamente nas oito forças opostas que sustentam o Universo:
Movimento e inércia Solidez e adaptação, Contração e distensão, Unificação e divisão.
Isso está presente em tudo, da vastidão do espaço à menor das plantas; cada coisa traz em si uma reserva gigantesca da energia universal, que pode ser usada para o bem de todos.
Pesquisador volta à superfície depois de 31 dias debaixo do mar
Foto: REUTERS/Kip Evans
Fabien Cousteau, 46, neto do legendário oceanógrafo francês Jacques Cousteau, retornou à superfície no dia 2 de julho depois de passar 31 dias em um laboratório subaquático na Flórida, nos EUA.
"Eu me sinto ótimo, mas um pouco cansado, e com saudade dos amigos e da família", disse Fabien.
O objetivo da missão de 31 dias, ocorrida à cerca de 20 metros de profundidade, era observar a vida marinha, os efeitos da poluição sobre corais e como um longo período sob a água poderia afetar as pessoas.
Os cientistas tiveram atividades diárias fora do laboratório para executar experimentos focados em mudança climática e acidificação do oceano.
Cousteau disse que estava buscando homenagear o legado de seu avô com a missão. Jacques passou 30 dias sob o mar vermelho no começo dos anos 1960.
É preciso romper paradigmas para combater corrupção, alerta filósofo
Auditoria na Cruz Vermelha mostrou que R$ 25 milhões podem ter sido desviados
Prédio da Cruz Vermelha, no Rio de Janeiro
O filósofo João Ricardo Moderno, presidente da Academia Brasileira de Filosofia e professor adjunto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), lembra sobre o caráter da corrupção no Brasil, prática quase inerente à cultura brasileira. “É um fenômeno cultural, não meramente econômico e financeiro nem político, mas cultural". A reflexão surge em meio ao escândalo de desvio de recursos de uma instituição de prestígio, com credibilidade, que recebe contribuições voluntárias em nome de campanhas humanitárias, a Cruz Vermelha no Brasil.
Desvios milionários de recursos da Cruz Vermelha no Brasil vieram à tona em 2012. Em resposta às denúncias, a instituição, como explica em seu site, “deu o exemplo e teve coragem de cortar a própria carne". Encomendou uma auditoria internacional e independente para "passar um pente fino" nas filiais e nas próprias contas. O resultado foi divulgado nesta semana. O trabalho conduzido pela inglesa Moore Stephens demonstrou que, no total, foram R$ 25 milhões em gastos sem comprovação e movimentações suspeitas, de recursos públicos e doações que deveriam ter sido empregados entre 2010 e 2012.
Moderno explica que a corrupção tem a ver com a moral e a ética e ele acredita que o homem não é um ser imoral por natureza. “A corrupção é uma tentação, até na religião a gente estuda isso. Há uma tendência natural do homem para o que, na religião, chamamos de pecado, na parte política e social podemos ver como corrupção. A corrupção é um pecado, no plano ético, político, cultural. Ao mesmo tempo que todo pecado é uma corrupção. Agora, o que se diz é que o ser humano é um ser moral por natureza, mas que tende para a transgressão da moralidade”, comenta.
Assim, a sociedade implica nas regras, que podem “controlar” essa transgressão. “Essa tendência para o mal, para a corrupção, pode ser freada de fora para dentro e de dentro para fora. É uma dialética da corrupção, um verdadeiro combate. De fora para dentro, temos as instituições, regras, leis e que você tem que seguir. E de dentro para fora a questão de aceitar as leis, dar uma resposta civilizada à sociedade”, completa.
Para ele, desviar dinheiro de pessoas que estão em necessidade, demonstra uma “crise de bondade”. "É inominável, nada muito diferente do bandido que mata uma criança, alguém indefeso. Há uma crise da bondade, dos valores dos sentimentos”, completa. Para ele, a sociedade brasileira debocha da moral, tratando como algo engessado e retrógrado, e até mesmo embutindo viés político.
“Vemos um deboche da questão moral. ‘Isso é moralismo’, ‘você quer dar lição de moral’. Essas expressões tão comuns são termos são pejorativos, algo ridicularizado por aqueles que acham que tudo tem que continuar do jeito que está. Uma das coisas que eu lembro é que muitos intelectuais eram contra que as escolas tivessem aula de ética moral e cívica. Achavam que era ridículo. Mas vejo como necessário a transmissão de valores e princípios, pela filosofia, religião e pedagogia”, conclui.
“Há comprovações de irregularidades e considera-se que alguns desses casos podem ser delitos, enquanto outros se configuram como faltas administrativas, menos graves, mas não menos passíveis de punição”, afirma a entidade. Entre as deficiências e irregularidades identificadas pela consultoria estão a falta de controle interno e a ausência de documentos.
Segundo a assessoria da Cruz Vermelha brasileira, os desvios estão concentrados quase que exclusivamente nas filiais do Maranhão, Petrópolis e Ceará. A instituição afirma que está distribuindo os resultados da auditoria tanto no Ministério Público quanto no Ministério da Justiça.
Os desvios constatados pela auditoria envolvem as três campanhas nacionais de arrecadação que aconteceram em 2011, para vítimas dos deslizamentos na Região Serrana do Rio de Janeiro, após as chuvas, para ajudar os atingidos pela guerra civil na Somália e terremotos no Japão. Foram recolhidos R$ 212 mil para as campanhas da Somália e Japão e R$ 1,6 milhão para a tragédia fluminense. A mãe do vice-presidente da Cruz Vermelha Nacional na época, Anderson Marcelo Choucino, tinha uma ONG que recebeu as doações. As primeiras informações sobre desvio de verbas vieram quando a funcionária Letícia Del Ciampo assumiu o escritório de Petrópolis da entidade e fez denúncias ao Ministério Público (MP). Tanto Chouchino quanto o presidente nacional da instituição à época, Walmir Serra Júnior, foram afastados. Outras irregularidades também foram apuradas.
Hoje em dia, a Cruz Vermelha Brasileira é presidida por Rosely Sampaio. Segundo a assessoria, a direção pedirá punição aos gestores envolvido com os desvios. A Cruz Vermelha também estuda medidas judiciais que visem reparação pelos danos causados à imagem da instituição perante a opinião pública.
Além de apontar o suposto desvio financeiro, a consultoria contratada apresentou um plano de recuperação das contas da entidade – que confirmou que vai colocar em prática todas as recomendações do relatório. A Federação Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (FICV), à qual a organização brasileira é filiada, determinou que uma comissão especial acompanhe a implementação das recomendações.
Outras entidades filantrópicas enfrentam a questão da corrupção. Em agosto do ano passado, o provedor da Santa Casa do Rio, o advogado Dahas Chade Zarur, foi afastado do cargo pela Justiça, e está sendo investigado pelo Ministério Público por desvio de verbas.