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NOTÍCIAS DE BRASÍLIA

sábado, 20 de setembro de 2014

A Imprensa, talvez seja, uma das instituições mais imperfeita da atualidade / Eugênio Bucci / Época






A imprensa é inimiga da perfeição. Ainda bem

Jornalistas se dedicam ao erro como o mercado financeiro ou a emergência dos 

dos hospitais

EUGÊNIO BUCCI
25/08/2014 07h00 - Atualizado em 25/08/2014 13h01
O fato (genuinamente bíblico) de Deus ter criado o mundo em apenas seis dias é a maior prova de que a pressa é mesmo inimiga da perfeição. O dito popular está certíssimo. Se o Criador se permitisse demorar um pouco mais em seus afazeres, talvez uns dois meses, ou mesmo um ano, os seres humanos não tropeçariam em tantos defeitos ao longo da existência, o mundo seria melhor, e, principalmente, os próprios humanos não seriam essa combinação perversa de maldades cegas, desejos inconfessos e ambivalências indecifráveis. Como o senhor Deus foi apressado demais em sua cosmogenia, só o que nos resta é comer cru. Ou comer o pão que o diabo amassou. Sem entender nada de coisa alguma, buscamos refúgio filosófico nos chavões e ditos populares – e seguimos em frente que atrás vem gente (muito mais gente, muito mais imperfeita).
Das coisas imperfeitas deste mundo de Deus, a imprensa talvez seja hoje a que mais se dedica à pressa e ao erro. Nesse campo, compete de igual para igual com o mercado financeiro e com os serviços de emergência em hospitais públicos e particulares. Mas aqui, preste atenção, aqui não podemos ser assim tão apressados. Vamos entender essa história com mais cuidado – e mais vagar.

Dizer que a imprensa se dedica a erros não quer dizer que ela goste de cometê- los. Isso ela também faz, mas não por gosto, e sim por força das contingências. Para a imprensa, a pressa não é um atropelo, um “esbaforimento” bíblico, como parece ter sido o caso do Gênesis; para a imprensa, a velocidade, a agilidade, a presteza, isso a que o dito popular chamaria apressadamente de “pressa”, é uma virtude. Não há imprensa sem rapidez. Não é por isso, portanto, que os jornalistas produzem erros em profusão. Eles os cometem por preguiça, distração e, principalmente, por negligenciar o método que dá o caráter da profissão. Quando dizemos que o jornalismo tem parte com o erro, não falamos dos erros cometidos pelo próprio jornalismo. A coisa toda é um pouquinho pior do que isso: o jornalismo gosta mesmo é dos erros dos outros.

Sempre que surge alguma história com ares de perfeita demais, de uma perfeição sobre-humana e, também, sobredivina, imediatamente os jornalistas correm lá e tratam de encontrar um defeito. De preferência, defeito grave. É nisso que a imprensa é inimiga da perfeição. Aos olhos dela, a perfeição é sempre uma fachada, uma máscara, um embuste que pede para ser desbaratado, virado do avesso e, finalmente, exposto à luz do sol. Diz o Eclesiastes que não há nada de novo sob o sol. Pois os jornais se ocupam de, todo dia, trazer à luz segredos impróprios, que sempre são novidades – e novidades desagradáveis.

Com o perdão dos exemplos mundanos, é assim que os repórteres vasculham e encontram operações esquisitas envolvendo dirigentes da Petrobras. É assim que descobrem um aeroporto público beirando a cerca de uma fazenda da família de Aécio Neves, candidato tucano à Presidência da República. Jornalistas inspiram desconforto nas rodas dos poderosos, mesmo quando são jornalistas bajuladores. Todos os políticos, de Trotsky a Obama, sempre desconfiaram de repórteres, e até têm razão. O bom jornalista só tem compromisso com a luz do sol, em nome do qual se sente autorizado a trair todos os outros. É exatamente por isso que a humanidade, miseravelmente condenada à imperfeição, hoje precisa tanto da imprensa. Mais exatamente, é por isso que a democracia depende da imprensa.

Num jornalista, esse traço que seria um defeito (mais um) grave em qualquer ser humano se converte numa virtude inestimável: a indiscrição sem freios, radical, absoluta. O jornalista não é apenas curioso. Isso qualquer um pode ser. O jornalista alia a curiosidade humana à indiscrição institucional. Ele se realiza profissionalmente quando quebra os segredos alheios – segredos que ocultam não apenas o imperfeito, mas o malfeito, aquilo que poderíamos chamar de imperfeição intencional.

É assim que o jornalista pratica o ensinamento de São Francisco de Assis ao contrário: aonde existe a fé, ele leva a dúvida. A imprensa, em seu dever de criticar o poder, não cobre exatamente os fatos, mas os erros que se ocultam sob os fatos. A imprensa dissemina a centelha do ceticismo. O padroeiro da profissão deveria ser São Tomé, aquele que duvidou de Jesus Cristo ressuscitado e pediu para ver e apalpar (com todo o respeito), antes de acreditar. Tudo isso porque, de perfeito, basta Deus. E porque nem tudo pode ser explicado pelos ditos populares.

Um casamento de 307 anos em conflito e resolvido em votação educada

From USA TODAY 

Scottish voters choose to stick with U.K.


 EDINBURGH, Scotland — 

Scottish voters decided they are better off remaining part of the United Kingdom, a blow against independence that produced a huge sigh of relief in London and averted an uncertain future for the country. "The people of Scotland have spoken and it is a clear result. They have kept our country of four nations together, and like millions of other people, I am delighted," Prime Minister David Cameron said in a news conference from 10 Downing Street. "It would have broken my heart to see our United Kingdom come to an end." With Scotland's 307-year-old marriage with England hanging in the balance, polls had indicated a tight race. However, the No vote made a decisive victory as the independence referendum was defeated 55% to 45% amid an unprecedented high voter turnout of 84% of the 4.2 million who had registered to vote. http://usat.ly/1ugE1SO Get USA TODAY on your mobile device: http://www.usatoday.com/mobile-apps

Deer spotting at Glengoulandie por albertothedeebruar falls por Daniel Frizzel

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

"Coisa" é um Bombril do idioma

Assunto: FW: A "COISA"   Quê coisa...........  Não sei quem é o autor desta “coisa”, mas que é legal é!   A palavra "coisa" é um Bombril do idioma. Tem mil e uma utilidades. É aquele tipo de termo-muleta ao qual recorremos, sempre que nos faltam palavras para exprimir uma ideia. "Coisas" do português. Gramaticalmente, “coisa” pode ser substantivo, adjetivo, advérbio. Também pode ser verbo: o Houaiss registra a forma "coisificar". E, no Nordeste, há "coisar": Ô, seu "coisinha", você já "coisou" aquela coisa que eu mandei você "coisar"? Na Paraíba e em Pernambuco, "coisa" também é cigarro de maconha. Em Olinda, o bloco carnavalesco Segura a Coisa tem um baseado como símbolo, em seu estandarte. Alceu Valença canta: Segura a "coisa" com muito cuidado / Que eu chego já."   Já em Minas Gerais, todas as coisas são chamadas de trem (menos o trem, que lá é chamado de "coisa"). A mãe está com a filha na estação, o trem se aproxima e ela diz: "Minha filha, pega os trem que lá vem a "coisa"!   E no Rio de Janeiro? Olha que "coisa" mais linda, mais cheia de graça... A garota de Ipanema era coisa de fechar o trânsito! Mas se ela voltar, se ela voltar, que "coisa" linda, que "coisa" louca. Coisas de Jobim e de Vinicius, que sabiam das coisas. Coisa não tem sexo: pode ser masculino ou feminino. Coisa-ruim é o capeta. Coisa boa é a Juliana Paes. Nunca vi coisa assim! Coisa também não tem tamanho. Na boca dos exagerados, "coisa nenhuma" vira um monte de coisas...   Mas a "coisa" tem história mesmo é na MPB: No II Festival da Música Popular Brasileira, em 1966, a coisa estava na letra das duas vencedoras: Disparada, de Geraldo Vandré: Prepare seu coração pras "coisas" que eu vou contar...,  e A Banda, de Chico Buarque: pra ver a banda passar, cantando "coisas" de amor... Naquele ano do festival, no entanto, a coisa tava preta (ou melhor, verde-oliva). E a turma da Jovem Guarda não tava nem aí com as coisas: "coisa" linda, "coisa" que eu adoro! Para Maria Bethânia, o diminutivo de coisa é uma questão de quantidade, afinal são tantas "coisinhas" miúdas. E esse papo já tá qualquer "coisa". Já qualquer "coisa" doida dentro mexe... Essa coisa doida é um trecho da música "Qualquer Coisa", de Caetano, que também canta: alguma "coisa" está fora da ordem! E o famoso hino a São Paulo: "alguma coisa acontece no meu coração"! Por essas e por outras, é preciso colocar cada coisa no devido lugar. Uma coisa de cada vez, é claro, afinal, uma coisa é uma coisa; outra coisa é outra coisa. E tal e coisa, e coisa e tal. Um cara cheio de coisas é o indivíduo chato, pleno de não-me-toques. Já uma cara cheia das coisas, vive dando risada. Gente fina é outra coisa. Para o pobre, a coisa está sempre feia: o salário-mínimo não dá pra coisa nenhuma. A coisa pública não funciona no Brasil. Político, quando está na oposição, é uma coisa mas, quando assume o poder, a coisa muda de figura. Quando elege seu candidato de confiança, o eleitor pensa: Agora a "coisa" vai... Coisa nenhuma! A coisa fica na mesma. Uma coisa é falar; outra é fazer. Coisa feia! O eleitor já está cheio dessas coisas! Se as pessoas foram feitas para ser amadas e as coisas, para serem usadas, por que então nós amamos tanto as coisas e usamos tanto as pessoas?  Bote uma coisa na cabeça: as melhores coisas da vida não são coisas. Há coisas que o dinheiro não compra: paz, saúde, alegria e outras cositas más. Mas, deixemos de "coisa", cuidemos da vida, senão chega a morte, ou "coisa" parecida... Por isso, faça a coisa certa e não se esqueça do grande mandamento: “AMARÁS A DEUS SOBRE TODAS AS “COISAS”. Entendeu o espírito da coisa?  

"Mensalão é troco diante do Petrolão"// Percival Puggina

http://www.puggina.org/artigo/puggina/overdose-pode-matar/1768

Artigos do Puggina

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OVERDOSE PODE MATAR 

por Percival Puggina. Artigo publicado em 17.09.2014

Numa parte do jornal, lê-se sobre delação premiada para esclarecimento dos escândalos da Petrobras. A "base" treme nas bases com as informações e com a divulgação de uma lista de beneficiários que não para de crescer e já leva 150 nomes com as respectivas cifras. Rola dinheiro grosso na caverna de Ali Babá.

Enquanto, no Mensalão, os líderes dos partidos da base abraçaram a encrenca e não expuseram os colegas para os quais repassaram os valores recebidos através do esquema, no caso do Petrolão a relação de beneficiados vem cheia e os números são enormes. Mensalão é troco diante do Petrolão.
É o que se lê numa parte do jornal. Noutra, a notícia é um chute na consciência cívica: um comício promovido em favor da candidata Dilma Rousseff culminou com carinhoso e efusivo abraço da base do governo e suas massas de manobra ao edifício-sede da Petrobras no Rio de Janeiro. Imagino que as ações da empresa, agora sob tão vigorosa proteção, se elevem a um novo patamar...

É de se ver as imagens. Todos os participantes da encenação acalentando responsavelmente a empresa que, segundo denúncias e muitas evidências (com dinheiro já sendo buscado de algumas contas no exterior), vinha sendo esfolada e canibalizada nos esquemas de sustentação financeira do poder que hegemoniza a República.

A política brasileira vive momentos em que a caradurice virou arte. Já não se trata da simples articulação entre insensibilidade moral e falta de constrangimento social. É uma obra de arte envolvendo estratégia, retórica, publicidade, senso de oportunidade e, claro, absoluto desprezo pelo discernimento alheio.

Por enquanto, vem funcionando. O prestígio do governo sobe junto com a onda de escândalos. Mas sempre há o risco de morte da estratégia por overdose de estratégia.

Felicidade em estado físico? // Yahoo News, LiveScience, RT, Gallup

Happiest place to live in the world is revealed (hint: it has a canal) via Yahoo News Digest Get the app and the day's need-to-know news. https://yho.com/newsdigestall

LiveScience.com




A close-up on the dictionary definition of happiness.
Credit: alejandro dans neergaard ,Shutterstock

PANAMA - OCTOBER 6. In July 2009, the Panama Canal Authority awarded contracts to a consortium of companies to build six new locks by 2015. The narrow canal seen from a ship. October 6, 2010, Panama - stock photo
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When you think of how happy people in a whole country are, what do you take into account? True, country well-being and perception of own happiness depend greatly on the economic situation. But it’s Panama that tops Gallup’s Global Well-being Index.
The Gallup-Healthways index, released for the year 2013, puts the Latin American country at number one, with war-torn Syria and Afghanistan coming in last in a survey of 135 countries.The international survey, entitled The State of Global Well-being, conducted more than 133,000 interviews across the world, coming up with its ‘inaugural report’. It contained country and regional rankings, well-being profiles of countries, industry perspectives on well-being improvement and recommendations for said improvement.
The index, which encompasses the above survey, features a total of six years’ work and over 2 million interviews conducted.

Schoolchildren take part in a parade to commemorate Costa Rica's Independence Day in San Jose (Reuters / Juan Carlos Ulate)




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Panama may be the happiest country in the world, racking up the highest score in the Gallup-Healthways Global Well-Being Index for 2013.

In contrast, conflict-afflicted countries such as Syria and Afghanistan showed the lowest scores in this survey of 135 countries. The United States came in at number 14 in the poll.

The Global Well-Being Index aims to gauge people's perceptions of their well-being, by looking at financial status as well as four other factors that contribute to well-being: social well-being, which means having supportive relationships and love in life; community well-being, which is about liking one's place of residence; having purpose and goals; and physical health.




A Panamanian boy kicks a football near the water in the Panama Bay with the Panama City skyline (AFP Photo / Yuri Cortez) As Gallup-Healthways explains, “Globally, higher well-being correlates with outcomes indicative of stability and resilience — for example, healthcare utilization, intent to migrate, trust in elections and local institutions, daily stress, food/shelter security, volunteerism and willingness to help strangers.”
The survey essentially gauged own perceptions of well-being and four other factors that contribute to it: social well-being, community well-being (measuring whether an individual likes where they live), the presence of purpose and physical health.
It turns out that, sadly, only one in six adults scored high marks in three of the above categories, with the pervasive mood being one of ‘struggling’ and ‘suffering’ across the board, according to the researchers.
In another surprising twist, the US and Russia end up close together: Russia comes in at 16, with America taking number 14. The rankings can be found here.
“Each element of well-being is important on its own, but the elements are also interdependent and well-being is more than the sum of the elements. That only 17 percent of residents in the 135 countries and areas surveyed are thriving in three or more elements underscores how most of the world is struggling to achieve high well-being,” the researchers say in a statement on their website.
“More adults globally are thriving in community well-being (26 percent) than in any other element,” they said, seeing American adults as most likely to thrive in that respect, while sub-Saharan Africans are deemed least likely.
The fewest number of adults worldwide were found to be happy with their purpose in life, Gallup-Healthways discovered.
GDP per capita of countries ranked top and bottom in the index:
Panama - $11,036.81 USD
Costa Rica - $10,184.61 USD
Denmark - $58,929.62 USD
USA - $53,142.89 USD
Russia - $14,611.70 USD
Afghanistan - $678.35 USD
Syria - $2,065.54 USD
A boy dives into a crater filled with water in Aleppo's al-Shaar district, Syria (Reuters / Hosam Katan)
A boy dives into a crater filled with water in Aleppo's al-Shaar district, Syria (Reuters / Hosam Katan)

“Adults in Asia, as well as the Middle East and North Africa, are least likely to be thriving in this element (13 percent in each region), while those in the Americas again top the list of regions, at 37 percent, thriving in purpose well-being.”
The luckiest countries where individuals were likely to be ‘thriving’ in more than three categories start with Panama with 61 percent, followed by Costa Rica with 44, then Denmark, Austria, Brazil, Uruguay, El Salvador, Sweden, Guatemala and Canada, from 39 to 34 percent.
Financial well-being is the only category in which Panama is outdone – by Sweden, with a whopping 72 percent of financially-happy citizens.
Sub-Saharan Africa ranked lowest across the board in all categories, with three or more elements of well-being scoring only nine percent. However, in taking countries separately, it was Afghanistan and Syria who ranked by far the most miserable, with only one percent of Syrian and Afghan adults reporting satisfaction in more than three of the categories.

Mais sacanagem do PT contra a nação brasileira / Maranhão da gente

http://www.maranhaodagente.com.br/o-globo-diz-em-editorial-que-refinaria-de-bacabeira-e-um-monumento-ao-uso-politico-da-petrobras/

O Globo diz em editorial que refinaria de Bacabeira é “um monumento ao uso político da Petrobras”

A Petrobras se converte em copioso manancial de exemplos escabrosos de como não se pode administrar uma empresa pública. Ou qualquer outra, por suposto. A escandalosa aquisição da refinaria de Pasadena, Texas, a um grupo belga, por um preço final estratosférico (US$ 1,2 bilhão), já teve importante função pedagógica por alertar sobre o que pode acontecer quando cargos-chave em uma empresa da importância da Petrobras fazem parte do jogo fisiológico do aparelhamento, por motivos político-ideológicos, pessoais ou ambos.
E não foi apenas Pasadena o único mau negócio fechado pela estatal no longo período em que a empresa esteve sob controle de uma falange sindical do lulopetismo. Também é considerada estranha a compra de uma refinaria no Japão (Nansei, em Okinawa), além dos superfaturamentos visíveis, detectados pelo Tribunal de Contas da União (TCU), em pelo menos dois canteiros de obras — da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, e da Comperj, novo polo petroquímico do Rio de Janeiro.
Na edição de domingo, O GLOBO trouxe mais uma história nada edificante, a do projeto da Refinaria Premium I, prevista para Bacabeira, próximo a São Luís, Maranhão. A pedra fundamental da refinaria foi lançada em 2010, com grande alarido, na presença do então presidente Lula, sua candidata à sucessão Dilma Rousseff, chefe da Casa Civil, e ilustres representantes do clã Sarney: o próprio senador José Sarney (PMDB-AP), a filha e governadora Roseana e o discípulo Edison Lobão, ministro das Minas e Energia.
Anos depois, não há uma estaca fincada no local, “apenas” uma despesa de R$ 1 bilhão (!) jogada no caixa da estatal, a título de projetos, transporte, estudos ambientais, terraplenagem e treinamentos. Mas este escândalo tem, também, seu lado pedagógico: alertar sobre o risco de se subordinar investimentos públicos a objetivos políticos. 
Cabe lembrar a lapidar entrevista que o ainda presidente Lula concedeu ao jornal “Valor Econômico”, em 2009, em que se vangloriou de ter forçado a Petrobras a incluir nos planos a refinaria maranhense e mais outra, a Premium II, no Ceará.
Foram parte do projeto político-eleitoral do lulopetismo, para consolidar a longa e estreita aliança com os Sarney e manter na zona de influência do PT os Gomes (o governador Cid e o ex-ministro Ciro). Na hora de ajustar as contas, a Petrobras jogou para um futuro impreciso as refinarias, numa decisão correta. Mas ficou com pelo menos a conta de R$ 1 bilhão da Premium I.
Lula também tentou empurrar para a Vale siderúrgicas no Norte. Não conseguiu, pois, mesmo com toda a influência do Estado na empresa, ela tem controle privado. A saga desses projetos, contabilizada em bilhões de reais de perdas, serve como indiscutível prova da sobrecarga que representa para o contribuinte quando governos agem de forma voluntariosa, sem maiores cuidados técnicos. A atual crise no setor elétrico é outro exemplo.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Controle de de armas é bom para a sociedade? / BBC

O controle de armas e munições pode ajudar a reduzir as mortes no Brasil? http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/09/140916_salasocial_eleicoes2014_controle_armas_jf_cq.shtml


O controle de armas e munições pode 

ajudar a reduzir as mortes no Brasil?

Atualizado em  17 de setembro, 2014 - 07:44 (Brasília) 10:44 GMT

Homicídios ocorridos no Brasil em 2012 representam 10% de todos os homicídios no mundo
Sete anos após 64% dos eleitores brasileiros terem rejeitado a proibição da venda de armas de fogo e munições num referendo popular, em outubro de 2005, o Brasil atingiu a marca de 56.337 homicídios no ano de 2012, a maior de sua história, de acordo com dados do SUS (Sistema Único de Saúde). Deste total, 40.077 pessoas foram mortas por armas de fogo, ou seja, 71% de todas as mortes.
O número total de homicídios ocorridos no Brasil em 2012 representa 10% de todos os crimes do tipo no mundo, segundo o Relatório Global de Homicídios da UNODC de 2013 (Escritório da ONU para Drogas e Crime, na sigla em inglês).
Embora o país já tenha uma legislação que controla o porte e o uso de armas de fogo (o chamado Estatuto do Desarmamento, aprovado em 2003), para especialistas consultados pela BBC Brasil os atuais índices de violência poderiam ser mais facilmente revertidos caso o país adotasse leis que restringissem ainda mais o uso e a venda de armas do tipo.
Eles argumentam que em outros países, como o Reino Unido, onde o acesso a armas e munições é mais difícil, o menor número de armas de fogo em circulação tende a diminuir a incidência de homicídios.

SEGURANÇA E ELEIÇÃO

A abordagem dos temas da violência policial e da violência contra os policiais como parte da cobertura especial da BBC Brasil sobre as eleições de 2014 foi sugerida em uma consulta com leitores promovida pelo #salasocial - o projeto da BBC Brasil que usa as redes sociais como fonte de histórias originais.
Na página da BBC Brasil no Facebook (www.facebook.com/bbcbrasil), leitores participam do debate e fazem comentários sobre a questão. Dê você também sua opinião!
“É difícil comparar, porque são contextos muito diferentes, mas falta uma política de segurança pública mais efetiva nesta área, e reduzir o número de armas de fogo e munições é, sem dúvida nenhuma, benéfico para a segurança”, diz Rodrigo Ghiringhelli de Azevedo, sociólogo, professor da PUC-RS e membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Para o pesquisador, embora o Estatuto do Desarmamento tenha passado a penalizar de “forma adequada” o porte ilegal de armas, o fato de os índices de homicídios no Brasil continuarem entre os maiores do mundo faz com que novas medidas sejam necessárias.

Campanhas e momento atual

Luis Flávio Sapori, sociólogo e professor da PUC-MG, no entanto, é mais crítico com a atual legislação sobre armas em vigor no Brasil.
“O Estatuto (do Desarmamento) não melhorou a segurança pública no Brasil. A violência continuou crescendo no país, as armas de fogo continuam se proliferando de forma acelerada nas ruas das cidades brasileiras. A capacidade da polícia de pegar essas armas ilegais não foi aumentada”, diz.
Para ele, a legislação foi enfraquecida quando, em 2007, o Supremo Tribunal Federal (STF) permitiu o pagamento de fiança para quem fosse preso em flagrante portando arma de fogo ilegal.
“O assunto perdeu destaque. As campanhas eleitorais para Presidência poderiam ser um bom momento de retomar essa discussão, mas nem os movimentos de direitos humanos estão se atentando para isso. O estatuto está desmoralizado. Se não conseguiram proibir a venda, então que ao menos tornem o uso e o porte bem mais difíceis”, argumenta.
A lei atual pune com dois a quatro anos de reclusão - além de multa - o porte ilegal de armas no fogo no Brasil.
Para Rodrigo Ghiringhelli de Azevedo, a legislação aprovada em 2003 é avançada e a rejeição dos brasileiros à proibição da venda de armas e munições, em 2005, não esvaziou o estatuto.
Marcello Casal Jr./ABr
Armas apreendidas em 2010 no Rio de Janeiro; segundo a ONU, Brasil foi responsável por 10% dos homicídios no mundo.
Ele lamenta, porém, que o movimento de entrega voluntária de armas tenha pedido força ao longo dos anos, e que o momento atual não seja de avanço, mas sim de ameaça de retrocesso.
“Não há confiança na polícia por parte da população e é claro que há uma questão ideológica, e de lobbies de interesses”, diz o especialista.

Resistência

Tanto Sapori como Ghiringhelli de Azevedo concordam que a redução das armas de fogo em circulação seria um avanço para a segurança pública e reduziria o número de homicídios, mas nem todos partilham da mesma opinião.
Tanto entre os parlamentares quanto na sociedade há uma série de mobilizações contrárias à legislação e a favor de uma liberalização maior do porte de arma, tornado mais restritivo pelo estatuto.
Mais de 40 projetos de lei neste sentido foram apresentados no Congresso nos últimos anos, entre eles o do deputado Rogério Peninha Mendonça (PMDB/SC), que pede a revogação total do Estatudo do Desarmamento.
Para ele, as normas mais rígidas não diminuíram os índices de violência, e os criminosos seguem tendo acesso a armas ilegais de qualquer maneira.
O tema também foi objeto de acalorados debates na página da CliqueBBC Brasil no Facebook, com leitores se colocando contra e a favor a restrições ao uso de armas. Dê também sua Cliqueopinião!

Tema gerou debate acalorado entre leitores da BBC Brasil no Facebook
Recentemente um desses projetos de lei que visam alterar cláusulas do estatuto foi aprovado, e as guardas municipais de todo o país passaram a ser armadas, no que foi visto como um retrocesso por analistas.
“Temos um discurso no Congresso argumentando que a pessoa precisa ter a capacidade de defesa própria, senão está à mercê da criminalidade. É um discurso muito disseminado e acho que se houvesse outro referendo hoje em dia, o resultado infelizmente seria o mesmo”, avalia Ghiringhelli de Azevedo.
O pesquisador questiona o argumento de que o uso de armas de fogo pode propiciar melhores meios para que as pessoas comuns se defendam de criminosos.
“A arma de fogo disponível na rua não está sendo usada para defesa pessoal. Ela acaba sendo usada pelo crime e, em 90% das situações de tentativa de defesa, o que ocorre é o latrocínio, quando a vítima de um assalto acaba sendo morta pelo bandido”, diz.


Show de solidariedade.... / Stumbleupon


msnbcmedia.msn.com

O Congresso é lugar de todos os ódios... / PSTU vai pra luta armada!


/SENADO/ 16/09/2014

Raquel: PSTU se prepara para a "luta armada"

A candidata ao Senado, primeira convidada da nova rodada de entrevistas no Grupo de Comunicação O POVO, admitiu radicalismo político, pregou fim do Senado e confisco de empresas
NOTÍCIA35 COMENTÁRIOS
Hébely Rebouçashebely@opovo.com.br
MAURI MELO

A candidata do PSTU ao Senado, Raquel Dias, defendeu a luta armada como método de transformação social e disse que o partido está se preparando para a revolução com armas. Raquel foi sabatinada ontem na TV O POVO. “Como a gente vive em um Estado opressor e o armamento é uma ação contra o próprio Estado, não posso dizer como estamos nos preparando”, respondeu.

Raquel, que é professora da Universidade Estadual do Ceará (Uece), também defendeu a extinção do Senado, traçou diferenças entre o PSTU e grupos como o Crítica Radical e disse que, se eleita, aportará emendas parlamentares na área de educação. Confira os principais momentos.

Fim do Senado
Raquel Dias concorre a uma vaga no Senado, mas disse ser a favor da extinção da Casa e defendeu a implementação de um sistema legislativo unicameral. “O Estado, com todas as suas instituições democráticas ou coercitivas, tem o caráter de classe, são instituições que ajudam na manutenção do status quo”, afirmou. Ela disse que, se eleita, utilizará o espaço para “fazer a denúncia” e, ao mesmo tempo, dialogar com a população. Questionada se não seria contraditório admitir funções importantes da Casa e, ao mesmo tempo, pregar sua extinção, Raquel ponderou que a proposta do fim do Senado é “apenas pano de fundo”, e não uma bandeira prioritária. “Mas queremos, sim, uma transformação radical da sociedade que inclui o fim de certas instituições”, afirmou.

Equilíbrio
Confrontada com o fato de a representação no Senado permitir equilíbrio entre estados ricos e pobres, a candidata do PSTU disse discordar da premissa de que o Ceará seja pobre. “Não consideramos o Ceará um estado pobre. O Ceará é o maior exportador de frutas tropicais, teve crescimento de PIB acima da média nacional. Isso é uma discussão abstrata. Um parlamentar eleito para o PSTU irá defender propostas relacionadas com a vida do trabalhador. Essa disputa entre estados não faz parte da lógica que defendemos”, apontou.

Confisco
O programa do PSTU defende que empresas que “boicotam” a economia do País merecem ter os bens confiscados. Questionada sobre que circunstâncias se encaixariam no conceito de “boicote”, Raquel citou a corrupção como exemplo. Outra forma de boicote à economia nacional são empresas que recebem isenções do governo e não devolve compensações. A candidata foi lembrada de que, no Ceará, várias empresas são beneficiadas com isenção fiscal. Quais seriam? “Eu não poderia citar sem ter embasamento sobre cada uma”, disse, apontando as áreas de transporte público, construção civil e calçadista. Mesmo sob insistência, Raquel não citou nomes. “Se não entraríamos numa discussão jurídica”, justificou.

Radicalismo
Raquel admitiu que o PSTU é uma sigla radical, mas negou que o radicalismo implique falta de diálogo. “Não queremos ficar isolados, pelo contrário. Raquel foi perguntada sobre por que o PSTU não abandona o sistema partidário – e, assim, abre mão de benefícios como o fundo partidário – tal como fizeram integrantes do grupo Crítica Radical. “Somos absolutamente diferentes dos companheiros do Crítica Radical. Se nós sairmos da luta política, como fez o Crítica, não vamos atingir nosso objetivo, que é pegar o trabalhador para nossa causa. O Crítica diz para o trabalhador não trabalhar, mas sem trabalhar ele não come”, analisou.