Postagem em destaque

NOTÍCIAS DE BRASÍLIA

terça-feira, 13 de setembro de 2016

A influência intelectual e da pregação política socialista do PT nas escolas e nas universidades do Brasil impõe reações de pais, educadores, Ministério da Educação

segunda-feira, setembro 12, 2016

Resultado de imagem para imagem de lousa em sala de aula
Quem diz que não existe pregação socialista nas escolas mente ou é desinformado - 

LUIZ FELIPE PONDÉ

FOLHA DE SP - 12/09
Quem disser que não existe pregação política socialista ou afins nas escolas e nas universidades mente ou é, simplesmente, desinformado. Chega-se ao cúmulo do ridículo quando se nega isso em público. Só se repete essa mentira em público porque a maior parte da audiência –feita de professores, alunos e gente "do ramo"– concorda com a pregação petista.

Já disse isso aqui, mas, como num mundo ruidoso como o nosso sempre precisamos repetir o óbvio, vamos lá: quase todo professor de humanas prega descaradamente em sala de aula a cartilha marxista, requentada ou não. E, assim, formará outros professores, artistas, cineastas, profissionais de TV e rádio, publicitários, advogados, jornalistas, enfim, um monte de gente que será massa de manobra de partidos como o PT e PSOL.

Entretanto, não sou a favor de uma lei que crie espaço para ainda mais censura na sala de aula. Por outro lado, se pais, professores menos alienados na cartilha marxista e alunos menos manipulados por essa cartilha não botarem a boca no trombone, continuaremos a ter a reprodução infinita de esquemas de "bullying" intelectual e institucional contra professores e alunos que se distanciarem desse quadro de "comissários petistas do povo".
Nesta semana recebi de uma leitora uma foto de uma lousa numa sala de aula de uma dessas escolas caras da zona oeste de São Paulo, que prima por ser a mais rica da cidade e com mais gente 'mimimi', na qual o professor ou professora pedia um trabalho cujo tema era "Fora Temer, golpista" (sei qual é a escola, mas não vou dar o nome dela aqui para poupá-la da saia justa).

A foto foi tirada por uma aluna, como é de hábito hoje em dia fazer quando o professor escreve algo na lousa, em vez de copiar no caderno. A intenção da atividade didática era levar os alunos a pesquisar e refletir sobre o "golpe" e as formas de enfrentamento dele.

"Et voilà", diriam os franceses quando mostram algo óbvio. Poderíamos acrescentar que, na pós-graduação, professores dedicam parte de suas aulas para falar mal de vídeos e textos de colegas que criticam seu "ópio" mais amado: o caminho da roça conhecido como crença marxista.

Mas, como toda gente militante acaba por ficar meio "tosca", ao fazer isso eles provam a tese de quem os acusa de pregar o "ópio do intelectuais" em sala de aula.
Sobre isso, aliás, indicaria o grande clássico recém lançado no Brasil pelo selo Três Estrelas, "O Ópio dos Intelectuais" do filósofo e sociólogo francês Raymond Aron (1905 - 1983). O livro foi lançado nos anos 1950 e de lá para cá nada mudou: os intelectuais e associados continuam a viver dos mesmos mitos políticos do socialismo.

E nada vai mudar se você não se mexer (claro, se você não for um dos integrantes da seita retrógrada): seus filhos serão petistas e dirão que, sim, "podemos roubar e calar a boca dos outros, em nome da revolução". A ideia de uma lei contra a escola com partido não vai adiantar nada, vai apenas criar condições para os "pastores do ópio dos intelectuais" continuarem sua pregação, com a cara mais lavada do planeta. Usarão de recursos retóricos do tipo "queremos apenas formar alunos críticos", ou a "direita quer censurar o pensamento na sala de aula". Risadas? Esse papinho só cola para os ouvidos mal informados.
Já existe censura na sala de aula. Recebo continuamente e-mails de professores e alunos em papos de aranha porque não rezam na cartilha dos "pastores do ópio dos intelectuais".

Em escolas como a daquela lousa petista, mesmo se os alunos quiserem convidar os professores ou intelectuais que não rezam na cartilha do "ópio dos intelectuais", terão sua iniciativa negada.

Isso acontece da forma mais descarada que você pode imaginar. Portanto, não acredite quando ouvir muitos desses intelectuais ou professores (não são todos, mas, sim, são a maioria) dizerem que são a favor do "diálogo" ou do "debate". É uma piada. Não existe diálogo ou debate na universidade ou na escola. É mais fácil você achar diálogo e debate numa igreja evangélica. Juro por Deus! Aleluia, irmãos!


segunda-feira, 12 de setembro de 2016

" Quem diz que não existe pregação socialista nas escolas e nas universidades mente ou é, simplesmente, desinformado " Luiz Felipe Pondé

PERCA TEMPO - O BLOG DO MURILO: Quem diz que não existe pregação socialista nas es...: FOLHA DE SP - 12/09 Quem disser que não existe pregação política socialista ou afins nas escolas e nas universidades mente ou é, simplesment...

segunda-feira, setembro 12, 2016


Resultado de imagem para imagem de lousa em sala de aula
Quem diz que não existe pregação socialista nas escolas mente ou é desinformado - 

LUIZ FELIPE PONDÉ

FOLHA DE SP - 12/09Quem disser que não existe pregação política socialista ou afins nas escolas e nas universidades mente ou é, simplesmente, desinformado. Chega-se ao cúmulo do ridículo quando se nega isso em público. Só se repete essa mentira em público porque a maior parte da audiência –feita de professores, alunos e gente "do ramo"– concorda com a pregação petista.

Já disse isso aqui, mas, como num mundo ruidoso como o nosso sempre precisamos repetir o óbvio, vamos lá: quase todo professor de humanas prega descaradamente em sala de aula a cartilha marxista, requentada ou não. E, assim, formará outros professores, artistas, cineastas, profissionais de TV e rádio, publicitários, advogados, jornalistas, enfim, um monte de gente que será massa de manobra de partidos como o PT e PSOL.

Entretanto, não sou a favor de uma lei que crie espaço para ainda mais censura na sala de aula. Por outro lado, se pais, professores menos alienados na cartilha marxista e alunos menos manipulados por essa cartilha não botarem a boca no trombone, continuaremos a ter a reprodução infinita de esquemas de "bullying" intelectual e institucional contra professores e alunos que se distanciarem desse quadro de "comissários petistas do povo".

Nesta semana recebi de uma leitora uma foto de uma lousa numa sala de aula de uma dessas escolas caras da zona oeste de São Paulo, que prima por ser a mais rica da cidade e com mais gente 'mimimi', na qual o professor ou professora pedia um trabalho cujo tema era "Fora Temer, golpista" (sei qual é a escola, mas não vou dar o nome dela aqui para poupá-la da saia justa).

A foto foi tirada por uma aluna, como é de hábito hoje em dia fazer quando o professor escreve algo na lousa, em vez de copiar no caderno. A intenção da atividade didática era levar os alunos a pesquisar e refletir sobre o "golpe" e as formas de enfrentamento dele.

"Et voilà", diriam os franceses quando mostram algo óbvio. Poderíamos acrescentar que, na pós-graduação, professores dedicam parte de suas aulas para falar mal de vídeos e textos de colegas que criticam seu "ópio" mais amado: o caminho da roça conhecido como crença marxista.

Mas, como toda gente militante acaba por ficar meio "tosca", ao fazer isso eles provam a tese de quem os acusa de pregar o "ópio do intelectuais" em sala de aula.

Sobre isso, aliás, indicaria o grande clássico recém lançado no Brasil pelo selo Três Estrelas, "O Ópio dos Intelectuais" do filósofo e sociólogo francês Raymond Aron (1905 - 1983). O livro foi lançado nos anos 1950 e de lá para cá nada mudou: os intelectuais e associados continuam a viver dos mesmos mitos políticos do socialismo.

E nada vai mudar se você não se mexer (claro, se você não for um dos integrantes da seita retrógrada): seus filhos serão petistas e dirão que, sim, "podemos roubar e calar a boca dos outros, em nome da revolução". A ideia de uma lei contra a escola com partido não vai adiantar nada, vai apenas criar condições para os "pastores do ópio dos intelectuais" continuarem sua pregação, com a cara mais lavada do planeta. Usarão de recursos retóricos do tipo "queremos apenas formar alunos críticos", ou a "direita quer censurar o pensamento na sala de aula". Risadas? Esse papinho só cola para os ouvidos mal informados.

Já existe censura na sala de aula. Recebo continuamente e-mails de professores e alunos em papos de aranha porque não rezam na cartilha dos "pastores do ópio dos intelectuais".

Em escolas como a daquela lousa petista, mesmo se os alunos quiserem convidar os professores ou intelectuais que não rezam na cartilha do "ópio dos intelectuais", terão sua iniciativa negada.

Isso acontece da forma mais descarada que você pode imaginar. Portanto, não acredite quando ouvir muitos desses intelectuais ou professores (não são todos, mas, sim, são a maioria) dizerem que são a favor do "diálogo" ou do "debate". É uma piada. Não existe diálogo ou debate na universidade ou na escola. É mais fácil você achar diálogo e debate numa igreja evangélica. Juro por Deus! Aleluia, irmãos!



"Mas a história não é um tribunal, muito menos um juiz a indicar certo e errado em meio a opiniões. " / Leandro Karnal

Leandro Karnal
11 Setembro 2016 | 02h00
A ideia do julgamento póstumo apareceu na fala do advogado José Eduardo Cardozo ao defender a ex-presidente Dilma, assim como no longo discurso dela no Senado. A história seria implacável com aqueles que votassem a favor do impeachment. Cardozo foi mais longe. Entre lágrimas, almejou que algum ministro da justiça teria de pedir desculpas à presidente que caía. Era o apelo ao Supremo Tribunal do Tempo (STT) revestido de profecia.
Pessoas de fora da área da história costumam repetir o que chamamos de “sentido ciceroniano” da memória. Cícero chamou à História “mestra da vida”. Haveria uma reserva moral perceptível no desenrolar dos fatos. O tempo garantiria a retirada das paixões. Só a tinta seca permitiria avaliar o quadro. A serenidade conferida pela distância dos fatos e a verificação cirúrgica das intenções, possibilitaria ao historiador assumir a toga isenta de juiz do mundo pretérito. Tal como um magistrado sério, quem escrevesse sobre o passado não se afogaria nos desequilíbrios partidários do torvelinho atual. Fleuma, a virtude exaltada pelos ingleses; fleuma como sinônimo de tranquilidade e equilíbrio, seria o traço dominante e desejável ao prolatar sentenças.
Objetividade e discernimento são, de fato, atributos de um bom texto histórico. Mas a história não é um tribunal, muito menos um juiz a indicar certo e errado em meio a opiniões. O grande Marc Bloch já insistia, numa obra escrita num campo de concentração nazista (um lugar bom para se dizer o contrário), que a história não deveria julgar. História não tem sentido moral. Pior: nada garante que o estudo do passado evite erros do presente, até porque os fatos não se repetem, são sempre únicos.
Direi de forma direta: a ex-presidente Dilma pode, em 50 anos, ter um avaliação oposta à atual (ainda que não exista uma unanimidade hoje). Isto não será fruto de uma maior justiça ou equilíbrio, mas do que estiver ocorrendo em 50 anos e quais fatos desejaremos esquecer, lembrar ou até criar. A justiça é dada também pelo futuro e por suas necessidades. A lógica do passado não é autônoma.
Publicidade
Quando calarem as personagens envolvidas, quando os polos exaltados tiverem submergido no silêncio, quando Janaína, Dilma, os netos de Dilma citados por ambas, Cardozo, Lula, Lewandowski, bem como você e eu, caro leitor; estivermos todos reintegrados ao ciclo do solo, não emergirá a justiça e a isenção, mas novas personagens com novas paixões e interesses.
São os fatos e posições do presente que dizem se Che Guevara foi um herói (o “maior homem da história” para Sartre) ou um canalha assassino (para outros). Cada tribunal da História terá sempre o juiz do seu tempo, o júri e os advogados da sua historicidade específica. Nunca existirá isenção. Sempre vicejará a subjetividade. Neutralidade é um desejo e uma meta, jamais uma realidade integral.
Não se trata de relativismo extremado, mas de reconhecer que o certo e o errado são determinados historicamente. A presença do STF no imbróglio, por exemplo, foi dada como garantia para a legalidade do processo. Isto é correto para muitos, mas não significa que o julgamento seja, em si justo, apenas que atingiu seus objetivos através do STF. A legalidade não é sinônimo de justiça. Todo tribunal é formado por homens e suas subjetividades. Coisas exclusiva do Direito? Não! Havia médicos assistindo a algumas sessões de tortura durante a ditadura. A presença de um médico não significou a defesa da vida e da saúde, as funções que o juramento de Hipócrates obriga a todo esculápio. Da mesma forma e para não parecer corporativista, a presença do professor não garante a educação. Por vezes, infelizmente, é um obstáculo ao aprendizado.
Nem tragédia e nem farsa, como pensou Marx: a história é apenas uma sucessão caótica de acontecimentos destituída de lógica ou moral. Somos náufragos no gigantesco oceano dos fatos, dando ao passado direções póstumas a partir de morais presentes. Talvez a história absolva Dilma. Talvez a condene com veemência maior. Talvez ela seja esquecida. Talvez vire nome de praças que, depois, serão renomeadas em outro regime. Nem ela e nem nós estaremos aqui para saber. Voltamos à primeira frase. A história absolveu Fidel? O assalto ao quartel de Moncada falhou em 1953, mas o advogado cubano acabou tomando o poder. Assumindo o controle do cabo do chicote que antes o fustigara, ele executou adversários, mudou o judiciário e impôs novas leis. Assim, a história revolucionária da ilha o promoveu a herói, pois foi reinventado por novos donos da memória. Um bom domingo a todos vocês!

Resenha de O Antagonista em 12/09/2016 às 18 horas

VALÉRIO AINDA TEM MEDO

Marcos Valério não quis detalhar ao juiz Sérgio Moro o motivo da chantagem de Ronan Maria Pinto a Lula, Zé Dirceu e Gilberto Carvalho.
Ele alegou duas vezes que, como ainda está preso, tem medo de sofrer represálias.

Utopia

"Constituição não é utopia", diz Cármen Lúcia.
Não?

EXCLUSIVO: LULA NO CENTRO DE TUDO

O depoimento de Marcos Valério ao juiz Sergio Moro muda a história dos crimes de Santo André.
Silvio Pereira pediu para que Marcos Valério pagasse Ronan Maria Pinto, que estava chantageando Lula sobre o assassinato de Celso Daniel...
ver mais

O que sobra

Cármen Lúcia:
"Sem Justiça, sobra a força de uma pessoa sobre a outra."

PT faz festa na posse da ministra Presidente do STF e leva 18 políticos implicados na Lava-Jato ...


Faltou só a PF! Cerimônia de posse da nova Presidente do STF vira ‘reunião’ de corruptos


Faltou só a PF! Cerimônia de posse da nova Presidente 

Caetano Veloso cantou o hino nacional na posse da nova presidente do Supremo, a Ministra Cármen Lúcia

Enquanto o músico cantava, Lula, Fernando Pimentel (governador de MG) e José Sarney se deleitavam na melodia.
É uma afronta aos brasileiros! Tem mais gente envolvida em corrupção do que convidados.
Além de Lula, outros 18 políticos citados na Lava-Jato participam neste exato momento da cerimônia.
Ahhh … Michel Temer, Renan Calheiros e o presidente da Câmara também estão presentes.




É possível...!? Você acredita que haja um bilionário por trás dos protestos atuais financiando a esquerda do Brasil ?

http://www.diariodobrasil.org/quem-e-o-bilionario-que-financia-a-esquerda-no-brasil/

 Você acredita que um bilionário estrangeiro injete dinheiro em ong's brasileiras para produzir protestos como os atuais para fragilizar a economia e depois comprar ações brasileiras com menor valor ?
Resultado de imagem para fotos de protestos e pneus queimados

Quem é o bilionário que financia a esquerda no Brasil?


George Soros financia pesquisas, faz lobby em organismos internacionais, doa dinheiro para revoltas e revoluções nos quatro cantos do mundo e é praticamente criador do Fórum Econômico Mundial.

O capitalista doentio consegue mudar a mentalidade de toda uma geração […] de jornalistas a estudantes adolescentes […] para que pensem exatamente como ele quer.

Soros é o indivíduo sem cargo eletivo mais influente do mundo.
Em 1992, ficou mundialmente famoso por ter “quebrado” o Banco da Inglaterra, faturando na operação 1 bilhão de euros.
Ele possui uma fortuna pessoal estimada em US$ 13 bilhões e administra outros US$ 25 bilhões de terceiros.
No Brasil, a influência de Soros ocorre através do financiamento de movimentos de esquerda e os ditos movimentos sociais.
Tudo é feito no mais absoluto sigilo, usando ONG’s para ‘disfarçar’ os aportes financeiros.
Aí você se pergunta:
Qual o interesse de Soros em promover o caos em um país?
A resposta é simples:
A economia se destabiliza e as ações das empresas (públicas e privadas) despencam.
É aí que o bilionário entra com seu plano maquiavélico.
Soros adquire milhões em ações dessas empresas para lucrar mais adiante.
Ele nunca perde!

domingo, 11 de setembro de 2016

O jogo político continua incerto e sem definição ... Bem Brasil !


domingo, setembro 11, 2016

Resultado de imagem para fotos de eliane cantanhêde‘Assim é, se lhe parece’ -

 ELIANE CANTANHÊDE

ESTADÃO - 11/09

O governo Michel Temer parece aquele boneco Bobão: cai para um lado, cai para o outro, gira desengonçado, mas acaba de pé. A oposição está irritada e animada, botando suas bandeiras vermelhas na rua, com a propaganda do “golpe” e do “Fora, Temer”. E, da arquibancada, a grande maioria da população ainda olha, desconfiada, sem tirar conclusões. O impeachment passou, mas o jogo ainda está sendo jogado.
Começar um governo depois de um longo e traumático processo de impeachment é muito diferente de assumir sob embalo de uma campanha acirrada, de uma vitória nas urnas e de uma vibrante festa de posse. No caso de Temer, acrescentem-se as circunstâncias: uma crise de dar dó, Orçamento destroçado e a Lava Jato pairando sobre tudo e todos.

Quando se fala de Itamar Franco, vêm à tona o sucesso, a pacificação política e o Plano Real, mas não começou assim... Não havia contestação ao impeachment de Collor nem protestos nas ruas e o único partido que virou as costas à transição foi o PT, mas Itamar penou na questão crucial: a economia. Foram quatro ministros da Fazenda, até que Fernando Henrique reunisse os melhores economistas e entregasse o Plano Real. E ainda vieram mais dois ministros. Seis em dois anos.
Olhando retrospectivamente, os tempos Itamar parecem uma maravilha, mas entraram e saíram da Fazenda Gustavo Krause, Paulo Haddad, Eliseu Resende, FH, Rubens Ricupero e Ciro Gomes. A cada chegada, uma incerteza. A cada saída, uma crise, com exceção de FH, que saiu para a campanha e dali para o Planalto.

Logo, não chega a ser dramático Temer trocar os ministros do Planejamento e do Turismo e o advogado-geral da União. O problema é que Romero Jucá ainda sonha voltar e Henrique Alves saiu de fininho, mas Fábio Osório pode ser uma bomba. Saiu por acúmulo de erros, como diz o Planalto, ou para não esquentar a Lava Jato, como ele diz?
Com três meses de interinidade e dez dias de governo de fato, Temer já apanha dos protestos, das centrais trabalhistas, das entidades patronais, do funcionalismo, do corporativismo, dos analistas, da base aliada e de próceres do próprio PMDB, tudo isso sob a premência das reformas e a sombra da Lava Jato. Quem mais? Quando?

As primeiras obrigações do presidente são não falar fora de hora e fora do tom e dar um freio de arrumação no próprio governo, que comete um erro atrás do outro e se mostra prodigioso em dar munição aos inimigos. Menosprezar um bordão forte como “golpe”, desdenhar das manifestações, escorregar em declarações nas áreas de educação, de saúde e, agora, na delicadíssima área trabalhista são coisas de amadores, não do governo de quem presidiu a Câmara três vezes.

Assim como a palavrinha mágica “golpe” ajudou a cristalizar, talvez em milhões de pessoas, a percepção de que o impeachment de Dilma foi ilegal e ilegítimo, a “jornada de 12 horas” ajuda a oposição a ratificar que Temer vai retroceder nos direitos e abandonar os pobres à própria sorte. Em vez de falar esse absurdo, o governo bem que poderia ter usado e abusado, a seu favor e a favor da verdade, dos resultados do Ideb, que configuram o fracasso da “pátria educadora” de Dilma.

Política e comunicação são indissociáveis, dentro de uma velha concepção de que “assim é, se lhe parece”. Ou seja, o que parece (golpe, retrocesso social...) passa a ser considerado como fato. É a isso que Temer precisa urgentemente reagir. Além de agir para efetivamente melhorar o governo.

Ótima troca: Eduardo Cunha sai amanhã da Câmara e Carmen Lúcia entra na presidência do Supremo, levando mulheres competentes para a sua chefia de gabinete, a Secretaria-Geral e as secretarias de Comunicação e de Segurança. As pessoas certas, no lugar certo, no momento histórico certo. Boa sorte!

"O golpe do Papa" ... / Guilherme Fiuza

domingo, setembro 11, 2016

O GOLPE DO PAPA - 

GUILHERME FIUZA

REVISTA ÉPOCA


O papa Francisco cancelou sua viagem ao Brasil em 2017 afirmando que o pais "vive um momento triste". Vamos traduzir essa tristeza: o líder máximo da Igreja Católica está apoiando Dilma Rousseff, a despachante da quadrilha que depenou o país entristecido. Mas a tristeza sentida pelo sumo pontífice não é com o roubo, é com a punição aos ladrões.

O papa Francisco, de maneira indireta, portanto dissimulada, portanto covarde, está fazendo coro com a militância ideológica que grita contra o golpe de Estado — esse em que a criminosa golpeada dialoga com os golpistas (e ri com eles), sob a regência constitucional da Corte máxima do pais. Uma bandeira de mentira, fajuta e imunda, que agora é levantada também pelo papa Francisco.

Isso não teria a menor importância num mundo que soubesse distinguir um líder espiritual de um mercador da bondade. Mas a demagogia supostamente progressista — na verdade reacionária — é hoje a commodity mais valorizada do planeta, e nenhum candidato à popularidade perante as massas admite mais abrir mão dela. Até a alemã Angela Merkel, guardiã quase solitária da responsabilidade europeia, andou fazendo proselitismo com o tema dos refugiados. Se você não der ao menos uma bicadinha na vitamina populista, você morre.
A gangue que inventou o golpe no Brasil para brincar de resistência democrática — e se encher da preciosa vitamina demagógica — está quebrando tudo. Durante 13 anos quebraram por dentro, agora estão quebrando por fora — o que é bem mais prático e leve. O caixa da revolução está cheio, após a proverbial transfusão da Petrobras, dos bancos públicos e dos fundos de pensão. O lanche é mortadela por questão de estilo, poderia ser caviar. E não existe vida mais fácil: você recruta um bando de inocentes úteis e não inocentes alugados e manda todo mundo para cima da polícia. Fustigar a boçalidade das polícias militares é brincadeira de criança para essa turma. Não tem erro.

O papa Francisco e sua falsa tristeza apoiam essa depredação teatral — que tem consequências reais e sujas de sangue. O religioso bonzinho, com seu gesto grave — vamos repetir: grave — de desistir da visita ao Brasil por causa do impeachment, jogou uma tocha nessa gasolina. Não adianta fugir dessa responsabilidade. Não adianta rebolar na retórica. Não adianta fazer cara de piedade. O papa abriu mão da missão de paz do estadista para entrar num jogo partidário. Se meteu num conflito político nacional para exacerbá-lo — para dar sua contribuição incendiária.
A política existe para organizar a vida das sociedades. Só isso, mais nada. Não é um campeonato de siglas, cores e credos, nem um palco para apoteoses românticas. No caso do Brasil, o governo canastrão do PT incensou todos esses símbolos emocionais e fulminou a organização social e institucional. Isso não é política, é contrabando.

O governo Temer assumiu no cenário de terra arrasada e está repetindo o governo Itamar (por questão de sobrevivência): dando espaço a quem entende de administração pública, substituindo militância partidária com o dinheiro dos outros por trabalho. É o PMDB, há os caciques velhos, há a podridão — mas os principais cargos de comando foram entregues aos bons. Assim como fez Itamar, no mesmo PMDB.

Há 23 anos isso deu no Plano Real — o momento mais significativo da história recente em que a política serviu para organizar a sociedade. Os veículos da mudança foram o PMDB e o PSDB, mas a virtude não estava neles. Estava nos homens. Sempre está.

Repetindo a ruína do pós-Collor, a ruína do pós-PT abriu uma janela de oportunidade para quem quer usar o poder para organizar, e não para surfar. Os surfistas estão naturalmente desesperados, porque num país organizado as ondas de malandragem somem da política, — ou ao menos ficam pequenininhas, sem força para impulsionar os proselitismos coitados e os heroísmos de aluguel. É preciso, portanto, bagunçar.
E claro que alguém que sai de casa para forjar um tumulto e posar de perseguido pela polícia não vale a mortadela que come. Mas o interessante é imaginar o que essa criatura pensa a sós com seu travesseiro. Se o país tivesse de repente um surto de dignidade, a fila do confessionário chegaria a Roma. Puxada pelo papa. 

Mais uma semana de ansiedade e medo para Lula... / IstoÈ

sexta-feira, setembro 09, 2016


REPORTAGEM-BOMBA DE "ISTOÉ" REVELA QUE A PRÓXIMA SEMANA PODERÁ SER FATAL PARA LULA. UMA PENCA DE DELAÇÕES SURGE COMO UM DEVASTADOR TSUNAMI. ATÉ MARCOS VALÉRIO VAI ABRIR O BICO.

A revista IstoÉ que chega às bancas neste sábado traz mais uma reportagem-bomba, desta feita fazendo um inventário das acusações que pesam contra Lula e revelando o que está por acontecer a partir da próxima semana quando mega empresários nauseados com o cheiro de jaula parecem dispostos abrir o bico em novas 'delações  premiadas' em Curitiba, cidade da qual o outrora 'poderoso' ex-presidente sente calafrios ao ouvir falar. Faz sentindo. Afinal, um tsunami de acusações se levanta ameaçador.
Por tudo isso vale a pena ler a reportagem-bomba de IstoÉ. Segue parte do texto com link ao final para leitura completa. Não percam:
Nos próximos dias, o ex-presidente Lula terá de enfrentar uma tempestade perfeita – expressão inglesa usada para designar uma combinação desfavorável de fatores que se agravam até constituir o pior cenário possível. Vão prestar depoimento ao juiz Sérgio Moro o publicitário Marcos Valério, na segunda-feira 12, o ex-sócio da OAS, Léo Pinheiro, na terça-feira 13, e Marcelo Odebrecht, ex-presidente da empreiteira que leva seu nome, na quinta-feira 15 de setembro. Todos têm potencial explosivo para detonar o petista: Léo Pinheiro cuidou da reforma do tríplex de Lula e é conhecedor dos segredos mais recônditos do ex-presidente. Marcos Valério operou a compra de parlamentares no esquema conhecido como mensalão e já se dispôs a detalhar a chamada Operação Portugal Telecom, um acordo endossado por Lula, em encontro no Palácio do Planalto, que teria rendido a ele, a José Dirceu e o ex-tesoureiro Delúbio Soares a soma de R$ 7 milhões. E a empresa de Marcelo Odebrecht não só fez reformas no sítio frequentado por Lula, como pode desnudar as nebulosas negociações envolvendo a construção do estádio do Itaquerão, em São Paulo – que atingiria Lula em cheio, podendo levá-lo à prisão.
PROVAS SE ACUMULAM
As provas contra o ex-presidente petista se acumulam e o cerco se fecha a cada átimo de tempo. Lula já é réu na Justiça Federal do DF sob acusação de tentar comprar o silêncio do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, que negociava um acordo de delação premiada e poderia revelar a relação do petista com o Petrolão. Este será o primeiro processo em que Lula vai se sentar no banco dos réus. O julgamento final não deve passar de novembro. Em despacho obtido por ISTOÉ, o juiz da 10º Vara do DF, Vallisney de Souza Oliveira, marcou para o dia 8 de novembro, às 9h30 da manhã, a primeira audiência de instrução e julgamento do processo contra o ex-presidente da República. Em geral, os réus costumam comparecer pessoalmente às audiências.  Além de Lula, também são réus nesta ação seu amigo pecuarista José Carlos Bumlai, o filho dele, Maurício Bumlai, o ex-controlador do banco BTG Pactual André Esteves, o ex-senador Delcídio do Amaral (ex-PT-MS) e seu ex-assessor Diogo Ferreira. Neste dia, Lula ficará frente a frente com integrantes do Ministério Público Federal e com o juiz Vallisney. Depois dessa etapa, a ação penal entra na reta final e Lula pode receber sua primeira condenação.
OS ACUSADORES
Lista dos que envolvem Lula em flagrantes casos de corrupção e desrespeito à Justiça cada vez aumenta mais:
A ação tem como base a delação premiada de Delcídio. O ex-senador contou que participou da compra do silêncio de Cerveró a pedido de Lula. Foi por causa disso que o ex-líder do governo no Senado acabou preso, flagrado em um áudio no qual oferecia ajuda financeira à família do ex-diretor e até articulava um plano de fuga dele. Após abrir a boca, Delcídio deixou a prisão e delatou seus antigos companheiros de partido. O procurador Ivan Cláudio Marx, ao ratificar denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República, atribuiu ao petista o papel de “chefe da organização criminosa” para obstruir os trabalhos da Justiça. “Não se pode desconsiderar que, em uma organização criminosa, o chefe sempre restará na penumbra, protegido”. O próprio Lula confirmou em depoimento que se encontrou com Delcídio no seu instituto, em São Paulo, e que discutiram sobre a Lava Jato, embora negue que nunca conversaram sobre a compra do silêncio de Cerveró. A versão é completamente inverossímil, no entendimento dos procuradores. Ouvido na quinta-feira 1 em Curitiba, Delcídio reforçou que Lula tinha participação direta no esquema de loteamento político na Petrobras.
Não apenas os procuradores da República estão convencidos da atuação direta de Lula no sentido de atrapalhar o trabalho do Judiciário. Na última quinta-feira 8, o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), demonstrou ter pedido a fleuma ao se referir a Lula. Normalmente técnico e circunspecto, o ministro fez uma de suas manifestações mais contundentes. Acusou Lula de agir para “embaraçar” as investigações da Operação Lava Jato por ingressar com vários pedidos de transferência de competência dos processos hoje nas mãos de Moro. Como se nota pela sucessão de eventos capazes de encrencá-lo de vez, o medo do petista se justifica.
Às 9h do último dia 16, um oficial de Justiça bateu à porta do apartamento de Lula em São Bernardo para comunicá-lo oficialmente de que havia se tornado réu e lhe dando prazo de 20 dias para apresentar sua defesa. A defesa foi apresentada na última terça-feira 6. Nela, Lula alegou ausência de “demonstração da conduta individualizada” do ex-presidente nos fatos criminosos e pedindo a nulidade da ação. As justificativas do petista não são factíveis. A acusação contra Lula de obstruir a Justiça prevê pena de prisão de três a oito anos, além de multa. Mesmo assim, o petista flana a fazer política por aí como se intocável fosse.
O HOMEM-BOMBA.
A ação tem como base a delação premiada de Delcídio. O ex-senador contou que participou da compra do silêncio de Cerveró a pedido de Lula. Foi por causa disso que o ex-líder do governo no Senado acabou preso, flagrado em um áudio no qual oferecia ajuda financeira à família do ex-diretor e até articulava um plano de fuga dele. Após abrir a boca, Delcídio deixou a prisão e delatou seus antigos companheiros de partido. O procurador Ivan Cláudio Marx, ao ratificar denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República, atribuiu ao petista o papel de “chefe da organização criminosa” para obstruir os trabalhos da Justiça. “Não se pode desconsiderar que, em uma organização criminosa, o chefe sempre restará na penumbra, protegido”. O próprio Lula confirmou em depoimento que se encontrou com Delcídio no seu instituto, em São Paulo, e que discutiram sobre a Lava Jato, embora negue que nunca conversaram sobre a compra do silêncio de Cerveró. A versão é completamente inverossímil, no entendimento dos procuradores. Ouvido na quinta-feira 1 em Curitiba, Delcídio reforçou que Lula tinha participação direta no esquema de loteamento político na Petrobras.
Não apenas os procuradores da República estão convencidos da atuação direta de Lula no sentido de atrapalhar o trabalho do Judiciário. Na última quinta-feira 8, o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), demonstrou ter perdido a fleuma ao se referir a Lula. Normalmente técnico e circunspecto, o ministro fez uma de suas manifestações mais contundentes. Acusou Lula de agir para “embaraçar” as investigações da Operação Lava Jato por ingressar com vários pedidos de transferência de competência dos processos hoje nas mãos de Moro. Como se nota pela sucessão de eventos capazes de encrencá-lo de vez, o medo do petista se justifica. Clique AQUI para ler a reportagem completa

Charge de Sponholz no blog de Aluizio Amorim

"NEGO", O CÃO QUE SABIA DEMAIS.

Clique sobre a imagem para vê-la ampliada
Segundo consta, Dilma antes de sair do Palácio da Alvorada, mandou sacrificar "Nego", o cachorro que a "ex-presidenta" ganhou do mensaleiro Zé Dirceu. Justificou o ato, conforme foi noticiado. porque o animal estava velho e muito doente.

Agora imaginem se fosse alguém de oposição ao PT que mandasse executar um cão velho e doente? Com toda certeza seria manchete da Folha de S. Paulo, Estadão, O Globo. A politicamente correta Globo News teria dedicado um programa especial para malhar até dizer chega o executor do animal.

O esquerdismo vagabundo e mistificador é assim. Dois pesos duas medidas. 

Parece até que estou vendo as passeatas de mortadelas brandindo suas bandeiras vermelhas e gritando: Assassino! Assassino! Monstro! 

Tchau 'Nego'. Descanse em paz. Pelo menos você está livre dos comunistas.

sábado, 10 de setembro de 2016

"Temer é acusado de autor da herança que recebeu, a maior crise econômica e social desde que a Nova República se estabeleceu, há 31 anos."

POLÍTICA

Sob o império da vaia

Vaias (Foto: Arquivo Google)
O prazo de validade do governo Temer continua improvável. O perfil conciliador, tíbio, do presidente contrasta com as exigências do momento, que impõem enfrentamento ostensivo à velha (des)ordem.
O instrumental de que dispõe, a começar pela qualidade, técnica e moral, de seu ministério e de sua base parlamentar, é bem inferior à magnitude dos desafios que tem diante de si.
Temer é acusado de autor da herança que recebeu, a maior crise econômica e social desde que a Nova República se estabeleceu, há 31 anos. Não haveria exagero em dizer de todos os tempos, mas fiquemos nesse período, de que é possível dar testemunho.
Acusam-no de conspirar contra as conquistas sociais, mas delas o que restou foi um contingente de 12 milhões de desempregados, acrescido da falta de verbas – surrupiadas e/ou mal aplicadas - para tocar os programas assistenciais.
O déficit de R$ 170 bilhões no orçamento fala por si, sobretudo quando, em meio às manifestações contra o novo governo, vem à tona algo que parecia inconcebível: um escândalo ainda maior que o do Petrolão - o saque aos fundos de pensão das estatais.
Além do dano financeiro, o peso simbólico de se tratar de dinheiro do trabalhador, em nome do qual o partido chegou ao poder.
Se os R$ 42 bilhões da rapina à Petrobras, já constatados pela Lava Jato, foram considerados pelo The New York Times “o maior escândalo financeiro da história da humanidade”, que dizer deste, que, numa primeira abordagem, já monta a R$ 50 bilhões? E da soma dos dois, acrescida à do Mensalão?
Tudo se deu sob o comando incontrastável do partido e de seus satélites, alguns já presos (como José Dirceu e dois ex-tesoureiros petistas), outros réus (como Lula) e ainda outros denunciados (como Dilma e alguns de seus ministros).
Convém não esquecer que o amaldiçoado Eduardo Cunha, prestes a ser cassado, trabalhou lado a lado com os que hoje o demonizam. Eduardo Cunha faz parte da herança petista; é, na verdade, um elo entre os que saíram e os que entraram.
Mas há mais, muito mais. O TSE constatou, por exemplo, fraude nas contas da eleição de Dilma, em 2010, e já tem elementos para proclamar o mesmo em relação à de 2014, cujo próprio resultado ainda é duvidoso, dada a soma de evidências de urnas fraudadas e contagem secreta dos votos. O TSE se pronunciará.

Numa síntese, o PT, após 13 anos, entregou um país bem pior que o que recebeu. Minou os seus fundamentos morais, que já não eram grande coisa; levou a política a um grau de descrédito sem precedentes, o que induz alguns (minoria, felizmente) a considerar até a hipótese de uma intervenção militar. Não apenas o Legislativo apodreceu: também o Judiciário politizou-se no pior sentido.
Com tal legado em mãos, por que o governo Temer não reage à sinfonia de vaias que deveriam estar sendo direcionadas a quem as emite? Simples: porque ele e seu partido, o PMDB, têm algo a ver com tudo isso. Foram parceiros, beberam nas mesmas fontes – e, por isso, são também reféns da Lava Jato. Sérgio Moro é um pesadelo que de algum modo compartilham.
O jeito é tentar ignorar as vaias e buscar soluções rápidas para as demandas econômicas. Temer conta com a boa vontade do mercado, que anseia por estabilidade, mas não há ainda sinais de que isso seja, por si só, suficiente. A bagunça nas ruas, até aqui restrita a meliantes ativistas, corre o risco de se expandir, na medida em que o governo não fornece à sociedade esclarecimentos da natureza e extensão do legado que lhe coube. E por que não o faz?
Temer tem maioria parlamentar, mas parte dela tem também contas a acertar com a Justiça – e quer proteção. Faz parte do custo do apoio. A demissão, esta semana, do advogado geral da República, Fábio Medina, ilustra isso. Ele decidiu cumprir seu papel, promovendo ações contra empreiteiros envolvidos na Lava Jato – e foi demitido.
O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, que faz a interlocução com o Congresso, deu-lhe a canetada. Em circunstâncias normais, Medina deveria estar sendo aplaudido e apoiado, já que defendia a União, lesada em R$ 12 bilhões pelas empreiteiras. Mas, dentro disso, sabe-se lá o que respinga na base do governo. Melhor evitar.
O comando da militância petista conhece esses limites do sucessor. E lhe convém promover a bagunça, que, em tese, ajudaria a diluir culpas e confundir o público, zerando o jogo.
Não se sabe aonde isso levará. O que se sabe é que, nesse contexto adverso, o governo precisa empreender reformas de envergadura – trabalhista, previdenciária, tributária – e cortes de gastos que seus antecessores, mesmo como titulares de mandato, ou evitaram ou fracassaram diante delas.