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segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Barata 'deve voar' de volta à prisão ... // IstoÉ

Decisão de Gilmar que soltou empresário ‘encontra-se eivada de nulidade’, diz PGR

Crédito: Tânia Rego / Agência Brasil


Em manifestação em que aponta extrapolação de competência, a Procuradoria-Geral da República (PGR) recorreu da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, que mandou soltar – pela terceira vez – o empresário Jacob Barata Filho, conhecido como “Rei do Ônibus”. A PGR diz que a decisão de Gilmar – que revogou ao mesmo tempo duas ordens de prisão – deve ser anulada porque não seria ele, e sim o ministro Dias Toffoli, o relator da Operação Cadeia Velha.
Na peça de 37 páginas que chegou ao Supremo na tarde desta segunda-feira, 4, primeiro dia útil após a decisão recorrida, Raquel Dodge defende os fundamentos apresentados nos dois mandados de prisão que Gilmar revogou.
A decisão ora agravada, especificamente no ponto em que revogou a prisão preventiva decretada nos autos do processo n. 2017.7402.000018-7 pelo TRF-2, encontra-se eivada de nulidade, por ter sido proferida por Relator sem competência para tanto”, disse Raquel Dodge.
A outra ordem de prisão de Jacob Barata Filho, da 7ª Vara Federal Criminal da Rio de Janeiro, foi devido ao descumprimento às medidas cautelares diversas da prisão impostas a ele pelo Supremo. Dodge protestou contra a decisão de soltura destacando que o investigado “vinha realizando, de forma plena, a administração de suas empresas de transportes de passageiros” e que o Supremo não deveria analisar o caso antes de ele ter passado pelas demais instâncias.
“É incabível que uma decisão de primeiro grau, que entendeu pelo descumprimento de cautelares, seja imediatamente revisada pela Corte Constitucional. Há evidente supressão de instância e ofensa ao devido processo legal. Diante disso, a decisão ora agravada é eivada de nulidade, o que impõe a sua cassação, com o consequente restabelecimento da ordem judicial”, disse Raquel Dodge.

Artéria de vulcão que adormece sossegado...

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Charge de Ique... (furtado de Katia V. Sales Fernandes)


Imagem da semana 

O Brasil visto por binóculos de pouco alcance ...

nelson de sá

toda mídia

nelson de sá
O jornalista Nelson de Sá cobre mídia e cultura na Folha. Escreve de segunda a sexta.

Por que os bilionários do Brasil são tão relutantes em doar?, pergunta o 'WSJ'

"Wall Street Journal" destacou a reportagem "Por que os bilionários do Brasil são tão relutantes em empenhar um pouco das suas fortunas para caridade?". O país, com número relativamente alto de bilionários, oito, "deveria ser um terreno fértil" para a filantropia, mas perde para a África.
O jornal ouviu Elie Horn, fundador da incorporadora Cyrela e único "ultra-rico" do país a se comprometer com o Giving Pledge, movimento de bilionários iniciado pelos americanos Bill Gates e Warren Buffett para estimular doação e generosidade dos mais ricos do mundo. Diz ele:
— Você vem a este mundo para fazer o bem, para ser testado. Eu estou sendo testado, como todo mundo, e estou fazendo todo o possível para passar.
Para Horn, um dos motivos por que os mais ricos do Brasil não doam parte de seu dinheiro é "evitar chamar a atenção para si mesmos e suas fortunas".
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'FUTURO PRESIDENTE'
Com o novo Datafolha, o argentino "Clarín" já noticia, acima, a terceira caravana do "imbatível" Lula, que "arrasa" nas pesquisas.
0,1%
Com o título "Crescimento do Brasil fica mais lento em meio a convulsão política", o "WSJ" avalia, por outro lado, que "aumentos no consumo e no investimento sugerem que a recuperação esteja se fortalecendo". O jornal menciona analistas dos bancos de investimento Haitong e Goldman Sachs, para os quais a "dinâmica" da economia melhorou.
Com o título "Brasil registra terceiro trimestre consecutivo de crescimento", o "Financial Times" afirma que o resultado "proporciona respiro ao governo". Por outro lado, "Mr. Temer é profundamente impopular, e o esforço para vencer duas tentativas de removê-lo do cargo corroeu o capital político de que precisa para aprovar a impopular reforma previdenciária". 
 

domingo, 3 de dezembro de 2017

Estudos mostram a existência de 570 favelas na França / Diário do Poder.

POBREZA
IMIGRAÇÃO E CRISE ECONÔMICA LEVAM FAVELAS DE VOLTA À EUROPA
CASEBRES SE PROLIFERAM NAS PRINCIPAIS CIDADES DE PAÍSES COMO FRANÇA
Publicado: 03 de dezembro de 2017 às 16:41
Redação
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"Se a arte não desculpa o crime, o crime não inculpa a arte ..." / João Pereira Coutinho

joão pereira coutinho
Escritor português, é doutor em ciência política.
Escreve às terças e às sextas.

Se a arte não desculpa o crime, o crime não inculpa a arte 

Angelo Abu/Folhapress
Acabo de assistir ao último longa de Noah Baumbach, "The Meyerowitz Stories (New and Selected)", na Netflix. O filme vale pelo roteiro, pelos atores, pela inteligência diletante de Baumbach.
Mas vale, sobretudo, pelo papel de Dustin Hoffman como o patriarca da família —Harold, um escultor egocêntrico, temperamental, pedante, arrogante, amoral (a lista não tem fim).
Terminei o filme levitando —e depois, de regresso à realidade, descubro: duas atrizes acusam Dustin Hoffman de assédio sexual.
Pergunto: será que a conduta do cidadão Dustin afeta o gênio do ator Hoffman?
A minha resposta é negativa —e concordo com a posição de Hélio Schwartsman nesta Folha. "Pessoas ruins podem fazer coisas boas", escreve o colunista com a sua habitual lucidez. E eu gostaria de sublinhar a palavra "coisas".
Não é preciso subirmos aos patamares metafísicos da arte para comprovarmos a divisão das águas. Eu também seria capaz de comprar uma cadeira bela a um carpinteiro eticamente grotesco.
Admito que possam existir limites. Para citar um caso amplamente glosado, será possível elogiar a arquitetura das câmaras de gás de Auschwitz?
Não creio. É como se a memória da tragédia materializada naquela construção impedisse qualquer juízo extramoral. Mas eu também não seria capaz de comprar a cadeira bela se o carpinteiro a tivesse usado para matar a família inteira.
Quando o objeto vem manchado com as cores da infâmia, não há beleza que o salve.
Dito de outra forma: a cadeira, se estivesse limpa, ficaria bem na minha sala; o carpinteiro, se não fosse inocente, ficaria bem na prisão.
E o que é válido para o carpinteiro, é válido para Roman Polanski : é perfeitamente possível imaginar os filmes de Polanski na tela —e o diretor na cadeia.
Todos conhecemos a história: na década de 1970, Polanski violou uma menor nos Estados Unidos.
Após acordo judicial, a acusação baixou o chicote para relações sexuais com menor. Polanski aceitou, confessou —e fugiu para a Europa.
Será legítimo admirar os seus filmes apesar do crime?
Ou as feministas que pedem boicote a uma mostra do diretor em Paris têm razão?
O raciocínio mantém-se: depende de que filmes falamos.
Se, por absurdo, Polanski tivesse filmado o seu próprio crime —ou, para não sermos tão brutais, se os seus filmes fossem exortações a esses crimes, não haveria nenhuma consideração artística autônoma.
Mas os filmes de Polanski pertencem a outra esfera. Se a arte não desculpa o crime, o crime não inculpa a arte.
Anos atrás, ainda sobre o caso Polanski, o jornal "The New York Times" organizou um debate com vários autores e acadêmicos. Para saber, no fim das contas, se a divisão entre o homem e a obra deve ser respeitada.
Relembraram-se fatos óbvios: olhamos para a história da arte e alguns dos maiores criadores eram seres moralmente questionáveis.
Do Renascimento (que Vasari relata no seu indiscreto "Vidas de Artistas") à presente modernidade (Wagner, Picasso, Pound etc.), nem sempre as grandes obras foram produzidas por santos e beatos. Mas quem relembra isso ao passear pelo Louvre, ao escutar os "Niebelungos", ao ler os "Cantos"?
Aliás, o verbo correto não é relembrar; é conhecer.
No debate promovido pelo "Times", o roteirista Damon Lindelof foi direto ao ponto: 200 anos depois, o consumidor de cultura desconhece o lado lunar de muitos autores que admira.
Daqui a 200 anos, pergunta ele, será que as gerações futuras vão assistir a "Annie Hall" com o pensamento perturbante de que Woody Allen casou com a filha?
Boa piada. Boa pergunta. Boa resposta.
Talvez a melhor forma de resolvermos as tensões presentes entre a arte e a biografia do criador seja imaginar esse mundo futuro, onde não estaremos nós nem as nossas confusões e histerias transitórias.
Longe de mim desvalorizar os crimes dos indivíduos. Repito: esses crimes não têm perdão. Mas a grande arte é sempre perdoada.
Quando os bisnetos dos meus bisnetos encontrarem Dustin Hoffman em "The Meyerowitz Stories (New and Selected)", tudo que terão na frente é o talento imenso de um ator eterno. 

Frases... // Cristian Crespo F


Aunque la diferencia entre la esquizofrenia y el comunismo es que la primera se mantiene controlada con medicamentos, el comunismo no. Así que entre las dos enfermedades mentales, me quedo con la esquizofrenia.
 Saludos  
 https://t.co/yayDsy6ZF2

"Que bom era ser comunista, desde que fora de um país comunista." // Roberto Pompeu de Toledo


Roberto Pompeu de Toledo 

Sob proteção

Que bom ser comunista, desde que fora de um país comunista

Publicado na edição impressa de VEJA
As comemorações do centenário da Revolução Russa enfatizaram o fracasso do comunismo nos países em que ele exerceu o poder. Faltou conferir igual ênfase ao sucesso obtido nos países em que ele esteve fora do poder — sua capacidade de mobilização, os vultuosos eleitores que reuniu, sua atração sobre os jovens de talento. Tome-se o caso do historiador francês Paul Veyne, um dos maiores especialistas em Antiguidades do nosso tempo. Em 1951, aos 21 anos, recém-admitido na prestigiosa Escola Normal, ele ingressou, com direito à correspondente carteirinha de sócio, no Partido Comunista Francês (PCF). Seu entusiasmo era moderado. Veyne não acreditava nos “amanhãs que cantam” apregoados pelo poeta Aragon, ao descrever o glorioso advento do comunismo. Mas via no imperativo de ingressar no partido uma questão de “bem ou de mal, de moral, de altruísmo.”
Paul Veyne descreve sua adesão ao comunismo — com precisão e inteligência que valem para muitos além das circunstâncias francesas — no livro de memórias que publicou em 2014. Já circulavam as narrativas dos crimes de Stalin. O “paraíso socialista” da fábula dava lugar à realidade de uma tirania totalitária. No entanto, aderir ao comunismo, mesmo contra evidências que saltavam à vista, obedecia a um “valor moral”, explica Veyne:
“Na verdade, a escolha de um valor é sempre individual (cada indivíduo faz sua escolha), mas, aos olhos desse indivíduo, essa escolha não é subjetiva como os gostos ou as cores; o valor de um objeto é sentido como pertencendo objetivamente a esse objeto, e não como vindo de mim. Quando aderimos a um valor (o altruísmo, a humanidade, o respeito à natureza), temos o sentimento de responder a um apelo desse objeto mesmo, de termos para com ele um dever de não indiferença, ainda que outros indivíduos, que fizeram uma outra escolha, não sintam nada disso.”
Tampouco os podres do PCF eram suficientes para afugentar os crentes. Maurice Thorez, o número 1 da agremiação, morava num apartamento de seis cômodos, e, quando sua esposa, Jeannette Vermeersch, foi questionada a respeito, respondeu: “Você queria que o secretário-geral do nosso grande partido morasse num pardieiro?”. Certa vez o motorista de um alto funcionário do partido confidenciou a um grupo de alunos da Escola Normal que costumava leva-lo a encontros amorosos com a mulher de outra alta figura do partido. Em paralelo a tais diabruras vigorava a exigência de uma estrita moralidade sexual. Não se admitiam casais não casados. E quando, na “célula” de Veyne, se descobriu um homossexual, a reação foi (1) abafar o caso e (2) recomendar ao infeliz camarada “que se tratasse”.
O PCF, com seu meio milhão de militantes e alguns milhões de eleitores, era o maior partido da França. Na Europa só tinha rival no Partido Comunista Italiano. Herdara a mística da Resistência, para a qual forneceu a maioria dos integrantes, e, num mundo traumatizado pelos 60 milhões de mortos da II Guerra Mundial, alardeava-se “no campo da paz”, contra os propósitos belicosos que atribuía aos Estados Unidos, então em guerra na Coreia. As duas superpotências tinham bombas nucleares, mas a bomba soviética, segundo a conveniente divisão entre os bons e os maus, era “a bomba da paz”.
Enquanto permaneceu no partido (até 1956), Veyne abrigou uma “dúvida secreta”. Seria o PCF realmente o campeão dos desfavorecidos: “Em realidade”, escreve, “seu papel era o de atiçar, em benefício da União Soviética, o odioso ciúme da outrora grande França diante dos Estados Unidos.” Os mais lúcidos entre os comunistas franceses sabiam das perseguições dos campos de trabalho forçado e das “autocríticas” arrancadas aos dissidentes da URSS, mas se esforçavam em não pensar nisso. Tampouco, segundo Veyne, se perguntavam se o comunismo era realmente “um bom meio de assegurar a prosperidade dos desfavorecidos.”
Num daqueles dias, passando por Cannes,  Veyne deu com a frota americana do Mediterrâneo ancorada no porto. “É preferível ver isso a ver encouraçados soviéticos”, comentou, provocando na irmã, que o acompanhava, um sorriso maroto. Escreve Veyne: “Eu contava com os Estados Unidos; era um comunista sob a proteção americana”. Sua reação revela uma das razões do sucesso do comunismo, na França, na Itália e em outros países. Que bom era ser comunista, desde que fora de um país comunista.

"J. R. Guzzo: Quem é quem " / coluna de Augusto Nunes


J. R. Guzzo: Quem é quem 

Seria uma beleza se os políticos fossem julgados por aquilo que fazem



Publicado no Blog Fatos
O Brasil está precisando, cada vez mais, de um “Quem é Quem” permanente em sua vida pública, a ser publicado de preferência todos os dias, como o Diário Oficial, para que as pessoas possam ter um mínimo de noção sobre a verdadeira natureza dos políticos que andam por aí – todos eles. Em geral, no momento, esse povo é apresentado pela mídia e por suas biografias oficiais (pagas por você), como sendo deste ou daquele partido, desta ou daquela corrente, e em seus currículos aparece em destaque todo o bem que fizeram até hoje para os brasileiros e para a humanidade em geral. Esse amontoado de informações não serve para nada. Praticamente tudo que está ali, na verdade, serve justamente para ocultar quem o sujeito realmente é. O “Quem é Quem” que seria de fato útil para o Brasil é um outro. Ele mostraria quem são os nossos homens públicos não por suas palavras, mas por seus atos.
Um episódio ocorrido dias atrás demonstra com muita clareza os benefícios que a população teria com um sistema permanente de informações sobre os políticos que vivem à suas custas. Ao mostrar o que fazem, em vez de repetir o que dizem, deixaria óbvio para todos os contribuintes quem é essa gente, de fato, na vida real. Um deputado do PT de quem pouco se sabia até agora, um Paulo Pimenta, conseguiu de repente os seus cinco minutos de fama – deu “voz de prisão” num corredor do Senado a uma mulher do movimento político “Nas Ruas”, que se opõe com agressividade à esquerda e, quanto tem oportunidade, atormenta os políticos do PT e suas sesmarias. “Voz de prisão”? Isso é coisa de polícia, e não de um deputado de “esquerda”, do “campo progressista” e defensor das “causas populares”, como esse Pimenta diz que é. Mais: é hoje uma piada francamente extraordinária, neste país de roubalheira desesperada, que um deputado brasileiro, e ainda mais do PT, tenha a pretensão de dar “voz de prisão” a alguém. Deputado, hoje em dia, tem mais é de fazer o contrário: dar duro todos os dias para ver se consegue, ele próprio, ficar do lado de fora do xadrez.
O surto de “autoridade” do deputado – do tipo “eu mando prender”, etc. – foi particularmente mesquinho, como em geral acontece nesses casos. Após uma altercação com a manifestante, ele perdeu o prumo e disse para ela uma das coisas provavelmente mais infelizes que poderia ter dito: “Vai trabalhar”. Um deputado mandando alguém “trabalhar”? Com uma deixa dessas só poderia mesmo ter ouvido o que ouviu: “Eu trabalho, sim, não fico roubando como vocês”. Ficou bravo, foi tirar satisfação e levou mais uma: “Ué, o PT não rouba?” Era um caso perdido, mas o deputado, cercado pela segurança do Congresso, resolveu crescer para cima de uma mulher com metade do seu tamanho, desarmada e no exercício dos seus direitos. Aí, utilizando uma coragem que mostra bem que tipo de homem ele é, mandou a polícia legislativa prender a oponente. Não deu em nada, obviamente, porque a “ordem” do deputado era um disparate, fruto apenas de um acesso de neurastenia. Ela foi afastada dali, ouvida na delegacia local e de lá voltou para casa.
O deputado Jair Bolsonaro, que causa tantos pesadelos ao Brasil civilizado por suas convicções “totalitárias”, nunca mandou prender ninguém em sete mandatos consecutivos como parlamentar. O deputado Paulo Pimenta, que passa por um formoso democrata dedicado à proteção dos pobres e desvalidos, pensa automaticamente em “cadeia” logo na primeira fez que toma uma pancada. É assim que as coisas deveriam aparecer no “Quem é Quem”. Jair Bolsonaro é Jair Bolsonaro. Paulo Pimenta é o PT em estado puro, exatamente como ele e o seu partido são.