13/06/2012
às 15:59 \ Direto ao Ponto O que será que ele está vendo?, intrigaram-se nesta quinta-feira incontáveis leitores da Folha confrontados com a foto na primeira página. A expressão superlativamente embecida do deputado federal Jilmar Tatto grita que o líder da bancada do PT está cruzando, a bordo de um floco de nuvens multicoloridas, a difusa fronteira que separa o deslumbramento do êxtase. O que faz bater em descompasso o coração do companheiro?
O método de Tom Jobim, a CPI do Cachoeira e o olhar inconfundível de quem mente
Tom Jobim garantia que alguns segundos bastavam para descobrir o caráter e o estado de espírito de qualquer pessoa. “Os olhos contam tudo”, ouvi do grande músico no dia em que o entrevistei pela primeira vez. “Há o olhar furtivo, o apaixonado, o honesto, o pusilânime, o solidário, o desconfiado, o esquivo, o sincero; são mais de trinta. Conheço todos. Nem o Marlon Brando é capaz de me enganar”.
No comentário de 1 minuto para o site de VEJA, lembrei o método aperfeiçoado por Tom Jobim e fiz a sugestão que agora repasso aos leitores da coluna. Desliguem o som do aparelho de TV e acompanhem por dois ou três minutos a sessão da CPI do Cachoeira. Contemplem com muita atenção os olhares tanto dos depoentes quanto dos que fazem perguntas. E saibam como é o olhar de quem mente.
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