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Amanhã, às 9h,(sábado passado) Iñaki Urdangarín, o primeiro membro da Família Real espanhola indiciado em um caso de corrupção, se apresentará em um tribunal de Palma de Mallorca, nas ilhas Baleares, para prestar declaração ao juiz José Castro e aos promotores anti-corrupção Pedro Horrach e Juan Carrau.
O comparecimento está criando grande expectativa na imprensa nacional e a polícia já preparou um cuidadoso esquema de segurança, contando com manifestações na porta do fórum maiorquino. Embora Castro tenha decidido que o genro do rei será tratado como qualquer outra pessoa, entrando a pé, a polícia enviou uma solicitação para que permitam o acesso do duque de Palma de carro. A polícia diz que seria uma medida para minimizar os riscos de agressões. Pelo menos quatro organizações (republicana; progressita; estudantil; e nacionalista catalã) já convocaram protestos diante e detrás (por onde, se imagina, que Urdangarín entrará) do fórum.
O marido da infanta Cristina está sendo investigado por quatro delitos: desvio de verba pública, prevaricação, falsificação de documentos e fraude à Administração. Estes crimes teriam sido cometidos entre 2004 e 2006, quando Urdangarín dirigia o Instituto Nóos de Estudos Estratégicos de Patrocínio e Mecenato, uma entidade, teoricamente, sem fins lucrativos. Nesses dois anos, Nóos recebeu 5,3 milhões de dois governos regionais, dos quais mais de 3 milhões foram depositados nas contas de duas empresas de Urdangarín.
Urdangarín saiu de Washington, onde mora desde 2009, na terça, e a infanta Cristina, na quarta. Estavam hospedados no Palácio da Zarzuela, residência real, onde, reunidos com uma equipe de advogados, preparavam a defesa do duque. Há dois meses Urdangarín foi afastado da agenda de compromissos da Casa Real, cujo porta-voz justificou a decisão afirmando que o comportamento do genro do rei não era exemplar. Hoje, o casal se instalará em sua casa de verão em Palma de Mallorca. A infanta, no entanto, não deverá acompanhar o marido até o tribunal.