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domingo, 23 de setembro de 2012

Mais fotos do UOL /// Modelos inovam e se exibem em feira de antiguidades sem medo, sem culpa, sem frio, sem roupa....



Modelos com pintura corporal agitam feira de antiguidades no Masp

Imagem 6/7: Modelos apenas com pintura corporal e tapa sexo agitam a feirinha de antiguidades no vão livre do Masp na tarde deste domingo (23) em São Paulo Cris Faga/Agência O Globo



Modelos com pintura corporal agitam feira de antiguidades no Masp

Imagem 7/7: Modelos apenas com pintura corporal e tapa sexo agitam a feirinha de antiguidades no vão livre do Masp na tarde deste domingo (23) em São Paulo Cris Faga/Agência O Globo



Modelos com pintura corporal agitam feira de antiguidades no Masp

Imagem 2/7: Modelos apenas com pintura corporal e tapa sexo agitam a feirinha de antiguidades no vão livre do Masp, na tarde deste domingo (23), em São Paulo Cris Faga/Agência O Globo

As promessas de doses de felicidades feitas gratuitamente por políticos....

http://www.imil.org.br/artigos/ptfraldas/

Fraldas

13 de setembro de 2012
Autor: Roberto DaMatta

Roberto DaMatta
Um velho amigo, Álvaro Acioli, me lembra uma frase do ferino Eça de Queiroz: “Os políticos e as fraldas devem ser trocados frequentemente e pela mesma razão”. Citação mais do que apropriada neste momento em que somos legalmente impingidos com a “propaganda eleitoral gratuita”, essa marcha de caras e promessas que precedem o ritual democrático da mais alta importância: a hora de trocar certos atores por meio de uma escolha – a eleição.
A troca, data vênia, das fraldas, para ficarmos com o velho Eça, tem suas etiquetas. No nosso caso, ela promove na TV um desfile hierarquizado por tempo de exposição dos candidatos; um tempo subordinado ao poder do partido de cada aspirante. Os bem aquinhoados partidariamente têm mais tempo. Os sem-tempo tentam definir em segundos uma vida e um programa.
É quando eu me dou conta do absurdo dessa competição eleitoral dando a muitos alguns segundos, enquanto poucos podem desempenhar o papel de estrelas, o que, aliás, fazem com brilho estupendo. O modelo encenado é o de um baralho de messias. Em cada carta surge um algarismo, um naipe e um santo. Todos, porém, dotados da capacidade de prometer doses de felicidade que vão melhorar o nosso mundo e, naturalmente, o deles. O programa deixa ver como nossa concepção de poder é feita com altares e promessas: com relações de simpatia mais do que laços ideológicos e competências. Salta aos olhos a linguagem do compadrio e do parentesco como um atestado da habilidade dos candidatos.
Não estou me referindo a apoio ou simpatia política, que é uma prerrogativa da democracia eleitoral. Falo da linguagem pela qual esse apoio se molda – na maioria dos casos em termos de relacionamentos pessoais, por contraste a programas partidários. Nos anos de chumbo, quando havia censura e as eleições eram proibidas, tínhamos programas extremadamente partidários. Agora que gozamos do direito à liberdade, fechamos com o apoio pessoal fundado mais na diferenciação do candidato pelo parentesco do que pela correlação cívica ou política.
Salta aos olhos a contradição configurada pelo retorno às velhas distinções, como diria Pierre Bourdieu, pelo compadrio e pelo parentesco, justamente num ritual no qual o que deveria valer seria o indivíduo em suas competências individuais e não pelo seu relacionamento com quem diz que o conhece. Nesse rito individualista e moderno de mudança, voltamos aos laços perpétuos e grupais de família e parentesco.
Curioso como reescrevemos a república pelos velhos textos aristocráticos. Claro que existem correligionários, mas é preciso distinguir alianças entre cidadãos livres, caso não se queira correr o risco de heranças malditas, como foi o caso – fiquemos nos Estados Unidos – do governo Bush.
Um dos riscos de toda república é ver legitimada a receita monárquica que ela própria ultrapassou por meio de um retorno dos laços de sangue que reinventam velhas dinastias
Um dos riscos de toda república é ver legitimada a receita monárquica que ela própria ultrapassou por meio de um retorno dos laços de sangue que reinventam velhas dinastias.
* * * *
As famílias de candidatos me levaram a pensar no meu amado e saudoso irmão Renato. Relembrei de uma viagem ao povo apinayé que fizemos quando ele tentou trocar a vida de economista pela de antropólogo, a profissão que seu irmão mais velho ainda tenta aprender. Corria os anos 70. Viajamos 30 horas de Brasília a Tocantinópolis, no Tocantins, num velho ônibus, e chegamos ao único hotel local, o da dona Raimundinha, coberto da poeira vermelha que fazia parte do batismo de quem se aventurava a percorrer o Brasil antes dos sertões virarem grotões eleitorais eletrônicos. Eu me lembro bem das revistas policiais em Brasília e, muito mais, do maravilhoso banho que tomamos, bem como do delicioso prato de feijão com arroz e ovo frito comido pelas 11 da noite, preparado pela dona do estabelecimento, a própria dona Raimundinha cuja vida, por si só, daria – ela mesma dizia – um romance.
Na aldeia fomos recebidos pelos apinayé os quais, para surpresa do irmão, realizaram uma comovente saudação lacrimosa. Chora-se na chegada, jamais nas partidas. Eu me enfiei no meu velho e malfeito estudo da organização social; Renato, interessado em descobrir o segredo do desenvolvimento econômico, aproveitou para investigar os elos comerciais numa aldeia onde protoempresários e consumidores iniciavam suas atividades.
Logo meu irmão chegou a um resultado categórico. Havia na aldeia uma venda que pertencia a um indígena que era a encarnação do empresário clássico de Joseph Schumpeter. Ele vendia tudo o que os apinayé precisavam: cartuchos, sal, açúcar, fósforo, querosene para lamparinas, bolachas, azeite, velas e cachaça. Uma estante bisonha mostrava aos compradores o sortimento da venda e revelava a iniciativa do comerciante. Mas em vez desse empresário promover um novo ciclo econômico, ele trazia de volta as velhas relações de família e parentesco, cuja norma principal era dar sem nada pedir. Assim, quando alguém queria “comprar” alguma coisa, mandava um menino que não entrava na venda como um consumidor anônimo e impessoal, portador de um dinheiro que fechava as trocas, mas como um “sobrinho”, um “neto” ou um “irmão” do dono do negócio que, ao fim e ao cabo de nosso tempo de campo, estava para falir, pois as obrigações do parentesco (baseadas na reciprocidade) englobavam as do comerciante (fundadas no lucro que demanda distanciamento e impessoalidade).
Para se ter mercado (seja de bens, serviços ou de cargos públicos), é preciso desmanchar pela crítica os papéis sociais estabelecidos. E, conforme sabemos, uma coisa não sufoca a outra de modo automático, como querem os crentes, os ingênuos e os malandros. Pelo contrário, quando mais impessoalidade, mais os termos de relacionamento tradicionais eram invocados. Não é fácil trocar fraldas. Parece familiar, não?
Fonte: O Estado de S. Paulo, 12/09/2012

"O cinema é, sem dúvida, a arte de nosso tempo"


ferreira gullar

 

23/09/2012 - 03h00

A arte de nosso tempo


Uma leitura possível da história das artes visuais --de que resultaram as manifestações contemporâneas-- identificará a invenção da fotografia como um fator decisivo desse processo.
A crítica, de modo geral, há muito associa ao surgimento da fotografia a mudança da linguagem pictórica, de que resultou o movimento impressionista.
É uma observação pertinente, desde que se tenha o cuidado de não simplificar as coisas, ou seja, não desconhecer a existência de outros fatores que também influíram nessa mudança. Um desses fatores foi a descoberta da cor como resultante da vibração da luz sobre a superfície das coisas.
Noutras palavras, o surgimento do impressionismo --que constituiu uma ruptura radical com a concepção pictórica da época-- estava latente na pintura de alguns artistas de então, como, por exemplo, Eugène Delacroix e Édouard Manet, que já anunciavam a superação de certos valores estéticos em vigor. Não resta dúvida, no entanto, que a invenção da fotografia, por tornar possível a fixação da imagem real com total fidelidade, impunha o abandono do propósito de conceber a pintura como imitação da realidade.
Se tal fato não determinou, por si só, a revolução impressionista, sem dúvida alguma libertou a pintura da tendência a copiar as formas do mundo real e, assim, deixou o pintor livre para inventar o que pintava.
Pretendo dizer com isso que, se a cópia da realidade, pela pintura, se tornara sem propósito, isso não implicaria automaticamente em pintar como o fez Monet, ao realizar a tela "Impression, Soleil Levant", que deu origem ao impressionismo. Poderia ter seguido outro rumo.
Mas, se o que nasceu naquelas circunstâncias foi a pintura impressionista, houve razões para que isso ocorresse. E essas razões, tanto estavam implícitas na potencialidade da linguagem pictórica daquele momento, como no talento de Monet, na sua personalidade criadora. É que assim são as coisas, na vida como na arte: fruto das probabilidades que se tornam ou não necessárias.
A verdade, porém, é que, se não houvesse surgido uma maneira de captar as imagens do real de modo fiel e mecânico, o futuro da pintura (e das artes visuais em geral) teria sido outro. A pintura, então, livre da imitação da natureza, ganha autonomia: o pintor então podia usar de seus recursos expressivos para inventar o quadro conforme o desejasse e pudesse.
Como consequência disso, não muito depois, nasceram as vanguardas artísticas do século 20: o cubismo, o futurismo, o expressionismo, o dadaísmo, o surrealismo --todos eles descomprometidos com a imitação da realidade.
Mas essa desvinculação com o mundo objetivo terá consequências: a liberdade sem limites levará, de uma maneira ou de outra, à desintegração da linguagem artística, particularmente a da pintura.
Os dadaístas chegam a realizar quadros mais determinados pelo acaso do que por alguma qualquer intenção deliberada do autor. E se a arte podia ser fruto de tamanha gratuidade, não teria mais sentido pintar nem esculpir. O urinol de Marcel Duchamp é resultado disso. Por essa razão, ele afirmou: "Será arte tudo o que eu disser que é arte". Ou seja, tudo é arte. Ou seja, nada é arte.
Por outro lado, a fotografia, que nasceu como retrato do real, foi se afastando dessa condição e, como a pintura, passou também a inventá-lo. Por outro lado, ela ganhou movimento e se transformou em cinema, que tem como principal conquista a criação de uma linguagem própria, totalmente distinta da de todas as outras artes.
Cabe aqui uma observação: a pintura não apenas fazia o retrato das pessoas, como também mostrava cenas da vida, como as ceias, os encontros na alcova, as batalhas, os idílios etc. Quanto a isso, mais que a fotografia, o cinema criou, com sua linguagem narrativa, um mundo ficcional, que nenhuma outra arte --e tampouco a pintura-- é capaz de nos oferecer.
A meu ver, o cinema, superando o artesanato, é a grande arte tecnológica, que criou uma linguagem própria --condição essencial para que algo seja considerado arte--, geradora de um universo imaginário inconfundível, de possibilidades inesgotáveis, sofisticado e ao mesmo tempo popular. O cinema é, sem dúvida, a arte de nosso tempo.
Ferreira Gullar
Ferreira Gullar é cronista, crítico de arte e poeta. Escreve aos domingos na versão impressa de "Ilustrada".

    Analfabetismo histórico /// Hélio Schwartsman

    http://www1.folha.uol.com.br/paineldoleitor/1157832-leitores-sao-contra-a-censura-historica-em-monteiro-lobato.shtml
    http://www1.folha.uol.com.br/colunas/helioschwartsman/1155398-analfabetismo-historico.shtml

    hélio schwartsman

     

    19/09/2012 - 03h30

    Analfabetismo histórico


    SÃO PAULO - O movimento negro, bem como outros grupos que tentam reduzir os níveis de intolerância na sociedade, tem toda a minha simpatia. Isso dito, é ridículo o que estão tentando fazer com Monteiro Lobato. Se a iniciativa legal, que já chegou ao Supremo, prosperar, o autor poderá ter parte de sua obra banida das bibliotecas escolares.
    Não há a menor dúvida de que Lobato se utiliza de expressões que hoje soam rematadamente racistas, como o termo "macaca de carvão", para referir-se à Tia Nastácia. A questão é que estamos falando de escritos dos anos 30, época em que quase todo mundo era racista. E, se há um pecado mortal na crítica literária e na análise histórica, é o de interpretar o passado com os olhos de hoje.
    "Não sou nem nunca fui favorável a promover a igualdade social e política das raças branca e negra... há uma diferença física entre as raças que, acredito, sempre as impedirá de viver juntas como iguais em termos sociais e políticos. E eu, como qualquer outro homem, sou a favor de que os brancos mantenham a posição de superioridade."
    Odioso, certo? Também acho. Mas, antes de condenar o autor da frase ao inferno da intolerância, convém registrar que ela foi proferida por Abraham Lincoln, o presidente dos EUA que travou uma guerra civil para libertar os negros da escravidão.
    E Lincoln não é um caso isolado. Encontramos pérolas racistas em ditos de Gandhi e Che Guevara. Shakespeare traz passagens escancaradamente antissemitas, Eurípides era um misógino e Aristóteles defendia com empenho a escravidão. Vamos banir toda essa gente das bibliotecas escolares?
    A verdade é que todos somos prisioneiros da mentalidade de nossa época. Há sempre um horizonte de possibilidades morais além do qual não conseguimos enxergar. Aplicar critérios contemporâneos para julgar o passado é uma manifestação de analfabetismo histórico.
    Hélio Schwartsman
    Hélio Schwartsman é bacharel em filosofia, publicou "Aquilae Titicans - O Segredo de Avicena - Uma Aventura no Afeganistão" em 2001. Escreve na versão impressa da Página A2 às terças, quartas, sextas, sábados e domingos e às quintas no site.


    Salman Ruschie em entrevista ao El Clarin

    http://www.clarin.com/

    Rushdie, el maldito: Memorias de una herejía involuntaria

    POR MATILDE SÁNCHEZ

    Condenado a muerte en 1989 por el régimen iraní por la publicación de “Los versos satánicos”, el escritor inglés de origen indio lanza su nuevo libro. Clarín lo entrevistó en Londres.
    Sobreviviente de un linchamiento global. El autor de Joseph Anton, hace dos semanas en Londres.
    LONDRES. ENVIADA ESPECIAL - 23/09/12
    Irán, febrero de 1989. Líder de la teocracia que destronó al nefasto sha Reza Pahlevi (“caso histórico en que un régimen sórdido fue reemplazado por otro peor”, palabras de Salman Rushdie), el imán Ruhollah Khomeini lanza desde Teherán su fatwa , un edicto religioso que considera blasfema Los versos satánicos . Su autor ha ganado ya su premio Booker por Hijos de la medianoche , prohibida en India a raíz de un personaje farsesco ( La viuda , por Indira Gandhi). Nacido en Cachemira pocos meses antes de la “partición” de Pakistán, escribe en inglés, vive en Londres desde la adolescencia y Los versos satánicostiene el premio Whitbread al mejor libro del año.
    El mundo islámico se extiende desde el norte de Africa hasta el confín del sudeste asiático pero también están las populosas comunidades del hemisferio norte. Las ciudades occidentales han recibido a los comunistas iraníes reprimidos por Khomeini y a millones de inmigrantes islámicos; y Londonistán –el barrio musulmán de Londres– crece cada día. En la ciudad multicultural, la grieta precede a la fatwa: primero es Bradford, Inglaterra, con una quema de copias. Por años no habrá de cesar la inédita ola de anti-americanismo; el actual estallido no se le compara en magnitud. Las principales librerías de Londres (y dos en California) son incendiadas; el traductor al japonés es asesinado y otros traductores, heridos de gravedad; una protesta en Bombay deja doce muertos. Irán rompe relaciones diplomáticas con el Reino Unido. Un Rushdie demonizado en miles de pancartas recibirá el apoyo clamoroso de numerosos escritores. En sus memorias se destaca el brillante Edward Said, que intercede ante Yasser Arafat. Pero pasa a una clandestinidad forzosa, bajo custodia de la policía británica y sin más cotidianeidad que el cambio cíclico de casas, que él mismo debe procurarse. Se ha convertido en el herejeJoseph Anton .
    Londres, 2012. En la librería Foyles Los versos satánicos , hoy traducida a 47 idiomas, está en la mesa de “los veinte libros que uno debe leer antes de morir” y ya se anuncia su nuevo libro, unas memorias cuyo título alude al apodo de fantasía, tomado de los nombres de Conrad y Chejov, con que vivió esa década de reclusión. Escrito en una distanciada tercera persona –porque ese tal Joseph no es él– y sin la exuberancia que era su estilo, cuenta cómo el viajero que acompañó a Bruce Chatwin en su periplo australiano, el cronista de la Nicaragua sandinista, en La sonrisa del jaguar , pasó a la lista negra de British Airways, que se negaba a trasladarlo... El libro, publicado por Mondadori, recoge su formación cosmopolita, la figura de su padre, quien tomó su apellido de Ibn Rushd, el filósofo Averroes, librepensador musulmán nacido en la Andalucía de las tres culturas, en el siglo XII.
    “Conforme esa nueva vida llegaba a su cuarto año –leemos–-, a menudo se sentía como ese viajero borgiano imaginario, aislado en el espacio y tiempo” –se refiere al relato Las ruinas circulares . No es este su único homenaje a Jorge Luis Borges, quien reaparecerá en nuestra charla. El autor narra el encierro y otros cataclismos: la dificultad de ser un padre normal, la cadena de desastres conyugales –en especial crucificadas, su segunda mujer, la novelista Marianne Wiggins, y la cuarta, la presentadora televisiva Padma Lakshmi, un sueño de Bollywood. Un buen día de 1998, una vez revocada la fatwa en Teherán y siguiendo las piernas interminables de Padma, el escritor emigró a California. Hace unos 12 años que es profesor en los Estados Unidos, actualmente en la universidad Emory de Atlanta. Vive en Union Square, en Manhattan.
    La conversación que se reproduce en estas páginas tuvo lugar el 5 de septiembre en la oficina de su agente literario en el barrio de Bloomsbury, Londres, muy cerca de donde solía reunirse el círculo de Virginia Woolf.
    Rushdie tiene un decir suave, encantador, en el que se intuye una alegre veta frívola. Los ojos siempre entornados –pese a una operación de párpados debido a una atrofia muscular– le dan un aire soñoliento. Pero su réplica es contundente ante cualquier relativismo cultural. Cuando le pregunte por las irritantes caricaturas “de muy mala fe”, responderá: “Mire, yo no voy a hacerme cargo del grotesco personaje en que quisieron convertirme durante años…” Su libro fue lanzado en 16 idiomas.
    - En sus memorias se muestra sorprendido al estallar el escándalo. ¿Ignorábamos el mundo en el que estábamos viviendo?

    Yoani Sánchez / / / ... La llamada 'Batalla de Ideas'


    Aunque la vistan de nueva… Mesa Redonda se queda.

    mesa_redonda
    Pocos espacios televisivos han sido objeto de tantas burlas y parodias en Cuba como la Mesa Redonda. Surgido al calor de la llamada Batalla de Ideas, este programa muestra el más alto grado de proselitismo político que se pueda encontrar en nuestros medios nacionales. Su principio fundamental es apabullar a la teleaudiencia con el criterio oficial, sin permitirle acceder a opiniones críticas o contrarias a éste. Denigrar a los inconformes, sin derecho a réplica, se erige entre las prácticas más repetidas en los micrófonos de tan aburrida transmisión. Todo esto basado en la premisa de que vivimos en “el paraíso” mientras el mundo se cae a pedazos por allá afuera.
    Desde el 10 de septiembre, la Mesa Redonda ha reducido su tiempo “al aire” en media hora. También ha modernizado su escenografía y hasta parece que han agregado un flamante iPad para manejo exclusivo del moderador. Tienen tiros de cámara más audaces y se han puesto a dieta algunos de sus rollizos participantes. Se quiere, con estos retoques, agregarle algo de modernidad a lo que estaba cubierto con el espeso polvo de lo anacrónico. Sin embargo, los preceptos principales que rigen el programa siguen intactos. El más evidente es la ausencia de pluralidad y la monotonía derivada de que todos los que concurren allí piensan igual. Y, gran contradicción, un bodrio de esta naturaleza paga a sus periodistas los salarios más altos que se conocen en el Instituto Cubano de Radio y Televisión (ICRT).
    Sin embargo, mis palabras sobre este programa quizás estén demasiado influenciadas por trabajar yo también en el campo de la información. De manera que ilustraré la opinión que tiene muchos cubanos sobre él con una anécdota reciente. Hace poco, una amiga estaba a las afueras de una estación de policía exigiendo la liberación de un activista detenido arbitrariamente. El teléfono móvil sonó y era su padre que la llamaba. Estaba asustado porque un vecino le contó que su hija se había enrolado en cosas de “disidentes”. En medio del calor de la situación, mi amiga sólo atinaba a responderle: “Papi, ya te dije que no miraras más la Mesa Redonda”. Con esa simple frase enfatizaba el abismo entre la realidad nacional y el libreto de esa tribuna televisiva. Le señalaba a su progenitor el seguir creyéndose una Cuba inexistente, un país donde no ocurrían arrestos fuera de la ley, ni amenazas policiales, ni mítines de repudio. Una nación apócrifa que habita de lunes a viernes, durante una hora… en nuestra pantalla chica.

    Como enfrentar o aumento do nível do mar no futuro...

    http://www.stumbleupon.com/su/7enJDT/:lb5Syrsr:c@2495pY/www.thecreatorsproject.com/pt-br/blog/5-maneiras-como-a-arquitetura-pode-lidar-com-o-aumento-do-n%C3%ADvel-dos-mares/

    5 Maneiras Como A Arquitetura Pode Lidar Com O Aumento Do Nível Dos Mares

    Kevin Holmes 8 de junho
    White Lagoon, do estúdio Waterstudio.nl, vilas flutuantes nas Maldivas
    A maioria dos cientistas acredita que o aquecimento global é a maior ameaça ao nosso planeta, e um dos muitos problemas que acompanharão essa catástrofe é o aumento dos níveis dos oceanos devido ao descongelamento das calotas polares. As cidades costeiras são as mais ameaçadas, assim como as terras mais baixas. Pode ser o fim de lugares como a Holanda. Então, a menos que o próximo passo evolucionário seja criar guelras, vamos ter que encarar os fatos e achar novas maneiras de viver dentro de uma ambiente mais aquoso.
    Antes que todos corram para as montanhas, a arquitetura tem imaginado maneiras de integrar o design dos prédios às suas cercanias aquáticas, nos dando a possibilidade de viver nesse novo mundo. Com isso em mente, vamos dar uma olhada em algumas possíveis soluções arquitetônicas.
    A Cidadela

    O escritório holandês Waterstudio.nl tem toda uma série de projetos flutuantes que procuram colocar as construções sobre a água—estruturas flutuantes podem ser uma maneira de superar o problema de aumento do nível dos mares. O Waterstudio.nl desenhou hotéis, ilhas artificiais e também um complexo de apartamentos flutuantes chamado Cidadela (acima). Com realização prevista para 2014, o complexo será construído nas zonas inundadas da Holanda e vai contar com 60 apartamentos de luxo com garagem e até uma rodovia flutuante para acessá-los, além de docas para barcos.

    Tōhoku Sky Village

    Sako Architects pensou numa solução para casas sob ameaça de tsunami, criando ilhas elevadas sobre a terra, com estruturas de três camadas. Essas ilhas agrupadas podem formar cidades inteiras com ilhas comerciais e residenciais unidas para diferentes necessidades, além de receber energia de fora da rede, tornando-as autossustentáveis. Isso já está sendo considerado para a região de Tohoku no Japão, mas também se provou uma solução para os efeitos do aumento dos níveis dos mares. E o que é ainda melhor, elas têm uma vida útil de 200 anos.

    Hotéis Submersos

    Se é possível viver acima da água, também se pode construir sob ela. O Jule’s Undersea Lodge, que aparentemente não atualizam seu site desde 1998, é um motel submerso em Key Largo, na Flórida. O motel era um laboratório submarino a 6 metros de profundidade que foi convertido e que conta com dois quartos e um banheiro. Numa escala mais ambiciosa está o Poseidon Undersea Resorts (acima), um luxuoso hotel que está sendo construído em Fiji, a 12 metros de profundidade. A inauguração deve acontecer em 2008, de acordo com a Wikipédia.

    Membrana Arquitetônica
    Tingwei Xu e Xie Zhang, dois estudantes da Universidade da Pensilvânia, pensaram numa solução única para a ameaça da invasão do mar em Nova York. A solução é cobrir as áreas mais baixas com uma membrana flexível inteligente, que pode fornecer impermeabilidade, iluminação e áreas para agricultura. Quando chove, a membrana pode absorver a água e prevenir inundações, usando isso depois para germinar vida vegetal, agindo como um substituto do solo. Com a estrutura reticular permitindo a passagem de luz, a vida vegetal pode agir como uma proteção adicional à ameaça de inundação.

    Biologia Sintética
    Atualmente, a cidade flutuante de Veneza está afundando e seus prédios sofrem erosão por terem sido construídos sobre a lama do delta. Uma solução para isso, proposta pela Dra. Rachel Armstrong em seu projeto Future Venice, é criar um recife calcário artificial, liberando na água gotículas oleosas que são quimicamente programadas para reagir com o dióxido de carbono e formar um recife. Essa ideia de materiais vivos que reagem e respondem ao uso de linguagens químicas pode criar construções “vivas” que se adaptariam ao encontrar ambientes em mutação. Essas estruturas dinâmicas podem responder às mudanças climáticas e ao aumento do nível dos mares de uma maneira totalmente nova.