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sábado, 31 de dezembro de 2016

"O advogado é o juiz inicial da causa. Não pode agir como comparsa de cliente bandido."

Sobral Pinto pulveriza a conversa fiada dos bacharéis do Petrolão

O advogado é o juiz inicial da causa. Não pode agir como comparsa de cliente bandido

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Publicado em 19 de janeiro
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Os mentores do manifesto dos advogados a favor da bandidagem do Petrolão deveriam ter promovido a primeiro signatário, in memoriam, o mestre Márcio Thomaz Bastos, morto em novembro de 2014. Todos sempre foram discípulos do jurista que transformou o gabinete de ministro da Justiça em fábrica de truques concebidos para eternizar a impunidade dos quadrilheiros do Mensalão. Todos são devotos do criminalista que, desde que o freguês topasse pagar os honorários cobrados em dólares por hora trabalhada, enxergava filhos extremosos até em parricidas juramentados.
Coerentemente, o manifesto dos bacharéis, na forma e no conteúdo, é uma sequência de exumações da fórmula aperfeiçoada por Márcio para defender o indefensável. À falta de munição jurídica, seu tresoitão retórico alvejava a verdade com tapeações, falácias e chicanas. Em artigos, entrevistas ou discurseiras, ele primeiro descrevia o calvário imposto a outro cidadão sem culpas por policiais perversos, promotores desalmados e juízes sem coração. Depois, fazia o diabo para absolver culpados e condenar à execração perpétua os defensores da lei. Foi o que fizeram os parteiros do manifesto abjeto.
Os pupilos hoje liderados por um codinome famoso ─ Kakay ─ certamente guardam cópias do texto do mestre publicado na Folha em junho de 2012. “Serei eu o juiz do meu cliente?”, perguntou Márcio no título do artigo que clamava pela imediata libertação do cliente Carlinhos Cachoeira (” Carlos Augusto Ramos, chamado de Cachoeira”, corrigiu o autor). “Não o conhecia, embora tivesse ouvido falar dele”, explicou. Ouviu o suficiente para cobrar R$15 milhões pela missão de garantir que o superbandido da vez envelhecesse em liberdade.
A pergunta do título foi reiterada no quinto parágrafo: “Serei eu o juiz do meu cliente?” Resposta: “Por princípio, creio que não. Sou advogado constituído num processo criminal. Como tantos, procuro defender com lealdade e vigor quem confiou a mim tal responsabilidade”. Conversa fiada, ensinara já em outubro de 1944 o grande Heráclito Fontoura Sobral Pinto, num trecho da carta endereçada ao amigo Augusto Frederico Schimidt e reproduzida pela coluna. Confira:
“O primeiro e mais fundamental dever do advogado é ser o juiz inicial da causa que lhe levam para patrocinar. Incumbe-lhe, antes de tudo, examinar minuciosamente a hipótese para ver se ela é realmente defensável em face dos preceitos da justiça. Só depois de que eu me convenço de que a justiça está com a parte que me procura é que me ponho à sua disposição”.
“Não há exagero na velha máxima: o acusado é sempre um oprimido”, derramou-se Márcio poucas linhas depois. “Ao zelar pela independência da defesa técnica, cumprimos não só um dever de consciência, mas princípios que garantem a dignidade do ser humano no processo. Assim nos mantemos fiéis aos valores que, ao longo da vida, professamos defender. Cremos ser a melhor maneira de servir ao povo brasileiro e à Constituição livre e democrática de nosso país”.
Com quase 70 anos de antecedência, sem imaginar como seria o Brasil da segunda década do século seguinte, Sobral Pinto desmoralizou esse blá-blá-blá de porta de delegacia com um parágrafo que coloca em frangalhos também a choradeira dos marcistas voluntariamente reduzidos a carpideiras de corruptos confessos. A continuação da aula ministrada por Sobral pulveriza a vigarice:
“A advocacia não se destina à defesa de quaisquer interesses. Não basta a amizade ou honorários de vulto para que um advogado se sinta justificado diante de sua consciência pelo patrocínio de uma causa. O advogado não é, assim, um técnico às ordens desta ou daquela pessoa que se dispõe a comparecer à Justiça. O advogado é, necessariamente, uma consciência escrupulosa ao serviço tão só dos interesses da justiça, incumbindo-lhe, por isto, aconselhar àquelas partes que o procuram a que não discutam aqueles casos nos quais não lhes assiste nenhuma razão”. 
“A pródiga história brasileira dos abusos de poder jamais conheceu publicidade tão opressiva”, fantasiou o artigo na Folha. “Aconteceu o mais amplo e sistemático vazamento de escutas confidenciais. (…) Estranhamente, a violação de sigilo não causou indignação. (…)  Trocou-se o valor constitucional da presunção de inocência pela intolerância do apedrejamento moral. Dia após dia, apareceram diálogos descontextualizados, compondo um quadro que lançou Carlos Augusto na fogueira do ódio generalizado”.
Muitos momentos do manifesto que parecem psicografados por Márcio. Onde o mestre viu fogueiras do ódio, os discípulos enxergaram uma Inquisição à brasileira. Como o autor do artigo da Folha, os redatores do documento se proclamam grávidos de indignação com “o menoscabo à presunção de inocência (…), o vazamento seletivo de documentos e informações sigilosas, a sonegação de documentos às defesas dos acusados, a execração pública dos réus e a violação às prerrogativas da advocacia. 
Sempre que Márcio Thomaz Bastos triunfava num tribunal, a Justiça sofria mais um desmaio, a verdade morria outra vez, gente com culpa no cartório escapava da cadeia, crescia a multidão de brasileiros convencidos de que aqui o crime compensa e batia a sensação de que lutar pela aplicação rigorosa das normas legais é a luta mais vã. A Lava Jato vem mostrando ao país, quase diariamente,  que ninguém mais deve imaginar-se acima da lei.
Neste começo de 2016, todo gatuno corre o risco de descobrir como é a vida na cadeia. O juiz Sérgio Moro, a força-tarefa de procuradores e os policiais federais engajados na operação desafiaram a arrogância dos poderosos inimputáveis ─ e venceram. O balanço da Lava Jato divulgado em dezembro atesta que, embora a ofensiva contra os corruptos da casa-grande esteja longe do fim, o Brasil mudou. E mudou para sempre.
Todo réu, insista-se, tem direito a um advogado de defesa. Mas doutor nenhum tem o direito de mentir para livrar o acusado que contratou seus serviços de ser punido por crimes que comprovadamente cometeu. O advogado é o juiz inicial da causa. Não pode agir como comparsa de cliente bandido.

Fujam do País o quanto antes...Joyce Hasselman

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Salário Mínimo > R$937,00 a partir de Janeiro de 2017 !


Com queda da inflação, governo dá reajuste menor no salário mínimo



Foto: Tiago Queiroz/Estadão
Um salário a cada três minutos
Primeira estimativa da União previa que o mínimo seria de R$ 945,80
O salário mínimo vai aumentar dos atuais R$ 880,00 para R$ 937,00 a partir de 1º de janeiro. O governo autorizou uma elevação de 6,74%, estimativa do Ministério da Fazenda para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), do IBGE. O reajuste deve injetar R$ 38,6 bilhões na economia do ano que vem, o equivalente a 0,62% do PIB, de acordo com o Ministério do Planejamento.
O reajuste ficou menor do que o projetado pelo próprio governo. Em outubro, quando enviou a Lei Orçamentária Anual (LOA) ao Congresso, a União estimava que o salário mínimo em 2017 seria de R$ 945,80. A projeção considerava uma inflação de 7,5% neste ano. "Em virtude da inflação menor em 2016, o reajuste será menor do que o previsto na LOA", informou o Ministério do Planejamento.
A política de valorização do salário mínimo foi uma marca do governo petista. Ela estabelece que o valor seja corrigido pela inflação do ano anterior, medida pelo INPC, e pelo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes. Essa norma foi aprovada em lei e valerá até 2019.
Em 2015, o País registrou uma queda de 3,77% na atividade econômica, de acordo com o IBGE. Quando há recessão, o desempenho do PIB não é considerado para o cálculo do salário mínimo. No acumulado do ano, até novembro, o INPC está em 6,43%. "Trata-se, portanto, de aplicação estrita da legislação", informou a pasta.

No ano passado, o salário mínimo teve reajuste de 11,6%, passando de R$ 788,00 para R$ 880,00. A maior contribuição para o aumento também veio da inflação. Desse reajuste, 11,57 pp corresponderam à inflação e 0,1 pp ao crescimento do PIB em 2014. 

Dor no quadril e nos joelhos são dores universais / BBC

Dor no quadril e nos joelhos pode ser 'ressaca da evolução', indica estudo

  • 28 dezembro 2016
Science Photo LibraryImage copyrightSCIENCE PHOTO LIBRARY
Image captionOssos do esqueleto do hominídeo de 3,2 milhões de anos
Cientistas da Universidade de Oxford dizem que uma "ressaca da evolução" poderia ajudar a explicar por que seres humanos sofrem tanto com dores nos ombros, nos quadris e no joelho.
Eles prevêem que, mantidas as tendências atuais, os humanos do futuro devem sofrer ainda mais com problemas do tipo.
O estudo analisou 300 espécimes de diferentes espécies da linha da evolução humana abrangendo 400 milhões de anos para observar como os ossos mudaram sutilmente através dos milênios.
Puderam, assim, acompanhar as alterações nos ossos conforme o homem foi evoluindo até conseguir ficar de pé sobre as duas pernas.
Outros pesquisadores já tinham notado particularidades da evolução na formação óssea das pessoas. Algumas pessoas tem uma coluna vertebral mais encurvada, mais semelhante à de nossos parentes mais próximos, os chimpanzés, e que, por isso, são mais propensas a ter dores nas costas.
Paul Monk, que liderou a pesquisa do Departamento de Ortopedia, Reumatologia e Ciências Músculo-esqueléticas, quis saber por que tantos pacientes de sua clínica tinham problemas ortopédicos semelhantes.
"Nós vemos alguns problemas muito comuns na clínica. Dor nos ombros quando se levanta o braço para cima da cabeça, dor na frente dos joelhos, artrite no quadril e, em algumas pessoas mais novas, articulações com tendência a estalar", explicou.
IlustraçãoImage copyrightDIVULGAÇÃO
Image captionColo do fêmur foi ficando mais grosso (à dir), causando propensão maior de dores
"Nós ficávamos imaginando como nós pudemos chegar a esse arranjo bizarro de ossos e articulações que faz com que as pessoas vivam cheias de dores e com esses problemas."
"Aí percebemos que a chave estava no estudo da evolução."
A equipe analisou tomografias detalhadas de 300 espécimes pré-históricos guardados no Museu Natural de História em Londres, e no Smithsonian Institution, em Washington.
Reunindo os arquivos, eles conseguiram criar uma biblioteca de modelos 3D e conseguiram visualizar as formas de ossos separadamente ao longo de milhões de anos.
Conforme as espécies evoluíam - de quando andavam de quatro até poder se levantar e andar de forma ereta -, pesquisadores notaram mudanças como um aumento no colo do fêmur para suportar o peso extra.
E estudos mostram que, quanto mais grosso for o colo do fêmur, mais propensão a pessoa terá para desenvolver artrite.
Cientistas dizem que essa é uma possível razão para humanos estarem suscetíveis a tantas dores no quadril.
A equipe, então, usou seus dados para arriscar um palpite sobre a forma dos ossos humanos daqui a 4 mil anos.
Ilustração de pesquisadoresImage copyrightDIVIULGAÇÃO
Image captionLacuna no ombro foi ficando mais estreita - o que leva a dores quando se levanta os braços acima da cabeça
"O que é interessante é que se tentarmos projetar essas tendências lá para frente, a forma dos ossos que está por vir é de um colo do fêmur ainda mais grosso, que marcaria uma tendência a se ter ainda mais artrite."
No ombro, os cientistas descobriram que uma lacuna natural - onde os tendões e os vasos sanguíneos normalmente passam - ficou mais estreita ao longo do tempo.
Esse espaço menor, segundo os cientistas, faz com que seja mais difícil para os tendões se movimentarem e pode ser a explicação para por que tantas pessoas sentem dor quando levantam os braços para cima da cabeça.
Usando essas previsões, os pesquisadores sugerem que as próteses de articulações do futuro terão de ser redesenhadas para acomodar as formas dos ossos evoluídos.
Mas eles garantem que nem tudo é má notícia: a correta psicoterapia e exercícios para manter uma boa postura podem ajudar a acabar com algumas desvantagens do nosso "corpo evoluído"

Prefeito preso será diplomado pelo TSE ? Coisas do Brasil





Prefeito eleito de Osasco, 

alvo da Caça-Fantasmas, é transferido para Tremembé


Rogério Lins (PTN), sob suspeita de envolvimento em esquema de desvios de verbas da Câmara municipal, foi preso no domingo de Natal quando desembarcou em Cumbica procedente de Miami




Fausto Macedo e Fabio Serapião
27 Dezembro 2016 | 11h23
Rogério Lins. Foto: Tiago Queiroz/Estadão
Rogério Lins. Foto: Tiago Queiroz/Estadão
O prefeito eleito de Osasco, na grande São Paulo, Rogério Lins (PTN), foi transferido nesta terça-feira, 27, para a Penitenciária de Tremembé, no Vale do Paraíba. Desde domingo de Natal, quando foi preso no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos/Cumbica, ele estava na cadeia pública de Osasco.
Alvo da Operação Caça-Fantasmas, do Ministério Público do Estado, Lins foi preso ao retornar de viagem aos Estados Unidos. Segundo sua defesa, ele entregou-se à polícia e vai provar inocência.
A quinta etapa da Caça Fantasmas foi deflagrada no dia 6 de dezembro pelo Ministério Público do Estado. Ao todo, são investigados 14 dos 21 vereadores de Osasco por suposto envolvimento em um esquema de contratação de funcionários sem concurso público. Os 14 vereadores estão presos. Rogério Lins, de 38 anos, é um deles.
Ele foi eleito prefeito de Osasco com 61,21% dos votos, superando o atual chefe do Executivo municipal, Jorge Lapas (PDT), no segundo turno. Quando a Caça-Fantasmas foi deflagrada, Lins estava em viagem aos Estados Unidos. No domingo de Natal, a uma semana da posse, ele retornou ao País, mas acabou preso.
Os promotores de Justiça do Gaeco – braço do Ministério Público que combate o crime organizado – estimam que os desvios dos cofres da Câmara de Osasco chegam a R$ 21 milhões. O esquema se prolongou por 7 anos.




"Não tenho conseguido assistir as retrospectivas. O ano já foi medonho, e a perspectiva de ver tudo de novo dá vontade de vomitar." / Helena Chagas

Um ano de insanidades 

Insanidade (Foto: Arquivo Google)
No último dia útil de 2016, a única coisa que desejo é que 2017 seja um ano menos insano. Meus votos são de que um pouco de juízo, bom senso e equilíbrio brote das mentes daqueles que têm poder no Brasil – poder político, poder de decisão, poder econômico, influência cultural, soft power. Já aos que, paradoxalmente, têm o poder supremo nas democracias, que é o voto, mas que até se esquecem disso porque só o exercem ocasionalmente, é preciso desejar, acima de tudo, paciência. Muita paciência, ao lado de perseverança e coragem para chegar a 2018.
Não tenho conseguido assistir as retrospectivas. O ano já foi medonho, e a perspectiva de ver tudo de novo dá vontade de vomitar. Mas fica difícil escapar à constatação de que a República continua com os nervos à flor da pele. Incerteza e instabilidade ainda são as palavras de ordem.
É ou não é loucura lembrar que, há exatamente um ano, a presidente era Dilma Rousseff, com um pedido de impeachment acolhido pelo hoje presidiário Eduardo Cunha, nem sonhava em deixar o cargo? Naquele momento, Dilma recorria ao STF, que lhe deu uma decisão favorável sobre o rito do impeachment. E estava mais preocupada em pagar os R$ 57 bilhões das pedaladas fiscais, o que elevou o déficit do ano ao valor sem precedentes de R$ 120 bilhões. Ninguém em torno dela acreditava de verdade no impeachment.
Na ocasião, o PT estava em festa porque, depois de praticar por quase um ano seu esporte preferido, que era atirar no então ministro da Fazenda, havia conseguido derrubar Joaquim Levy, no dia 18 de dezembro. O partido defendia, para a gestão Nelson Barbosa, soluções que passavam por uma alíquota de 40% de Imposto de Renda para os mais ricos, mais crédito do BNDES e a volta da CPMF. Delirava.
E Michel Temer, estava fazendo o que àquela altura? Em dezembro de 2015, Temer, o vice-presidente da República, também não era um exemplo de equilíbrio emocional: chorava as pitangas por se sentir maltratado por Dilma. Uns dias antes, chegara ao conhecimento do país a dramática carta em que o vice reclamava da titular que ela nunca havia confiado nele. Acusava-a também de mentir e sabotar o PMDB no governo. Naqueles dias, Temer virou motivo de chacota dos políticos de Brasília por causa do rompante. Apesar do mi-mi-mi, virou presidente da República.
A única coisa que parece não ter mudado em um ano é a Lava Jato, que já corria solta e chegava perto de amigos do ex-presidente Lula, como José Carlos Bumlai. Em dezembro de 2015, o procurador Rodrigo Janot já estava de olho em Eduardo Cunha, que viu seu processo de cassação começar a tramitar com o apoio do PT e, por vingança, botou o impeachment em tramitação. Tudo guiado por fortes emoções.
Todo mundo sabe o que veio depois, e não vou fazer retrospectiva das insanidades em série porque dá enjôo. Basta ver o que ficou para o réveillon de 2017.
Em tese, as instituições foram respeitadas e o impeachment tramitou dentro dos preceitos constitucionais e sob a égide do STF. Mas a deposição de uma presidente da República com base em pedaladas fiscais, sem um real e concreto crime de reponsabilidade por ato de corrupção ou assemelhados, deixou sequelas. A coisa funcionou mais ou menos como num regime parlamentarista, em que o chefe do Executivo pode ser substituído por incompetência ou qualquer outra razão que o tenha levado a perder o apoio do Congresso. Só que o regime é presidencialista, com presidentes eleitos pelo voto direto, e a instituição do impeachment – usada pela segunda vez em menos de 25 anos – que entrou na Carta para ser uma excepcionalidade, corre o risco de ser banalizada.
No ano mais turbulento das últimas décadas, o novo presidente assumiu com o apoio maciço do Legislativo e o indispensável respaldo constitucional, mas para executar um programa em tudo oposto ao que fora aprovado pelas urnas em 2014. (Apenas para ser justa: a insanidade começou quando a própria presidente reeleita resolveu executar o programa de seu adversário).
É por isso que se pode dizer, no mínimo, que piorou a qualidade de nossa democracia em 2016. Ficou tão fácil derrubar presidentes desagradáveis ou politicamente frágeis que já tem gente pensando em fazer o mesmo com Michel. A virada do ano encontra o presidente patinando na economia e de volta ao alvo político, seja por ter sido mencionado na Lava Jato, seja em função do processo que corre no TSE para cassar a chapa presidencial de 2014.
Se essa moda pega, a cereja do bolo de todas as insanidades será eleger seu eventual substituto indiretamente, por um Congresso adoecido, com suas dúzias de acusados da Lava Jato. Um processo que pode não contar com a garantia de uma arbitragem acima e além de qualquer interesse por parte do Judiciário. Talvez seja mesmo alguma coisa na água, mas os togados também perderam um pouco do juízo e entraram no clima reinante, distribuindo sopapos a torto e a direito por aí, e entre eles próprios.
Não estamos entrando em 2017 nem com o pé direito e nem com o pé esquerdo, mas suspensos, sem chão embaixo nem teto em cima. Muita calma nessa hora.
Apesar de tudo isso, Feliz Ano Novo!

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Você acredita que o Brasil se tornará um pais sério?

Os riscos em torno da decisão do STF sobre escutas

A pauta do Supremo, na volta do recesso, inclui recurso sobre a duração de grampos cujo veredicto pode permitir o bloqueio de operações como a Lava-Jato
Grampo telefônico (Foto: Arquivo Google)
Editorial O Globo
Por contingências da evolução da vida pública brasileira, o Supremo Tribunal tem sido levado a tomar decisões na fronteira do universo da política. Há quem chame isso de “judicialização”, de forma pejorativa, embora registre-se que a Corte não age por conta própria, apenas quando é acionada. É o que tem acontecido, sem que isso impeça a politização de veredictos. Nada a fazer.
Como também houve uma “criminalização” da política, mesmo quando o Judiciário trata de temas técnicos na área criminal pode, mesmo que não queira e nem seja sua função, afetar interesses de partidos e políticos.
O ano do Judiciário terminou agitado, devido à liminar concedida pelo ministro Marco Aurélio Mello afastando do cargo o presidente do Senado, Renan Calheiros, por não ser possível réu estar na linha de substituição do presidente da República. O clima ficou ainda mais tenso com o desrespeito da decisão pelo político alagoano, em parte apoiado pelo Pleno da Corte — Renan ficou fora da linha sucessória, mas se manteve na principal cadeira da Mesa do Senado. Tempos estranhos.
A volta do recesso, em fevereiro, deve também ser acompanhada por outro tema pesado na agenda do STF: o julgamento de um processo, nas mãos do ministro Gilmar Mendes, que decidirá, com repercussão geral — o veredicto terá de ser seguido por todos os tribunais —, se escutas podem ser realizadas por mais de 30 dias.
Há enorme controvérsia sobre o assunto, com decisões favoráveis e contrárias no Judiciário. Está mesmo na hora de uma definição. Mas as implicações de uma posição final favorável ao prazo fixo, burocrático, de 30 dias pulverizarão incontáveis operações de combate à corrupção, a começar pela Lava-Jato.
O próprio Marco Aurélio, atendendo a pedido de réu, suspendeu julgamento que seria realizado em novembro, na segunda instância da Justiça federal fluminense, de um grupo de conhecidos bicheiros do estado, atuantes no ramo mafioso dos caça-níqueis, à espera do que decidirá Gilmar Mendes sobre a duração de grampos.
A origem desse processo, cuja relatoria está com Gilmar Mendes, é uma operação de investigação de crimes de colarinho branco cometidos no grupo empresarial Sundown, em que atuaram, entre outros, o promotor Deltan Dallagnol e o juiz Sérgio Moro. Irônica coincidência. A operação terminou suspensa pela Justiça.
Há interpretações conflitantes no Conselho Nacional de Justiça, no Superior Tribunal de Justiça e no Supremo. No centro deste emaranhado estão a Lei de Interceptação Telefônica (9.296/96) e a Lei do Crime Organizado.
O bom senso aconselha que sejam realizados tantos grampos quanto necessários para o combate vitorioso ao crime, todos devidamente autorizados pelo juiz. Até mesmo em nome da defesa do respeito da sociedade ao Poder Judiciário.

Refugiados no Brasil ... Você é a favor ?

quarta-feira, dezembro 28, 2016


GOVERNO TEMER PROMOVE A INVASÃO BÁRBARA DO BRASIL. E AINDA VAI ALOCAR VERBAS PARA CUSTEAR ENTRADA DE MILHARES DE "REFUGIADOS"



Este aí do vídeo é o Alexandre Moraes, o ministro da Justiça do governo de Michel Temer. Na maior cara de pau Moraes anuncia que o Brasil será inundado por imigrantes. Mas não é só isso. Ainda tem a desfaçatez de anunciar a alocação de muito dinheiro público para beneficiar a invasão bárbara do Brasil, quando se sabe da situação do nosso país vilipendiado pela vagabundagem comunista ao longo de mais de 13 anos sob o desgoverno petista.

Além disso, o Brasil ainda contribui com milhões de dólares anuais para a sustentação da ONU, essa maldita ONG politicamente correta que promove a demolição da Civilização Ocidental.

Basta ver a situação da Europa sob o tacão da União Européia que em conluio com a ONU está destruindo o velho continente. A Europa foi transformada num lixão e seus cidadãos estão sendo massacrados por esse ditos “refugiados” que na verdade são o cavalo de Tróia que introduz no Ocidente o terrorismo islâmico.

O Sr. Michel Temer é um cínico. A população brasileira está à deriva e ainda vai ter que dividir as migalhas com forasteiros. É de se indagar: por que essa gente não se refugia nos Emirados Árabes Unidos, como o portentoso Dubai? 

Não há palavras para qualificar essa barbaridade que está sendo cometida pelo governo do Sr. Michel Temer contra o já desvalido povo brasileiro.

E a grande mídia, ao invés de denunciar esta barbaridade, faz o contrário. E não poderia ser diferente. Todos os jornalistas da grande mídia nacional e internacional são esquerdistas e todos os esquerdistas são militantes da desse insólito movimento de destruição da nossa Civilização Ocidental.

Todos os partidos socialistas, comunistas e similares apoiam incondicionalmente a invasão bárbara do Ocidente e agora contam também com o apoio desses vagabundos do PMDB o que explica tudo muito bem. Afinal, o PMDB foi o partido que viabilizou a ascensão de Lula e seus sequazes ao poder no Brasil.
A exemplo do PT e demais organizações esquerdistas, o PMDB também terá de ser proscrito. O Brasil tem de ser passado a limpo nem que for a pau!

Sponholz: O "Reveião".