Os tratamentos para Alzheimer são pouco efetivos, então não sabemos até que ponto seria bom para a pessoa saber com antecedência se vai ou não ter a doença. Entretanto, para os pesquisadores, esse conhecimento é importante para entender a evolução do problema.
Compreender as mudanças biológicas que ocorrem durante o estágio clínico “silencioso” – os anos anteriores aos sintomas – oferece pistas sobre os casos da doença e pode inclusive oferecer novos medicamentos para impedir a progressão.
Existem duas formas de Alzheimer, a familiar e a esporádica. A maioria dos casos é esporádica e desenvolvida depois dos 65 anos. As causas desse tipo ainda não são completamente compreendidas, mas são pelo menos parcialmente genéticas. Já a forma familiar, que afeta apenas 2% dos pacientes, é causada por certas mutações genéticas. Geralmente aparece antes dos 65 anos, e é herdada – os descendentes de uma mesma geração têm 50% de chances de desenvolvê-la.
Para o estudo, os pesquisadores estudaram as proteínas do fluído cérebro-espinhal de 14 pessoas com o gene mutante, e as compararam com cinco não portadores. No total, 56 proteínas apresentaram diferenças significativas. Catorze já haviam sido relatadas em estudos anteriores, mas o resto é novidade.
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