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sábado, 21 de janeiro de 2012

"Viver é muito perigoso"... Cenas de horror e insanidade no norte da Nigéria...

Mais um atentado com grife...
Observe a foto: nenhuma mulher, no entanto, 9 homens e todos jovens!

Foto: AP
Fumaça sobe da delegacia enquanto pessoas correm para se salvar na cidade de Kano, Nigéria (20/01)

Número de mortos sobe para ao menos 150 na Nigéria

Série de ataques coordenados iniciados na sexta na 3ª maior cidade do país deixou entre 150 e 162 mortos pelo menos

O número exato de mortos ainda não está claro. Um repórter da BBC disse ter contado 150 corpos em um necrotério no principal hospital da cidade, enquanto uma fonte militar indicou à rede de TV americana CNN que há ao menos 156 mortos. Já a Associated Press indicou que, segundo uma fonte hospitar, há 143 mortos, enquanto a AFP afirmou ter contado 162.
Inicialmente, a polícia de Kano havia confirmado sete mortos. Um toque de recolher de 24 horas foi decretado na cidade desde sexta-feira, quando os ataques foram iniciados depois das preces muçulmanas e enquanto as lojas fechavam por causa da chegada do fim de semana.
Os atentados foram reivindicados pelo grupo islâmico fundamentalista Boko Haram, cujo nome significa ''educação ocidental é sacrilégio''. A organização esteve por trás de uma série de ações violentas na região norte da Nigéria, de população predominantemente muçulmana, em uma campanha para implementar a rígida lei da sharia (código islâmico) no país.
Por conta dos ataques, ativistas que organizavam um protesto para este sábado decidiram cancelar o evento. Soldados e policiais lotaram as ruas da cidade neste sábado, mas sua efetividade fica em dúvida, já que corpos uniformizados de muitos de seus colegas estão estendidos no necrotério do maior hopital de Kano.
Além da violência sectária, a Nigéria tem sido marcada nos últimos dias por uma série de manifestações populares contra o projeto do governo de cortar subsídios à gasolina no país. Sob pressão dos protestos populares, o governo chegou a rever, parcialmente, seus planos em relação aos subsídios.

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