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domingo, 15 de janeiro de 2012

"Arte da crônica" / Luiz Rebinsk Junior


Boa leitura, bom domingo!

"Meu amigo Paulo Leite tem seis lâmpadas no teto do banheiro, e faz tempo que cinco estão queimadas, o que no chuveiro o obriga a se posicionar assim meio de lado sob o único foco de luz hoje operante. Se também esse entregar os pontos, o banho noturno do conhecido fotógrafo passará a ser tomado em Braille." Taí um bom cronista: fala de coxinha e lâmpadas queimadas sem ser piegas ou chato. Herdeiro dos grandes cronistas mineiros - de Sabino a Paulo Mendes Campos -, Werneck nos faz acreditar quer tudo é possível - e fácil - com a escrita ao transformar um feijãozinho ralo em uma poderosa feijoada


"Em suma, o tempo voa, o dia destrói a noite, a noite divide o dia e nós passaremos em branco. Era o sonho de Manuel Bandeira, morrer completamente. Jim Morrison se foi em 1971, há quarenta anos, duas vezes duas décadas, e nos deixou uma única certeza: não há nenhuma vantagem prática em estar enterrado no Père Lachaise, ao lado de Balzac, Chopin, Camus e - ó esperança! - Kardec." 

Ainda hoje, depois de uma tradição gloriosa, que fez da crônica um gênero idiossincrasicamente brasuca, não nasceu cronista que saiba explicar o que ao certo é a crônica. Mas não precisa. Livros como os de Werneck e Pellanda, caro leitor, nos traduzem exatamente os diversos sabores desse gênero delicioso. >>leia o texto...

http://www.digestivocultural.com/colunistas/coluna.asp?codigo=3472&titulo=A_arte_da_cronica

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